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SUAPE E PREFEITURA DO CABO DESTROEM BARRACA DE LICOR DE MORADORA DE NAZARÉ

Há mais de dois anos, as comunidades inseridas no Parque Metropolitano Armando Holanda Cavalcanti (Vila Nazaré, Calhetas, Vale da Lua, Paraíso, dentre outras) vêm sofrendo constantes ataques por parte de SUAPE e da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, que vêm atuando para impedir que famílias que estão há gerações no local construam novas casas em seus sítios ou realizem pequenas reformas, destruindo qualquer nova edificação.
No dia 12 de junho, foi a vez de uma pequena barraca de licor ser destruída por meio de operação conjunta da Prefeitura e de SUAPE. A barraca ficava no Vale da Lua pertencia a Ana Patrícia, 39 anos, moradora da Nazaré/Vale da Lua. Era uma barraquinha móvel de madeira. Contudo, tamanha foi a truculência dos funcionários da Prefeitura, que sequer deram à família oportunidade para retirá-la do local.
“Chegaram com ignorância e nos agredindo. Nós, que chegamos aqui antes de SUAPE. Disseram que iam destruir a barraquinha de licor da minha irmã porque ela estava em local inapropriado, gerando uma ‘poluição visual’. Pedimos para deixarem as madeiras da barraca, mas eles levaram nosso material e ainda fizeram ameaças”, denunciou Givanildo da Silva Libertino, 35 anos, irmão de Ana Patrícia.
As barracas de licor são uma importante fonte de renda para muitas famílias da região e já são uma tradição para essas comunidades. A família de Ana Patrícia, por exemplo, trabalha produzindo e vendendo licores há pelo menos mais de 60 anos.
Essa não foi a primeira vez, contudo, que foram vítimas dessas operações. Por volta de três meses antes, sua mãe, Odete Júlia Gomes, 68 anos, teve um puxadinho destruído. “Fiz um quartinho para guardar as minhas mercadorias. Num belo dia saí de casa e, quando voltei, tinha uma multidão de gente derrubando meu quartinho. Eu perguntei se eles tinham ordem, e não disseram nada nem mostraram papel algum. Pura maldade de SUAPE”, relembrou angustiada Dona Odete.
O Fórum Suape considera problemático que a gestão da Prefeitura do Cabo, que deveria zelar pela população, esteja na verdade atuando na repressão dessas famílias humildes e a serviço dos interesses de SUAPE, que deseja acabar com a autonomia e com as formas de sustento das comunidades locais.
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