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SOBRE

Um grupo de ativistas, pesquisadores, lideranças comunitárias e organizações da sociedade civil se articularam a partir de 2011 e criaram o Fórum Suape, um movimento em busca do fortalecimento das comunidades tradicionais atingidas pela implantação e expansão do Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS). O agravamento dos conflitos e violações de direitos na região demandava ações mais sistemáticas e estruturadas, o que levou o movimento a repensar sua estrutura de funcionamento, institucionalizando-se, em 2013, como “Associação Fórum Suape | Espaço Socioambiental”.

Hoje o Fórum Suape atua junto às comunidades atingidas, apoiando-as por meio de ações pedagógicas, jurídicas e de visibilidade, buscando, assim, fortalecê-las em sua capacidade de organização e incidência política no enfrentamento a um modelo de desenvolvimento econômico que se baseia na apropriação de territórios historicamente habitados por elas, mediante a invisibilização e a negativa de direitos a essas populações. O Fórum Suape, portanto, espera fortalecer as lutas das comunidades atingidas contra um modelo colonial, que se estrutura também no patriarcado e no racismo e que vê a terra e os corpos como fonte de lucro, passíveis de exploração.

HISTÓRICO

O conflito socioambiental na região surge em 1979 com a primeira fase de construção do Porto de Suape, no litoral sul de Pernambuco, e agrava-se a partir da década de 90, com a instalação de várias indústrias no Complexo Portuário Industrial, em uma área de aproximadamente 13.500 hectares, localizada entre os municípios do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca.

A região é historicamente habitada por comunidades tradicionais que fazem da pesca artesanal, da coleta de frutos e da agricultura familiar a sua fonte de subsistência e de reprodução da identidade cultural coletiva. Em decorrência das diversas obras de infraestrutura e da instalação de centenas de indústrias, muitas comunidades sofreram processos de remoção forçada e tiveram os seus modos de vida completamente aniquilados. Por sua vez, as comunidades que ainda resistem em seus territórios convivem hoje com inúmeros danos socioambientais e graves violações aos seus direitos à moradia, ao trabalho, à saúde, à alimentação e um meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Compreendendo a necessidade de articulação entre os diversos atores para atuar no enfrentamento ao avanço predatório de empreendimentos sobre os territórios tradicionais, várias organizações de base comunitária, assim como membros das universidades e organizações da sociedade civil reuniram-se, a partir de 2011, em torno do Fórum Suape, para refletir e traçar ações conjuntas visando à proteção dos direitos socioambientais.

MISSÃO

Contribuir para a defesa dos direitos das populações tradicionais atingidas pelo CIPS nos aspectos socioambientais, ecológicos, culturais e fundiários.

VALORES

Em seu fazer cotidiano, o Fórum Suape rege-se pelos valores da pluralidade, dialogicidade, educação popular, igualdade material, decolonialidade, do feminismo e do anti-racismo. Tendo sido construído sob a égide de tais princípios e missão, o Fórum Suape tem para com os povos e comunidades tradicionais, assim como para as demais populações empobrecidas e vulnerabilizadas – vítimas de um modelo econômico que explora o aprofundamento das desigualdades econômicas -, o compromisso de atuar na defesa de seu direito ao território e a todos os demais direitos que dele decorrem.

POLÍTICA DE PROTEÇÃO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES

O Fórum Suape possui uma diretriz interna para guiar comportamentos coerentes e atentos à proteção da integridade física e psicológica de crianças, adolescentes e demais grupos vulnerabilizados.
Em uma sociedade edificada sob a violência, a exploração e o silenciamento de certos grupos historicamente oprimidos, é preciso reconhecer que crianças e adolescentes constituem um elo ainda mais frágil e mais propenso a sofrer violações, demandando, portanto, atenção e cuidado redobrado de toda a sociedade. Esse cuidado deve ainda levar em consideração as opressões interseccionais de gênero e raça, que tendem a naturalizar violências contra a infância, a exemplo da adultização de crianças negras e da sexualização de meninas.


Diante disso, e em conformidade com a Convenção sobre os Direitos da Criança e o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Fórum Suape quer expressar o seu compromisso com a proteção das crianças e dos adolescentes dos territórios onde atua – já tão vulnerabilizadas em face da violência do Estado contra o seus direitos básicos à moradia e ao território -, com o fito de que as práticas conduzidas por membros, funcionários, prestadores de serviços, voluntários e organizações parceiras proporcionem ambientes seguros para à infância, assim como para outros grupos sociais vulnerabilizados (mulheres, população negra, idosos, população LGBTT, dentre outros).


Para ter acesso à nossa Política de Proteção, clique no segundo botão abaixo.

Se você tem conhecimento de alguma situação de violação e quer reportá-la ao Fórum Suape para que possamos apurá-la e aplicar as medidas cabíveis, envie-nos um relato por meio do endereço de e-mail: forumsuape@gmail.com, do número de whatsapp (81) 9.9102.3883, ou preenchendo o formulário abaixo.

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