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Desigualdade Direitos humanos Entrevista SUAPE Trabalhadores

O DRAMA ESQUECIDO DOS TRABALHADORES DESPREZADOS DE SUAPE

Há pelo menos cinco anos, cerca de mil ex-trabalhadores que vivem na comunidade Sítio Areal alegam ter suas casas rotineiramente derrubadas a mando de Suape

Nem Complexo Industrial, nem Porto. Suape, antes de tudo, significa “caminhos sinuosos”, em tupi-guarani. O termo foi cunhado pelos Caetés, em referência à constituição geomorfológica da região, que costumava ser marcada pelas exuberantes matas, mangues e rios. Embora dados de 2010 dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) denunciem que o Rio Ipojuca, por exemplo, é o terceiro mais poluído do país, a sabedoria dos povos originários parecia antever o destino atravancado de suas terras. 
No ano de 2014, Suape, localizado na cidade do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, assistiu à segunda maior desmobilização de trabalhadores da história do Brasil, com o desligamento de 42 mil funcionários, segundo dados do Governo do Pernambuco. Desses, a porcentagem de 42% é composta por pessoas de fora do Estado, que enxergaram na região uma espécie de Eldorado nordestina, onde lhes fora prometida, além de emprego com carteira assinada, a possibilidade de ocupar uma das áreas mais prósperas do país.
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Desigualdade Direitos humanos MERCÊS Reunião SUAPE Violações

VIOLÊNCIA DE GÊNERO É DISCUTIDA EM ILHA DE MERCÊS

A violência contra mulher foi o tema na tarde de ontem (8), de uma roda de diálogo com as moradoras do quilombo Ilha de Mercês, em Ipojuca. O encontro contou com a participação da delegada da Mulher do Cabo, Ângela Patrícia e da secretária da Mulher do Ipojuca, Bianca Lacerda.
Na ocasião, a delegada alertou sobre os diversos tipos de violência de gênero e descreveu a importância da denúncia. “A mulher que denuncia, tem mais chances de viver uma vida sem violência e ser feliz”, pontuou a delegada.
Já a secretária da Mulher do Ipojuca, Bianca Lacerda, falou da Rede de Proteção às Mulheres em Situação de Violência no município. “Nós, contamos com o Centro de Referência Dona Amarina, a Patrulha Maria da Penha, o Projeto Maria da Penha Vai à Escola e o Programa Mulher Empreendedora, que são mecanismos de proteção”, afirmou a secretária.
Quem participou do diálogo foi a dona de casa, Joseane Maria da Silva, de 32 anos, que estava muito entusiasmada com o encontro. “Fico muito feliz de que essa temática venha para nossa comunidade, pois muitas mulheres sofrem diversas violências caladas”, revelou a dona de casa.
Vale destacar, que este ano, 127 mulheres foram assassinadas em Pernambuco e de janeiro a junho, 37 casos configuram-se como crime de feminicídio. A cada 11 segundos, uma mulher é vítima de violência no Brasil. O território brasileiro é o 5° país no mundo, que mais mata mulheres.
A atividade integra as comemorações aos 12 anos da Lei Maria da Penha e foi promovida pelo Centro das Mulheres do Cabo (CMC), em parceria com o Fórum Suape Espaço-Socioambiental.
Da Assessoria de Comunicação do Fórum Suape.

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Desigualdade Direitos humanos Engenho Entrevista SUAPE

FAMÍLIA TIRADA À FORÇA DO ENGENHO TIRIRI PASSA HOJE POR EXTREMA NECESSIDADE

Era 29 de maio de 2012 quando Luís Abílio e a esposa Maria Luíza (82 e 86 anos à época, respectivamente) foram tirados à força de seu sítio de 10 hectares junto com os filhos e 18 netos. Os dois moravam há mais de 60 anos no Engenho Tiriri e lá tinham criado raízes, família, laços comunitários e sua base de sobrevivência. “Lugar de barriga cheia” é como eles se referiam ao local, pois o mangue e a terra tudo lhes davam.
Segundo a assessora jurídica do Fórum Suape, Mariana Vidal, a decisão judicial que embasou a retirada da família foi injusta. “Tecnicamente, os juízes não poderiam conceder a reintegração de posse a SUAPE, porque as ações possessórias são voltadas para proteger a posse. Aqueles que verdadeiramente detinham a posse das terras, uma posse inclusive anterior à criação da empresa, eram as famílias que faziam e fazem parte dessas comunidades tradicionais da área”, afirmou a advogada.
A filha do casal, Cleonice Maria da Silva, 38 anos, que havia dado à luz há apenas 14 dias quando foi violentamente arrancada do sítio, relembrou o dia mais triste da sua vida: “Eu nunca pensei que ia viver para ver uma imagem tão triste. Meus pais idosos sendo tratados por SUAPE como invasores. Eles, que cuidaram tanto dessas terras. Invasora é SUAPE. Derrubaram as nossas casas e jogaram o que era nosso na rua. Nós perdemos praticamente tudo”, desabafou Cleonice, que tinha mais quatro crianças pequenas na época.
Hoje, a família mora na periferia do Cabo, onde não há mangue nem terra para plantar e as condições de vida são extremamente precárias. “A situação só piorou, porque em Tiriri a gente tinha tudo. A gente pescava no mangue. Tinha manga, jaca, caju. Plantava macaxeira, feijão, verduras. Criava porco e galinha. Aqui, a gente passa fome”, lamentou Cleonice.
Em função do profundo desgosto causado pela realidade de miséria que lhe foi imposta, Seu Luís Abílio, pai de Cleonice, partiu no dia 20 de outubro de 2016, após um período em coma, fruto de um quadro de depressão profunda. A viúva Luíza, hoje com 98 anos, segue convivendo com a dor da perda do seu companheiro e do seu lugar de barriga de cheia.
SITUAÇÃO DA FAMÍLIA É PRECÁRIA
Atualmente, Cleonice junto com o seu esposo Luciano e os cinco filhos vivem numa situação extremamente delicada, pois a única fonte de renda atual do casal é o Bolsa Família e o pouco que Luciano ainda consegue tirar com a pesca no mangue, que, por sinal, vem sofrendo cada vez mais com os inúmeros impactos provenientes do desmatamento, das obras de dragagem e aterro e da poluição causada pelas indústrias.
Além disso, a família também contava com o auxílio-aluguel no valor de R$ 250,00 que SUAPE lhes pagava por força de sentença judicial. Esse auxílio, contudo, foi cortado pela empresa há cerca de oito meses, sem qualquer justificativa razoável, deixando a família em situação ainda mais precária, sem a menor possibilidade de conseguir quitar o aluguel da casa onde moram. “A gente está vivendo da ajuda do povo, porque nem sempre meu marido conse- gue pescar, pois vive doente”, afirmou Cleonice.
Luciano José Vicente dos Santos, 38 anos, já teve dois AVCs desde que foram arrancados do sítio e também enfrenta um quadro grave de depressão em decorrência das dificuldades que a sua família passou a viver longe do Engenho Tiriri.
SUAPE ESFOMEIA, ADOECE E MATA
Essa expulsão violenta e predatória vêm provocando inúmeros danos à saúde física e psicológica não só da família de Seu Abílio, Dona Luíza, Luciano e Cleonice, mas de todas as demais famílias que também passaram pelo processo injusto e doloroso da remoção forçada. Por trás da propaganda de desenvolvimento e de responsabilidade socioambiental ostentada pela empresa SUAPE, agonizam milhares de vidas que experimentam constantes privações e violações de direitos. É por Justiça que clama a família de seu Abílio e tantas outras, vítimas de verdadeiras barbaridades cometidas em nome de um falso desenvolvimento.
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Comunidade Invasão SUAPE

FÓRUM SUAPE QUESTIONA JUNTO AO MPF E AO MPPE AS REMOÇÕES FORÇADAS DE COMUNIDADES EM FUNÇÃO DAS ZPECS

O Fórum Suape apresentou no último dia 06 de julho uma representação junto ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Ministério Público do Estado (MPPE) questionando a política excludente por trás das Zonas de Prevenção Ecológica (ZPECs) instituídas pelo Plano Diretor de SUAPE.
A implementação das ZPECs vem ensejando a remoção forçada de diversas comunidades tradicionais (como Tabatinga, Conceição Velha, Rosário, Ilha, Boa Vista I e II, Cedro, Tiriri e parte de Serraria) sob o pretexto de que as áreas serão destinadas a projetos de reflorestamento e que a presença dessas comunidades no local seria incompatível com a preservação ambiental.
No entanto, pelo trato específico que essas comunidades têm com o meio, são elas que, na verdade, vêm proporcionando a preservação do meio ambiente há gerações. Um ecossistema não se restringe à fauna e flora; ele compreende também o povo que tem com aquele território um laço cultural de identidade e cujos conhecimentos e práticas tradicionais são responsáveis pela manutenção dos ciclos naturais.
As comunidades tradicionais são, portanto, um fator imprescindível para a manutenção do território e colaboram ativamente para a preservação. É preciso atentarmos para o fato de que falsos discursos de conservação ambiental na verdade escondem a disputa por terras e são constantemente invocados para legitimar expulsões depopulações tradicionais de áreas de interesse econômico.
Em se tratando de uma empresa que tem interesses claros de atrair novas indústrias, existe a fundada preocupação de que por trás desse discurso “verde” repousem interesses obscuros, como o de tornar a área objeto de especulação imobiliária para futura expansão do complexo portuário e industrial.
É urgente a atuação dos órgãos públicos no que diz respeito ao reconhecimento da importância dessas comunidades tradicionais para a preservação do meio ambiente, a fim de se resguardar a permanência dessas populações em seus territórios.
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SUAPE Trabalhadores Violações

SUAPE E PREFEITURA DO CABO DESTROEM BARRACA DE LICOR DE MORADORA DE NAZARÉ

Há mais de dois anos, as comunidades inseridas no Parque Metropolitano Armando Holanda Cavalcanti (Vila Nazaré, Calhetas, Vale da Lua, Paraíso, dentre outras) vêm sofrendo constantes ataques por parte de SUAPE e da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, que vêm atuando para impedir que famílias que estão há gerações no local construam novas casas em seus sítios ou realizem pequenas reformas, destruindo qualquer nova edificação.
No dia 12 de junho, foi a vez de uma pequena barraca de licor ser destruída por meio de operação conjunta da Prefeitura e de SUAPE. A barraca ficava no Vale da Lua pertencia a Ana Patrícia, 39 anos, moradora da Nazaré/Vale da Lua. Era uma barraquinha móvel de madeira. Contudo, tamanha foi a truculência dos funcionários da Prefeitura, que sequer deram à família oportunidade para retirá-la do local.
“Chegaram com ignorância e nos agredindo. Nós, que chegamos aqui antes de SUAPE. Disseram que iam destruir a barraquinha de licor da minha irmã porque ela estava em local inapropriado, gerando uma ‘poluição visual’. Pedimos para deixarem as madeiras da barraca, mas eles levaram nosso material e ainda fizeram ameaças”, denunciou Givanildo da Silva Libertino, 35 anos, irmão de Ana Patrícia.
As barracas de licor são uma importante fonte de renda para muitas famílias da região e já são uma tradição para essas comunidades. A família de Ana Patrícia, por exemplo, trabalha produzindo e vendendo licores há pelo menos mais de 60 anos.
Essa não foi a primeira vez, contudo, que foram vítimas dessas operações. Por volta de três meses antes, sua mãe, Odete Júlia Gomes, 68 anos, teve um puxadinho destruído. “Fiz um quartinho para guardar as minhas mercadorias. Num belo dia saí de casa e, quando voltei, tinha uma multidão de gente derrubando meu quartinho. Eu perguntei se eles tinham ordem, e não disseram nada nem mostraram papel algum. Pura maldade de SUAPE”, relembrou angustiada Dona Odete.
O Fórum Suape considera problemático que a gestão da Prefeitura do Cabo, que deveria zelar pela população, esteja na verdade atuando na repressão dessas famílias humildes e a serviço dos interesses de SUAPE, que deseja acabar com a autonomia e com as formas de sustento das comunidades locais.
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Conferência Convite Fórum Suape Segurança

PARTICIPE DAS PRÉ-CONFERÊNCIAS POPULARES DE SEGURANÇA PÚBLICA NO CABO E EM IPOJUCA

No próximo dia 24 de julho, o Fórum Suape, o FOJUCA e o Centro das Mulheres do Cabo irão promover uma Pré-Conferência Popular de Segurança Pública, a partir das 14h, no auditório da Fajolca (Faculdade José Lacerda Filho de Ciências Aplicadas), no Ipojuca-sede. No Cabo, a Pré-Conferência vai acontecer no dia 27 de julho, às 9h, na unidade acadêmica da Universidade Federal Rural de Pernambuco do Cabo de Santo Agostinho (UFRPE/Cabo), que fica às margens da PE-60.
O intuito das pré-Conferências é viabilizar o debate amplo e descentralizado da população e de estruturar as contribuições do povo de maneira autônoma e participativa para a 1.ª Conferência Popular de Segurança Pública, a ser realizada nos dias 10 e 11 de agosto. A iniciativa é do Fórum Popular de Segurança Pública, criado em maio de 2017 por várias organizações de direitos humanos e de base comunitária, em um contexto de assustadora escalada da violência em Pernambuco, como uma resposta à postura antidemocrática do Governo do Estado de sempre negar participação ao povo na construção das diretrizes da Política Estadual de Segurança Pública.
Pernambuco agoniza com os altos índices de homicídios. Em 2017, foram contabilizados 5.427 assassinatos. O número é 21,1% maior do que as 4.479 mortes violentas notificadas em 2016. Além disso, em 2017 também foram registrados números alarmantes de 2.178 estupros e 33.344 mulheres vítimas de violência doméstica.
Os municípios do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca têm se destacado nesse cenário de violência. Os dois municípios diretamente atingidos pelo Complexo de Suape convivem com uma realidade crescente de violência em face da instalação de grandes empreendimentos industriais, que atraiu grande contingente populacional de outros Estados sem que os municípios tivessem estrutura para atender a essa nova população com serviços públicos de moradia, saúde, educação, saneamento básico etc. O resultado foi um cenário de caos social e de crescente violência.
O Fórum Suape acredita que as pré-conferências populares são espaços importantíssimos de reflexão e diálogo, que viabilizarão a participação popular no enfrentamento do atual cenário de violência generalizada, sofrido principalmente pelas camadas mais empobrecidas da população. Ressaltamos que o problema da violência e da segurança pública no Estado deve ser tratado com políticas públicas sociais para a erradicação da pobreza e da desigualdade social, e não com repressão, criminalização e encarceramento.
Da Assessoria de Comunicação do Fórum Suape

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SUAPE Violações

MORADORES DO SÍTIO AREAL DENUNCIAM CORTE DA ENERGIA ELÉTRICA QUE VAI PREJUDICAR MAIS DE MIL FAMÍLIAS

A comunidade do Sítio Areal, localizada próximo à Vila de Nazaré, no litoral do Cabo de Santo Agostinho, denuncia o corte da energia elétrica efetuado na manhã da última quinta-feira (28) pela Companhia Energética de Pernambuco (CELPE), em operação conjunta com a empresa pública SUAPE, a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho e a Polícia Militar.

A comunidade se formou a partir de uma ocupação que se deu há mais cinco anos (em um contexto de demissão em massa da imensa mão-de-obra atraída de outros Estados para trabalhar nos empreendimentos do Complexo). Com o desemprego, que muitas vezes se fez acompanhado do não pagamento das verbas rescisórias e trabalhistas que lhes eram devidas, o que restou a essas famílias foi a ocupação informal da cidade.
Longe de assumir a problemática como uma questão social que demanda políticas públicas afirmativas de habitação, o que SUAPE e a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho vêm promovendo é a criminalização dessas comunidades e a repressão arbitrária e violenta, sem mandados judiciais e sem oferecer qualquer alternativa para essas famílias no que diz respeito ao seu direito fundamental à moradia.
O Sítio Areal já convive há quase dois anos com operações de destruições de casas, realizadas conjuntamente pela empresa, Prefeitura e PM. Essas ações, que têm sido realizadas em média a cada duas semanas, têm instaurado na área um verdadeiro e permanente clima de terror.
Na manhã de ontem (28), a mando de SUAPE, a comunidade sofreu mais um grande ataque: a supressão do direito básico à energia elétrica. Mil famílias que contam com crianças, idosos e portadores de deficiência, estão tendo dificuldades para conservar seus alimentos e estão no escuro total, o que promove o aumento da insegurança, especialmente para as mulheres.
O Fórum Suape entende que o acesso à energia elétrica é um direito essencial para a garantia de condições básicas de sobrevivência e que privar as famílias de algo tão elementar é um grande ultraje à sua dignidade. Nesse sentido, nos somamos à comunidade e tornamos público mais esse desrespeito aos direitos dos moradores da área, que já são vítimas recorrentes das violências praticadas pela empresa Suape e pela Prefeitura do Cabo.
Da Assessoria de Comunicação do Fórum Suape.
Rafael Negrão
99511.1987
98723.1797
Mais informações:
Deeyziane Santos
99809-3939
98251.7070
Marcicléia Medeiros 99699.4942
                  

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Brasil Informe Violações

NA CONTRAMÃO DE EUROPA E EUA, BRASIL CAMINHA PARA LIBERAR MAIS AGROTÓXICOS

Se o novo PL 6.299/2002, aprovado na noite de segunda-feira por uma comissão especial da Câmara dos Deputados, virar a nova lei de agrotóxicos, o Brasil estará na contramão das decisões recentes de países da União Europeia.
É o que diz a pesquisadora Larissa Mies Bombardi, do Laboratório de Geografia Agrária da Universidade de São Paulo (USP), autora do atlas Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia, de 2017, que mapeia o uso dessas substâncias em todo o país e o compara com o uso nos países da UE.
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Brasil Convite Fórum Suape Informe Violações

EM DEFESA DA VIDA #ChegaDeAgrotóxicos

O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. Mas já está no Congresso Nacional o Projeto de Lei 6670/2016 que institui a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNaRA).
Com sua ajuda e muita pressão, a PNaRA pode se tornar Lei, garantindo a redução dos agrotóxicos no Brasil, mais saúde para a população e um ambiente sadio para se produzir comida de qualidade.
Além disto, sua assinatura também irá ajudar a barrar o Projeto de Lei (PL) 6299/2002, conhecido como “Pacote do Veneno”. Ao liberar ainda mais o uso de agrotóxicos no país, o Pacote do Veneno vai contra a vontade da sociedade brasileira – segundo pesquisa IBOPE, 81% dos brasileiros considera que a quantidade de agrotóxicos aplicada nas lavouras é “alta” ou “muito alta”.
Leia mais e assine a petição clicando aqui!
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Conferência Convite Fórum Suape Segurança

SOCIEDADE CIVIL SE UNE PARA O LANÇAMENTO DAS PRÉ-CONFERÊNCIAS POPULARES DE SEGURANÇA PÚBLICA

No último dia 13 de junho, foi realizado no bairro de Peixinhos (Olinda) o lançamento das Pré-Conferências Populares de Segurança Pública do Estado de Pernambuco. O intuito das pré-Conferências é viabilizar o debate amplo e descentralizado da população e de estruturar as contribuições do povo de maneira autônoma e participativa para a 1.ª Conferência Popular de Segurança Pública, a ser realizada nos dias 10 e 11 de agosto.
A Conferência Popular será um evento paralelo à Conferência Estadual de Segurança Pública, promovido pelo Governo do Estado. A iniciativa foi puxada pelo Fórum Popular de Segurança Pública, que conta com a adesão cada vez maior de organizações da sociedade civil.
O Fórum Popular de Segurança Pública foi criado em maio de 2017 por várias organizações de direitos humanos e de base comunitária, em um contexto de assustadora escalada da violência em Pernambuco. A criação do Fórum Popular foi uma resposta à postura antidemocrática do Governo do Estado de sempre negar a participação do povo na construção das diretrizes da Política Estadual de Segurança Pública. “A política de segurança do Estado é a política do extermínio e a do encarceramento negro”, enfatizou Edilson Silva (Deputado Estadual do PSOL) durante o lançamento das Pré-Conferências.
Por isso, o Fórum Popular tem como objetivo central exigir a participação popular no âmbito da Política Estadual de Segurança Pública.
Pernambuco agoniza com os altos índices de homicídios. Em 2017, foram contabilizados 5.427 assassinatos. O número é 21,1% maior do que as 4.479 mortes violentas notificadas em 2016. Além disso, em 2017 também foram registrados números alarmantes de 2.178 estupros e 33.344 mulheres vítimas de violência doméstica.
Os municípios do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca têm se destacado com esses lamentáveis números. Os dois municípios diretamente atingidos pelo Complexo de Suape convivem com uma realidade crescente de violência em face da instalação de grandes empreendimentos industriais, que atraiu grande contingente populacional de outros Estados sem que os municípios tivessem estrutura para atender a essa nova população com serviços públicos de moradia, saúde, educação, saneamento básico etc. O resultado foi um cenário de caos social e de violência generalizada.
O Atlas da Violência de 2018 coloca o Cabo de Santo Agostinho como uma das 10 cidades mais violentas do Brasil e a cidade onde mais se matam jovens negros no país. A população do Cabo é de 180 mil habitantes e registrou no ano passado 198 assassinatos. As vítimas são em sua maioria jovens, negros, pobres e moradores de periferia, com idade entre 18 a 29 anos. Já o Município de Ipojuca apresentou 152 homicídios a cada 100 mil habitantes. Isso representa cinco vezes a média nacional, que corresponde a 33 homicídios para cada 100 mil habitantes.
O Fórum Suape acredita que as pré-conferências populares são espaços importantíssimos de reflexão e diálogo, que viabilizarão a participação popular no enfrentamento do atual cenário de violência generalizada, sofrido principalmente pelas camadas mais empobrecidas da população. Ressaltamos que o problema da violência e da segurança pública no Estado deve ser tratado com políticas públicas sociais para a erradicação da pobreza e da desigualdade social, e não com repressão e encarceramento. O Fórum Suape pretende realizar uma pré-Conferência que proporcione a participação das populações do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca nos debates acerca dos rumos da Segurança Pública em nosso Estado. Convidamos todas e todos para construção coletiva desse encontro. A sua participação é essencial!
Para saber mais informações sobre o Fórum Popular de Segurança Pública, acesse a página no Facebook: /span>https://www.facebook.com/F%C3%B3rum-Popular-de-Seguran%C3%…/>.

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