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Fórum Suape Informe MERCÊS Visitas

[VÍDEO COMPLETO] VISITA DE DOM SABURIDO A ILHA DE MERCÊS

Confiram o vídeo desenvolvido pela equipe do Fórum Suape sobre a visita do arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernandos Saburido, que ocorreu no dia 28 de dezembro de 2017.

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Dragagem Fórum Suape Informe Preservação

VEJAM O POTENCIAL DESTRUTIVO DAS DRAGAGENS

Mortandade de botos assusta pesquisadores em Sepetiba (Foto: Instituto Boto Cinza)
Por G1 Rio  |  15/01/2018
O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro e em Angra dos Reis, no Sul Fluminense, expediu recomendação ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e à Companhia Portuária Baía de Sepetiba (CPBS) determinando a suspensão imediata da licença de dragagem do fundo da Baía de Sepetiba. A medida vale, de acordo com o MPF, até o fim do surto de morbilivirose que já causou a morte de botos-cinza nas baías de Sepetiba e de Ilha Grande. Até o dia 10 de janeiro, 170 animais foram recolhidos nas duas baías.
A dragagem foi autorizada pelo Inea em 2017, e começou a ser realizada no último dia 12 de janeiro pela CPBS, que opera o terminal de minério da empresa Vale. A dragagem no fundo da Baía de Sepetiba atinge a 1,8 milhão de metros cúbicos.
“É inaceitável que, diante de tão grave situação de saúde de espécie ameaçada da fauna brasileira, o órgão ambiental mantenha a atividade de dragagem em área contaminada, colocando ainda mais em risco a sobrevivência dos botos-cinza, símbolo da cidade do Rio de Janeiro”, afirmam os procuradores Sérgio Suiama e Igor Miranda da Silva.
Desde o final de novembro de 2017, um surto do vírus morbilivírus tem causado a morte de dezenas de animais nas duas baías. A doença compromete a imunidade dos botos e ainda estão sendo investigado se há outras doenças associadas.
O MPF se baseou em documento elaborado pelo Laboratório de Bioacústica e Ecologia de Cetáceos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), que aponta que as atividades de dragagem afetam negativamente os mamíferos marinhos. Segundo o documento, “em relação às baleias e golfinhos, têm sido reportados impactos negativos que envolvem principalmente o abandono temporário ou permanente do ambiente. Além disso, a dragagem pode levantar plumas de sedimentos que, se contaminados, podem tornar os metais pesados biodisponíveis aos golfinhos e as baleias”.
“Altas concentrações de contaminantes desse tipo estão ligadas à depressão do sistema imune, principalmente em relação ao mercúrio, cádmio, chumbo, selênio e zinco, como foi o caso reportado para os golfinhos-nariz-de-garrafa”, registra o documento da UFFRJ.
O documento ainda registra que o ruído produzido pela dragagem “tem o potencial de induzir estresse, que, por sua vez, pode reduzir a eficiência de forrageamento de mamíferos marinhos ou aumentar sua suscetibilidade a patógenos e aos efeitos das toxinas”.
Em nota, a Vale informou que “ainda não foi oficialmente comunicada desta recomendação do MPF. A empresa ressalta, no entanto, que todas as suas atividades na Baía de Sepetiba estão devidamente licenciadas e sob fiscalização das autoridades competentes, seguindo os mais altos padrões de segurança em todas as suas operações”.
De acordo com a assessoria da empresa, “as obras de dragagem foram iniciadas no último dia 12 de janeiro, enquanto as mortes dos botos foram relatadas em novembro e dezembro”.
Boto-cinza é encontrado morto na Ilha de Cataguazes, em Angra dos Reis (Foto: Sérgio Menezes/Arquivo Pessoal)


Fonte: G1
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Impactos Reunião Segurança SUAPE Violações

MORADORES DA ILHA DE MERCÊS RECORREM AO ARCEBISPO CONTRA MILÍCIA QUE ATUARIA EM SUAPE

Por: Portal FolhaPE
Moradores da comunidade quilombola Ilha de Mercês, no município de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), recorreram ao arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, contra abusos que eles afirmam sofrer por parte de funcionários do Porto de Suape. O religioso esteve no local na manhã desta quinta-feira (28) e ouviu denúncias de violações dos direitos humanos. A comunidade alega que os seguranças do complexo portuário atuam em regime de milícia e destroem as lavouras, fonte de subsistência dos quilombolas.

Após visitar a Igreja de Nossa Senhora de Mercês, que fica dentro da comunidade, o arcebispo presidiu uma pequena missa sob uma tenda armada em frente à igreja. Após a cerimônia, Dom Fernando deve conversar com os moradores e prosseguir com a visita às demais comunidades na região.

A visita desta quinta é um desdobramento de um encontro de líderes comunitários, ocorrido no dia 5 de dezembro. Conforme reportagem publicada pelo Portal FolhaPE no início de dezembro, há relatos de casos de expulsão de moradores sem mandado judicial, de danos ambientais causados por dragagens, queda do estoque pesqueiro por conta das explosões para a instalação dos estaleiros e da conduta abusiva de seguranças do empreendimento, que atuariam destruindo lavouras, roubando materiais de construção e derrubando casas e muros.

Ação do MPF
Uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal condenou, em outubro de 2016, Suape e a Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) por danos socioambientais causados pela etapa de dragagem do canal externo e pela localização inadequada de pontos de descarte, realizado dentro do mar e em cima de pesqueiros.

Confira na íntegra a nota de esclarecimento enviada pelo Complexo Industrial de Suape:

Com relação ao evento realizado na comunidade Ilha de Mercês, na manhã desta quinta-feira (28), o Complexo Industrial Portuário de Suape esclarece que prioriza e se mantém aberto ao diálogo com os moradores das 27 comunidades mapeadas em seu território. Foram realizadas reuniões com os representantes do Fórum Suape para dar andamento às demandas das comunidades.

Para tratar de temas específicos como moradia, segurança, meio ambiente e sustentabilidade, a presidência destacou um coordenador para acompanhar de perto as questões trazidas pelo grupo, dando celeridade aos processos. As primeiras reuniões temáticas seriam nos dias 11 e 12, mas os representantes do fórum não responderam à solicitação do encontro. Portanto, o argumento de falta de diálogo não procede.

Antes de qualquer esclarecimento relativo ao tema segurança, a administração de Suape enfatiza categoricamente que NÃO EXISTE MILÍCIA. A empresa mantém dois contratos de terceirização de mão de obra, com o objetivo de fiscalização do patrimônio público. Nas reuniões com o fórum, a administração de Suape solicitou aos moradores que denunciam os supostos abusos, que apresentem registros de qualquer tipo de excesso para que a empresa tome as devidas providências. Até hoje, contudo, não obteve retorno nem do fórum e nem dos moradores.

Segurança

O primeiro dos contratos de segurança é com a TKS Segurança Privada Ltda, com efetivo de 170 vigilantes, que presta serviços exclusivamente na área interna do porto organizado, em postos fixos, exercendo atividades de guarda portuária. Outros 54 atuam nas edificações, onde estão instaladas as demais dependências da administração. Todos trabalham fardados, com crachás e obedecem às exigências da Polícia Federal (PF), instituição responsável pela fiscalização das empresas de segurança privada.

O outro contrato é com a Liserve, que fornece 36 inspetores. Esses profissionais são empregados na fiscalização do território de Suape, em toda a sua área de 13,5 mil hectares. Suape é uma empresa pública e, como tal, somente age em conformidade com as normas legais e o interesse público.

A direção repudia, veementemente, a utilização de violência contra as famílias nativas da região. Suape não realiza demolições de casas de posseiros, a exceção dos casos de reintegração judicial, reintegração decorrentes de homologações de acordos na Justiça e de construções erguidas por invasores em áreas destinadas à preservação ambiental e instalação de empreendimentos, como determina a lei. Nessa situação, as demolições acontecem com o apoio da prefeitura municipal local, detentora do poder de polícia. Suape reitera que jamais recebeu, por parte dos moradores, qualquer registro de demolições supostamente irregulares.

Pedágio

No último dia 11, moradores da comunidade Ilha de Mercês realizaram protesto na rotatória de acesso à área portuária. Na mesma data, uma comissão de representantes foi recebida na sede administrativa para dar encaminhamento às solicitações. O grupo alegou que 35 famílias residentes não estariam sendo beneficiadas pela gratuidade nos pedágios de acesso da Rota do Atlântico, concessionária da rodovia que corta o Complexo de Suape.

De imediato, Suape se comprometeu a atualizar o cadastro para avaliar se as famílias atendem às exigências para obter o benefício. No dia marcado para o início do processo, o líder da comunidade comunicou que não poderia estar presente e que informaria uma nova data para acompanhar o trabalho da equipe de Suape. Essa data, no entanto, não foi agendada pelo representante da comunidade. Atualmente, 47 famílias da Ilha de Mercês são beneficiadas com a gratuidade.

Em 04 de setembro de 2017 Suape recebeu do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União e do Ministério Público de Pernambuco a recomendação conjunta de nº 01/2017. O seguinte documento determina que Suape “suspenda incursões de sua equipe na Comunidade Ilha de Mercês sem a devida autorização dos moradores, impossibilitando que os assistentes sociais tenham acesso ao local.

Indenizações

De 2007 a 2016, Suape indenizou 1.541 famílias, pagando um total de R$ 87,5 milhões pelas benfeitorias (imóveis e plantações). Todos os acordos foram homologados na Justiça e as famílias indenizadas são realocadas, quando necessário, para casas ou lotes de terra, conforme escolha dos moradores. O processo tem como objetivo reassentar as pessoas que moravam em áreas destinadas à preservação ambiental e em zonas industriais. Esse processo é acompanhado tanto pelos órgãos do Judiciário, como por outras entidades e se caracteriza pelo diálogo permanente entre todos os envolvidos.

Fonte: Portal FolhaPE, com informações de Priscilla Costa (Folha de Pernambuco) 28/12/17
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Direitos humanos Fórum Suape MERCÊS Violações

DOM FERNANDO SABURIDO VISITA A ILHA DE MERCÊS E OUVE DENÚNCIAS DE VIOLAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS EM SUAPE

O arcebispo esteve no quilombo na manhã desta quinta-feira (28) e ouviu várias denúncias de violações dos direitos humanos da boca das lideranças comunitárias
O dia 28 de dezembro vai ficar marcado na memória dos moradores da comunidade quilombola Ilha de Mercês, no município de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), que receberam a visita do arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. Durante horas ele ouviu atentamente relatos de abusos que eles afirmam sofrer por parte de funcionários do Porto de Suape. O religioso esteve no local durante toda manhã, protegido debaixo de uma tenda de aproximadamente vinte metros, onde líderes comunitários e moradores das comunidades do entorno do Complexo Industrial Portuário de Suape – CIPS, uma comitiva eclesial, parlamentares e autoridades governamentais reunidos, se protegiam do sol escaldante numa grande plenária onde os líderes comunitários apresentaram suas denúncias de violações dos direitos humanos. As comunidades alegam que os seguranças do complexo portuário atuam em regime de milícia e destroem as lavouras, que sempre foi fonte de subsistência dos agricultores e agricultoras naquele território.

Dom Saburido visitou a recém restaurada Igreja de Nossa Senhora de Mercês, que fica dentro da comunidade, e presidiu uma pequena celebração sob a tenda armada em frente à igreja. O arcebispo aproveitou a ocasião para conversar com os moradores e visitar comunidades na região, para ver de perto os estragos causados pelo CIPS.

A visita desta quinta-feira foi um desdobramento do encontro com líderes comunitários articulado pelo Fórum Suape, ocorrido no dia 5 de dezembro. Sensibilizado com os relatos de casos de expulsão de moradores sem mandado judicial, de danos ambientais causados por dragagens, queda do estoque pesqueiro por conta das explosões para a instalação dos estaleiros e da conduta abusiva de seguranças do empreendimento, que atuariam destruindo lavouras, roubando materiais de construção e derrubando casas e muros, Dom Fernando Saburido mobilizou uma comitiva eclesial que atua na região, assim como representantes governamentais e a imprensa para essa visita à comunidade quilombola.
Na abertura do encontro, Magno Araújo, líder comunitário do Quilombo das Mercês fez uma saudação aos presentes dando início aos relatos sobre violações e atos violentos praticados contra a sua comunidade. Em seguida dez lideranças comunitárias e o representante do Fórum de Juventudes do Cabo de Santo Agostinho/FOJUCA apresentaram suas denúncias. O representante do Governo do Estado, Eduardo Gomes de Figueiredo, secretário executivo da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos afirmou que o governo está aberto ao diálogo. Foi contestado pelo deputado estadual Edilson Silva/PSOL, presidente da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Assembléia Legislativa: “É um desrespeito o representante do governo vir aqui falar em diálogo. Suape é terra sem lei, pois o Governo do Estado instituiu no território um verdadeiro estado de exceção”, enfatizou o parlamentar.
Também estiveram presentes e fizeram uso da palavra o representante do Sinpol, Aldo Cisneiros, o secretário de governo de Ipojuca, Romero Sales, representantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PE e integrantes da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese. Como encaminhamento ficou para ser agendada uma reunião de trabalho com as 28 lideranças comunitárias, a OAB-PE, a Comissão de Justiça e Paz e Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da ALEPE e o Fórum Suape. Outra iniciativa será um apelo a ser enviado pelo arcebispo ao governador do Estado solicitando que parem as violações de direitos humanos no território e que se abram canais de negociação por parte da empresa com as comunidades. Dom Fernando Saburido reforçou a importância de se fazer mais uma tentativa de articular o diálogo com os diversos atores envolvidos se comprometendo, especialmente através da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese que terá o papel de entendimento, mediação e ação.

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Comunidade MERCÊS SUAPE

DOM FERNANDO APOSTA NO DIÁLOGO ENTRE COMUNIDADES NATIVAS E ADMINISTRAÇÃO DE SUAPE

Mercê é uma palavra originária do português arcaico e significa favor, graça, benefício, perdão, indulto. Este último significado é especialmente relevante para a história de Nossa Senhora das Mercês, pois significa libertação. Acreditando que apenas com a intervenção divina seria possível romper com a opressão, moradores de 28 comunidades nativas, formadas por descendentes de quilombolas, de pescadores, de indígenas e de pequenos agricultores procuraram o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, para denunciar uma série de violações de direitos humanos, de destruição da natureza e de capelas católicas no Complexo Portuário e Industrial de Suape e região.
Confiantes na proteção de Nossa Senhora das Mercês, que veio para libertar da escravidão, os representantes das 213 famílias impactadas pelo empreendimento de Suape acolheram na manhã desta quinta-feira, 28/12, dom Fernando Saburido e sua comitiva, ao lado da capela de Nossa Senhora das Mercês, no Quilombo das Mercês, em Ipojuca. Mostrando que está atento aos clamores do povo, o arcebispo metropolitano veio acompanhado do monsenhor Josivaldo Bezerra, vigário Episcopal do Cabo, do padre Josenildo Tavares, das Pastorais Sociais, do Frei Carlos, pároco da paróquia de São Miguel Arcanjo e dos coordenadores da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese, Antônio Carlos Maranhão e padre Fábio Santos. Também participaram da reunião o secretário de governo do município de Ipojuca, Romero Sales, Eduardo Figueiredo, representando o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos Pedro Eurico, o deputado estadual Edilson Silva, Nivete Azevedo, do Centro das Mulheres do Cabo e Bete Teixeira, do Fórum Suape – Espaço Socioambiental.
O encontro teve início com a visitação à capela de Nossa Senhora das Mercês, localizada na extinta Usina Salgado, que abrangia 18 engenhos de cana-de-açúcar na região. Em seguida, dom Fernando presidiu uma celebração da Palavra e escutou os relatos dos moradores, que reforçaram as denúncias de violenta perseguição por parte da administração do Complexo de Suape e da silenciosa destruição do meio-ambiente.
A pescadora Marinalva Maria da Silva, de 51 anos, nascida nas Mercês e que já trabalhou na lavoura de cana de açúcar, conta que o rio Tatuoca foi aterrado, provocando o desaparecimento das ostras, camarão,  sururu e mariscos. “Há oito anos a administração de Suape prometeu a construção de uma ponte sobre o rio e não realizou a obra. Com o rio bloqueado, os mangues secaram e os pescadores não conseguem coletar nem pescar para o seu sustento. Antes nós pescávamos camarão Vila Franca, que podia ser revendido por R$50,00 o quilo”, narra emocionada.
O deputado estadual Edilson Silva lembrou aos presentes que já acompanha a grave situação destas famílias e após três audiências públicas, não se vê ação do poder público que favoreça as comunidades. O líder comunitário do Quilombo das Mercês, Magno Araújo, que também reside no local, destacou que as famílias que possuem veículos são obrigadas a pagar pedágio para se deslocarem e denunciou a devastação ambiental que a região vem sofrendo, como a extinção de cavalos marinhos e meros nos mangues e rios. Dom Fernando convidou Antônio Carlos Maranhão, presidente da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese para a formar um grupo de trabalho em parceria com a OAB-PE, buscando estudar o caso das comunidades. Como conclusão, o encontro apontou outra medida urgente: o arcebispo metropolitano vai redigir uma carta ao governador de Pernambuco, solicitando que atenue as perseguições contra os moradores nativos de Suape, permitindo que os mesmos façam reformas e manutenção nas suas moradias.
Acompanhado pelo líder comunitário do Quilombo das Mercês, dom Fernando visitou a casa de uma família do Quilombo e constatou o precário estado de conservação do imóvel, que estava todo escorado com estacas, sob o iminente risco de desabar.
Ipojuca, segundo estudos da Fundação Joaquim Nabuco, era o município pernambucano que concentrava o maior número de escravos do estado. Com o advento do Complexo Portuário e Industrial de Suape, a partir dos anos 1970, empreendimento gerenciado pelo governo estadual, a cultura canavieira e toda as suas relações de interação com a terra, o homem e a natureza passaram a ser substituídas por outro modelo de desenvolvimento. Dentre eles, destacam-se a construção de refinarias de óleo e de derivados de petróleo, indústria metal-mecânica, indústria química, estaleiros para a construção de navios e operações de carga e descarga de contêineres.  
Fonte: Arquidiocese de Olinda e Recife
Por: Pascom Arquidiocese

Postado por: Ana Beatriz 
Datado de: Dez 28, 2017
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Informe SUAPE

PROTESTO PARALISA ENTRADA DE SUAPE

Um protesto das comunidades do território de Suape, realizado na localidade denominada Curva do Boi, fechou hoje de manhã as principais entradas do Complexo Industrial e Portuário de Suape. A principal reivindicação das comunidades é a liberação do pedágio que prejudica principalmente a comunidade quilombola de Ilha das Mercês.
Viaturas do GATI e da Polícia Rodoviária logo chegaram ao local do protesto liderado pela comunidade quilombola, assim como se fez presente a segurança armada do Complexo de Suape.
O protesto das comunidades é por uma justa reivindicação, pois assim como foi afirmado pelas procuradoras de justiça presentes em nossa última audiência pública realizada na Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho, no último dia 6 de dezembro, a cobrança de pedágio aos moradores das comunidades é totalmente inconstitucional. A audiência pública foi promovida pela Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Participação Popular da Assembléia Legislativa de Pernambuco, com ampla participação das comunidades.

O Fórum Suape apóia a luta das comunidades rurais, as reivindicações dos agricultores e pescadores, assim como o legítimo protesto da comunidade da Ilha das Mercês pelo não pagamento do pedágio e exige do Governo do Estado o fim da violência no território e a abertura concreta de um canal de diálogo permanente visando discutir e encaminhar soluções para a pauta de reivindicações das comunidades entregue no Palácio do Campo das Princesas, em outubro do ano passado, até o momento sem respostas.   
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