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Impactos Informe SUAPE

SEMINÁRIO DEBATEU OS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS EM SUAPE

O diálogo entre pesquisadores, movimento social e comunidades atingidas pelo Complexo de Suape saiu fortalecido do Seminário realizado no dia 14 de novembro, no Auditório Frederico Simões Barbosa do Instituto Aggeu Magalhães, Fiocruz/UFPE, promovido pela Associação Fórum Suape Espaço Socioambiental e Laboratório de Saúde, Ambiente e Trabalho (LASAT)/Fiocruz-PE. O tema central dos painéis debatedores foi “Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS): Desenvolvimento e os Impactos Socioambientais”, já abordado na abertura dos trabalhos pelo coordenador do Fórum Suape, Heitor Scalambrini Costa (veja discurso anexo), que também teve a saudação de boas vindas de Constância Flávia Junqueira Ayres, vice diretora de Ensino e Informação Científica do Instituto Aggeu Magalhães-IAM/Fiocruz-PE.
Pela manhã tivemos um painel sobre a Saúde e modos de vida no território do CIPS, moderado por Aline do Monte Gurgel, pesquisadora do IAM/Fiocruz-PE, que chamou a atenção para o aspecto bioético relacionado aos relatórios de impactos ambientais apresentados pelo CIPS, que não levam em conta a situação de saúde das pessoas que vivem nas comunidades. Essa posição foi reforçada pela palestrante Idê Gurgel (LASAT/Fiocruz), que se referiu aos altos índices de distúrbios mentais, ansiedade, depressão, que passaram a fazer parte do cotidiano das pessoas, após a construção do Porto de Suape. “A região não reúne condições para o atendimento à saúde pública dentro do contexto de alto risco que Suape representa. A luta que muito se expressa no território atingido por Suape é o conflito entre capital e trabalho, que se replica em diversos conflitos estabelecidos no dia a dia”, enfatizou a pesquisadora.
A professora da UFRPE, Joanna Lessa que há três anos realiza um trabalho na comunidade de Nova Tatuoca trouxe várias interrogações sobre o destino dos saberes e memórias existentes na comunidade da Ilha de Tatuoca que foi obrigada a deixar suas terras e seu modo tradicional de vida, para viver em um conjunto habitacional completamente inóspito. Ela denunciou a existência de uma monocultura de casa e o que chamou de memoricídio, como processos implantados por Suape que configuram uma total desvalorização do saber local.
A representante do Fórum Suape na mesa, Rafaela Nicola se posicionou favorável ao diálogo entre saberes e criticou a postura do CIPS que o tempo todo busca projetar uma imagem positiva. Recordou um diálogo com um gestor do Governo do Estado Pernambuco em 2012, no qual ele se referiu a Suape como uma zona de sacrifício. “Qual o significado disso?”, questionou a integrante do Fórum Suape. “O discurso de Suape está embasado em um sistema que se encontra em profundo colapso”, afirmou Nicole apontando que talvez aí esteja a saída.
A parte da tarde teve início com projeções de vídeos e um painel com depoimentos de moradores e moradoras das comunidades do entorno do CIPS, que denunciaram as violações praticadas pelas empresas instaladas na região. Logo em seguida veio o segundo painel, desta vez com o tema Ecossistemas no território do CIPS, que teve como moderadora a pesquisadora da FUNDAJ, Edneida Rabêlo Cavalcanti e como palestrantes Clovis Cavalcanti, presidente da Sociedade Internacional de Economia Ecológica – ISEE e Maria das Graças e Silva, professora do Depto Serviço Social/UFPE. Foi convidado para esse painel o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade do CIPS, Jorge Araújo, que não compareceu nem enviou qualquer justificativa à coordenação do Seminário. 

O economista e ambientalista Clóvis Cavalcanti lembrou de um artigo e do manifesto que escreveu em 1975, publicado pelos grandes jornais de Recife, no qual de forma visionária previa a catástrofe que ocorreria na região do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca com a implantação do Porto de Suape. A professora Maria das Graças criticou o discurso governamental ufanista, “cinicamente Suape propaga que cuida das pessoas e do meio ambiente”. Na sua opinião, Suape é o Estado representado por uma empresa destinada a governar aquele território com mãos de ferro. Citou a pesquisadora Virginia Fontes ao se referir ao processo de expropriação contemporânea, onde a exploração capitalista atinge níveis sofisticados. “Em toda a história, às custas da exploração do trabalho o capitalismo produziu e produz imensas riquezas, mas produz também imensas misérias”, afirmou a professora. O dia de intensos debates foi concluído com um coquetel servido aos participantes.
Contato:Heitor Scalambrini (coordenador do Fórum Suape) = Tel. 99964.4366
Gerson Flávio (assessor de comunicação do Fórum Suape) = Tel.: 55-81-95093043  |  98122.0050  |  3132.2250
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Encontro SUAPE

DISCURSO DE ABERTURA DO SEMINÁRIO POR HEITOR SCALAMBRINI

Abertura do Seminário: Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS): Desenvolvimento e os Impactos Socioambientais
Heitor Scalambrini CostaCoordenador do Forum Suape
Bom dia!!
Hoje, um momento muito especial estaremos vivenciando.
Graças ao Laboratório de Saúde, Ambiente e Trabalho (LASAT), da direção do Instituto Ageu Magalhães, e da Associação Forum Suape Espaço Socioambiental, teremos a oportunidade de refletir/reagir, analisar, discutir questões sociais e ambientais provocadas pela maior empresa estatal de Pernambuco, o CIPS – Complexo Industrial Portuário de Suape.
Algo pouco comum no meio acadêmico deste Estado estará ocorrendo hoje, aqui e agora. Um debate público, onde se ouvirá a voz daqueles e daquelas que estão no centro dos conflitos, e que sofrem diretamente as consequências socioambientais dos empreendimentos, que chegam anunciados como redentores e dinamizadores da economia do Estado. Como geradores de empregos e renda. Como salvadores da pátria. Sem nenhuma discussão democrática com a sociedade.
Antes de mais nada seria aqui importante pontuar nosso entendimento sobre o que venha a ser impacto socioambiental utilizado no próprio nome deste Seminário.
A expressão “impacto” é extraída da física, da parte que estuda os choques, as quantidades de movimento e as deformações nos corpos submetidos.
A lei de Newton (forças de ‘ação’ e ‘reação’), é utilizada para medir o “impacto”, expresso em Newtons (N). Também é utilizada a unidade kgf que equivale a 9,8 N. 
Não me parece adequado caracterizar como “impactos” os processos sociais e territoriais da implantação de grandes empreendimentos, usinas hidrelétricas, barragens, complexos industriais, portuários, afins.
A palavra “impacto” tornou-se meramente administrativa, prescrita para ser utilizada nos processos de licenciamento ambiental, mas contra producente em termos científicos e impeditiva para o avanço do conhecimento, tornando-se tão somente uma noção desviacionista. 
O termo “impacto” vem sendo utilizado de forma indistinta quando o correto seria apontar que determinada obra traz perdasprejuízosdanosdesastresexpulsõesexpropriaçõesdesaparecimentosprivaçõesruínasdesgraçasdestruições, de vidas e de bens, muitas vezes permanentes e irreversíveis.
É disso que realmente se trata quando analisamos as consequências de determinados empreendimentos para as populações atingidas, e para os ecossistemas.
É necessário pois, levantar o véu dos “impactos”, desnudar as aparências e tornar concreta a realidade imposta às populações atingidas e aos ecossistemas por estes empreendimentos, inclusive o da empresa estatal CIPS.
A proposta deste Seminário é discutirmos um empreendimento do porte do CIPS, “além do capital”. Além do número e a quantidade de produtos que circula neste porto. Da receita produzida e das divisas obtidas pelas grandes corporações que ali estão localizadas com seus parques fabris ou de logistica. A capacidade de movimentação de petróleo e derivados. Da ampliação dos parques de tancagem.
Na verdade creio que a discussão que devemos travar passa necessariamente pelo questionamento da inserção desta empresa estatal em um sistema, em uma lógica, que perdeu sua capacidade civilizatória, e no atual estágio para manter-se, torna-se cada vez mais destrutiva de direitos, da vida de milhões de seres humanos e da natureza, colocando em risco o próprio planeta Terra.
Não devemos nos contentar nestas discussões, somente em reformar o sistema do capital, mas ir além dele. Que as soluções que venhamos propor não sejam apenas formais, mais essenciais.
Hoje, como tarefa fundamental, de todos e todas que lutam e acreditam que um novo mundo possível é de construir um pensamento junto a sociedade que seja contra hegemônico e antagônico ao que está estabelecido.
Temos que fortalecer o combate ao economissismo, as visões reformistas, ao modismo pós moderno.
Temos que passar uma mensagem a sociedade que tenha como parâmetro o ser humano, o meio ambiente, isto exige superarmos a lógica desumanizadora do capital, que tem no individualismo, no lucro, e na competição seus fundamentos.
Transformar estas idéias e princípios em práticas concretas é uma tarefa que exige ações que vão muito além das salas de aula, dos gabinetes, dos foruns acadêmicos.
Temos que sair as ruas, para os espaços públicos, e se abrir para o mundo.
Construir uma ruptura com a lógica capitalista. O sistema do capital não é eterno, e expressa contradições insanáveis. A destruição deste sistema corresponde a salvação da vida, como entendemos, em nosso planeta.
Acredito que a construção de um novo mundo é possível. E começa em construir uma educação cuja principal referência seja o ser humano. Uma educação que realize as transformações politícas, econômicas, culturais e sociais necessárias.
Hoje iremos discutir um grande empreendimento, o maior, em nosso Estado em processo de implantação, e seus reflexos na vida das pessoas, das populações tradicionais que viviam e vivem  naquele território. Entendemos que as mais de 100 indústrias instaladas, os investimentos em torno 50 bilhões de reais com dinheiro público, não afetaram e se restringiram apenas aos 13.500 ha do território onde se localiza o empreendimento. Ou mesmo, as 15.000 famílias que ali viviam e vivem. Mas, sobretudo, afetaram também os municípios vizinhos do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, mas todo Estado de Pernambuco que tiveram restrições de investimentos, pela concentração dos investimentos públicos no CIPS.
O Seminário foi assim organizado. Pela manhã o painel “Saúde e modos de vida no território do CIPS” terá como palestrantes profissionais que conhecem muito bem o território, e que tem acompanhado de perto, o real significado da chegada deste empreendimento nas vidas dos moradores e moradoras do entorno do Complexo. A profa. Idê Gurgel desta casa, a Rafaela Nicola ecóloga e assessora do Forum Suape, e a profa. Joanna Lessa da Universidade Rural darão suas contribuições ao debate. A moderação será da pesquisadora desta casa a Dra. Aline Gurgel.
A vozes das comunidades serão ouvidas neste auditório, através de depoimentos de moradores/moradoras relatando todas suas angústias e dramas vividos. É importante que se saiba que em Suape tem gente vivendo lá.
Pela tarde o painel “Ecossistemas no território do CIPS” contará com o visionário, e que já antevia a destruição e as mudanças drásticas e dramáticas do território de Suape, o prof. Clovis Cavalcanti. Além da profa. Maria das Graças do Departamento de Serviço Social da UFPE, e do diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da empresa CIPS, Jorge Araújo, que apesar de convidado não deu nenhuma resposta ao convite dos organizadores. A moderação será da pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco Edneida Cavalcanti. E logo após um coquetel será servido.
Esperamos assim estar contribuindo para que este debate, que envolve temas tão importantes neste momento para a sociedade brasileira, possa ganhar o interesse da sociedade pernambucana.
O “tudo se vende”, o “tudo se compra”, o “tudo tem preço” está levando nossa civilização a um momento crucial em sua historia.
Um basta a mercantilização dos bens comuns, da água, das florestas, dos manguezais, da biodiversidade, e o respeito aos modos de vida das populações tradicionais é para ontem. Estas populações tradicionais tem muito a nos ensinar de como “bem viver”.
Um bom Seminário.
P.S.: Me apropriei, por concordar integralmente, das discussões sobre impactos travadas pelo prof. Célio Bermann em um texto seu sobre o tema.
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Desigualdade Direitos humanos Encontro Fórum Suape

NO RIO E NO MAR: PESCADORAS E PESCADORES EM LUTA POR DIREITOS E PELA VIDA

No dia 31/10/2017, pescadores e pescadoras artesanais, quilombolas e posseiros nativos da região do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca realizaram um importante ato contra novas obras de dragagens que o Complexo Industrial e Portuário de Suape – CIPS planeja realizar. As obras consistem no alargamento e aprofundamento do canal de navegação do Estaleiro Vard Promar, a fim de viabilizar o acesso de navios petroleiros e de minério, mas para as comunidades pescadoras artesanais da região, trata-se de mais uma grande ameaça a seus territórios de pesca. A concentração deu-se às 7h da manhã na Praia de Suape, de onde as/os pescadoras/es saíram em “barqueata”, entoando em uma só voz “no rio e no mar: pescadores em luta!”. Os barcos se dirigiram à Ilha de Cocaia (onde a empresa planeja depositar os sedimentos provenientes das obras). 
Quando a barqueata aportou na Ilha de Cocaia por volta das 9h30, algo que imediatamente chamou a atenção de todos/as foi o forte cheiro de óleo e o fato de que a areia estava impregnada do combustível diesel que será utilizado nos caminhões encarregados de fazer o transporte dos sedimentos pela ilha, revelando mais uma face do constante descuido com as questões ambientais por parte da empresa, que sequer é capaz de fazer uma contenção eficiente para o óleo, que vazava aos montes e já chegava ao mar. 
O atos das/os pescadoras/as teve o intuito de barrar as obras de dragagem no canal de navegação do Estaleiro, comunicadas pela empresa somente 11 dias antes da data prevista para o início das obras, numa reunião convocada às pressas com uma pequena comissão de pescadores/as. As/os pescadores reivindicam um debate amplo com toda a comunidade pesqueira e um estudo minucioso dos impactos das obras sobre a vida das comunidades tradicionais que dependem daquele ecossistema para sobreviver. Estudos dessa natureza são algo que Suape sempre negligenciou em todas as suas atividades. Esquecidas, para Suape é como se essas comunidades sequer existissem. 
A notícia de novas obras de dragagem surge quase que exatamente um ano após o Complexo Industrial Portuário de Suape ter sido condenado pela Justiça Federal pelos danos socioambientais decorrentes de atividades de dragagem e de derrocagem executadas entre os anos de 2008 e 2013. Na ocasião, foi imposta à empresa pública a execução de uma série de medidas para remediar tais danos, cujo cumprimento até o momento não foi comprovado. Percebe-se, portanto, a postura de escárnio por parte da empresa pública do estado de Pernambuco para com as comunidades pescadoras, as leis e o próprio Judiciário. 
As novas dragagens incidirão no que restou de território pesqueiro próximo à Ilha de Tatuoca, região que foi quase completamente destruída para a instalação do Estaleiro Vard Promar no ano de 2013. Àquela época, quando o mangue da Ilha de Tatuoca foi inicialmente dragado para a abertura do canal de navegação, as/os pescadores/as ficaram mais de 1 (um) ano sem conseguir pescar no local. A lama decorrente da dragagem matou inúmeras espécies de animais que viviam nos manguezais; restou apenas um cheiro intenso de morte e putrefação. Além disso, toda a movimentação sedimentológica e a falta de controle sobre os resíduos decorrentes do processo de dragagem tem provocado o adoecimento (coceiras, ferimentos na pele, problemas ginecológicos) das/os profissionais da pesca, principalmente marisqueiras, que trabalham na região. 
“Isso aqui tudo era mangue” foi uma das falas que mais se ouviu, durante o ato público, de pescadores e pescadoras, que fitavam com tristeza seu antigo território pesqueiro, hoje em parte destruído e que agora Suape quer destruir ainda mais. O local é um dos poucos que ainda abrigam guaiamuns, espécie protegida pela Portaria do MMA n.º 445/2014, por estar em extinção. As dragagens na área próxima à Ilha de Tatuoca, bem como o depósito de sedimentos na Ilha de Cocaia, vão destruir mais uma vez os mangues e os territórios pesqueiros de mariscagem, que Suape insiste em negar que existam. 
Laílson, Vice-Presidente da Colônia Z-08, chamou ainda a atenção para o fato de que os sedimentos removidos do fundo acarretarão o soterramento de áreas rochosas, onde se formam substratos orgânicos fundamentais para reprodução de lagostas e outras espécies marinhas. 
Somente por volta do meio-dia, após horas de exposição ao sol e à chuva, os/as pescadores/as puderam contar com a presença de representantes do CIP-Suape no local. Com respostas vagas e incongruentes às reivindicações apresentadas, os representantes da empresa tentaram minimizar os impactos futuros e os já produzidos. No entanto, diante da posição firme e incisiva das/os pescadoras/es, a empresa se viu obrigada a recuar, a suspender, por ora, o início das novas dragagens e a abrir um diálogo transparente e mediado pelo Ministério Público Federal com as comunidades atingidas.
A suspensão das obras, mesmo que momentânea, e a abertura de um diálogo mediado pelo MPF é uma significativa vitória da mobilização popular. As/os pecadoras/es seguem firmes nessa caminhada. A luta é pela preservação do meio ambiente, por respeito para com as populações tradicionais da região e pelo fim da invisibilização historicamente promovida por Suape contra as comunidades locais. As comunidades atingidas pelo CIPS não são invisíveis. Elas existem, são fortes e exigem seus direitos!
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Encontro Fórum Suape Impactos Informe

SEMINÁRIO: COMPLEXO INDUSTRIAL PORTUÁRIO DE SUAPE: DESENVOLVIMENTO E OS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS

Será realizado um seminário nessa próxima terça-feira (14) de novembro, das 8h às 16h30, com o objetivo de discutir e apresentar as consequências do desenvolvimento apresentado pelo Complexo Industrial Portuário de Suape e seus respectivos impactos socioambientais.
Dia: 14 de novembro de 2017
Hora: 8:00 as 16:30 horas
Local: Auditório Frederico Simões Barbosa do Instituto Aggeu Magalhães, Fiocruz/PE
Para participar, basta acessar esse link e preencher o formulário de inscrição:
https://goo.gl/forms/oYCa8bUpqN4wG3T43
CONFIRAM NOSSA PROGRAMAÇÃO:
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Direitos humanos Encontro Fórum Suape Informe

15º COLÓQUIO INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS DA CONECTAS

O Fórum Suape esteve representado no 15º Colóquio Internacional de Direitos Humanos, em São Paulo, de 1 a 6 de outubro, do qual participaram representantes de organizações não-governamentais, ativistas de diferentes movimentos e agentes de transformação social reunidos para uma reflexão coletiva sobre o nosso papel no atual e desafiador contexto global que tem seriamente ameaçado direitos e liberdades. Além de facilitar a partilha de como temos resistido aos retrocessos em todo o mundo, o 15º Colóquio também serviu como um espaço para repensar as estratégias adotadas pelo movimento de direitos humanos e expandir as alianças para enfrentar os desafios impostos por esta onda conservadora.
O 15º Colóquio foi organizado pelo Fórum Ásia (Tailândia), Centro de Direitos Humanos da Universidade de Pretória (África do Sul), Dejusticia (Colômbia) e Conectas Direitos Humanos (Brasil). A assessora jurídica do Fórum Suape, Luisa Duque participou do Colóquio. Uma das atividades da programação foi a “Feira de Direitos Humanos” onde ocorreram o compartilhamento de projetos, campanhas e/ou ações de advocacy das organizações participantes. 
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Fórum Suape Informe

SEMANA DE MOBILIZAÇÃO DOS POVOS EM GENEBRA

A Campanha Global para desmantelar o Poder Corporativo e parar a Impunidade realizará uma Semana de Mobilização, de 21 a 27 de outubro, em Genebra, com atividades dentro do Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas também de mobilização e debates do lado de fora.
A representante da coordenação do Fórum Suape, Rosimere Nery vai representar a FASE e levar a denúncia do caso das violações que acontecem em Suape. A FASE é membro da Campanha desde o seu lançamento na Cúpula dos Povos na Rio+20 e integra a coordenação do Fórum Suape.
Em seu pronunciamento Mere deverá fazer uma breve exposição sobre os impactos socioambientais (remoções forçadas, violências cotidianas e degradação dos ecossistemas dos quais as comunidades dependem) vinculando-os com o racismo ambiental, evidenciando como esses impactos estão não por acaso direcionados a comunidades negras. A escolha do local para a instalação do complexo recaiu não por acaso sobre uma região tradicionalmente habitada por comunidades nativas e com menor acesso à educação formal. Evidencia-se a institucionalização de práticas discriminatórias por parte do Estado quando, por meio de decisões governamentais e estabelecimento de políticas públicas, são impostas as piores condições de vida a populações negras. 
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Fórum Suape Informe

SEMINÁRIO NACIONAL DA CAMPANHA “NEM UM POÇO A MAIS”

O Seminário Nacional da Campanha “Nem um poço a mais!” será realizado no Espírito Santo, no período de 29 de novembro a 02 de dezembro próximo. Como nos anos anteriores, a ideia é reunir várias lutas locais capixabas anti-petroleiras e experimentos pós- petroleiros. Povos da pesca artesanal, quilombolas, indígenas, sem terra, camponeses, grupos de mulheres, artistas, ambientalistas, comunicadores, acadêmicos, cineclubistas, ciclistas, agroecologistas, permaculturistas, técnicos ambientais, estudantes, recicladores e outros mais.
A proposta é reunir todas as lutas locais contra Shell, Petrobrás, Chevron, StatOil, Repsol, Jurong, Porto de Roterdã, Itaoca offshore, Vipetro, Imetame. Não vai faltar luta local, nem petroleira. Ainda de quebra outras lutas parceiras, contra a Vale do Rio Doce, a Samarco, a CST, a Fibria, a Suzano. Longa é a resistência capixaba! Também deverão participar organizações, movimentos e fóruns regionais de outros Estados brasileiros, a exemplo do Fórum Suape, e ainda redes e organizações nacionais e internacionais. 
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Fórum Suape Informe

INFORMES

Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Olinda e Recife, recriada pelo arcebispo Dom Fernando Saburido, realizará nos dias 27 e 28 de outubro, na Universidade Católica de Pernambuco um Fórum para debater e buscar sugestões para a garantia dos direitos no território abrangido pela Arquidiocese. As conclusões desse Fórum pautarão as ações e o planejamento estratégico da CJP, com a definição de prioridades para cada um dos direitos debatidos. As inscrições para participar do Fórum podem ser feitas através do site: www.unicap.br/ihu.
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O Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social – CENDHEC e a Defensoria Pública do Estado de Pernambuco, em parceria com o Instituto Humanitas UNICAP, realizaram nos dias 28 e 29 de setembro, no auditório da UNICAP, o seminário Acesso à Justiça e Direitos Humanos”. Esse tema parte da análise de que o Sistema de Justiça (Ministério Público, Defensorias, etc) exerce um papel significante no contexto atual e da necessidade de democratizá-lo. O Seminário se propôs a discutir sobre a importância do papel que as defensorias estaduais e da União exercem e podem exercer na defesa das populações vulnerabilizadas.
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A Semana sem petróleo, de 27 a 30 de setembro, atividade da Campanha “Nem um Poço a Mais trouxe uma provocação à reflexão sobre os modos de vida na sociedade atual. A petrodependência é tão avassaladora que não conseguimos sequer por uma hora existir e realizar nossas ocupações cotidianas sem petróleo. Durante toda a semana foram realizadas oficinas, palestras, debates, exposições, atividades culturais e de comunicação. O desafio da Semana sem Petróleo é ajudar a refletir sobre nossos níveis de dependência, identificar os usos abusivos e desnecessários de petróleo. É fazer ver caminhos de transição e possibilidades de redução gradual de seu uso em nosso cotidiano. É sim possível superar a petrodependência.
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O Espírito Santo é um dos principais polos da expansão petroleira no Brasil. Com a segunda maior extração de petróleo e gás do país, predomina o discurso eufórico da redenção capixaba, que tiraria o estado do “atraso” graças ao boom petroleiro. Nada mais falso. Não são levados em conta os impactos sociais e ambientais, muito menos a concentração de renda envolvida no processo. Nada mais atrasado do que extrair mais petróleo e queimar mais combustíveis fósseis no planeta do aquecimento global.
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Em três dias de oficinas e debate público, coletivos da América do Sul compartilharam práticas de resistência aos megaprojetos. O intercâmbio realizado no Rio de Janeiro, de 11 a 13 de setembro ajudou a consolidar a vigilância popular ambiental como ação fundamental de resistência à presença das corporações e seus grandes projetos de desenvolvimento a partir do empoderamento popular. 
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Fórum Suape Informe

PROGRAMA ABRE INSCRIÇÕES PARA PROJETOS

O Programa Fortalecendo Comunidades para a Construção de Cidades Inclusivas, Resilientes e Sustentáveis abriu inscrições para projetos de organizações da Região Metropolitana do Recife. Os projetos devem apresentar propostas inovadoras no âmbito das linhas de ação do edital e levar em consideração o desenvolvimento social e práticas ambientalmente sustentáveis.
As inscrições para a Etapa do Recife vão até 25 de outubro. O valor é de até R$ 30 mil por projeto e as linhas de ação são: Agricultura urbana e seguridade alimentar; Habitação (Assentamentos

precários e habitação de interesse social); Consumo sustentável; Energia; Fortalecimento institucional comunitário; Implantação e recuperação de áreas verdes comunitárias; Mobilidade ativa; Mudanças climáticas; Ordenamento territorial; Participação social; Saneamento. O Programa Fortalecendo Comunidades é uma parceria entre Fundo Socioambiental CASA, Fundo Socioambiental CAIXA e Fundação OAK.

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SUAPE

CRIAÇÕES DE FÓRUNS TEMÁTICOS VISA FACILITAR DIÁLOGO COM SUAPE

A criação de “fóruns temáticos” como forma de otimizar e dar maior eficiência ao diálogo e aos respectivos encaminhamentos, inclusive no que se refere aos itens priorizados da pauta de reivindicações entregue ao Governo do Estado no ano passado. Esse foi o principal encaminhamento da reunião realizada no dia 19 de setembro, no Auditório do CIPS – Complexo Industrial e Portuário de Suape, com representantes do Fórum Suape e comunidades da

região. Participaram também Elias Cabral (CONLUTAS) e Edna Jatobá (Secretária do Conselho Estadual de Direitos Humanos) e ainda 14 integrantes da empresa, dentre eles o diretor presidente Marcos Baptista.

Depois da abertura da reunião pelo diretor presidente do CIPS, o coordenador do Fórum Suape, Heitor Scalambrini fez uma retrospectiva sobre os encaminhamentos e demandas do Fórum para o Governo do Estado e propôs que, considerando a abrangência da pauta de reivindicações apresentada anteriormente, fossem priorizados os seguintes itens da pauta:
1 – Garantia de moradia digna às famílias já despejadas, com a viabilização da continuidade de seus modos de vida tradicionais por meio da realocação em áreas com condições geográficas similares às de origem;
2 – Garantia da permanência e consolidação das comunidades tradicionais nos seus territórios com a sua Regularização Fundiária e com a concessão de subsídios para a sustentabilidade das mesmas;
4 – A preservação das áreas remanescentes de mangues, restingas, fundos rochosos e mata atlântica dentro do território
apropriado pelo CIPS;
5 – Arecuperação/revitalização de áreas degradadas pela ação do CIPS, com prioridade para as áreas reconhecidamente utilizadas pelas populações tradicionais de forma a garantir suas atividades culturais e de sustento;
9 – A abertura do canal do rio Ipojuca e acesso ao estuário do Merepe, com recuperação ambiental dessa região;
11 – Fim imediato da atuação violenta do CIPS contra os posseiros, mediante ameaças, destruição de casas e lavouras, roubo de materiais etc., coibindo-se de uma vez por todas os abusos e as arbitrariedades;
12 – Fim do bloqueio ao acesso dos pescadores e das pescadoras a áreas específicas de mangue, assim como o confisco injustificado de seus apetrechos de pesca;
16 – A revisão de todas as indenizações já pagas pelo CIPS decorrentes dos “acordos” que a empresa pressionou os posseiros a assinar, com valores aquém dos valores de mercado, sem parâmetro justificável como base de avaliação dos mesmos.
No decorrer da reunião, tanto o diretor de Gestão Fundiária e Patrimônio (DFP), Sebastião Pereira Lima, quanto o diretor de Planejamento e Gestão (DPG), Jaime Alheiros trataram de mostrar que o Complexo de Suape tem realizado diversas obras que propiciam condições dignas para as comunidades atingidas. O coronel Pereira Lima transferiu a responsabilidade sobre as péssimas condições de acesso ao Assentamento Ximenes para a Prefeitura de Barreiros. “Suape executou o acesso ao assentamento (construção de estrada vicinal), nos reunimos diversas vezes com o prefeito da cidade para tratar do assunto, uma vez que a responsabilidade sobre esse acesso é da Prefeitura. Para apoiar o município, Suape ainda viabilizou manilhas de concreto para apoiar a prefeitura na consecução da macrodrenagem desse acesso. Contudo, as manilhas terminaram sendo utilizadas em outras localidades no município”, afirmou Pereira Lima.
Jaime Alheiros apresentou dados sobre o andamento dos trabalhos de preservação, recuperação e de revitalização realizados pelo CIPS, segundo ele trata-se de uma ação integrada junto aos órgãos de controle. Sugeriu a constituição de uma “comissão executiva” formada por membros do Fórum com a participação de representantes de Suape, para tratar de pautas específicas de responsabilidades de outros órgãos da administração pública, seja ela municipal, estadual ou federal.
O Fórum SUAPE se comprometeu em elaborar uma proposta contendo a sugestão dos temas para os referidos “fóruns temáticos” e já encaminhou para a Chefia de Gabinete da Presidência de Suape, incluindo a sugestão de reivindicações a serem tratadas em cada um deles, assim como a relação de participantes.
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