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Fórum Suape

FÓRUM SUAPE VISITA DOM SABURIDO

Na quarta-feira dia 11 de dezembro membros do Forum Suape estiveram com o arcebispo de Recife Olinda Dom Saburido.
Na oportunidade foi entregue um amplo material de denuncia as truculências que estão sendo cometidas pela Empresa Suape contra os moradores do entorno do Complexo Industrial Portuário, e as agressões ao meio ambiente naquele território.
Esse mesmo material já foi entregue ao Ministério Público Estadual, e a Ordem dos Advogados do Brasil/PE, que até o presente não deram nenhuma resposta as denuncias, todas documentadas.
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Fórum Suape Informe

FÓRUM SUAPE PROMOVE EXPOSIÇÃO DE FOTOS E LANÇAMENTO DE VÍDEO

O Fórum Suape realizou na noite de 9 de dezembro (segunda-feira) na Camara dos Vereadores do Recife, a exposição de fotografias GENTE DE SUAPE do fotografo José Elias Ripper, e a apresentação do vídeo TATUOCA UMA ILHA ROUBADA das produtoras Gabriela Ferrite e Rafaela Nicola.
Em torno de 80 pessoas prestigiaram o evento seguindo de debate.
Esperamos levar esse evento no inicio de 2014 a Recife, e assim mostrar o outro lado desse empreendimento que tem levado tanta dor e desesperança aos moradores do entorno do Complexo de Suape e as cidades vizinhas.
Mais fotografias veja em FOTOS.
Nossos sinceros agradecimentos a tod@s que lá estiveram
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Dragagem SUAPE

NOTÍCIAS DE SUAPE EM JORNAL HOLANDES

Empresa de dragagem “Van Oord” quer receber pagamento do Brasil
A “Van Oord”, empresa neerlandesa de dragagem, está envolvida em um conflito com o Brasil, com relação a um pagamento de €40 milhões. Caso os brasileiros continuem a se recusar a pagar a dívida, esta será paga pelo Tesouro neerlandês.
Desde fevereiro, a “Van Oord” aguarda o pagamento das obras de dragagem em Suape, um porto no Nordeste do Brasil. Do total de €70 milhões, apenas €30 milhões foram pagos. O Governo Federal acusa o Porto de má gestão financeira e de ter cometido erros na adjudicação e, por isso, se recusa a pagar a segunda parte.
A empresa de dragagem fechou um seguro contra inadimplência com a Atradius DSB, agência que fornece seguro de crédito à exportação em nome do Estado neerlandês. Haia está tentando convencer os brasileiros a pagar, mas até agora não obteve sucesso. Pelo contrário, o Governo Federal brasileiro está considerando um pedido de restituição da primeira parcela do pagamento.
Se necessário, o Estado neerlandês pagará a dívida brasileira à “Van Oord”. Kees Rade, Embaixador dos Países Baixos em Brasília, afirmou que “trata-se de um valor altíssimo”, “principalmente agora que o Governo neerlandês está economizando o máximo possível”.
O desenvolvimento desse porto brasileiro está sendo associado a violações de direitos humanos e levando os pescadores locais à falência. Organizações como “Both Ends” e SOMO acham que esses fatores tornam inaceitável a possibilidade de o contribuinte neerlandês ter que arcar com as consequências dessa dívida, mesmo porque a Atradius DSB só pode assegurar projetos que não tenham “conseqüências sociais e/ou ambientais negativas”.
Bert Brunning, Diretor da Atradius, afirmou que a agência está “levando todos os interesses em consideração” e “reforçando o controle de impactos negativos.”
(Fonte: Nederlands Dagblad, 28/11/2013, p. 1, “Baggeraar Van Oord wil geld van Brazilië”, disponível online em: http://www.nd.nl/artikelen/2013/november/28/baggeraar-van-oord-wil-… )
Tradução: Embaixada brasileira na Holanda
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SUAPE

SUAPE DISCUTIDA NO PARLAMENTO HOLANDÊS

Respostas de vice-ministro holandês das Finanças para as questões levantadas no parlamento holandês.  Estas perguntas foram feitas por um deputado do Partido Trabalhista (social-democratas), após a primeira reportagem do jornal holandês sobre esta questão.(tradução livre)
Fonte: Both ENDSData: 6 de dezembro de 2013
1 . Você está familiarizado com a reportagem do jornal “O Brasil se recusa a pagar Van Oord ? “sim
2 . É verdade que a Holanda e o Brasil estão envolvidos em uma disputa comercial que a empresa com sede em Roterdã  Van Oord não foi paga por um grande trabalho de dragagem no porto brasileiro de Suape ?Posso confirmar que atraso de pagamento têm surgido em relação às atividades implementadas pela Van Oord no Brasil. Essas atividades são a dragagem do canal de acesso ao porto de Suape. Van Oord tem segurado o risco de pagamento ao abrigo do mecanismo de seguro de crédito à exportação ( EKV ) do Estado holandês. A questão é, portanto, de um seguro de técnico natureza. Não é uma disputa comercial .
3 . A Van Oord , que devido a um atraso do Brasil nos pagamentos de maio 2013 suspendeu os seus trabalhos no porto , implementou a sua atribuição de dragagem no porto de Suape em tempo útil e em plena conformidade com os acordos feitos ?A partir de contatos com o Brasil verifica-se que as obras foram implementadas em tempo útil e em conformidade com os acordos feitos com Suape. O trabalho foi interrompido como o montante acordado para o trabalho, e que o contrato foi formalmente terminado. Eu não tenho nenhuma razão para supor que há uma disputa entre Suape e Van Oord sobre a implementação da obra.
4 . Que esforços você está fazendo para resolver este diferencia comercial entre a Holanda e o Brasil , e quais são de acordo com você as perspectivas em relação a uma solução oportuna para essa disputa ?Via diferentes canais diplomáticos Holanda e Brasil estão envolvidos em consultas para chegar a uma solução rápida para os pagamentos atrasados ​​. O objetivo é evitar danos na conta do Estado holandês.Eu entendo que é uma questão administrativa complexa no Brasil, em que vários níveis de governo estão envolvidos.
5 . É o padrão do Brasil relacionados com o dano ambiental que Van Oord causou na área do porto e para o qual a empresa incorreu uma multa de € 820,000 ? Se não, por que não? Será que Van Oord paga essa multa?Não tenho conhecimento de uma relação entre o atraso no pagamento e a questão ambiental. A agência ambiental local no Brasil emitiu a multa a que o artigo na Financieel Dagblad se refere a Suape, e não a Van Oord . Entretanto Suape recorreu da multa e está esperando se a a multa será mantida ou retirada na sequência do apelo .
6 . Você tem a intenção de elevar o padrão brasileiro no Clube de Paris, que faz a mediação entre países credores e devedores ? Se sim, quando você vai fazer isso ? Se não, por que não?Sim. Fica acordado internacionalmente que os membros do Clube de Paris, informar-se mutuamente sobre as dificuldades de pagamento que surgiram . No caso dos pagamentos atrasados ​​persistir a Holanda irá relatar isso, então também no Clube de Paris. Este momento está se aproximando rapidamente , em caso de insuficiente perspectiva de uma solução rápida , em algum momento nos próximos meses os atrasos de pagamentos será gerado.
Answers of Dutch deputy minister of Finance to questions raised in Dutch Parliament
Date: 6 December 2013

1.    Are you familiar with the newspaper report “Brazil refuses to pay Van Oord?”
Yes

2.    Is it true that the Netherlands and Brazil are involved in a trade dispute as the Rotterdam-based water construction company Van Oord has not been paid for a large dredging job in the Brazilian port of Suape?
I can confirm that payment arrears have emerged in relation to the activities implemented by Van Oord in Brazil. These activites are the dredging of an access channel in the port of Suape. Van Oord has insured the payment risk under the export credit insurance facility (EKV) of the Dutch State. The issue is therefore of a insurance technical nature. It is not a trade dispute.

3.    Has Van Oord, that due to a Brazilian arrear in payments in May 2013 suspended its work in the port, implemented its dredging assignment in the port of Suape timely and fully in accordance to the agreements made?
From contacts with Brazil it emerges that the works have been implemented timely and in accordance with the agreements made with Suape. The work was stopped as the agreed sum for the work was reached and the contract has formally ended. I have no reason to assume that there is a dispute between Suape and Van Oord about the implementation of the work.

4.    Which efforts are you making to resolve this trade dispute between the Netherlands and Brazil, and what are according to you the prospects regarding a timely solution to this dispute?
Via different diplomatic channels the Netherlands and Brazil are engaging in consultations to reach an early solution to the payment arrears. The aim is to prevent damage at the account of the Dutch State. I understand that it is a complex administrative issue in Brazil in which various levels of government are involved.

5.    Is the default of Brazil related to the environmental damage that Van Oord caused in the port area and for which the company incurred a fine of €820.000? If not, why not? Did Van Oord pay this fine?
I am not aware of a link between the arrears in payment and the environmental issue. A local environmental agency in Brazil issued the fine to which the article in the Financieel Dagblad refers to Suape and not to Van Oord. In the meantime Suape appealed against the fine and is waiting whether the fine will be upheld of withdrawn following the appeal.

6.    Do you have the intention to raise the Brazilian default in the Paris Club that mediates between creditor countries and defaulters? If yes, when will you do this? If no, why not?
Yes. It is internationally agreed that members of the Paris Club inform each other about payment difficulties that emerged. In case the payment arrears would persist the Netherlands will report this then also in the Paris Club. This moment is approaching quickly; in case of insufficient prospect of an early solution, some time in the coming months the payment arrears will be raised.


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SUAPE

SUAPE É NOTÍCIA NA HOLANDA (1) (2)

Artigos publicados na revista Holandesa “de Volkskrant” traduzidos.
(Fonte: “de Volkskrant”, 28/11/13, p. 24-25, “Brazilië weigert betaling 40 mln aan baggeraar” e “Toekomst vissers interesseert de gouverneur niet”, disponíveis online em:

Brasil se recusa a pagar € 40 milhões a empresa de dragagem

A “Van Oord”, empresa neerlandesa de dragagem, está envolvida em um conflito com o Brasil, com relação a um pagamento de €40 milhões. Caso os brasileiros continuem a se recusar a pagar a dívida, esta será paga pelo Tesouro neerlandês.
IPOJUCA – “Uma rápida resolução para esse conflito me parece improvável”, afirmou Kees Rade, o Embaixador dos Países Baixos no Brasil.
Desde fevereiro, a “Van Oord” aguarda o pagamento das obras de dragagem em Suape, um porto no Nordeste do Brasil. Do total de €70 milhões, apenas €30 milhões foram pagos. O Governo Federal acusa o Porto de má gestão financeira e de ter cometido erros na adjudicação. Além disso, se recusa a pagar a segunda parte e está considerando um pedido de restituição da primeira parcela do pagamento.
A empresa de dragagem fechou um seguro contra inadimplência com a Atradius DSB, agência que fornece seguro de crédito à exportação em nome do Estado neerlandês. Haia está tentando convencer os brasileiros a pagar, mas não obteve sucesso até agora.
O desenvolvimento desse porto brasileiro está sendo associado a violações de direitos humanos e levando os pescadores locais à falência. Organizações como “Both Ends” e SOMO acham que esses fatores tornam inaceitável a possibilidade de o contribuinte neerlandês ter que arcar com as consequências dessa dívida. Em um relatório publicado recentemente, as ONGs afirmam que a Atradius DSB só pode assegurar projetos que “não tenham consequências sociais e/ou ambientais negativas”.

O futuro dos pescadores não interessa ao Governador

Graças às obras de dragagem da “Van Oord”, o porto situado em Ipojuca está se tornando interessante para investidores, o que é ótimo para o Governador Eduardo Campos, que é candidato à presidência. Os pescadores e moradores da área, porém, são as vítimas das obras.
IPOJUCA – Quando seis seguranças de empresa particular e um veículo de demolição pararam em frente à casa de José Ferreira (65), ele foi até a porta e se sentou no chão, em uma última tentativa de salvar sua casa. “Eles me ameaçaram com armas, me arrastaram para fora e me levaram para a delegacia de polícia”, diz Ferreira. Quando ele voltou para casa, mais tarde naquele dia, ela já havia sido demolida. “Todos os meus pertences estavam sob os escombros da demolição.”
Assim como Ferreira, outras onze mil pessoas precisam abrir caminho para o desenvolvimento do porto e da área industrial de Suape, parte do município de Ipojuca, no Nordeste do Brasil. A “Van Oord” está envolvida na expansão do porto desde os anos noventa e recebeu apoio do Estado neerlandês sob a forma de um seguro de crédito à exportação. O desenvolvimento do porto, porém, está associado a despejos ilegais, intimidação, destruição de manguezais e aumento de ataques de tubarão.
Desde 1992, quanto teve início o desenvolvimento em larga escala do porto, sessenta ataques de tubarão foram registrados na região, sendo que vinte deles resultaram em mortes. Vale ressaltar que no Brasil inteiro, a média é de apenas quatro ataques por ano.
Segundo biólogos, o desaparecimento dos manguezais é uma das principais causas dos ataques de tubarões. Mangues são ricos em camarões, caranguejos e lagostas, além de constituírem uma área importante para a reprodução de peixes e tubarões. Ainda de acordo com biólogos, os animais estariam desorientados, procurando novas fontes de alimentação. Outra hipótese é baseada no desaparecimento dos recifes, que formam uma barreira natural contra tubarões. No ano passado, a “Van Oord” explodiu novamente parte desses recifes, a fim de aprofundar o canal de acesso ao porto.
“Essas explosões assustaram as lagostas e os peixes”, diz o pescador Enaldo Rodrigues (42). “A ‘Van Oord’ também destruiu todos os manguezais, com consequências desastrosas para a atividade pesqueira”. O barquinho de pesca de Rodrigues balança sobre ondas enormes. “Às vezes, eu pescava 150 kg por dia”, afirma Rodrigues enquanto mantém a direção do leme com o pé descalço, “mas agora eu não consigo isso nem em um mês inteiro”.
“Muitas pessoas precisam abrir caminho para esse porto, e as obras de dragagem afetam temporariamente a atividade pesqueira”, admite Jurgen Nieuwenhoven, Gerente da “Van Oord” no Brasil. “Nosso cliente Suape, porém, está compensando financeiramente os pescadores e arranjando habitação alternativa para os desapossados. Eu tenho a impressão de que isso está sendo feito de forma adequada.”
Cheiro de esgoto
José Ferreira não tem a mesma impressão. A Suape ofereceu €7.000 por sua casa na Ilha de Tatuoca – localizada em meio à zona portuária, onde ele morou por 40 anos -, mas não ofereceu uma habitação alternativa. “Não sei o porquê”, diz Ferreira, que, após a expropriação, foi morar em uma favela perto de Ipojuca com sua esposa deficiente. “Eu acho que eles não me consideram um dos moradores originais.”
No beco estreito onde Ferreira está morando, paira um cheiro permanente de esgoto. As paredes da casa estão mofadas, a umidade percorre teto abaixo. Sua esposa fica deitada na cama com um olhar fixo. Suas mãos magras percorrem as pernas aleijadas. “Eu sempre fui pobre”, diz o ex-pescador. “Mas na ilha, a vida era tranquila; tínhamos árvores frutíferas e um pedacinho de terra. Éramos bem felizes.”
A poucos quilômetros dali mora Maria José da Silva (27). “Eles nos forçaram a sair de casa”, afirma a mulher que morava na mesma ilha até dois anos atrás. Seus seis filhos estão sentados na sala, olhando para a imagem turva em uma televisão antiga. Após o despejo, a família foi morar com a mãe de Maria José em uma casa de 30 m².
“Não nos ofereceram uma habitação alternativa, porque a casa onde morávamos não era nossa”, diz a jovem mãe, que aos 13 anos casou-se com um nativo da ilha. “Nós alugávamos a casa e, portanto, não temos direito a nada”, diz ela enquanto faz um rabo de cavalo nos cabelos cacheados da filha. Através da Justiça, Maria José está tentando conseguir uma casa, mas tem pouca esperança. “Não somos importantes para os juízes.”
Heitor Scalambrini concorda. Ele é professor da Universidade Federal de Pernambuco e coordenador do Fórum Suape, um grupo formado por organizações ambientalistas e movimentos sociais. “É ingênuo da ‘Van Oord’ confiar no sistema legal e nas boas intenções das autoridades portuárias”, diz Scalambrini. “O porto é o orgulho do Governador do estado, Eduardo Campos. Quem está buscando algo através da Justiça vai bater com a cara na parede; abusos são varridos para baixo do tapete”.
A grande maioria do povo pernambucano é a favor da expansão do porto e da área industrial, visto que esses criarão milhares de empregos e já são responsáveis por 10% da renda do Estado. Há cerca de cem empresas no local, e 45 estão a caminho. Graças ao seu porto, Eduardo Campos – que concorrerá à Presidência contra Dilma Rousseff no próximo ano – é o Governador mais popular do Brasil.
Segundo Márcio Stefani, não há casos de abuso. Stefanni é Secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e Diretor do Suape, um porto que está inteiramente nas mãos do governo. “Os moradores da área portuária ocuparam as terras sem permissão e, portanto, não têm direito a elas”, diz o Secretário. “Mesmo assim vamos construir habitações substitutas e oferecer compensação pela perda das casas. Nós determinaremos o valor. Se eles não concordarem, podem ir à Justiça.”
Reflorestamento
O desaparecimento do manguezal – resultado do desenvolvimento do porto – está sendo compensado em outro lugar, assegurou Stefani. “Nós mesmos fizemos uma parte do reflorestamento”, confirmou Nieuwenhoven, Gerente da “Van Oord”. “Tive uma surpresa agradável quanto ao rigor do controle feito pelos órgãos ambientais.” Os pescadores ainda não estão se beneficiando com isso, visto que leva anos para que árvores jovens cumpram a mesma função que tinha o manguezal destruído.
O pescador Rodrigues guia seu barco através do porto e acena para os funcionários de um tanque de petroleiro com cerca de 300 m, pertencente à petrolífera estatal Petrobras. “A maioria dos trabalhadores vem de fora, nós não temos a formação adequada”, disse Rodrigues, que é semianalfabeto. “Eu não sou contra o porto, mas acho que ele deve ser bom para todos”, sublinhou Rodrigues.
O Secretário de Estado e Diretor do Porto reconhece que a situação dos pescadores é “sensível”, mas segundo ele, as desvantagens de Suape não pesam contra os benefícios. O porto “proporciona um tremendo crescimento econômico para todo o Estado. Os pescadores também serão beneficiados, e seus filhos terão emprego nas fábricas mais tarde. Precisamos todos da modernização”, afirma ele, “não vivemos mais no século XVII.”
(Fonte: “de Volkskrant”, 28/11/13, p. 24-25, “Brazilië weigert betaling 40 mln aan baggeraar” e “Toekomst vissers interesseert de gouverneur niet”, disponíveis online em:
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SUAPE

SUAPE É NOTICIA NA HOLANDA (1)

Artigo publicado no jornal holandês de Volkskrant pela correspondente na América latina Jornalista Marjolein Van de Water e traduzido para o inglês.
The governor is not interested in the future of fishermen
From our correspondent MARJOLEIN VAN DE WATER − 28/11/13
Due to the dredging work of Van Oord the port of Ipojuca in Brazil is becoming interesting for investors. That suits governor Eduardo Campos very well in his bid for the presidency. But fishermen and residents are screwed.
IPOJUCA – When six private security men and a demolition car stopped in front of his house, Josef Ferreira (65) sat down on the ground in front of the door in a last effort to save his house. ‘They threatened me with their weapons, dragged me away and brought me to the police station’, says Ferreira. When he returned later that day, his house had been razed to the ground. ‘All my stuff was under demolition rubble.’
Ferreira and eleven thousand others have to make way for the development of the port and industrial area of Suape, part of the Ipojuca municipality in the northeast of Brazil. The Dutch dredging company Van Oord is involved in the expansion of the port since the nineties and obtains support for this from the Dutch State in the form of export credit insurances. The development of the port area is accompanied by illegal evictions, intimidations, the destruction of mangrove forests and an increase in shark attacks.
Since 1992, the beginning of the large scale development of the port, 60 shark attacks have been registered in the region, with twenty casualties. In comparison: all over Brazil on average four attacks occur annually.
Biologists state that the disappeared mangrove forests are a major cause for the shark attacks. Mangroves are rich in shrimp, crabs and lobsters and an important breeding ground for fishes and sharks. The animals are disoriented and look for new sources of food, according to the biologists. Another explanation is the disappearance of the reef, a natural barrier to sharks. With the deepening of the access channel Van Oord blasted again a part of the reef with explosives.
‘These explosions chased lobsters and fish away’, says fisherman Enaldo Rodrigues (42). ‘In addition Van Oord destroyed all mangrove forests, with disastrous consequences for the fish stocks.’ Rodrigues’ fishing boat ferociously swings back and forth in the huge waves. ‘In the past I sometimes caught 150 kilos per day’, according to Rodrigues while he holds the wheel straight with his bare foot. ‘Now I even cannot land such a catch over a month’.

‘Many people have to give way to this port and the dredging works negatively impact on the fish stocks temporarily’, admits Jurgen Nieuwenhoven, manager of Van Oord in Brazil. ‘But our client Suape gives compensation to fishermen and takes care of alternative housing for the dispossessed. I have the impression that this is done in a correct manner’.

Sewage smell
Josef Ferreira does not share that impression. Suape offered him € 7,000 for his house on the island of Tatuoca, in the middle of the port area. He lived there for 40 years but does not receive an offer for replacement housing. ‘I do not exactly understand why’, says Ferreira who after the dispossession started to live with his handicapped wife in a slum area, on the edge of Ipojuca. ‘They do not consider me an original resident, I believe’.
In the small alley where Ferreira now lives hangs a penetration sewage smell. The walls of the house are moldy, the moisture runs down along the roof. His wife is lying in bed, staring at the ceiling. Gently her skinny hands are caressing her crippled legs. ‘I always was poor’, say the former fisherman. ‘But on the island life was quiet, we had fruit trees and a small field. We were quite happy.’
Some kilometers away lives Maria José da Silva (27). ‘They used force to expell us from our house’, says the woman who until two years ago lived in the same island. Her six children sit in the living room and stare at a vague image on an old TV-set. After the eviction the family moved in with Da Silva’s mother, in a house of 30 square meters.
‘We do not get replacement living space because the house in which we lived was not owned by us’, tells the young mother, who married an inhabitant of the island at the age of 13. ‘We rented it and therefore are not entitled to anything’, she says while she binds the wild curls of daughter Ana in a tight tail on top of her head. She tries to still get a house via the courts, but has little hope. ‘The judges find us not that important’.
Heitor Scalambrini confirms that. He is professor at the Federal University of Pernambuco and coordinates the Forum Suape, a coalition of environmental organizations and social movements. ‘It is naïve of Van Oord to trust the legal system and the good intentions of the port authorities’, thinks Scalambrini. ‘The port is a prestige object of state governore Eduardo Campos. Those who want to obtain justice in courts run against walls, abuses disappear under the carpet’.
A vast majority of the people of Pernambuco favors the expansion of port and industrial area. It results in tens of thousands of jobs and is currently already good for 10 per cent of the income of the state. More than hundred companies registered themselves there, and 45 more are coming. Thanks to his port Eduardo Campos, who runs against Dilma Rousseff in the presidential election of next year, is the most popular governor in Brazil.
According to minister Márcio Stefanni there are no wrong doings. Stefanni is minister of economic development of Pernambuco and also director of Suape, that is fully government owned. ‘The residents of the port area once upon a time squatted the land and therefore do not have titles’, said the minister. ‘Nevertheless we build replacement houses and give them a compensation for the loss of their house. We determine the price. If they do not agree, they can go to court’.
Reforestation
The mangrove that disappears due to the development of the port is compensated elsewhere, thus assures Stefanni. Nieuwenhoven confirms that: ‘We have had to execute part of the reforestation ourselves’, according to the manager of Van Oord. ‘I was positively surprised how strict the control was of the environmental authorities.’ The fishermen are still far from benefiting from this. It takes years for the young trees to fulfill the same function as the destroyed mangrove.
Fisherman Rodrigues steers his small boat through the port, and waves at the staff of a more than 300 meters long oil tanker of state oil company Petrobras. ‘Most employees come from outside, we do not have the correct education’, according to Rodrigues, himself semi-literate. ‘I am not opposed to the port, but it should benefit everyone’, he says.
Minister and port director Stefanni admits the situation of the fishermen being ‘sensitive’. But according to him the downsides of Suape do not outweigh the advantages. ‘This delivers enormous economic growth for the whole state. Also fishermen will benefit, their children can later go to work in the factories. We all have to modernise’, he says. ‘We no longer live in the 17th century.’
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SUAPE

SUAPE É NOTICIA NA HOLANDA (2)

Artigo publicado no jornal holandês de Volkskrant pela correspondente na América latina Jornalista Marjolein Van de Water e traduzido para o inglês.
Brazil refuses 40 million to Dutch dredging company
By: Marjolein van de Water − 28/11/13
 The Dutch dredging company Van Oord is embroiled in a conflict with Brazil about an arrear in payment of forty million Euros. If the Brazilians continue to refuse to transfer the money, the debt will be paid from the Dutch state coffer.
‘I consider the chance of a quick resolution to this conflict small’, says Kees Rade, the Dutch ambassador to Brazil.
Van Oord waits since February for payment for a dredging job in Suape, a port in the northeast of Brazil. Of the 70 million only 30 million has been paid. The federal government accuses the port of financial mismanagement and errors in the tender. It refuses to pay a second part and also considers recovering its first payment.
The dredging company took an insurance against default with Atradius DSB, who issues export credit insurances on behalf of the Dutch state. The Hague tries to move the Brazilians to pay, but so far without result.
Fishermen lost their livelihoods
The development of the port in Brazil is accompanies by human rights violations and leaves local fishermen without livelihoods. Originations like Both ENDS and SOMO consider it therefore unacceptable that the Dutch tax payer possibly will end up paying for this debt. They indicate in a recent report that Atradius DSB only is allowed to insure projects that have ‘no unacceptable social and ecological impacts’.
Fisherman Enaldo Rodrigues on his boat
Maria José da Silva and her 6 children
A dredging vessel of Van Oord (right)
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SUAPE Violações Visitas

EMBAIXADA HOLANDESA RECEBE RELATÓRIO DE CRIMES AMBIENTAIS EM SUAPE

Embaixada Holandesa no Brasil recebe relatório de crimes ambientais em Suape

Fonte: Comissão Pastoral da Terra – Regional Nordeste II
Na manhã desta terça-feira, dia 26/11,  a Comissão Pastoral da Terra (CPT) entregou ao embaixador da Holanda no Brasil, Kees Rade, o relatório e o auto de infração  elaborado pelo CPRH sobre crime ambiental praticado por Suape  na atividade de derrocagem do canal de acesso à bacia de manobras do Porto.
Além do relatório, foram apresentados o panorama jurídico da questão fundiária de Suape, além de denúncias de violações de direitos humanos feitas pela CPT e pelo Fórum Suape, que reune diversas organizações sociais e pesquisadores que atuam em defesa da garantia dos direitos das comunidades atingidas pelo empreendimento.
O que motivou a entrega do relatório ao embaixador da Holanda no Brasil foi o fato de que o país europeu manter relações comerciais e de investimentos com o Porto de Suape, através de várias empresas Holandesas que atuam na área de dragagem e derrocagem. “Além dos crimes ambientais, existem uma série de crimes sociais, com expulsões de centenas de famílias camponesas das terras do entorno de Suape.
O governo Holandês tem a ver com tudo o que está acontecendo na área de abrangência do Porto, uma vez que possui investimentos governamentais e de empresas do país europeu. Co-responsabilizamos todos os envolvidos pelos crimes sócioambientais praticados por Suape”, ressalta Plácido Júnior, da CPT. 
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