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COMO A PANDEMIA ESCANCAROU AS INJUSTIÇAS NO TOCANTE AO ACESSO À ÁGUA

Como a Pandemia Escancarou as Injustiças no Tocante ao Acesso à Água é o tema do Momento Fórum Suape dentro da Programação do Rádio Mulher desta sexta-feira (14).

Quem participa do bate-papo é o doutor em Geografia e especialista em Recursos Hídricos Enildo Gouveia e a Geógrafa, coordenadora do CMC e integrante do Fórum Suape Nivete Azevedo.

Você participa do programa acessando as páginas do Facebook @centrodasmulheresdocabo ou do @forumsuape às 8h ou sintonizando na Rádio Callheta Fm 98.5.
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Ambiental Brasil Direitos humanos

DIA INTERNACIONAL DOS POVOS INDÍGENAS

 

Neste domingo, 9 de agosto, é comemorado o Dia Internacional dos Povos Indígenas. A data foi criada por decreto da ONU em 09 de agosto de 1995, em resposta à pressão dos povos indígenas de vários países para que fossem interrompidos os ataques contra a sua cultura e seus territórios.

Atualmente, existem em nosso País, 817.963 mil indígenas, 305 etnias diferentes, 274 línguas indígenas, habitando 1.290 terras indígenas, sendo 408 homologadas e 821 em processo de regularização e/ou reivindicadas, segundo o levantamento feito pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

Segundo o relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT) “Conflitos no Campo Brasil”, em 2019 um dado alarmante foi o aumento no número de assassinatos de lideranças indígenas, o maior nos últimos dez anos, sendo 9 lideranças indígenas assassinadas. Além dos assassinatos, os indígenas ainda sofreram nove tentativas de homicídio e 39 ameaças de morte, além de dezenas de agressões e intimidações. Além disso, houve 930 despejos de famílias indígenas e 320 expulsões por proprietários e grileiros.

Proporcionalmente ao aumento do número de indígenas assassinatos, observa-se um grande aumento na devastação de florestas, principalmente para a prática de extração ilegal de madeira, para a plantação de soja e para a criação de gado que tem total apoio do governo federal.

Esta data, portanto, lembra que a luta indígena é atual, urgente e de todos(as). Resguardar os povos originários e seus territórios é, antes de tudo, preservar os guardiões das raízes da nossa cultura, das nossas florestas e da nossa biodiversidade.

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Ambiental Ataques Comunidade Denúncia Direitos humanos Invasão SUAPE

Opinião Pernambuco – “Conflito fundiário e Violência em Suape” (06/08/2020)

Assista o Opinião Pernambuco da última quinta (6), transmitido pela TV Universitária de Pernambuco, que descreveu o Conflito Fundiário e Violência em Suape, que teve a participação da advogada Luísa Duque do Fórum Suape e da professora Maria das Graças do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

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Ambiental Convite Denúncia Direitos humanos Impactos SUAPE

Trilhas da democracia | As violações aos direitos humanos em Suape

 
Neste domingo (02/08) o Programa Trilhas da Democracia e Brasil 247 aborda As Violações dos Direitos Humanos em Suape. 
O debate será exibido às 17h no Canal do Brasil 247.
O programa contará com a participação da presidenta da Sociedade de Pequenos Agricultores de Ponte dos Carvalhos Vera Lúcia, que também é estudante de Serviço Social e do Defensor Público Federal André Carneiro Leão.
Você pode acompanhar o diálogo pelo Canal do Brasil 247 – http://youtube.com/brasil247
#trilhasdademocracia + #brasil247
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DIA MUNDIAL DE PROTEÇÃO AOS MANGUEZAIS

Hoje, 26 de Julho, é comemorado o Dia Mundial de Proteção aos Manguezais que são peças-chave no combate às mudanças climáticas e contribuem tanto na adaptação dos seus impactos, como na fixação do carbono.

Além disso, o mangue protege contra tempestades minimizando o impacto nas regiões costeiras e serve de berçário para as diversas espécies de peixes e crustáceos, considerado como o berço da vida.

Mesmo com tanta importância na nossa existência os Manguezais estão sofrendo com uma série de ameaças da ação humana e de projetos que visam o interesse econômico.

É de suma importância, a preservação e o respeito a esse ambiente tão cultural e representativo nas nossas vidas e de milhares de famílias, que dependem do mangue para sobreviver. Viva a mãe natureza! E Salve o Mangue!

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Cabo de Santo Agostinho CMC Comunidade Ipojuca MERCÊS

CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE BENEFICIA MAIS 150 MULHERES DO CABO E DE IPOJUCA


Mais 150 mulheres de diversas localidades do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca estão sendo beneficiadas durante essa semana com a Campanha de Solidariedade que visa minimizar as dificuldades vivenciadas por pescadoras, agricultoras, trabalhadoras informais e mulheres em situação de violência doméstica neste momento de pandemia de Covid-19.

A iniciativa é promovida pelo Fórum Suape, Centro das Mulheres do Cabo (CMC), Centro de Assistência Social e Desenvolvimento (CADI) e pela Federação de Órgãos para Assistência Social (FASE). Ao todo, cerca de 500 mulheres já foram contempladas, graças às doações que vêm sendo feitas à campanha tanto por pessoas físicas quanto jurídicas. Desde abril, já foram distribuídas cerca de 600 cestas contendo alimentos e produtos de limpeza, máscaras e higiene pessoal, para ajudar na contenção do vírus.

Uma das mulheres beneficiadas foi a dona de casa Elizia Andreza, de 25 anos, da comunidade de Gaibu, que é mãe de dois filhos. “Essa cesta chegou na hora que eu estava mais precisando, porque estamos passando por um momento muito difícil“, relatou a jovem.

Quem endossou o depoimento de Elizia foi a liderança comunitária da Vila de Nazaré, Jaciana Vale. “Infelizmente, muita gente que vive do pescado não recebeu o auxílio emergencial devido ao vazamento de petróleo, nem o seguro defeso, e essas cestas estão vindo numa boa hora, porque a comunidade de Nazaré é super carente“, disse a liderança.

Gaibu, Suape, Nova Tatuoca, Tiriri, Sítio Taborda, Águas Cumpridas, Sítio do Tomaz, Charneca, Ponte dos Carvalhos, Novo Horizonte, Pirapama, Massangana, Mercês, Vila Claudete, Garapu, Cohab e Centro do Cabo são alguns dos locais beneficiados com a campanha. Em Ipojuca, a comunidade quilombola Ilha de Mercês também recebeu os donativos, e, em breve, a comunidade de Califórnia também será contemplada pela ação.

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Pescadores Reflexão

DIA DO PESCADOR E PESCADORA ARTESANAL

Foto de Renata Albuquerque

9 de Junho é o Dia do Pescador e da Pescadora Artesanal. É um momento de refletirmos sobre a importância desses/as trabalhadores/as e guardiões/ães das águas.

Você sabia que é a  pesca artesanal que garante a segurança alimentar e nutricional da sociedade brasileira? Pesquisas mostram que 70% dos pescados consumidos no Brasil são produtos desse ofício tradicional tão importante na nossa economia e nas nossas vidas.

Além de garantir a segurança alimentar de toda a população e de guardar as águas, os pescadores e as pescadoras artesanais são responsáveis pela preservação dos saberes e da cultura indígena e afrobrasileira. Em um contexto tão delicado de ódio declarado à natureza e ao povo negro, indígena e tradicional, resgatar a importância das comunidades pesqueiras é fundamental para reafirmar a luta pela vida e pela dignidade.

Nós do Fórum Suape nos somamos à luta das pescadoras e pescadores artesanais porque acreditamos que o caminho para um mundo possível está nos saberes ancestrais de quem navegou e navega águas conturbadas há tantas gerações e continua na bravura da sobrevivência em harmonia com a natureza.

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Ambiental Impactos Reflexão

O QUE TEMOS A COMEMORAR NO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE?

Nesta sexta-feira (5) é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, mas o que temos a comemorar neste dia?

O mundo todo vem sofrendo atualmente com os efeitos das mudanças climáticas, decorrentes do aquecimento global que o ser humano vem provocando em nosso planeta. A atual pandemia de Covid-19, que assola todo o mundo, também é mais um reflexo da crise ambiental pela qual passa a Terra.

Já o Brasil vem passando por uma crise ambiental sem precedentes, com o aumento avassalador do desmatamento na amazônia e no cerrado, o uso indiscriminado de agrotóxicos em todo o território, a cada vez maior poluição do ar e contaminação hídrica, além do maior desastre ambiental em extensão com o recente vazamento de petróleo no mar que atingiu toda a costa do Nordeste e ainda alguns estados do Sudeste.

O desmatamento da Floresta Amazônica aumentou 171% em abril deste ano, representando 529 km² de floresta derrubada, o que equivale aproximadamente ao território do município de Porto Alegre. Os dados  são monitorados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O nosso atual Ministro do Meio Ambiente vem, na verdade, adotando uma agenda contrária ao Meio Ambiente, trabalhando no sentido de flexibilizar e suprimir as normas de proteção ambiental.

Todas essas questões precisam ser refletidas em nosso dia a dia e medidas urgentes precisam ser adotadas pela sociedade e pelos governos. Não fique parada/o. Lute por uma mudança de consciência e de prática que ajude a reverter esse estado de destruição. Vamos juntas/os.

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Ataques Denúncia SUAPE

[Brasil de Fato PE] No Cabo, posseiros sofrem ameaças e tem produção destruída por Suape

Famílias acusam Suape por violações de direitos e ameaças que não pararam nem durante pandemia do coronavírus
Vanessa Gonzaga
Brasil de Fato | Recife (PE) | 15 de Maio de 2020

Localizado entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, o Complexo Industrial Portuário de Suape é relacionado a duas narrativas conflitantes: a primeira é a do desenvolvimento econômico e tecnológico, já que o local abriga o maior complexo de indústrias do nordeste e o maior porto do norte/nordeste, recebendo só em 2018 cerca de 23,6 milhões de toneladas de produtos, de acordo com dados divulgados pela própria empresa. Por detrás dessa narrativa, moradores da região denunciam com frequência uma série de violações de direitos que vem impedindo as famílias posseiras de continuar seus modos de vida tradicionais com a pesca artesanal, agricultura familiar e camponesa e a apicultura.

Nascido e criado no Engenho Ilha, no Cabo, Luciano Plácido da Silva tem 34 anos. Ele que diz que os pais já viviam na terra há muito tempo antes dele nascer e agora sua família, com a esposa dois filhos tira o sustento com um apiário e o cultivo de alimentos em terras que ficam cerca de 1km de distância da residência da família, onde produzem batata, macaxeira e coco, que também contribui na qualidade do mel produzido pelas abelhas. Luciano relata que nas últimas semanas, mesmo em meio a pandemia de coronavírus e ao apelo dos órgãos governamentais para que as pessoas fiquem em casa, ele vem sendo ameaçado e teve todo o seu coqueiral derrubado no dia 28 de abril “Depois de dois anos que estava tudo tranquilo, veio a Suape, derrubou as cercas, está lá tudo aberto e estou sem saber o que fazer. Estou com medo deles tocarem fogo nas casas das abelhas. O pessoal diz que eles entram lá sem falar nada com ninguém, pegaram os cocos, derrubam cerca, estão fazendo um negócio aqui que eu nunca vi… Derrubaram os 80 pés de coco que eu plantei para ajudar na floração do mel das abelhas” relata.

O problema não é novo. De acordo com um Relatório da Missão de Investigação e Incidência produzido pela DHesca Brasil sobre as violações de direitos que acontecem no local do complexo industrial e portuário, 32 Boletins de Ocorrência (B.O.) já foram registrados com denúncias de agressão física, verbal e prejuízo patrimonial. O Engenho Ilha é ocupado há décadas por famílias que em seus sítios tem a produção de alimentos como principal atividade econômica e que em 2018 viram o início das obras da indústria farmacêutica Aché no local, que teve as obras concluídas e o início da operação no fim de 2019, quando 41 famílias foram desapropriadas, tiveram suas casas demolidas e algumas nunca receberam nenhuma indenização.

Em 2019, famílias tiveram casas demolidas e foram expulsas do local / Reprodução

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