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Ambiental Cabo de Santo Agostinho Governo Impactos

[Folha PE] Adolescente fotografado em ‘mar de óleo’ no Cabo pretendia ajudar a mãe

Texto de Artur Ferraz

25/10/19 às 07H03, atualizado em 25/10/19 às 13H44

Decidido a ajudar a mãe, dona de um bar na orla de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, Everton Miguel dos Anjos, de 13 anos, ouviu dela a advertência para tomar cuidado com as placas de petróleo cru que invadiram a praia na última segunda-feira. No fim do dia, levou uma bronca. “Ela brigou comigo porque não era para me melar, mas eu fui mesmo assim”, conta.

Apesar disso, o adolescente fotografado em meio à confusão na limpeza das Pedras do Xaréu não sentiu até agora nenhum sintoma de intoxicação. “Ele respirou muito [o cheiro do óleo], mas, graças a Deus, não aconteceu nada com ele”, observa a mãe, Ivaneide Maria de Oliveira, 36.

Capturada pelo fotógrafo da Folha de Pernambuco, Léo Malafaia, a imagem, que mostra o menino vestido com plástico de lixo retirando do mar sacos com petróleo, teve repercussão internacional, sendo publicada em periódicos como The New York Times (EUA) e Clarín (Argentina), além da agência de notícias francesa France-Press (AFP) e do inglês The Gardian, que destacou a foto entre as melhores da última quarta-feira. Depois que a imagem foi captada, Everton subiu nas pedras e pegou óleo de cozinha para tirar o excesso de petróleo que grudara nos braços e nos pés descalços. “Tinha nada para fazer”, disse na hora.

Enquanto o filho se misturava aos voluntários nas Pedras do Xaréu, Ivaneide ficou com o marido em outra área, mais perto da base de apoio do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). “Naquele dia, a gente foi para abrir a barraca porque era feriadão do Dia do Comerciário. Quando a gente chegou lá, estava aquela correria. Eu fiquei perto do Samu, separando o óleo do sargaço e ele foi lá para baixo”, relata a comerciante, que há dois anos mantém o bar Dois Irmãos 2, em alusão ao estabelecimento da mãe dela, o Dois Irmãos 1.

Criança tenta se livrar do óleo preso ao corpo após ajudar na limpeza na praia de Itapuama, Cabo de Santo Agostinho,
Região Metropolitana do Recife – Crédito: Leo Malafaia/Folha de Pernambuco
Diante de uma realidade como essa, manchas de petróleo nas pernas não parecem tão graves para um adolescente no meio de um desastre humano e ambiental. “Ele quis me ajudar. Achei tão engraçado quando eu disse: ‘Não se mela tanto não’, aí ele: ‘Mãe, a gente depende disso aqui. A senhora não trabalha aqui?’”, conta Ivaneide, orgulhosa.

Leia a matéria completa no site: FolhaPE

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Ambiental Governo Impactos

[G1] ‘O óleo destruiu as nossas vidas’, diz catadora de mariscos afetada por desastre no litoral de Pernambuco

Maria de Cássia falou sobre o sentimento de quem depende da pesca em áreas atingidas pelas manchas no
Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife — Foto: Reprodução/TV Globo
Texto de: Antonio Coelho, TV Globo
24/10/2019 20h19 

“O óleo destruiu as nossas vidas”. A frase é da catadora de mariscos Maria de Cássia da Silva, que depende dos pescados para sobreviver, na praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, um dos municípios atingidos pelo desastre ambiental em Pernambuco (clique aqui para ver vídeo).

O surgimento das manchas no litoral do município, no Grande Recife, afetou também outros profissionais, como donos de bares e barracas e barqueiros. A colônia de pescadores do município estima que 1.800 pessoas estão paradas desde o aparecimento do óleo, na sexta-feira (18).

Balanço divulgado pelo governo do estado, na quarta-feira (23), aponta que quase mil toneladas de óleo foram retiradas das praias pernambucanas, em sete dias. Nesta quinta-feira (24), foram atingidas áreas de Itamaracá e outras localidades de Paulista, na Região Metropolitana.

Maria de Cássia afirmou, nesta quinta-feira (24), que depende da coleta de mariscos para sustentar quatro filhos e o marido, que está desempregado. Sem poder trabalhar por causa do óleo, ela afirma que está esperando providências das autoridades.

“A gente não tem resposta do governo. O pessoal da prefeitura do Cabo começou a fazer um cadastramento, mas a gente não sabe o que é e para que é”, afirma. Como os clientes deixaram de ir à praia, Maria de Cássia diz que conta com a ajuda da mãe, que é aposentada. “Estamos de mãos atadas”, declara.

Na praia de Suape, os pescadores também estão parados. A colônia tem 800 cadastrados e mais mil que atuam sem registro formal.

Leia a matéria completa no site: G1

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Ambiental Ataques Governo Impactos Voluntários

[The Intercept Brasil] A ‘eficiência’ do governo para limpar o óleo no Nordeste: adoecimento e exploração dos voluntários

Voluntários lutam contra o óleo: 900 toneladas de resíduos foram retiradas apenas da costa de Pernambuco até agora. Foto: Anderson Stevens
Texto de: Mariama Correia

24 de Outubro de 2019, 16h31

Manchas escuras estão nas roupas e no corpo de Laudinete Maria da Silva, 36 anos. Ela carrega luvas de plástico sujas pelo petróleo. As marcas emocionais também estão evidentes no choro e no desabafo furioso que a moradora local fez diante de mim na praia de Suape, município do Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, na quarta-feira. A imprensa estava ali para acompanhar a visita do Arcebispo de Olinda e Recife às populações impactadas pelo maior desastre ambiental da costa brasileira – e um dos maiores da história do Brasil, cujas consequências ainda são desconhecidas.

Laudinete está exausta. Todos nós, nordestinos, também estamos cansados da falta de explicações e de soluções diante desta tragédia nacional. Quando conheci a pescadora, o óleo que já contaminou dez municípios pernambucanos e mais de 80 no Nordeste não dominava mais o cenário paradisíaco da praia de Suape, de mar calmo e areia branca. “Tiramos tudo sozinhos”, me contou, indignada. Mais de dez toneladas do material foram retiradas somente desta praia desde o domingo passado, segundo os voluntários.

Desde que a mancha tóxica retornou a Pernambuco, no dia 17, a moradora da praia de Suape deixou tudo de lado para se unir aos mutirões de voluntários que trabalham na limpeza da orla. “Quem está levando minhas filhas para a escola é minha mãe. Estou aqui fazendo minha obrigação, limpando [o lugar] de onde tiro o meu pão”, contou Laudinete. Ela é mãe de duas meninas, uma de 10 e outra de 14 anos, sustentadas com a pesca de mariscos.

A cada nova praia afetada, mais imagens de pessoas removendo as imensas porções de óleo com as próprias mãos circulam pelas redes sociais. Mostram corpos desprotegidos lutando contra massas densas que queimam e irritam a pele. Na quinta-feira, 17 de outubro, o óleo chegou à Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte do estado. Segundo o secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, José Antônio Bertotti, 900 toneladas de resíduos (que misturam óleo e areia) foram retiradas apenas da costa do estado até agora. No Nordeste, no total, foram mais de mil toneladas, segundo a Marinha.

Leia a matéria completa no site: theintercept_brasil
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Comunidade Fórum Suape SUAPE

NO CABO, MULHERES DE COMUNIDADES AFETADAS POR SUAPE PARTICIPAM DE SEMINÁRIO

Veja alguns registros do Seminário Mulheres da Terra e das Águas em Defesa de seus Territórios, alusivo ao 25 de Julho – Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, que aconteceu nesta terça-feira (23), no Museu de Massangana, no Cabo de Santo Agostinho, reunindo pescadoras, marisqueiras, agricultoras, quilombolas de diversas localidades e gerações impactadas por SUAPE.

Na ocasião, foram compartilhadas diversas histórias de superação dessas mulheres que tanto lutam para permanecerem em seus territórios e terem seus direitos respeitados. O afeto e a generosidade deram o tom desse dia que norteou todas as atividades realizadas no recinto.

O encontro foi promovido pelo Fórum Suape em parceria com o Centro das Mulheres do Cabo (CMC) e a FASE. Além disso, contou com a participação da codeputada estadual Jô Cavalcanti (da mandata das Juntas), da Colônia Z-8 de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Cabo de Santo Agostinho, do Conselho Pastoral dos Pescadores, do Grupo Espaço Mulher de Passarinho e de mulheres pescadoras da Ilha de Deus, no Recife. Confira as fotografias:

Da Assessoria de Comunicação do Fórum Suape

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Cabo de Santo Agostinho Fórum Suape SUAPE

SEMINÁRIO REÚNE MULHERES DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS ATINGIDAS POR SUAPE

Banner do evento

Quilombolas, pescadoras, marisqueiras e agricultoras das diversas comunidades impactadas pelo Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS), nos municípios do Cabo e Ipojuca, litoral sul de Pernambuco, estarão reunidas nesta terça-feira, das 9h às 16h, no Museu de Massangana, no Cabo de Santo Agostinho, no Seminário “Mulheres da Terra e das Águas em Defesa de seus Territórios.

O encontro tem como objetivo ser um espaço formativo de debate, aprendizado e compartilhamento de experiências das mulheres que foram impactadas pelo Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS). O evento é realizado pelo Fórum Suape, em alusão ao 25 de Julho – Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. No Brasil, essa mesma data é dedicada a Teresa de Benguela mulher negra que lutou pelo fim da escravidão e que liderou a resistência do quilombo de Quariterê, no Mato Grosso.

Para a coordenadora do Fórum Suape, Cássia Jane, um dos objetivos do seminário é promover o debate sobre machismo e racismo na sociedade brasileira. “Vamos abordar como essas opressões recaem de maneira específica sobre as mulheres trabalhadoras rurais afetadas pelo CIPS, que vivem a luta diária pela permanência em seu território e pela preservação de suas identidades”, observou a coordenadora.
A ação é idealizada pelo Fórum Suape em parceria com o Centro das Mulheres do Cabo (CMC) e a Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE).

Serviço:
Quando? 23 de julho
Onde? Museu de Massangana, Cabo de Santo Agostinho
O quê? Seminário “Mulheres da Terra e das Águas em Defesa de seus Territórios”
Horário? Das 9h às 16h

Da Assessoria de Comunicação do Fórum Suape

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Cabo de Santo Agostinho SUAPE

AUDIÊNCIA PÚBLICA NO CABO DISCUTE A SITUAÇÃO DO PARQUE ARMANDO HOLANDA

No dia 29 de maio foi realizada na Câmara dos Vereadores do Cabo uma audiência pública, convocada pelo vereador José de Arimatéia, para discutir a situação do Parque Metropolitano Armando Holanda Calvanti (PMAHC), localizado no litoral do Cabo de Santo Agostinho, onde centenas de famílias posseiras já residiam há gerações, vivendo da pesca, mariscagem, coleta de frutos, produção de doces e licores etc. Ignorando o direito e a tradicionalidade dessas comunidades, SUAPE passou a empreender um projeto de remoção forçada, com o intuito de deixar o PMAHC completamente inabitado.

Outro grave conflito social que assola a área é o grande déficit habitacional que passou a existir no município após a demissão em massa de trabalhadores das indústrias instaladas no CIPS. A ausência de postos de trabalho aliada à inexistência de políticas públicas de habitação fez com que muitos desses trabalhadores passassem a empreender a ocupação informal de terrenos ociosos a fim de exercer o direito à moradia junto às suas famílias. Tais famílias vivem, contudo, em situação precária, sem cobertura do serviço público de saúde e dos sistemas de saneamento básico, água potável e energia elétrica.

No entanto, a forma como SUAPE e a Prefeitura do Cabo vêm lidando até então com essa delicada questão é a pior possível: repressão, criminalização e marginalização dessas famílias, mediante operações conjuntas que vêm gerando traumas nessa população. São inúmeros os relatos de abusos e truculência praticadas por funcionários da Prefeitura, seguranças de SUAPE e PMs.

Carlos Cavalcanti, Diretor de Meio Ambiente de SUAPE presente na audiência pública, reconhece que houve “equívocos” e que a empresa teve dificuldade de diálogo no passado. Afirmou, no entanto, que SUAPE busca daqui para frente construir um diálogo com a população para discutir as regras de uso e de ocupação do Parque.

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Comunidade SUAPE

CO-DEPUTADAS JUNTAS VISITAM COMUNIDADES ATINGIDAS POR SUAPE

Co-deputadas Juntas (Joelma e Jô) visitam comunidades do litoral do Cabo afetadas pelos CIPS.

No dia 14 de maio, as comunidades de Sítio Taborda e de Vila Nova Tatuoca, no litoral do Cabo de Santo Agostinho, receberam a visita de Joelma Carla e Jô Cavalcanti, duas das cinco co-deputadas estaduais que formam o mandato das Juntas na ALEPE, o qual preside a Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular. O encontro foi articulado pelo Fórum Suape e contou com a presença de representantes das comunidades de Gaibu, Vila Nazaré, Nova Tatuoca, Sítio Taborda e Praia de Suape.

Na ocasião, as parlamentares viram de perto a situação de famílias que tiveram suas vidas impactadas pelo Complexo Portuário de Suape e puderam ouvir dos próprios moradores o conjunto de violações a que foram submetidos.

Um dos participantes do encontro foi o universitário Edson Oliveira, que reside no Sítio Taborda há mais de 20 anos e que revelou que a visita das Juntas fortalece a luta e a esperança da comunidade em dias melhores.

“Em um período de descrença política a visita das Juntas ao Sítio Taborda acaba dando um pouco de esperança e motivação à comunidade. Nós já recebemos vários políticos, mas sempre em época eleitoral, quando eles são os maiores beneficiados. O mandato das Juntas está cumprindo o seu dever como representantes do povo quando vêm à nossa comunidade para nos ouvir e assumir o compromisso de estar do nosso lado”, afirmou a jovem liderança.

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MERCÊS Quilombola SUAPE

GRUPO DE TRABALHO CONSTATA A REALIDADE DO QUILOMBO ILHA DE MERCÊS

Estudantes de Geografia da Universidade Regional do Cariri conhecem a realidade
do quilombo Ilha de Mercês, em Ipojuca.

No dia 3 de maio, estudantes de diversos períodos do curso de Geografia da Universidade Regional do Cariri (URCA), sediada na cidade do Crato/CE, vieram conhecer de perto a realidade do território atingido pelo Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS). Sob supervisão do professor Cássio Expedito e acompanhados do Fórum Suape, visitaram a comunidade quilombola Ilha de Mercês, a Praia de Suape, a Ilha de Tatuoca e o conjunto residencial Vila Nova Tatuoca. Os universitários conversaram com moradores e puderam conhecer as inúmeras transformações provocadas pelo Complexo de Suape, que tiveram repercussões extremamente negativas sobre as vidas das comunidades que ali já residiam.

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Ambiental SUAPE

TURMA DE GEOGRAFIA DA URCA CONHECE ÁREAS AFETADAS PELO COMPLEXO

Grupo de Trabalho confere de perto o bloqueio do Rio Tatuoca por estrada.

O Grupo de Trabalho formado por MPPE, MPF, DPU e outros órgãos – que trata sobre a regularização do território quilombola de Ilha de Mercês, em Ipojuca, além dos impactos ambientais sofridos e das políticas públicas que devem ser voltadas à comunidade – fizeram uma visita ao território, a fim de, entre outras coisas, conhecer de perto a situação dos manguezais na área, que estão se deteriorando em face das obras de aterro e represamento do rio Tatuoca, causando um profundo impacto à comunidade, que vive da pesca artesanal.

A foz do rio Tatuoca foi bloqueada em 2011, em virtude da construção de uma estrada para dar acesso ao Estaleiro Atlântico Sul. Tal via de acesso foi anunciada à época como temporária, tendo em vista se tratar de uma obra que claramente altera o fluxo de maré sobre o rio, afetando os manguezais. Contudo, passados mais de oito anos, a estrada permanece no local, bloqueando o curso d’água e contribuindo para a cada vez maior deterioração dos manguezais.

A comunidade quilombola de Ilha de Mercês luta para obter o desbloqueio do rio, mediante a retirada da estrada ou a construção de uma ponte em seu lugar. Em reunião anterior realizada no âmbito do Grupo de Trabalho, SUAPE se comprometeu a apresentar um plano para desobstrução do rio. Até agora, contudo, o plano não foi apresentado.

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SUAPE

LEI QUE CONCEDE DESCONTOS DE ATÉ 70% NA VENDA DE TERRAS NO COMPLEXO DE SUAPE É APROVADA

Foi aprovada, no dia 07 de junho de 2019, a Lei Estadual n.º 16.582, que autoriza a empresa pública SUAPE a aplicar, pelo período de quatro anos, descontos de 20% a 70% nas operações de venda de imóveis no Complexo Portuário e Industrial. Trata-se da reedição de uma lei anterior (Lei n.º 15.932, de novembro de 2016), que previa a mesma possibilidade de descontos na venda de terras, pelo período de dois anos. Como o seu prazo expirou no final de 2018, o governador enviou o novo projeto de lei com o intuito de garantir a venda de terras com tais descontos por mais quatro anos.

Segundo o Governo, a finalidade da autorização é atrair investimentos para a região. Contudo, essa atração de investimentos está se dando à custa da privatização de terras públicas a “preço de banana” (tendo em vista que os descontos são exorbitantes), bem como à custa de mais impactos ambientais para a região e mais conflitos fundiários envolvendo empresas e famílias posseiras.

A respeito disso, relembre o caso narrado na edição n.º 24 deste Boletim, sobre a atuação da empresa Camil contra a família Izidoro, no Engenho Serraria, Cabo de Santo Agostinho. Sob vigência da Lei n.º 15.932/2016, um terreno de 3,7168 hectares, que abrange parte do sítio da família, foi vendido por SUAPE a uma imobiliária, que, por sua vez, o aluga à Camil. No dia 16 de janeiro, funcionários da empresa, bem como de SUAPE, adentraram no sítio de Severino Manuel Izidoro (76 anos), sem autorização, e empreenderam a destruição de plantações e de árvores frutíferas. Após tais destruições, a empresa tomou para si, à força, parte do sítio da família, passando uma cerca no meio dele sem qualquer indenização, acordo ou ordem judicial. De forma simplesmente arbitrária e criminosa.

Com a venda de terras no CIPS para empresas privadas, situações como essa tendem a se repetir e se alastrar, com o agravante de que, agora, a empresa SUAPE vai buscar se eximir da responsabilidade por tais ações truculentas praticadas contra as famílias posseiras da região, tornando-se cada vez mais difícil obter a responsabilização e reparação.

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