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Ambiental Governo Impactos Saúde SUAPE

[NE10] Coleta e análise de amostras de água das praias atingidas por óleo é iniciada

Governo inicia coleta e análise de amostras da água das praias atingidas
pelas manchas de óleo (Hélia Scheppa/SEI)
NE10 INTERIOR 
Texto de Marília Pessoa
25/10/2019 08:5
As equipes do Governo de Pernambuco começaram nessa quinta-feira (24) a recolher amostras de águas das praias do litoral pernambucano que foram atingidas pelas manchas de óleo. O objetivo é analisar se há hidrocarbonetos presentes, compostos presentes no petróleo que, em grandes quantidades, pode ser prejudicial à saúde.

O material será encaminhado para se analisado no laboratório Organomar, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que fechou uma parceria com a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

A coleta foi feita nas praias do Paiva, São José da Coroa Grande, Tamandaré, Carneiros, Maracaípe, Muro Alto, Suape, Itapuama, Gaibú e Pedra do Xaréu. O trabalho é feito por profissionais do laboratório da CPRH, com o apoio dos professores do departamento de Oceanografia da UFPE, além de especialistas em poluição marinha por petróleo.

Leia a matéria completa no site: ne10

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Ambiental Cabo de Santo Agostinho Governo Impactos

[Folha PE] Adolescente fotografado em ‘mar de óleo’ no Cabo pretendia ajudar a mãe

Texto de Artur Ferraz

25/10/19 às 07H03, atualizado em 25/10/19 às 13H44

Decidido a ajudar a mãe, dona de um bar na orla de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, Everton Miguel dos Anjos, de 13 anos, ouviu dela a advertência para tomar cuidado com as placas de petróleo cru que invadiram a praia na última segunda-feira. No fim do dia, levou uma bronca. “Ela brigou comigo porque não era para me melar, mas eu fui mesmo assim”, conta.

Apesar disso, o adolescente fotografado em meio à confusão na limpeza das Pedras do Xaréu não sentiu até agora nenhum sintoma de intoxicação. “Ele respirou muito [o cheiro do óleo], mas, graças a Deus, não aconteceu nada com ele”, observa a mãe, Ivaneide Maria de Oliveira, 36.

Capturada pelo fotógrafo da Folha de Pernambuco, Léo Malafaia, a imagem, que mostra o menino vestido com plástico de lixo retirando do mar sacos com petróleo, teve repercussão internacional, sendo publicada em periódicos como The New York Times (EUA) e Clarín (Argentina), além da agência de notícias francesa France-Press (AFP) e do inglês The Gardian, que destacou a foto entre as melhores da última quarta-feira. Depois que a imagem foi captada, Everton subiu nas pedras e pegou óleo de cozinha para tirar o excesso de petróleo que grudara nos braços e nos pés descalços. “Tinha nada para fazer”, disse na hora.

Enquanto o filho se misturava aos voluntários nas Pedras do Xaréu, Ivaneide ficou com o marido em outra área, mais perto da base de apoio do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). “Naquele dia, a gente foi para abrir a barraca porque era feriadão do Dia do Comerciário. Quando a gente chegou lá, estava aquela correria. Eu fiquei perto do Samu, separando o óleo do sargaço e ele foi lá para baixo”, relata a comerciante, que há dois anos mantém o bar Dois Irmãos 2, em alusão ao estabelecimento da mãe dela, o Dois Irmãos 1.

Criança tenta se livrar do óleo preso ao corpo após ajudar na limpeza na praia de Itapuama, Cabo de Santo Agostinho,
Região Metropolitana do Recife – Crédito: Leo Malafaia/Folha de Pernambuco
Diante de uma realidade como essa, manchas de petróleo nas pernas não parecem tão graves para um adolescente no meio de um desastre humano e ambiental. “Ele quis me ajudar. Achei tão engraçado quando eu disse: ‘Não se mela tanto não’, aí ele: ‘Mãe, a gente depende disso aqui. A senhora não trabalha aqui?’”, conta Ivaneide, orgulhosa.

Leia a matéria completa no site: FolhaPE

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Ambiental Governo Impactos

[G1] ‘O óleo destruiu as nossas vidas’, diz catadora de mariscos afetada por desastre no litoral de Pernambuco

Maria de Cássia falou sobre o sentimento de quem depende da pesca em áreas atingidas pelas manchas no
Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife — Foto: Reprodução/TV Globo
Texto de: Antonio Coelho, TV Globo
24/10/2019 20h19 

“O óleo destruiu as nossas vidas”. A frase é da catadora de mariscos Maria de Cássia da Silva, que depende dos pescados para sobreviver, na praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, um dos municípios atingidos pelo desastre ambiental em Pernambuco (clique aqui para ver vídeo).

O surgimento das manchas no litoral do município, no Grande Recife, afetou também outros profissionais, como donos de bares e barracas e barqueiros. A colônia de pescadores do município estima que 1.800 pessoas estão paradas desde o aparecimento do óleo, na sexta-feira (18).

Balanço divulgado pelo governo do estado, na quarta-feira (23), aponta que quase mil toneladas de óleo foram retiradas das praias pernambucanas, em sete dias. Nesta quinta-feira (24), foram atingidas áreas de Itamaracá e outras localidades de Paulista, na Região Metropolitana.

Maria de Cássia afirmou, nesta quinta-feira (24), que depende da coleta de mariscos para sustentar quatro filhos e o marido, que está desempregado. Sem poder trabalhar por causa do óleo, ela afirma que está esperando providências das autoridades.

“A gente não tem resposta do governo. O pessoal da prefeitura do Cabo começou a fazer um cadastramento, mas a gente não sabe o que é e para que é”, afirma. Como os clientes deixaram de ir à praia, Maria de Cássia diz que conta com a ajuda da mãe, que é aposentada. “Estamos de mãos atadas”, declara.

Na praia de Suape, os pescadores também estão parados. A colônia tem 800 cadastrados e mais mil que atuam sem registro formal.

Leia a matéria completa no site: G1

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Ambiental Ataques Governo Impactos Voluntários

[The Intercept Brasil] A ‘eficiência’ do governo para limpar o óleo no Nordeste: adoecimento e exploração dos voluntários

Voluntários lutam contra o óleo: 900 toneladas de resíduos foram retiradas apenas da costa de Pernambuco até agora. Foto: Anderson Stevens
Texto de: Mariama Correia

24 de Outubro de 2019, 16h31

Manchas escuras estão nas roupas e no corpo de Laudinete Maria da Silva, 36 anos. Ela carrega luvas de plástico sujas pelo petróleo. As marcas emocionais também estão evidentes no choro e no desabafo furioso que a moradora local fez diante de mim na praia de Suape, município do Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, na quarta-feira. A imprensa estava ali para acompanhar a visita do Arcebispo de Olinda e Recife às populações impactadas pelo maior desastre ambiental da costa brasileira – e um dos maiores da história do Brasil, cujas consequências ainda são desconhecidas.

Laudinete está exausta. Todos nós, nordestinos, também estamos cansados da falta de explicações e de soluções diante desta tragédia nacional. Quando conheci a pescadora, o óleo que já contaminou dez municípios pernambucanos e mais de 80 no Nordeste não dominava mais o cenário paradisíaco da praia de Suape, de mar calmo e areia branca. “Tiramos tudo sozinhos”, me contou, indignada. Mais de dez toneladas do material foram retiradas somente desta praia desde o domingo passado, segundo os voluntários.

Desde que a mancha tóxica retornou a Pernambuco, no dia 17, a moradora da praia de Suape deixou tudo de lado para se unir aos mutirões de voluntários que trabalham na limpeza da orla. “Quem está levando minhas filhas para a escola é minha mãe. Estou aqui fazendo minha obrigação, limpando [o lugar] de onde tiro o meu pão”, contou Laudinete. Ela é mãe de duas meninas, uma de 10 e outra de 14 anos, sustentadas com a pesca de mariscos.

A cada nova praia afetada, mais imagens de pessoas removendo as imensas porções de óleo com as próprias mãos circulam pelas redes sociais. Mostram corpos desprotegidos lutando contra massas densas que queimam e irritam a pele. Na quinta-feira, 17 de outubro, o óleo chegou à Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte do estado. Segundo o secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, José Antônio Bertotti, 900 toneladas de resíduos (que misturam óleo e areia) foram retiradas apenas da costa do estado até agora. No Nordeste, no total, foram mais de mil toneladas, segundo a Marinha.

Leia a matéria completa no site: theintercept_brasil
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Ambiental SUAPE

TURMA DE GEOGRAFIA DA URCA CONHECE ÁREAS AFETADAS PELO COMPLEXO

Grupo de Trabalho confere de perto o bloqueio do Rio Tatuoca por estrada.

O Grupo de Trabalho formado por MPPE, MPF, DPU e outros órgãos – que trata sobre a regularização do território quilombola de Ilha de Mercês, em Ipojuca, além dos impactos ambientais sofridos e das políticas públicas que devem ser voltadas à comunidade – fizeram uma visita ao território, a fim de, entre outras coisas, conhecer de perto a situação dos manguezais na área, que estão se deteriorando em face das obras de aterro e represamento do rio Tatuoca, causando um profundo impacto à comunidade, que vive da pesca artesanal.

A foz do rio Tatuoca foi bloqueada em 2011, em virtude da construção de uma estrada para dar acesso ao Estaleiro Atlântico Sul. Tal via de acesso foi anunciada à época como temporária, tendo em vista se tratar de uma obra que claramente altera o fluxo de maré sobre o rio, afetando os manguezais. Contudo, passados mais de oito anos, a estrada permanece no local, bloqueando o curso d’água e contribuindo para a cada vez maior deterioração dos manguezais.

A comunidade quilombola de Ilha de Mercês luta para obter o desbloqueio do rio, mediante a retirada da estrada ou a construção de uma ponte em seu lugar. Em reunião anterior realizada no âmbito do Grupo de Trabalho, SUAPE se comprometeu a apresentar um plano para desobstrução do rio. Até agora, contudo, o plano não foi apresentado.

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Ambiental SUAPE Violações

SUAPE: PARAÍSO DAS VIOLAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS

A situação de intensas violações socioambientais praticadas pelo Complexo Industrial Portuário de Suape contra as comunidades da região parece não ter fim. Desta vez a vítima é a comunidade do Engenho Jurissaca, município do Cabo de Santo Agostinho onde um morador teve seu sítio invadido, seu barraco e as cercas derrubadas e outras famílias vivem a situação de tensão provocada pelos repetidos atos de violência. Essa situação também é a mesma nos vizinhos engenhos Ilha e Boa Vista.
Desde o início da década de 1980 agricultores lutavam para permanecer na terra onde plantavam, sendo assentados em 1989, pelo então governador Miguel Arraes. Naquela ocasião 289 famílias foram beneficiadas, muito embora elas nunca tenham deixado de lutar pela regularização da posse da terra. De 2011 para cá, o enfrentamento tem sido com a empresa Suape, que prometeu indenizar moradores para que deixassem as terras. Quem não aceitou as imposições do CIPS, hoje vive sofrendo ameaças, tendo seus sítios invadidos, falsas promessas, casas e cercas derrubadas, até a energia elétricafoicortada.Emalguns engenhos a CELPE não faz ligações elétricas, alegando que as terraspertencemaSuapeequeelanãopermiteque o façam. Cada posseiro tem três hectares de terra e lhes são oferecidos valores irrisórios como indenização. Quem continua vivendo em Jurissaca está sem poder plantar, pois tem sua lavoura destruída, além de sofrer ameaças e todo tipo de violência. Suape diz que não retira posseiros da terra, porque não tem como pagar a indenização, mas a sua tática é a de deixá-los permanecerem a míngua.
Uma das maiores preocupações do Fórum Suape é com a efetivação dos acordos feitos com posseiros pela desocupação da terra e não cumpridos, bem como o aumento das violações de direitos que continuam sendo prática comum do CIPS (violência, coerção, abuso de poder etc). Muitos posseiros foram expulsos por Suape de suas terras e obrigados a assinarem acordos de indenizações irrisórias, alguns já estão há 64 meses fora das terras sem um centavo de indenização. De todos os lados chegam comunicados sobre as ameaças de morte sofridas por moradores em diversas comunidades, porém em várias ocasiões Suape trata como denúncia leviana e falsa. Mas, as pessoas que tem coragem de resistir e se rebelar contra os desmandos do CIPS são penalizadas, passam a pagar pelo que não fez.
Uma das táticas da empresa Suape é a criminalização dos defensores dos Direitos Humanos e das vítimas que denunciam os seus desmandos. Porém, só existeumcaminho: mostrar na prática que unidos representamos a força! Precisamos reagir, resistir, não ceder à pressão de Suape. Fazermos grandes mobilizações populares, apoiados pelo Fórum Suape, pelas diversas organizações parceiras e todos os segmentos sociais que estão na luta. É importante sensibilizar e mobilizar também quem vive nas áreas e não está sendo atingido no momento, por isso não se envolve, acha que nunca serão incomodados. A verdade é que Suape age unicamente em torno de seus interesses e a qualquer momento pode expulsar qualquer pessoa. 
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Ambiental Impactos SUAPE

COMO SUAPE MANIPULA AS ZPECs (ZONAS DE PRESERVAÇÃO ECOLÓGICA)

O Complexo Industrial Portuário de Suape sempre posou de bonzinho e amigo do meio ambiente, recebendo inclusive prêmios internacionais por esse motivo. O CIPS vende a imagem de que é uma empresa socialmente responsável e ambientalmente sustentável, que dedica 60% de seu território para área verde, preservando assim a natureza. Mas, a realidade tem demonstrado que o CIPS não tem nada de amigo da natureza, muito pelo contrário. Uma das estratégias é utilizar os projetos de reflorestamento para compensar o desmatamento efetuado pelo CIPS e pelas empresas que se instalam na região, como um dos principais fatores para forçar a expulsão de comunidades tradicionais, que sempre tiveram uma relação e um trato diferenciado com o meio ambiente, respeitando os seus ciclos naturais, justamente por dependerem dele para sobreviver, para auferirem alimentação das famílias.
O CIPS apregoa que está tirando pessoas dos engenhos Ilha, Rosário, Setubal, Jasmim e Tabatinga, para servir como área de reflorestamento. A criação das ZPECs não pressupõe a retirada de pessoas, visto que as áreas mais preservadas são aquelas em que os moradores tradicionais se encontram e a utilizam de forma sustentável, ao contrário dos grandes empreendimentos econômicos que chegam para destruir.
É revoltante que famílias que sempre ajudaram a conservar o ambiente sejam expulsas sob o discurso da preservação ecológica, como se fossem uma ameaça à preservação dos ecossistemas, quando, na verdade, o Complexo de Suape é que de fato representa um fator de imensa degradação e deenormesimpactos socioambientais, afetando todas as comunidades quealiresidem. Em resumo: Suape desmata, depois chega para expulsar os moradores, com a desculpa de que vai criar ali uma ZPEC (Zona de Preservação Ecológica). 
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Ambiental Comunidade Fórum Suape Informe UFRPE

INFORMES!

O encerramento das Oficinas de imersão na comunidade realizadas pelo Departamento de Educação da UFRPE, em parceria com o Centro das Mulheres do Cabo foi marcado pela realização de uma festa junina em Nova Tatuoca, na noite do dia 10 de junho. Durante a festa, moradores e moradoras foram homenageados pela sua importância na preservação e resgate da história da Ilha de Tatuoca. Teve a dança de quadrilha junina com as crianças e mulheres da comunidade, comidas típicas, tudo em um clima de muita diversão.
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A Audiência Pública sobre o Pacto Pela Vida e o aumento da criminalidade, agendada no dia 25/05, na Alepe, tinha tudo para ser um ótimo espaço de discussão. Raramente se pode contar com os secretários de governo presentes, os representantes das polícias e tantas outras autoridades da área de Segurança Pública. Porém, faltava na mesa dos trabalhos um representante da sociedade civil, que também estava presente representada pelo Fórum Popular de Segurança Pública de Pernambuco. Foi feita essa solicitação ao presidente da Alepe, deputado Guilherme Uchoa, mas ele não abriu mão, negando que a sociedade civil organizada participasse da mesa. As organizações presentes decidiram então, se retirar da plenária e acabou não acontecendo o importante debate. Na verdade, o governo do Estado de Pernambuco sempre foge do debate com as organizações e movimentos sociais.
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Moradores de Jurissaca disseram que Suape divulgou uma nota informando que será instalada uma fábrica da Aché naquele engenho, o que espalhou medo e insegurança na comunidade.
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Vulneração e injustiças ambientais na determinação social da saúde no território de Suape foi o tema da tese de doutorado em Saúde Pública, de Mariana Olívia, defendida no dia 12 de junho. Ela apresentou um mapeamento dos conflitos e injustiças ambientais ocorridas em Suape, a percepção das moradoras em relação ao processo de ampliação do CIPS, a atuação de algumas redes sociais em defesa dos grupos vulnerados e como a construção de um documentário e realização de cinedebates promoveram saúde e o empoderamento social.
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Ambiental Saúde

SEMINÁRIO ABORDA SAÚDE E AMBIENTE


I SEMINÁRIO DE ABORDAGENS ECOSSISTÊMICAS EM SAÚDE – Perspectivas teóricometodológicas para a área de Saúde e Ambiente foi realizado no dia 13 de junho, no Instituto Ageu Magalhães/Fiocruz, no Recife. O seminário teve como objetivo promover uma discussão sobre enfoques ecossistêmicos em saúde humana a partir de um diálogo de saberes entre acadêmicos, entidades, movimentos sociais e demais profissionais da saúde que atuam na perspectiva da interrelação do ambiente, saúde e processos produtivos.
Como parte do desenvolvimento do projeto “Vulnerabilidade socioambiental relacionada à exposição química nos territórios de desenvolvimento das cadeias produtivas de petróleo e das consumidoras de agrotóxicos”, sob coordenação da pesquisadora Idê Gomes Dantas Gurgel, o Seminário contribuiu para o fortalecimento e consolidação da área de Saúde e Ambiente na região, superando os paradigmas que compreendem historicamente a natureza apenas como recurso e potencial de produção de capital, reconhecendo a complexidade dos problemas socioambientais que se impõem na atualidade e discutindo sobre instrumentos para o enfrentamento destes.
No turno da manhã ocorreu uma discussão mais reflexiva e no turno da tarde, um diálogo de saberes entre gestão da saúde, movimentos sociais e academia, onde os participantes apresentaram suas experiências de atuação inter-relacionando os temas de saúde, ambiente e trabalho, dentre elas a experiência de atuação na mobilização social realizada pelo Fórum Suape.
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Ambiental SUAPE

RIACHO ALGODOAIS: UM EXEMPLO DA GESTÃO AMBIENTAL DE SUAPE

No dia 9 de junho de 2008 foi firmado um TAC – Termo de Ajuste de Conduta entre quatro empresas localizadas no município do Cabo de Santo Agostinho, que se comprometeram junto ao Ministério Público de Pernambuco em preservar o Riacho Algodoais.
Em 24 de março de 2015, com toda a pompa, em comemoração ao Dia Mundial da Água, o governador Paulo Câmara lançou no Palácio do Campo das Princesas o Programa Águas de Suape para recuperar o Riacho Algodoais.
No mês de março de 2017 visitamos a nascente do Riacho Algodoais, localizada no
Engenho Setúbal e constatamos ao longo do seu trajeto o alto índice de poluição, com a presença de resíduos industriais, despejados por empresas como a Ball Corporation e a Coca Cola. É importante destacar que o Riacho faz parte do ecossistema estuarino, integrante do grupo de bacias pertencentes às Áreas de Proteção de Mananciais da Região Metropolitana do Recife.
Entre a nascente até a desembocadura no Rio Massangana percorre dez quilômetros de extensão, abastecendo dezenas de famílias das comunidades de Setúbal, Serraria que ficam próximas ao leito do Riacho. Essa microbacia, com uma área de drenagem de 2531 hectares recebe efluentes gerados pelas indústrias instaladas na Zona Industrial 3, denominada Pólo de Alimentos do Complexo Industrial e Portuário de Suape.
Hoje, o Riacho Algodoais é um exemplo de descaso governamental com a questão ambiental em Pernambuco, no entanto, no site do CIPS há um destaque para ele com o título Projeto Algodoais – Jardins filtrantes, uma tecnologia de filtragem de partículas e sedimentos por plantas e obras de engenharia natural, que segundo a propaganda enganosa de Suape deveria servir de exemplo para empresas instaladas no território, a fim de realizarem ações similares para garantir a qualidade da água para as futuras gerações. Em nossa edição de fevereiro deste ano, publicamos a denúncia de que a água do Riacho Algodoais que abastece as comunidades de Serraria e Massangana havia sido desviada para a Coca Cola. Será que Suape está mesmo preocupada em garantir água para as futuras gerações.
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