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Conferência Convite Encontro Entrevista Fórum Suape

FORMAÇÃO JURÍDICA – ASSESSORIA JURÍDICA POPULAR E ADVOCACIA POPULAR

No dia 22/08 (sábado), às 16 horas, teremos a nossa segunda formação jurídica online com o tema: Assessoria Jurídica Popular e Advocacia Popular.

A mesa contará com a participação de Luísa Duque – Advogada popular, integrante da Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares e Assessora jurídica da Comissão Pastoral da Terra e do Fórum Suape.

A transmissão será feita pelo nosso canal no YouTube através do link: 

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Comunidade Fórum Suape SUAPE

NO CABO, MULHERES DE COMUNIDADES AFETADAS POR SUAPE PARTICIPAM DE SEMINÁRIO

Veja alguns registros do Seminário Mulheres da Terra e das Águas em Defesa de seus Territórios, alusivo ao 25 de Julho – Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, que aconteceu nesta terça-feira (23), no Museu de Massangana, no Cabo de Santo Agostinho, reunindo pescadoras, marisqueiras, agricultoras, quilombolas de diversas localidades e gerações impactadas por SUAPE.

Na ocasião, foram compartilhadas diversas histórias de superação dessas mulheres que tanto lutam para permanecerem em seus territórios e terem seus direitos respeitados. O afeto e a generosidade deram o tom desse dia que norteou todas as atividades realizadas no recinto.

O encontro foi promovido pelo Fórum Suape em parceria com o Centro das Mulheres do Cabo (CMC) e a FASE. Além disso, contou com a participação da codeputada estadual Jô Cavalcanti (da mandata das Juntas), da Colônia Z-8 de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Cabo de Santo Agostinho, do Conselho Pastoral dos Pescadores, do Grupo Espaço Mulher de Passarinho e de mulheres pescadoras da Ilha de Deus, no Recife. Confira as fotografias:

Da Assessoria de Comunicação do Fórum Suape

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Cabo de Santo Agostinho Fórum Suape SUAPE

SEMINÁRIO REÚNE MULHERES DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS ATINGIDAS POR SUAPE

Banner do evento

Quilombolas, pescadoras, marisqueiras e agricultoras das diversas comunidades impactadas pelo Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS), nos municípios do Cabo e Ipojuca, litoral sul de Pernambuco, estarão reunidas nesta terça-feira, das 9h às 16h, no Museu de Massangana, no Cabo de Santo Agostinho, no Seminário “Mulheres da Terra e das Águas em Defesa de seus Territórios.

O encontro tem como objetivo ser um espaço formativo de debate, aprendizado e compartilhamento de experiências das mulheres que foram impactadas pelo Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS). O evento é realizado pelo Fórum Suape, em alusão ao 25 de Julho – Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. No Brasil, essa mesma data é dedicada a Teresa de Benguela mulher negra que lutou pelo fim da escravidão e que liderou a resistência do quilombo de Quariterê, no Mato Grosso.

Para a coordenadora do Fórum Suape, Cássia Jane, um dos objetivos do seminário é promover o debate sobre machismo e racismo na sociedade brasileira. “Vamos abordar como essas opressões recaem de maneira específica sobre as mulheres trabalhadoras rurais afetadas pelo CIPS, que vivem a luta diária pela permanência em seu território e pela preservação de suas identidades”, observou a coordenadora.
A ação é idealizada pelo Fórum Suape em parceria com o Centro das Mulheres do Cabo (CMC) e a Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE).

Serviço:
Quando? 23 de julho
Onde? Museu de Massangana, Cabo de Santo Agostinho
O quê? Seminário “Mulheres da Terra e das Águas em Defesa de seus Territórios”
Horário? Das 9h às 16h

Da Assessoria de Comunicação do Fórum Suape

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Conferência Convite Fórum Suape Segurança

PARTICIPE DAS PRÉ-CONFERÊNCIAS POPULARES DE SEGURANÇA PÚBLICA NO CABO E EM IPOJUCA

No próximo dia 24 de julho, o Fórum Suape, o FOJUCA e o Centro das Mulheres do Cabo irão promover uma Pré-Conferência Popular de Segurança Pública, a partir das 14h, no auditório da Fajolca (Faculdade José Lacerda Filho de Ciências Aplicadas), no Ipojuca-sede. No Cabo, a Pré-Conferência vai acontecer no dia 27 de julho, às 9h, na unidade acadêmica da Universidade Federal Rural de Pernambuco do Cabo de Santo Agostinho (UFRPE/Cabo), que fica às margens da PE-60.
O intuito das pré-Conferências é viabilizar o debate amplo e descentralizado da população e de estruturar as contribuições do povo de maneira autônoma e participativa para a 1.ª Conferência Popular de Segurança Pública, a ser realizada nos dias 10 e 11 de agosto. A iniciativa é do Fórum Popular de Segurança Pública, criado em maio de 2017 por várias organizações de direitos humanos e de base comunitária, em um contexto de assustadora escalada da violência em Pernambuco, como uma resposta à postura antidemocrática do Governo do Estado de sempre negar participação ao povo na construção das diretrizes da Política Estadual de Segurança Pública.
Pernambuco agoniza com os altos índices de homicídios. Em 2017, foram contabilizados 5.427 assassinatos. O número é 21,1% maior do que as 4.479 mortes violentas notificadas em 2016. Além disso, em 2017 também foram registrados números alarmantes de 2.178 estupros e 33.344 mulheres vítimas de violência doméstica.
Os municípios do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca têm se destacado nesse cenário de violência. Os dois municípios diretamente atingidos pelo Complexo de Suape convivem com uma realidade crescente de violência em face da instalação de grandes empreendimentos industriais, que atraiu grande contingente populacional de outros Estados sem que os municípios tivessem estrutura para atender a essa nova população com serviços públicos de moradia, saúde, educação, saneamento básico etc. O resultado foi um cenário de caos social e de crescente violência.
O Fórum Suape acredita que as pré-conferências populares são espaços importantíssimos de reflexão e diálogo, que viabilizarão a participação popular no enfrentamento do atual cenário de violência generalizada, sofrido principalmente pelas camadas mais empobrecidas da população. Ressaltamos que o problema da violência e da segurança pública no Estado deve ser tratado com políticas públicas sociais para a erradicação da pobreza e da desigualdade social, e não com repressão, criminalização e encarceramento.
Da Assessoria de Comunicação do Fórum Suape

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Brasil Convite Fórum Suape Informe Violações

EM DEFESA DA VIDA #ChegaDeAgrotóxicos

O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. Mas já está no Congresso Nacional o Projeto de Lei 6670/2016 que institui a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNaRA).
Com sua ajuda e muita pressão, a PNaRA pode se tornar Lei, garantindo a redução dos agrotóxicos no Brasil, mais saúde para a população e um ambiente sadio para se produzir comida de qualidade.
Além disto, sua assinatura também irá ajudar a barrar o Projeto de Lei (PL) 6299/2002, conhecido como “Pacote do Veneno”. Ao liberar ainda mais o uso de agrotóxicos no país, o Pacote do Veneno vai contra a vontade da sociedade brasileira – segundo pesquisa IBOPE, 81% dos brasileiros considera que a quantidade de agrotóxicos aplicada nas lavouras é “alta” ou “muito alta”.
Leia mais e assine a petição clicando aqui!
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Conferência Convite Fórum Suape Segurança

SOCIEDADE CIVIL SE UNE PARA O LANÇAMENTO DAS PRÉ-CONFERÊNCIAS POPULARES DE SEGURANÇA PÚBLICA

No último dia 13 de junho, foi realizado no bairro de Peixinhos (Olinda) o lançamento das Pré-Conferências Populares de Segurança Pública do Estado de Pernambuco. O intuito das pré-Conferências é viabilizar o debate amplo e descentralizado da população e de estruturar as contribuições do povo de maneira autônoma e participativa para a 1.ª Conferência Popular de Segurança Pública, a ser realizada nos dias 10 e 11 de agosto.
A Conferência Popular será um evento paralelo à Conferência Estadual de Segurança Pública, promovido pelo Governo do Estado. A iniciativa foi puxada pelo Fórum Popular de Segurança Pública, que conta com a adesão cada vez maior de organizações da sociedade civil.
O Fórum Popular de Segurança Pública foi criado em maio de 2017 por várias organizações de direitos humanos e de base comunitária, em um contexto de assustadora escalada da violência em Pernambuco. A criação do Fórum Popular foi uma resposta à postura antidemocrática do Governo do Estado de sempre negar a participação do povo na construção das diretrizes da Política Estadual de Segurança Pública. “A política de segurança do Estado é a política do extermínio e a do encarceramento negro”, enfatizou Edilson Silva (Deputado Estadual do PSOL) durante o lançamento das Pré-Conferências.
Por isso, o Fórum Popular tem como objetivo central exigir a participação popular no âmbito da Política Estadual de Segurança Pública.
Pernambuco agoniza com os altos índices de homicídios. Em 2017, foram contabilizados 5.427 assassinatos. O número é 21,1% maior do que as 4.479 mortes violentas notificadas em 2016. Além disso, em 2017 também foram registrados números alarmantes de 2.178 estupros e 33.344 mulheres vítimas de violência doméstica.
Os municípios do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca têm se destacado com esses lamentáveis números. Os dois municípios diretamente atingidos pelo Complexo de Suape convivem com uma realidade crescente de violência em face da instalação de grandes empreendimentos industriais, que atraiu grande contingente populacional de outros Estados sem que os municípios tivessem estrutura para atender a essa nova população com serviços públicos de moradia, saúde, educação, saneamento básico etc. O resultado foi um cenário de caos social e de violência generalizada.
O Atlas da Violência de 2018 coloca o Cabo de Santo Agostinho como uma das 10 cidades mais violentas do Brasil e a cidade onde mais se matam jovens negros no país. A população do Cabo é de 180 mil habitantes e registrou no ano passado 198 assassinatos. As vítimas são em sua maioria jovens, negros, pobres e moradores de periferia, com idade entre 18 a 29 anos. Já o Município de Ipojuca apresentou 152 homicídios a cada 100 mil habitantes. Isso representa cinco vezes a média nacional, que corresponde a 33 homicídios para cada 100 mil habitantes.
O Fórum Suape acredita que as pré-conferências populares são espaços importantíssimos de reflexão e diálogo, que viabilizarão a participação popular no enfrentamento do atual cenário de violência generalizada, sofrido principalmente pelas camadas mais empobrecidas da população. Ressaltamos que o problema da violência e da segurança pública no Estado deve ser tratado com políticas públicas sociais para a erradicação da pobreza e da desigualdade social, e não com repressão e encarceramento. O Fórum Suape pretende realizar uma pré-Conferência que proporcione a participação das populações do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca nos debates acerca dos rumos da Segurança Pública em nosso Estado. Convidamos todas e todos para construção coletiva desse encontro. A sua participação é essencial!
Para saber mais informações sobre o Fórum Popular de Segurança Pública, acesse a página no Facebook: /span>https://www.facebook.com/F%C3%B3rum-Popular-de-Seguran%C3%…/>.

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Fórum Suape Informe

NOTA DE PESAR AOS AMIGOS E FAMILIARES DE SEU ABELARDO

O Fórum Suape – Espaço Socioambiental lamenta profundamente o falecimento de seu Abelardo José de Lira, que nos deixou nesta quarta-feira (13), aos 70 anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Seu Abelardo foi um homem trabalhador e lutador, que sempre teve muito orgulho de contar a sua história de cortador de cana, catador de caranguejo e agricultor, em seu pequeno sítio, no Engenho Serraria. Foi por meio desses ofícios que ajudou a educar seus filhos e a sustentar sua família.
Por muitos anos, esteve à frente da Associação de Moradores da Comunidade de Dois Irmãos, no Engenho Serraria, área rural do Cabo de Santo Agostinho, participando ativamente das atividades, em defesa dos direitos da população e da sua comunidade.
Também se somou a diversas outras lutas por políticas públicas através dos Conselhos de Saúde, Assistência Social e da Criança e do Adolescente, nos quais foi Conselheiro, representando o segmento da sociedade civil por vários anos.
O Cabo de Santo Agostinho perdeu um filho íntegro, ilustre, corajoso e que deixa um legado dedicado às causas populares e à justiça social.
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Boletim Fórum Suape Informe

BOLETIM FÓRUM EM AÇÃO – EDIÇÃO DE MAIO/JUNHO – 2018

Prezadxs,
Encaminhamos em anexo a 20ª edição do Boletim Informativo “FÓRUM EM AÇÃO” de Maio a Junho de 2018. É uma publicação mensal do Fórum Suape – Espaço Socioambiental.
O “Fórum em Ação” é um instrumento de comunicação alternativo criado para divulgar para sociedade as recorrentes violações de direitos vivenciadas pela população local dos municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca atingida pelo Complexo Industrial e Portuário de Suape.
Faça o download do Boletim Mensal completo
clicando logo abaixo!

Agradecemos se puder divulgar !!!
Fórum Suape – Espaço Socioambiental
email: forumsuape@gmail.com
https://forumsuape.blogspot.com/
fanpage: facebook.com/fsuape
Fones: (81) 991023883 e 985362204
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Direitos humanos Fórum Suape Informe Violência contra a mulher

NOTA DE DOR DO FÓRUM SUAPE PELOS ASSASSINATOS NA COMUNIDADE QUILOMBOLA ILHA DE MERCÊS

O Fórum Suape-Espaço Socioambiental lamenta profundamente a morte prematura de Viviane Maria de Oliveira e de Paulo César de Oliveira da Silva, integrantes da comunidade quilombola Ilha de Mercês. Os dois, que eram primos, foram brutalmente assassinados a facadas no último domingo, dia 03 de junho de 2018.
O autor desse crime bárbaro, segundo testemunhas na comunidade, foi o ex-companheiro de Viviane, que, inconformado com o término do relacionamento e movido por ciúmes, desferiu inúmeras facadas na vítima e no seu primo.
Viviane era uma jovem mulher negra e quilombola, que animava a juventude de sua comunidade na luta pelo território e pela dignidade do povo quilombola. Era também uma das integrantes do projeto de reconstrução de casas que vem sendo executado junto ao Fórum Suape na comunidade. A partir de hoje, no entanto, passa a integrar as estatísticas assustadoras de feminicídio.

Em média, doze mulheres são assassinadas todos os dias, segundo dados do Atlas da Violência de 2017. Essa taxa coloca o Brasil na amarga posição de quinto país onde mais se matam mulheres no mundo. Além disso, são as mulheres negras que figuram como a maior parte das vítimas. Segundo o mesmo documento, a mortalidade de mulheres negras teve um aumento de 22% no período de 2005 e 2015, chegando à taxa de 5,2 mortes para cada 100 mil mulheres negras, enquanto que, em relação às não negras, a taxa é de 3,1 assassinatos para cada 100 mil não-negras.
O ódio que ceifou a vida de Viviane e de Paulo César é um ódio baseado na ideia de que a mulher não pode ser livre e dona de seu corpo e de sua vida. É um ódio fruto de um machismo arraigado na sociedade que, quando não mata, fere, humilha e tira a dignidade de milhares de mulheres cotidianamente, seja em casa, no trabalho ou na rua.
Não vamos nos silenciar. A luta do Fórum Suape ao lado das comunidades atingidas pelo Complexo Industrial Portuário de Suape não está dissociada da luta contra o machismo. O patriarcado, em última instância, é um elemento estruturante de um sistema predatório que avança não apenas sobre os corpos e subjetividades femininas, mas também sobre comunidades, sobre territórios e sobre os recursos naturais. Nossa luta, portanto, é feminista e não sossegaremos enquanto todas as mulheres não forem livres.
Exigimos justiça, por Viviane, por Paulo César e por todas as mulheres.
Viviane Maria de Oliveira e Paulo César de Oliveira da Silva: presente, presente, presente!

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Convite Fórum Suape Informe Preservação

CHAMAMENTO AOS POVOS PARA O FÓRUM ALTERNATIVO MUNDIAL DA ÁGUA

Coletivamente rejeitamos o controle das empresas privadas sobre o patrimônio natural que é a água. Como cidadãos, sindicatos, organizações humanitárias e de defesa do meio ambiente, entendemos ser nosso dever e obrigação protestar contra a apropriação do mercado sobre um direito humano fundamental. Assim, deliberamos por conclamar a humanidade à realização do FÓRUM ALTERNATIVO MUNDIAL DA ÁGUA – FAMA 2018.
Essa iniciativa é imprescindível, pois em março de 2018, o Brasil sediará a 8ª edição do Fórum Mundial da Água (FMA), evento organizado pelo Conselho Mundial da Água a cada três anos desde 1997, que conta com orçamento milionário que serve  para atrair dezenas de milhares de participantes e validar as  políticas de privatizações dos governos e funciona  como  balcão de negócio das grandes  empresas do  setor de água. As discussões preparatórias a este evento, apontam para o objetivo, mesmo que não totalmente explicitado, de direcionar e Influenciar tomadas de decisão dos governos e a opinião pública para uma visão e gestão privatista dos recursos hídricos.
Apesar de  ser  a 8a Edição este Fórum não  possui a  legitimidade que  pretende  ter  para representar  os  anseios colocados  pela  maioria dos  povos  do  planeta em relação ao  acesso  à  água. Muito  pelo contrário, este  Fórum de empresas  representa  realmente  um perigo.
O Fórum e o Conselho são vinculados às grandes corporações multinacionais, que têm como meta impulsionar a mercantilização da água; a intensificação das práticas de transposição de bacias hidrográficas, que privilegiam o atendimento das demandas do agronegócio intensivo e da indústria pesada, a qualquer preço, em detrimento da sua gestão democrática para o bem comum; a construção de barragens que afetam populações ribeirinhas sem considerar impactos sociais e culturais; a apropriação e controle dos aquíferos subterrâneos; entre outros.
Na realidade, imposto pelo FMA, há um avanço e predominância do protagonismo do mercado global. O FMA se tornou um espaço para alavancar a oportunidade de negócios. Ao contrário do que prega, não é democrático e inclusivo – e cabe a sociedade contemporânea desmistificar seu discurso, que se apresenta como neutro e universal, quando na verdade privilegia velhas fórmulas para viabilizar interesses econômicos.
Para se contrapor a esta visão mercantilista e entendendo que a água é um direito e não mercadoria, bem comum da humanidade e de todos os seres vivos, dezenas de entidades da sociedade civil, de defesa do meio ambiente, de representação sindical de trabalhadores, movimentos sociais e populares, do Brasil e do exterior, decidiram realizar o FÓRUM ALTERNATIVO MUNDIAL DA ÁGUA – FAMA 2018, a exemplo do que ocorreu em outros países nas reuniões anteriores. Para organizar os primeiros passos, ocorreram reuniões em São Paulo a partir de fevereiro de 2017.
 Nossa iniciativa questiona a legitimidade do Fórum Mundial da Água como espaço político para promoção da discussão sobre os problemas relacionados ao tema em escala global, envolvendo governos e sociedade civil. Dizemos NÃO ao Fórum Mundial da Água, apontando a falta de independência, representatividade e legitimidade do conselho organizador, por estar comprometido com empresas que têm como objetivo a mercantilização da água. Isso significa um conflito intransponível entre interesses econômicos e o direito fundamental e inalienável à água, bem comum da humanidade e de todos os seres vivos.
Objetivos do Fórum Alternativo Mundial da Água – FAMA
São objetivos principais do FAMA:
  1. Ser um evento democrático, transparente, participativo, descentralizado e acessível, cuja realização ocorrerá simultaneamente e em contestação ao Fórum Mundial da Água. Terá a função de discutir problemas relacionados à água e ao saneamento, como direito fundamental, nas suas mais variadas interfaces, em busca de soluções que representem sustentabilidade e segurança hídrica para os seres humanos e a manutenção da vida na Terra.
  2. Sensibilizar e mobilizar a população sobre o tema e a problemática da água e do saneamento, empreendendo amplo debate público em todo o País por meio de seminários, aulas públicas, oficinas, atividades culturais, atos ecumênicos etc.
  3. Desenvolver um processo de sensibilização/mobilização que deverá servir à construção e realização do FAMA, visando ainda colocar o debate de forma permanente na agenda da sociedade em nível mundial.
  4. Denunciar a ilegitimidade do 8º FMA e responsabilizar governos pelo uso de recursos públicos na promoção de interesses privados.
  5. Propor e cobrar ações para os governos, visando políticas públicas de pleno acesso à água e ao saneamento, como direito fundamental e com amplo reconhecimento das Nações Unidas.
  6. Reforçar a luta contra a mercantilização da Água.
  7. Utilizar o lema “ÁGUA É DIREITO E NÃO MERCADORIA”, visando popularizar o tema, intensificar ações e unificar os esforços de ​ cidadãos, coletivos e entidades que atuam nas mais variadas áreas ligadas à água, como abastecimento, saneamento básico, direitos humanos, atingidos por barragens, combate aos agrotóxicos, agricultura, meio ambiente, moradia etc.
  8. Tornar estas ações um processo permanente, na perspectiva inicial de criação de espaços públicos de discussão, como comitês populares, para a construção do Fórum Alternativo Mundial da Água em todos os Estados brasileiros e, em segundo momento,   promover a organização permanente onde os comitês populares formados ​para a construção do Fórum​ venham a se transformar em comitês de mobilização em defesa da água e do saneamento.
  9. Viabilizar esses objetivos com ampla articulação e apoio da cidadania e de organizações, que possam integrar-se ao processo e colaborar com recursos financeiros, materiais e humanos.
Finalmente, o FAMA deve retratar e promover a tomada de consciência política da sociedade para que ela se apodere dos destinos do uso da água em cada lugar no mundo. Deve trazer à luz o que de melhor a humanidade pode almejar, dentro do exercício da ética em relação à vida e seus elementos essenciais de sustentação. Neste sentido, chamamos os  povos à  preservação ética do  ciclo da água para a proteção da vida e dos ecossistemas, em que todas as espécies crescem e  se reproduzem. Água deve estar a serviço dos povos de forma soberana, com distribuição da riqueza e sob controle social legítimo, popular, democrático, comunitário, isento de conflitos de interesses econômicos, garantindo assim justiça e paz para a humanidade.
Água é um direito, não mercadoria!
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