EnglishPortugueseSpanish
EnglishPortugueseSpanish
Categorias
Fórum Suape Informe

FÓRUM SOCIAL MUNDIAL (FSM)

O Fórum Social Mundial de 2018 será realizado em Salvador, de 13 a 17 de março, com o tema “Resistir é criar, resistir é transformar”. A Universidade Federal da Bahia (UFBA) abrigará em todo o campus as várias ações e atividades programadas. Representantes do governo estadual baiano se comprometeram também a apoiar o Fórum na cidade. O tema central do FSM 2018 tratará dos Povos, Territórios e Movimentos em Resistência, a fim de incluir a participação dos mais diversos movimentos e pessoas.
O Fórum Social Mundial  é um evento que envolve movimentos sociais de várias partes do mundo, a fim de elaborar alternativas para uma transformação social global.
O Fórum Social Mundial nasceu  em 2001 por organizações e movimentos sociais que, a partir de uma proposta inicial, se auto-convocaram e mobilizaram para um grande encontro em Porto Alegre, em contraposição ao neoliberalismo representado pelo Fórum Econômico Mundial, que ocorria ao mesmo tempo em Davos, na Suiça.
Com as primeiras edições em Porto Alegre (2001, 2002, 2003 e 2005), o FSM percorreu o mundo com encontros em Mumbai, Caracas, Karashi, Bamako, Nairobi, Belém, Dacar, Tunis e Montreal. Além de edições temáticas, regionais, continentais.
Ao Norte da África, a construção de duas edições mundiais foi parte dos acontecimentos da chamada Primavera Árabe. No Canadá, têve pela primeira vez sua realização em um país do Norte, com forte protagonismo da juventude.
O FSM volta ao Brasil após uma fase de intensos debates sobre o futuro das lutas sociais e do próprio processo FSM, com a perspectiva de servir aos movimentos de resistência contra o avanço das forças neoliberais e suas investidas contra as jovens democracias na América Latina. 
Categorias
Fórum Suape Informe Violência contra a mulher

VIGÍLIA PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER REALIZADA EM GAIBU

Com objetivo de chamar a atenção para os crimes de femicídio, o Centro das Mulheres do Cabo (CMC) realizou no dia 9 de dezembro de 2017, na Praia de Gaibu, a Vigília pelo Fim da Violência Contra Mulher. A ação fez parte da agenda dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência de Gênero.
De janeiro a outubro a Secretaria de Defesa Social (SDS), registrou 65 crimes de feminicídio em Pernambuco. No Cabo, oito mulheres perderam as suas vidas, entre janeiro e agosto deste ano. Foram registrados mais de 31 mil casos de violência doméstica e familiar nesses dez primeiros meses em todo o Estado. Quase 1.800 casos de estupro foram notificados em 2017.
Para a coordenadora Geral do CMC, Nivete Azevedo, é urgente discutir essa temática com toda a população. “Infelizmente, o feminicídio é um crime que ainda é invisibilizado pela sociedade e as mulheres estão morrendo pelo simples fatos de serem do sexo feminino. Precisamos dar um basta nisso e o apoio da sociedade é fundamental“, ressaltou.
O ato reuniu centenas de militantes dos diversos movimentos sociais e representantes do Comitê do Monitoramento da Violência e do Feminicídio das Cidades do Território de Suape/COMFEM.
(Rafael Negrão – Assessoria de Comunicação do CMC)
Quer ler mais sobre isso?
Faça o download do Boletim Mensal completo
clicando logo abaixo!


Categorias
Comunidade Fórum Suape Informe MERCÊS Violações

MORADORES DO QUILOMBO DAS MERCÊS LEVAM DENÚNCIAS AO ARCEBISPO


No início de dezembro, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido recebeu a visita de representantes do Quilombo da Ilha das Mercês, de líderes comunitários, de associações de agricultores familiares e de pescadores moradores dos municípios de Ipojuca e representantes do Fórum Suape. O grupo procurou o arcebispo metropolitano para pedir o seu apoio para denunciar uma série de violações de direitos humanos (direitos sociais, ambientais, dos idosos) que vem sendo direcionadas a 213 famílias que residem e resistem no interior do Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros (CIPS), conhecido como Porto de Suape. Em julho, o arcebispo havia recebido outra comitiva de moradores e representantes de comunidades dos municípios do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca, também afetados pelo impacto socioambiental do empreendimento de Suape.
Os moradores nativos denunciaram para Dom Fernando um cenário de cruel covardia praticada contra a Natureza e contra os habitantes de Suape: milícias armadas intimidando os moradores, destruição de casas, de igrejas e de capelas seculares, animais nativos morrendo de fome, rios sendo poluídos e tendo os seus cursos desviados propositadamente para impedir o desenvolvimento da agricultura familiar, dentre outros abusos. Como consequência, a população nativa, especialmente os mais frágeis, como os idosos, tem sido acometidos por depressão e por suicídio, pois não conseguem coletar frutos, como outrora, nem tirar do mangue, dos rios e nem do mar o seu alimento, os mariscos, os pescados.
As milícias contratadas pelo empreendimento de Suape fazem rondas motorizadas no território onde as famílias nativas residem, intimidando os moradores, em abordagens violentas, destruindo pequenas hortas e plantações de agricultura de subsistência. Conforme relato de Vera Lúcia Domingos, que nasceu e mora na região e atualmente preside a Associação dos Pequenos Agricultores do Engenho Ilha, os líderes comunitários estão ameaçados de morte, inclusive ela. “Eu vivo vigiada e meu sítio está na mira dos capangas do empreendimento de Suape. É muito difícil”.
Magno Araújo, líder comunitário do Quilombo das Mercês e da Associação da Ilha das Mercês, destaca que mais de vinte casas de farinha de mandioca na região do entorno do empreendimento de Suape foram alvo da destruição da milícia de Suape. “Os moradores do Quilombo e da região são obrigados a pagar pedágio ao Consórcio Rota do Atlântico, no valor de R$7,00, mesmo residindo no local, e precisando ir para médico, trabalhar, estudar…”. Com a convicção das pessoas esclarecidas e conscientes, Magno narrou os sucessivos abusos de pseudo-autoridades impostos aos moradores, apesar de os nativos já terem recebido a visita de representantes da Defensoria Pública da União e da Defensoria Pública Estadual.
Bety Teixeira, do Fórum Suape, organismo criado para defender os interesses dos moradores nativos de Ipojuca e do Cabo de Santo Agostinho afetados pelo empreendimento Suape, resume que a intenção de Suape é bloquear o acesso à sustentabilidade das comunidades nativas, em ações programadas para minar a resistência dos povos e expulsá-los. Nizete Azevedo, integrante da coordenação do Fórum Suape, lembra que a região onde reside a população nativa possui 1.600 hectares.
O complexo de Suape é uma empresa de capital misto administrada pelo Governo do Estado de Pernambuco e encontra-se localizado na área de estuário da foz dos rios Massangana e Ipojuca, no litoral sul do estado, a 40 quilômetros da capital, ocupando uma área de 13.500 hectares, onde populações caiçaras e descendentes de escravos, de indígenas e de agricultores viviam há décadas, em estreita conexão com a natureza e seu ecossistema circundante: mangues, rios, praia, restinga.
Quer ler mais sobre isso?
Faça o download do Boletim Mensal completo

clicando logo abaixo!
Categorias
Fórum Suape Informe SUAPE

CONFIRA O VÍDEO COMPLETO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DO DIA 6 DE DEZEMBRO DE 2017

Confira o vídeo completo da Audiência Pública realizada na Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho no dia 6 de dezembro de 2017, que foi convocada pela Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Assembléia Legislativa de Pernambuco.
A audiência teve como tema a Ação de Milícias no Entorno do Complexo de Suape.
Categorias
Fórum Suape Informe Petróleo Preservação

SEMINÁRIO NACIONAL DA CAMPANHA “NEM UM POUCO A MAIS”

O Seminário Nacional da Campanha “Nem um poço a mais!” foi realizado no Espírito Santo, no período de 29 de novembro a 1o de dezembro de 2017. Como nos anos anteriores, reuniu várias lutas locais capixabas anti- petroleiras e experimentos pós-petroleiros. Povos da pesca artesanal, quilombolas, indígenas, sem terra, camponeses, grupos de mulheres, artistas, ambientalistas, comunicadores, acadêmicos, cineclubistas, ciclistas, agroecologistas, permaculturistas, técnicos ambientais, estudantes, recicladores e outros mais estiveram representados no Seminário.
A proposta foi reunir as diversas lutas locais contra a Shell, Petrobrás, Chevron, StatOil, Repsol, Jurong, Porto de Roterdã, Itaoca offshore, Vipetro, Imetame, para fortalecer a campanha “Nem um Poço a mais”. Se depender da campanha, não vai faltar luta local, nem petroleira. Ainda de quebra outras lutas parceiras, contra a Vale do Rio Doce, a Samarco, a CST, a Fibria Celulose, a Suzano. Longa é a resistência capixaba! Também participaram organizações, movimentos e fóruns regionais de outros estados brasileiros, a exemplo do Fórum Suape, que esteve representado por Bety Teixeira e Vera Lucia Domingos, e mais redes e organizações nacionais e internacionais. As companheiras do Fórum Suape voltaram impactadas com o que viram, especialmente na visita de campo, onde puderam constatar os efeitos danosos do desastre de Mariana/MG e dos poços que continuam sendo perfurados no litoral capixaba, assim como a praga das extensas plantações de eucalipto para abastecer a produção de celulose.
Quer ler mais sobre isso?
Faça o download do Boletim Mensal completo

clicando logo abaixo!

Categorias
Fórum Suape Informe MERCÊS Visitas

[VÍDEO COMPLETO] VISITA DE DOM SABURIDO A ILHA DE MERCÊS

Confiram o vídeo desenvolvido pela equipe do Fórum Suape sobre a visita do arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernandos Saburido, que ocorreu no dia 28 de dezembro de 2017.

Acesse e se inscreva no nosso canal no Youtube para ter acesso a esse e vários outros vídeos desenvolvidos por nós!
Categorias
Dragagem Fórum Suape Informe Preservação

VEJAM O POTENCIAL DESTRUTIVO DAS DRAGAGENS

Mortandade de botos assusta pesquisadores em Sepetiba (Foto: Instituto Boto Cinza)
Por G1 Rio  |  15/01/2018
O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro e em Angra dos Reis, no Sul Fluminense, expediu recomendação ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e à Companhia Portuária Baía de Sepetiba (CPBS) determinando a suspensão imediata da licença de dragagem do fundo da Baía de Sepetiba. A medida vale, de acordo com o MPF, até o fim do surto de morbilivirose que já causou a morte de botos-cinza nas baías de Sepetiba e de Ilha Grande. Até o dia 10 de janeiro, 170 animais foram recolhidos nas duas baías.
A dragagem foi autorizada pelo Inea em 2017, e começou a ser realizada no último dia 12 de janeiro pela CPBS, que opera o terminal de minério da empresa Vale. A dragagem no fundo da Baía de Sepetiba atinge a 1,8 milhão de metros cúbicos.
“É inaceitável que, diante de tão grave situação de saúde de espécie ameaçada da fauna brasileira, o órgão ambiental mantenha a atividade de dragagem em área contaminada, colocando ainda mais em risco a sobrevivência dos botos-cinza, símbolo da cidade do Rio de Janeiro”, afirmam os procuradores Sérgio Suiama e Igor Miranda da Silva.
Desde o final de novembro de 2017, um surto do vírus morbilivírus tem causado a morte de dezenas de animais nas duas baías. A doença compromete a imunidade dos botos e ainda estão sendo investigado se há outras doenças associadas.
O MPF se baseou em documento elaborado pelo Laboratório de Bioacústica e Ecologia de Cetáceos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), que aponta que as atividades de dragagem afetam negativamente os mamíferos marinhos. Segundo o documento, “em relação às baleias e golfinhos, têm sido reportados impactos negativos que envolvem principalmente o abandono temporário ou permanente do ambiente. Além disso, a dragagem pode levantar plumas de sedimentos que, se contaminados, podem tornar os metais pesados biodisponíveis aos golfinhos e as baleias”.
“Altas concentrações de contaminantes desse tipo estão ligadas à depressão do sistema imune, principalmente em relação ao mercúrio, cádmio, chumbo, selênio e zinco, como foi o caso reportado para os golfinhos-nariz-de-garrafa”, registra o documento da UFFRJ.
O documento ainda registra que o ruído produzido pela dragagem “tem o potencial de induzir estresse, que, por sua vez, pode reduzir a eficiência de forrageamento de mamíferos marinhos ou aumentar sua suscetibilidade a patógenos e aos efeitos das toxinas”.
Em nota, a Vale informou que “ainda não foi oficialmente comunicada desta recomendação do MPF. A empresa ressalta, no entanto, que todas as suas atividades na Baía de Sepetiba estão devidamente licenciadas e sob fiscalização das autoridades competentes, seguindo os mais altos padrões de segurança em todas as suas operações”.
De acordo com a assessoria da empresa, “as obras de dragagem foram iniciadas no último dia 12 de janeiro, enquanto as mortes dos botos foram relatadas em novembro e dezembro”.
Boto-cinza é encontrado morto na Ilha de Cataguazes, em Angra dos Reis (Foto: Sérgio Menezes/Arquivo Pessoal)


Fonte: G1
Categorias
Direitos humanos Fórum Suape MERCÊS Violações

DOM FERNANDO SABURIDO VISITA A ILHA DE MERCÊS E OUVE DENÚNCIAS DE VIOLAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS EM SUAPE

O arcebispo esteve no quilombo na manhã desta quinta-feira (28) e ouviu várias denúncias de violações dos direitos humanos da boca das lideranças comunitárias
O dia 28 de dezembro vai ficar marcado na memória dos moradores da comunidade quilombola Ilha de Mercês, no município de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), que receberam a visita do arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. Durante horas ele ouviu atentamente relatos de abusos que eles afirmam sofrer por parte de funcionários do Porto de Suape. O religioso esteve no local durante toda manhã, protegido debaixo de uma tenda de aproximadamente vinte metros, onde líderes comunitários e moradores das comunidades do entorno do Complexo Industrial Portuário de Suape – CIPS, uma comitiva eclesial, parlamentares e autoridades governamentais reunidos, se protegiam do sol escaldante numa grande plenária onde os líderes comunitários apresentaram suas denúncias de violações dos direitos humanos. As comunidades alegam que os seguranças do complexo portuário atuam em regime de milícia e destroem as lavouras, que sempre foi fonte de subsistência dos agricultores e agricultoras naquele território.

Dom Saburido visitou a recém restaurada Igreja de Nossa Senhora de Mercês, que fica dentro da comunidade, e presidiu uma pequena celebração sob a tenda armada em frente à igreja. O arcebispo aproveitou a ocasião para conversar com os moradores e visitar comunidades na região, para ver de perto os estragos causados pelo CIPS.

A visita desta quinta-feira foi um desdobramento do encontro com líderes comunitários articulado pelo Fórum Suape, ocorrido no dia 5 de dezembro. Sensibilizado com os relatos de casos de expulsão de moradores sem mandado judicial, de danos ambientais causados por dragagens, queda do estoque pesqueiro por conta das explosões para a instalação dos estaleiros e da conduta abusiva de seguranças do empreendimento, que atuariam destruindo lavouras, roubando materiais de construção e derrubando casas e muros, Dom Fernando Saburido mobilizou uma comitiva eclesial que atua na região, assim como representantes governamentais e a imprensa para essa visita à comunidade quilombola.
Na abertura do encontro, Magno Araújo, líder comunitário do Quilombo das Mercês fez uma saudação aos presentes dando início aos relatos sobre violações e atos violentos praticados contra a sua comunidade. Em seguida dez lideranças comunitárias e o representante do Fórum de Juventudes do Cabo de Santo Agostinho/FOJUCA apresentaram suas denúncias. O representante do Governo do Estado, Eduardo Gomes de Figueiredo, secretário executivo da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos afirmou que o governo está aberto ao diálogo. Foi contestado pelo deputado estadual Edilson Silva/PSOL, presidente da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Assembléia Legislativa: “É um desrespeito o representante do governo vir aqui falar em diálogo. Suape é terra sem lei, pois o Governo do Estado instituiu no território um verdadeiro estado de exceção”, enfatizou o parlamentar.
Também estiveram presentes e fizeram uso da palavra o representante do Sinpol, Aldo Cisneiros, o secretário de governo de Ipojuca, Romero Sales, representantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PE e integrantes da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese. Como encaminhamento ficou para ser agendada uma reunião de trabalho com as 28 lideranças comunitárias, a OAB-PE, a Comissão de Justiça e Paz e Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da ALEPE e o Fórum Suape. Outra iniciativa será um apelo a ser enviado pelo arcebispo ao governador do Estado solicitando que parem as violações de direitos humanos no território e que se abram canais de negociação por parte da empresa com as comunidades. Dom Fernando Saburido reforçou a importância de se fazer mais uma tentativa de articular o diálogo com os diversos atores envolvidos se comprometendo, especialmente através da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese que terá o papel de entendimento, mediação e ação.

plugins premium WordPress