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[JC Online] Total de óleo recolhido em praias de Pernambuco chega a 1.500 toneladas

Nesse domingo (27), a reportagem registrou a presença da substância na Praia dos Carneiros
Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem

JC Online
Publicado em 28/10/2019, às 19h25

O total de óleo recolhido no litoral pernambucano chegou a 1.500 toneladas. Nesta segunda-feira (28), 14 praias do Estado apresentaram manchas, mas em pequenas proporções. Toda a substância coletada está sendo levada para o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Pernambuco, localizado em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife.

Nesta segunda-feira (28), o material foi encontrado nas seguintes praias:

• Merepe, Ipojuca (vestígios)
• Cupe, Ipojuca (vestígios)
• Muro Alto, Ipojuca (vestígios)
• Nossa Senhora do Ó, Paulista (vestígios)
• Pau Amarelo, Paulista (vestígios)
• Conceição, Paulista (vestígios)
• Maria Farinha, Paulista (vestígios)
• Sossego, Ilha de Itamaracá (vestígios)
• Enseada dos Golfinhos, Ilha de Itamaracá (vestígios)
• Pontal da Ilha, Ilha de Itamaracá (vestígios)
• Enseada do Corais, Cabo de Santo Agostinho (vestígios)
• Gaibu, Cabo de Santo Agostinho (vestígios)
• Itapuama, Cabo de Santo Agostinho (vestígios)
• Praia do Paiva, Cabo de Santo Agostinho (vestígios)

Na praia do Cupe, mergulhadores do Corpo de Bombeiros fizeram ação de reconhecimento de áreas com óleo perto dos corais.

Nesse domingo (27), a reportagem do Jornal do Commercio esteve nas praias de Tamandaré e registrou a presença da substância nos corais da praia dos Carneiros, ainda na areia, em maior quantidade, em Boca da Barra e na foz do Rio Mamucabas. Do Litoral Sul ao Norte, saiba como foi o domingo nas praias em Pernambuco.

Leia a matéria completa no site: JC Online

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Ambiental Governo Impactos

[El País] O trabalho quase impossível de se limpar com as mãos as praias contaminadas por óleo do Nordeste

Na praia de Itapuama, em Cabo de Santo Agostinho, centenas de voluntários tentam reduzir os danos do misterioso vazamento que já atinge praias de 201 localidades em nove Estados

Voluntários se mobilizam para limpar a praia de Itapuama, em Cabo de Santo Agostinho (PE). [Fotografia: TERESA MAIA]

“Hoje eu venho, amanhã eu venho, e depois também”, afirma Paulo Vitor. O rapaz de 19 anos está bastante seguro de sua decisão, apesar de seu corpo estar coberto por uma espessa camada de óleo que faz a pele arder ao ficar exposta ao sol. Nesta terça-feira, ele era uma das centenas de pessoas que lotavam a praia de Itapuama para tentar salvar esse pedaço do litoral de Pernambuco. Localizada no município de Cabo de Santo Agostinho, a pouco mais de 20 quilômetros da turística praia de Boa Viagem, em Recife, Itapuama é umas das seis praias da região que foram contaminas por um misterioso petróleo derramado em alto mar que chegou ao litoral do Nordeste brasileiro há dois meses e já atingiu 201 localidades em 80 municípios de nove Estados, segundo o último balanço do Governo federal. “Se ficar alguma ferida, vai ter valido a pena. Isso que a gente está fazendo… Quem é cabense, quem frequenta essas praias, chega e vê uma coisa dessas… É até emocionante”, conta o jovem, que está no primeiro período de Ciências Biológicas. Deseja ser biólogo marinho.

Paulo Vitor não hesita em mergulhar na água para tentar retirar o petróleo que está submerso. Mas esta é apenas uma das muitas tarefas que mobilizam os voluntários, que vieram de várias cidades da região. Qualquer pessoa pode chegar e ajudar. Protegida com luvas, botas e máscara (conforme determinam as instruções difundidas por ONGs e pela Prefeitura), Patrícia Henry tenta retirar com uma espátula a substância preta que ficou incrustada nas pedras da praia. “Como o óleo está muito grosso, se alguém não tirar, não vai sair das pedras. Ontem, retiraram uma tartaruga que se debatia. O pessoal teve que cavar com a unha para retirar o óleo“, conta esta engenheira civil, de 27 anos. “Estou tentando me dedicar àquilo que minha ferramenta me permite fazer, mas o óleo é bem espesso. Ele gruda, entra em qualquer buraquinho. Imagina como está nos corais dentro mar… Tem coisas que não dá para retirar”, lamenta a produtora audiovisual Maíra Lisboa, que trouxe água e duas pás de casa.

Enquanto conversa, forma com as mãos, devidamente protegidas por luvas, uma pequena bola preta com o óleo que conseguiu retirar das rochas. “Infelizmente já aconteceu e parecem não estar se importando muito. Como não temos ajuda do Governo, juntamos o que temos. É uma autogestão mesmo. Todo mundo está vindo, aprendendo e tentando ver qual é a maneira de fazer, e ajudando no que puder”, explica. Seu desabafo parece refletir o sentimento de boa parte das pessoas presentes no mutirão: o de que o poder público como um todo falhou. Identificado há cerca de dois meses, o petróleo se espalhou ao longo de mais de 2.200 quilômetros de costa, entre o Maranhão e a Bahia, sem que as autoridades exibissem um algum tipo de plano detalhado de contenção.

Leia a matéria completa no site: el pais

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Ambiental Governo Impactos Preservação

[El País] Quinze praias do Nordeste sob o jugo do vazamento de óleo

Recife / Salvador de Bahía / Aracaju / Maceió 

Dez fotógrafos de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia retratam os estragos do vazamento de óleo na região e o trabalho de voluntários para minimizar os prejuízos.

1. Praia do Paiva, Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. Voluntários fazem a remoção de porções de óleo com rede improvisada [LEO MALAFAIA | FOLHA PE]

2. Garoto tenta retirar o petróleo do corpo, após atuar na remoção das manchas, no mar na Praia de Itapuama, Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. [LEO MALAFAIA | FOLHA PE]

3. Centenas de voluntários trabalharam para a remoção das manchas de óleo. Com ferramentas, sacos e equipamentos provenientes de doações, o grupo trabalhou durante todo o dia na Praia do Paiva, Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. [LEO MALAFAIA | FOLHA PE]
4. Praia de Itapuama, Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. Entre os voluntários, algumas crianças e adolescentes participaram da ação. Na foto, após ajudar na remoção das manchas, uma criança sai do mar de óleo e retorna para a areia da praia. O contato prolongado com a substância causa queimaduras, dores de cabeça, tontura e náuseas. [LEO MALAFAIA | FOLHA PE]
5. A tradicional jangada, usada por pescadores e turistas ficou presa na praia ocupada pelo óleo. Praia dos Carneiros, Tamandaré, Pernambuco. [DIEGO NIGRO]
6. No litoral norte de Alagoas, na praia de Peroba, que faz parte da deslumbrante Maragogi, o óleo mancha a beleza dos recifes. [DIEGO NIGRO]

7. No manguezal da Coroa do Meio, em Aracaju, Sergipe, um pescador recolhe a rede encharcada pelo óleo. [JANAÍNA SANTO]

8. Redes de contenção do óleo levadas pela maré até as pedras da orla de Aracaju, uma das áreas mais atingida pelo óleo no estado de Sergipe. [JANAÍNA SANTO]

9. Pai Velho, pescador na praia de Itapuã, Salvador, Bahia. Pescador desde os 10 anos de idade, ele conta: “eu nunca vi quantidade de óleo como essa aí! O povo agora sente medo de comprar peixe”. Ele diz que já sente o impacto nas vendas. [MARCEL LOPES]

10. O impacto econômico começa a atingir os pescadores, como ‘Seu Raimundo’, 53 anos e pescador na praia do Rio Vermelho. “O impacto desse vazamento está péssimo. As vendas caíram bastante”. [MARCEL LOPES]

11. Gigante manta de óleo atinge o litoral norte do estado de Pernambuco na Praia do Janga, em Paulista. [LEO MALAFAIA | FOLHA PE]

12. Uma multidão de voluntários se esforça para retirar o óleo da praia de Itapoama, em Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. [TÚLIO ASSIS]

13. A retirada do óleo da costa do Nordeste é um esforço voluntário dos moradores das cidades costeiras. Praia de Itapoama, em Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. [TÚLIO ASSIS]
14. No improviso, qualquer recipiente é utilizado para armazenar o óleo retirado das praias pelos voluntários. Praia de Muro Alto, Ipojuca (Pernambuco). [TÚLIO ASSIS]
15. Na praia de Muro Alto, Ipojuca, Pernambuco, voluntários usam rede para recolher troços de óleo cru das águas. [BRUNA VELOSO]

Leia a matéria completa no site: El País

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Ambiental Governo Impactos Jaboatão

[Diário de Pernambuco] Manchas de óleo chegam às praias de Candeias e Sossego

Fragmento de óleo retirado na praia de Candeias, Jaboatão dos Guararapes.
(Foto: Divulgação/Prefeitura de Jaboatão)
Publicado em: 25/10/2019 09:13 | Atualizado em: 25/10/2019 12:11
Na manhã desta sexta-feira (25), as manchas de óleo chegaram às praias de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, e Sossego, na Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte do estado. Ambas foram atingidas por fragmentos e poucos voluntários e técnicos estiveram no local para realizar a limpeza. A assessoria de Jaboatão informou, nesta sexta, que já foram retirados meio quilo de fragmentos de Candeias.

Em Jaboatão, a praia de Barra de Jangada já tinha registro de manchas desde a madrugada da última quarta-feira. Já Itamaracá, apresentou manchas de óleo na quinta-feira, nas praias de Pilar e Jaguaribe.

Segudo o morador do bairro de Candeias, Djalma Carneiro, 34 anos, a maior concentração do óleo é na divisa entre a praia de Candeias e Barra de Jangada. Com o avanço da maré, as partículas foram dissipadas para a faixa de areia. Ele relata que dois funcionários do Ibama e quatro bombeiros civis estão no local, mas não há ponto de coleta. ‘É um descaso, quem está fazendo o trabalho pesado é o povo. Não tem ponto de coleta aqui em Candeias, só em Barra de Jangada. Ou seja, as pessoas que estão recolhendo o óleo acabam jogando os resíduos no lixo comum’, disse.

Leia a matéria completa no site: diário de pernambuco

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Ambiental Governo Impactos Saúde SUAPE

[NE10] Coleta e análise de amostras de água das praias atingidas por óleo é iniciada

Governo inicia coleta e análise de amostras da água das praias atingidas
pelas manchas de óleo (Hélia Scheppa/SEI)
NE10 INTERIOR 
Texto de Marília Pessoa
25/10/2019 08:5
As equipes do Governo de Pernambuco começaram nessa quinta-feira (24) a recolher amostras de águas das praias do litoral pernambucano que foram atingidas pelas manchas de óleo. O objetivo é analisar se há hidrocarbonetos presentes, compostos presentes no petróleo que, em grandes quantidades, pode ser prejudicial à saúde.

O material será encaminhado para se analisado no laboratório Organomar, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que fechou uma parceria com a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

A coleta foi feita nas praias do Paiva, São José da Coroa Grande, Tamandaré, Carneiros, Maracaípe, Muro Alto, Suape, Itapuama, Gaibú e Pedra do Xaréu. O trabalho é feito por profissionais do laboratório da CPRH, com o apoio dos professores do departamento de Oceanografia da UFPE, além de especialistas em poluição marinha por petróleo.

Leia a matéria completa no site: ne10

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Ambiental Cabo de Santo Agostinho Governo Impactos

[Folha PE] Adolescente fotografado em ‘mar de óleo’ no Cabo pretendia ajudar a mãe

Texto de Artur Ferraz

25/10/19 às 07H03, atualizado em 25/10/19 às 13H44

Decidido a ajudar a mãe, dona de um bar na orla de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, Everton Miguel dos Anjos, de 13 anos, ouviu dela a advertência para tomar cuidado com as placas de petróleo cru que invadiram a praia na última segunda-feira. No fim do dia, levou uma bronca. “Ela brigou comigo porque não era para me melar, mas eu fui mesmo assim”, conta.

Apesar disso, o adolescente fotografado em meio à confusão na limpeza das Pedras do Xaréu não sentiu até agora nenhum sintoma de intoxicação. “Ele respirou muito [o cheiro do óleo], mas, graças a Deus, não aconteceu nada com ele”, observa a mãe, Ivaneide Maria de Oliveira, 36.

Capturada pelo fotógrafo da Folha de Pernambuco, Léo Malafaia, a imagem, que mostra o menino vestido com plástico de lixo retirando do mar sacos com petróleo, teve repercussão internacional, sendo publicada em periódicos como The New York Times (EUA) e Clarín (Argentina), além da agência de notícias francesa France-Press (AFP) e do inglês The Gardian, que destacou a foto entre as melhores da última quarta-feira. Depois que a imagem foi captada, Everton subiu nas pedras e pegou óleo de cozinha para tirar o excesso de petróleo que grudara nos braços e nos pés descalços. “Tinha nada para fazer”, disse na hora.

Enquanto o filho se misturava aos voluntários nas Pedras do Xaréu, Ivaneide ficou com o marido em outra área, mais perto da base de apoio do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). “Naquele dia, a gente foi para abrir a barraca porque era feriadão do Dia do Comerciário. Quando a gente chegou lá, estava aquela correria. Eu fiquei perto do Samu, separando o óleo do sargaço e ele foi lá para baixo”, relata a comerciante, que há dois anos mantém o bar Dois Irmãos 2, em alusão ao estabelecimento da mãe dela, o Dois Irmãos 1.

Criança tenta se livrar do óleo preso ao corpo após ajudar na limpeza na praia de Itapuama, Cabo de Santo Agostinho,
Região Metropolitana do Recife – Crédito: Leo Malafaia/Folha de Pernambuco
Diante de uma realidade como essa, manchas de petróleo nas pernas não parecem tão graves para um adolescente no meio de um desastre humano e ambiental. “Ele quis me ajudar. Achei tão engraçado quando eu disse: ‘Não se mela tanto não’, aí ele: ‘Mãe, a gente depende disso aqui. A senhora não trabalha aqui?’”, conta Ivaneide, orgulhosa.

Leia a matéria completa no site: FolhaPE

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Ambiental Governo Impactos

[G1] ‘O óleo destruiu as nossas vidas’, diz catadora de mariscos afetada por desastre no litoral de Pernambuco

Maria de Cássia falou sobre o sentimento de quem depende da pesca em áreas atingidas pelas manchas no
Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife — Foto: Reprodução/TV Globo
Texto de: Antonio Coelho, TV Globo
24/10/2019 20h19 

“O óleo destruiu as nossas vidas”. A frase é da catadora de mariscos Maria de Cássia da Silva, que depende dos pescados para sobreviver, na praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, um dos municípios atingidos pelo desastre ambiental em Pernambuco (clique aqui para ver vídeo).

O surgimento das manchas no litoral do município, no Grande Recife, afetou também outros profissionais, como donos de bares e barracas e barqueiros. A colônia de pescadores do município estima que 1.800 pessoas estão paradas desde o aparecimento do óleo, na sexta-feira (18).

Balanço divulgado pelo governo do estado, na quarta-feira (23), aponta que quase mil toneladas de óleo foram retiradas das praias pernambucanas, em sete dias. Nesta quinta-feira (24), foram atingidas áreas de Itamaracá e outras localidades de Paulista, na Região Metropolitana.

Maria de Cássia afirmou, nesta quinta-feira (24), que depende da coleta de mariscos para sustentar quatro filhos e o marido, que está desempregado. Sem poder trabalhar por causa do óleo, ela afirma que está esperando providências das autoridades.

“A gente não tem resposta do governo. O pessoal da prefeitura do Cabo começou a fazer um cadastramento, mas a gente não sabe o que é e para que é”, afirma. Como os clientes deixaram de ir à praia, Maria de Cássia diz que conta com a ajuda da mãe, que é aposentada. “Estamos de mãos atadas”, declara.

Na praia de Suape, os pescadores também estão parados. A colônia tem 800 cadastrados e mais mil que atuam sem registro formal.

Leia a matéria completa no site: G1

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Ambiental Ataques Governo Impactos Voluntários

[The Intercept Brasil] A ‘eficiência’ do governo para limpar o óleo no Nordeste: adoecimento e exploração dos voluntários

Voluntários lutam contra o óleo: 900 toneladas de resíduos foram retiradas apenas da costa de Pernambuco até agora. Foto: Anderson Stevens
Texto de: Mariama Correia

24 de Outubro de 2019, 16h31

Manchas escuras estão nas roupas e no corpo de Laudinete Maria da Silva, 36 anos. Ela carrega luvas de plástico sujas pelo petróleo. As marcas emocionais também estão evidentes no choro e no desabafo furioso que a moradora local fez diante de mim na praia de Suape, município do Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, na quarta-feira. A imprensa estava ali para acompanhar a visita do Arcebispo de Olinda e Recife às populações impactadas pelo maior desastre ambiental da costa brasileira – e um dos maiores da história do Brasil, cujas consequências ainda são desconhecidas.

Laudinete está exausta. Todos nós, nordestinos, também estamos cansados da falta de explicações e de soluções diante desta tragédia nacional. Quando conheci a pescadora, o óleo que já contaminou dez municípios pernambucanos e mais de 80 no Nordeste não dominava mais o cenário paradisíaco da praia de Suape, de mar calmo e areia branca. “Tiramos tudo sozinhos”, me contou, indignada. Mais de dez toneladas do material foram retiradas somente desta praia desde o domingo passado, segundo os voluntários.

Desde que a mancha tóxica retornou a Pernambuco, no dia 17, a moradora da praia de Suape deixou tudo de lado para se unir aos mutirões de voluntários que trabalham na limpeza da orla. “Quem está levando minhas filhas para a escola é minha mãe. Estou aqui fazendo minha obrigação, limpando [o lugar] de onde tiro o meu pão”, contou Laudinete. Ela é mãe de duas meninas, uma de 10 e outra de 14 anos, sustentadas com a pesca de mariscos.

A cada nova praia afetada, mais imagens de pessoas removendo as imensas porções de óleo com as próprias mãos circulam pelas redes sociais. Mostram corpos desprotegidos lutando contra massas densas que queimam e irritam a pele. Na quinta-feira, 17 de outubro, o óleo chegou à Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte do estado. Segundo o secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, José Antônio Bertotti, 900 toneladas de resíduos (que misturam óleo e areia) foram retiradas apenas da costa do estado até agora. No Nordeste, no total, foram mais de mil toneladas, segundo a Marinha.

Leia a matéria completa no site: theintercept_brasil
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Governo SUAPE

GOVERNO NEGA ESPIONAGEM EM SUAPE

Fonte:Agência Estado
Publicação: 04/04/2013

Brasília – Chamado logo pela manhã ao Palácio da Alvorada para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, o general José Elito Carvalho, do Gabinete de Segurança Institucional, negou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tenha montado operação para monitorar o movimento sindical no Porto de Suape.

“É mentirosa a afirmação de que o GSI/Abin tenha montado qualquer operação para monitorar o movimento sindical no Porto de Suape ou em qualquer outra instituição do País. O GSI lamenta ainda a utilização política do tema, questionando a quem interessa tal tipo de interpretação neste momento”, disse o ministério comandado pelo general José Elito, em nota. O jornal O Estado de S. Paulo revelou nesta quinta-feira que agentes da Abin foram escalados para monitorar a movimentação sindical no Porto de Suape, em Pernambuco.

“Todo o trabalho do GSI e da Abin está amparado pelas leis 9.883, de 1999, que criou o Sistema Brasileiro de Inteligência e a Abin, como seu órgão central, e 10.683, de 2003, que estabelece ser do GSI a coordenação da inteligência federal. Sua atuação vem se pautando por uma ação institucional e padronizada, como ocorre em todos os sistemas democráticos”, afirmou a nota.

O líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), disse que é “impensável imaginar, pela característica da presidente Dilma Rousseff, pela sua história, e junto com tantos outros lutadores deste nosso País” (que tal espionagem esteja sendo feita).

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