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Conferência Segurança SUAPE

ENTIDADES E MOVIMENTOS SOCIAIS PROMOVEM A 1ª CONFERÊNCIA POPULAR DE SEGURANÇA PÚBLICA

Nos dias 10 e 11 de agosto, foi realizada a 1.a Conferência Popular de Segurança Pública do Estado de Pernambuco, reunindo diversas representações da sociedade civil organizada. O evento ocorreu sob o Viaduto Capitão Temudo, na comunidade do Coque, área central da cidade do Recife. Cerca de 40 entidades e movimentos populares promoveram o evento, que teve como intuito a elaboração de um plano de segurança pública com demandas da população, que será entregue ao Governo do Estado.
Para uma das articuladoras da ação, Edna Jatobá (do Gajop), a Conferência é um importante espaço para debater os rumos da segurança pública do Estado. “Estamos dialogando com a vontade e os anseios das diversas comunidades a fim de focarmos em políticas públicas, pois são essas comunidades que sabem onde o calo aperta, que sabe o quanto e como sua juventude está morrendo e como melhorar significativamente essa situação de caos na segurança que eles vivem”, pontuou.
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Conferência Convite Fórum Suape Segurança

PARTICIPE DAS PRÉ-CONFERÊNCIAS POPULARES DE SEGURANÇA PÚBLICA NO CABO E EM IPOJUCA

No próximo dia 24 de julho, o Fórum Suape, o FOJUCA e o Centro das Mulheres do Cabo irão promover uma Pré-Conferência Popular de Segurança Pública, a partir das 14h, no auditório da Fajolca (Faculdade José Lacerda Filho de Ciências Aplicadas), no Ipojuca-sede. No Cabo, a Pré-Conferência vai acontecer no dia 27 de julho, às 9h, na unidade acadêmica da Universidade Federal Rural de Pernambuco do Cabo de Santo Agostinho (UFRPE/Cabo), que fica às margens da PE-60.
O intuito das pré-Conferências é viabilizar o debate amplo e descentralizado da população e de estruturar as contribuições do povo de maneira autônoma e participativa para a 1.ª Conferência Popular de Segurança Pública, a ser realizada nos dias 10 e 11 de agosto. A iniciativa é do Fórum Popular de Segurança Pública, criado em maio de 2017 por várias organizações de direitos humanos e de base comunitária, em um contexto de assustadora escalada da violência em Pernambuco, como uma resposta à postura antidemocrática do Governo do Estado de sempre negar participação ao povo na construção das diretrizes da Política Estadual de Segurança Pública.
Pernambuco agoniza com os altos índices de homicídios. Em 2017, foram contabilizados 5.427 assassinatos. O número é 21,1% maior do que as 4.479 mortes violentas notificadas em 2016. Além disso, em 2017 também foram registrados números alarmantes de 2.178 estupros e 33.344 mulheres vítimas de violência doméstica.
Os municípios do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca têm se destacado nesse cenário de violência. Os dois municípios diretamente atingidos pelo Complexo de Suape convivem com uma realidade crescente de violência em face da instalação de grandes empreendimentos industriais, que atraiu grande contingente populacional de outros Estados sem que os municípios tivessem estrutura para atender a essa nova população com serviços públicos de moradia, saúde, educação, saneamento básico etc. O resultado foi um cenário de caos social e de crescente violência.
O Fórum Suape acredita que as pré-conferências populares são espaços importantíssimos de reflexão e diálogo, que viabilizarão a participação popular no enfrentamento do atual cenário de violência generalizada, sofrido principalmente pelas camadas mais empobrecidas da população. Ressaltamos que o problema da violência e da segurança pública no Estado deve ser tratado com políticas públicas sociais para a erradicação da pobreza e da desigualdade social, e não com repressão, criminalização e encarceramento.
Da Assessoria de Comunicação do Fórum Suape

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Conferência Convite Fórum Suape Segurança

SOCIEDADE CIVIL SE UNE PARA O LANÇAMENTO DAS PRÉ-CONFERÊNCIAS POPULARES DE SEGURANÇA PÚBLICA

No último dia 13 de junho, foi realizado no bairro de Peixinhos (Olinda) o lançamento das Pré-Conferências Populares de Segurança Pública do Estado de Pernambuco. O intuito das pré-Conferências é viabilizar o debate amplo e descentralizado da população e de estruturar as contribuições do povo de maneira autônoma e participativa para a 1.ª Conferência Popular de Segurança Pública, a ser realizada nos dias 10 e 11 de agosto.
A Conferência Popular será um evento paralelo à Conferência Estadual de Segurança Pública, promovido pelo Governo do Estado. A iniciativa foi puxada pelo Fórum Popular de Segurança Pública, que conta com a adesão cada vez maior de organizações da sociedade civil.
O Fórum Popular de Segurança Pública foi criado em maio de 2017 por várias organizações de direitos humanos e de base comunitária, em um contexto de assustadora escalada da violência em Pernambuco. A criação do Fórum Popular foi uma resposta à postura antidemocrática do Governo do Estado de sempre negar a participação do povo na construção das diretrizes da Política Estadual de Segurança Pública. “A política de segurança do Estado é a política do extermínio e a do encarceramento negro”, enfatizou Edilson Silva (Deputado Estadual do PSOL) durante o lançamento das Pré-Conferências.
Por isso, o Fórum Popular tem como objetivo central exigir a participação popular no âmbito da Política Estadual de Segurança Pública.
Pernambuco agoniza com os altos índices de homicídios. Em 2017, foram contabilizados 5.427 assassinatos. O número é 21,1% maior do que as 4.479 mortes violentas notificadas em 2016. Além disso, em 2017 também foram registrados números alarmantes de 2.178 estupros e 33.344 mulheres vítimas de violência doméstica.
Os municípios do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca têm se destacado com esses lamentáveis números. Os dois municípios diretamente atingidos pelo Complexo de Suape convivem com uma realidade crescente de violência em face da instalação de grandes empreendimentos industriais, que atraiu grande contingente populacional de outros Estados sem que os municípios tivessem estrutura para atender a essa nova população com serviços públicos de moradia, saúde, educação, saneamento básico etc. O resultado foi um cenário de caos social e de violência generalizada.
O Atlas da Violência de 2018 coloca o Cabo de Santo Agostinho como uma das 10 cidades mais violentas do Brasil e a cidade onde mais se matam jovens negros no país. A população do Cabo é de 180 mil habitantes e registrou no ano passado 198 assassinatos. As vítimas são em sua maioria jovens, negros, pobres e moradores de periferia, com idade entre 18 a 29 anos. Já o Município de Ipojuca apresentou 152 homicídios a cada 100 mil habitantes. Isso representa cinco vezes a média nacional, que corresponde a 33 homicídios para cada 100 mil habitantes.
O Fórum Suape acredita que as pré-conferências populares são espaços importantíssimos de reflexão e diálogo, que viabilizarão a participação popular no enfrentamento do atual cenário de violência generalizada, sofrido principalmente pelas camadas mais empobrecidas da população. Ressaltamos que o problema da violência e da segurança pública no Estado deve ser tratado com políticas públicas sociais para a erradicação da pobreza e da desigualdade social, e não com repressão e encarceramento. O Fórum Suape pretende realizar uma pré-Conferência que proporcione a participação das populações do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca nos debates acerca dos rumos da Segurança Pública em nosso Estado. Convidamos todas e todos para construção coletiva desse encontro. A sua participação é essencial!
Para saber mais informações sobre o Fórum Popular de Segurança Pública, acesse a página no Facebook: /span>https://www.facebook.com/F%C3%B3rum-Popular-de-Seguran%C3%…/>.

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Impactos Reunião Segurança SUAPE Violações

MORADORES DA ILHA DE MERCÊS RECORREM AO ARCEBISPO CONTRA MILÍCIA QUE ATUARIA EM SUAPE

Por: Portal FolhaPE
Moradores da comunidade quilombola Ilha de Mercês, no município de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), recorreram ao arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, contra abusos que eles afirmam sofrer por parte de funcionários do Porto de Suape. O religioso esteve no local na manhã desta quinta-feira (28) e ouviu denúncias de violações dos direitos humanos. A comunidade alega que os seguranças do complexo portuário atuam em regime de milícia e destroem as lavouras, fonte de subsistência dos quilombolas.

Após visitar a Igreja de Nossa Senhora de Mercês, que fica dentro da comunidade, o arcebispo presidiu uma pequena missa sob uma tenda armada em frente à igreja. Após a cerimônia, Dom Fernando deve conversar com os moradores e prosseguir com a visita às demais comunidades na região.

A visita desta quinta é um desdobramento de um encontro de líderes comunitários, ocorrido no dia 5 de dezembro. Conforme reportagem publicada pelo Portal FolhaPE no início de dezembro, há relatos de casos de expulsão de moradores sem mandado judicial, de danos ambientais causados por dragagens, queda do estoque pesqueiro por conta das explosões para a instalação dos estaleiros e da conduta abusiva de seguranças do empreendimento, que atuariam destruindo lavouras, roubando materiais de construção e derrubando casas e muros.

Ação do MPF
Uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal condenou, em outubro de 2016, Suape e a Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) por danos socioambientais causados pela etapa de dragagem do canal externo e pela localização inadequada de pontos de descarte, realizado dentro do mar e em cima de pesqueiros.

Confira na íntegra a nota de esclarecimento enviada pelo Complexo Industrial de Suape:

Com relação ao evento realizado na comunidade Ilha de Mercês, na manhã desta quinta-feira (28), o Complexo Industrial Portuário de Suape esclarece que prioriza e se mantém aberto ao diálogo com os moradores das 27 comunidades mapeadas em seu território. Foram realizadas reuniões com os representantes do Fórum Suape para dar andamento às demandas das comunidades.

Para tratar de temas específicos como moradia, segurança, meio ambiente e sustentabilidade, a presidência destacou um coordenador para acompanhar de perto as questões trazidas pelo grupo, dando celeridade aos processos. As primeiras reuniões temáticas seriam nos dias 11 e 12, mas os representantes do fórum não responderam à solicitação do encontro. Portanto, o argumento de falta de diálogo não procede.

Antes de qualquer esclarecimento relativo ao tema segurança, a administração de Suape enfatiza categoricamente que NÃO EXISTE MILÍCIA. A empresa mantém dois contratos de terceirização de mão de obra, com o objetivo de fiscalização do patrimônio público. Nas reuniões com o fórum, a administração de Suape solicitou aos moradores que denunciam os supostos abusos, que apresentem registros de qualquer tipo de excesso para que a empresa tome as devidas providências. Até hoje, contudo, não obteve retorno nem do fórum e nem dos moradores.

Segurança

O primeiro dos contratos de segurança é com a TKS Segurança Privada Ltda, com efetivo de 170 vigilantes, que presta serviços exclusivamente na área interna do porto organizado, em postos fixos, exercendo atividades de guarda portuária. Outros 54 atuam nas edificações, onde estão instaladas as demais dependências da administração. Todos trabalham fardados, com crachás e obedecem às exigências da Polícia Federal (PF), instituição responsável pela fiscalização das empresas de segurança privada.

O outro contrato é com a Liserve, que fornece 36 inspetores. Esses profissionais são empregados na fiscalização do território de Suape, em toda a sua área de 13,5 mil hectares. Suape é uma empresa pública e, como tal, somente age em conformidade com as normas legais e o interesse público.

A direção repudia, veementemente, a utilização de violência contra as famílias nativas da região. Suape não realiza demolições de casas de posseiros, a exceção dos casos de reintegração judicial, reintegração decorrentes de homologações de acordos na Justiça e de construções erguidas por invasores em áreas destinadas à preservação ambiental e instalação de empreendimentos, como determina a lei. Nessa situação, as demolições acontecem com o apoio da prefeitura municipal local, detentora do poder de polícia. Suape reitera que jamais recebeu, por parte dos moradores, qualquer registro de demolições supostamente irregulares.

Pedágio

No último dia 11, moradores da comunidade Ilha de Mercês realizaram protesto na rotatória de acesso à área portuária. Na mesma data, uma comissão de representantes foi recebida na sede administrativa para dar encaminhamento às solicitações. O grupo alegou que 35 famílias residentes não estariam sendo beneficiadas pela gratuidade nos pedágios de acesso da Rota do Atlântico, concessionária da rodovia que corta o Complexo de Suape.

De imediato, Suape se comprometeu a atualizar o cadastro para avaliar se as famílias atendem às exigências para obter o benefício. No dia marcado para o início do processo, o líder da comunidade comunicou que não poderia estar presente e que informaria uma nova data para acompanhar o trabalho da equipe de Suape. Essa data, no entanto, não foi agendada pelo representante da comunidade. Atualmente, 47 famílias da Ilha de Mercês são beneficiadas com a gratuidade.

Em 04 de setembro de 2017 Suape recebeu do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União e do Ministério Público de Pernambuco a recomendação conjunta de nº 01/2017. O seguinte documento determina que Suape “suspenda incursões de sua equipe na Comunidade Ilha de Mercês sem a devida autorização dos moradores, impossibilitando que os assistentes sociais tenham acesso ao local.

Indenizações

De 2007 a 2016, Suape indenizou 1.541 famílias, pagando um total de R$ 87,5 milhões pelas benfeitorias (imóveis e plantações). Todos os acordos foram homologados na Justiça e as famílias indenizadas são realocadas, quando necessário, para casas ou lotes de terra, conforme escolha dos moradores. O processo tem como objetivo reassentar as pessoas que moravam em áreas destinadas à preservação ambiental e em zonas industriais. Esse processo é acompanhado tanto pelos órgãos do Judiciário, como por outras entidades e se caracteriza pelo diálogo permanente entre todos os envolvidos.

Fonte: Portal FolhaPE, com informações de Priscilla Costa (Folha de Pernambuco) 28/12/17
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Ataques Segurança SUAPE Violações

COMPLEXO INDUSTRIAL E PORTUÁRIO DE SUAPE MATA

Faleceu na manhã de ontem, dia 5 de fevereiro, Severino Cassiano da Silva, conhecido como Biu, artesão, pescador e último morador nativo expulso da Ilha de Tatuoca. O sepultamento foi realizado na manhã desta segunda-feira, no cemitério de Nazaré. No dia 4 de abril de 2016, Biu olhou pela última vez da janela de sua casa para as águas do rio Massangana. Na manhã daquele dia, o último morador da Ilha de Tatuoca foi forçado a assistir a demolição de sua casa, seu bar e de tudo o que era seu. Seu destino seria traçado pela mão criminosa e gananciosa do Complexo Industrial e Portuário de Suape, com a cobertura do Estado. Dezenas de homens armados, metralhadoras às claras, carros, tratores foram usados em mais esse ato de total desrespeito aos direitos daquele morador indefeso, no final deixaram apenas os escombros. Durante vários meses, seu Biu permaneceu em uma cama de hospital entre a vida e a morte. Nunca se recuperou de tamanha violência.
O falecimento de seu Biu foi antecedido pela morte do Sr. Luís Abílio da Silva, em dezembro do ano passado. Na época, com 83 anos, seu Abílio e sua esposa dona Maria Luiza da Silva, cinco anos mais velha, tiveram a casa derrubada no sítio do Engenho de Tiriri, no dia 22 de maio de 2013. Ao prestar um depoimento ao Forum Suape na época, cercado dos filhos e dos 18 netos, seu Abílio relembrou como tudo aconteceu. “Estava em casa com minha esposa, nora, filhos e netos quando a guarda chegou com o oficial de Justiça para nos retirar de lá. Eu estava sentado, fui retirado pelo braço. Minha nora com meu neto de 15 dias, também, foram obrigados a sair. A casa foi derrubada”. Seu Abilio acabou morrendo de tanto desgosto.
Estes são apenas dois casos, dos muitos que chegam quase que diariamente ao Fórum Suape contados por aquelas famílias que vivem o pesadelo que entrou em suas vidas sem pedir permissão. Dois casos exemplares que mostram a que ponto esta empresa estatal promove a destruição de vidas e sonhos.
Mais uma vez, denunciamos e questionamos o modelo de desenvolvimento que está por trás do Complexo Industrial e Portuário de Suape – CIPS, em Pernambuco, que comprova a cada dia o quanto ele funciona como uma usina geradora de violência e violações dos direitos humanos contra a população nativa e tradicional que habita aquela região. Esta é a realidade de Suape que não estamos acostumados a ver na imprensa ou nas propagandas oficiais de governos e eleitorais de candidatos.
Ao contrário, o que vemos é uma propaganda aos quatro cantos do mundo da empresa sustentável, que recebe inclusive prêmios internacionais. Porém, o CIPS mantém em sua estrutura interna uma Diretoria de Gestão Fundiária e Patrimônio cuja missão é desorganizar e destruir o mínimo de organização existente dos moradores, vulnerabilizando assim as reivindicações coletivas e a resistência as expulsões ocorridas em massa. Além disso, age com truculência, violência, assediando os moradores daquele território, tornando suas vidas insuportáveis.
Denúncias não faltam ao “modus operandi” do que se convencionou denominar de “milicias de Suape”. Quer através de boletins de ocorrência (mais de 90 desde 2010) subestimados pelo medo; quer pelos inúmeros depoimentos por aqueles e aquelas que sofrem no dia a dia com a presença da mão forte do CIPS e de seus algozes.
Ao contrário de ser uma empresa sustentável, como mostra a propaganda, o que se constata é que o CIPS não está nem aí com a vida. Gerador de tanto sofrimento deixa um rastro de doenças físicas e psicológicas, para além da destruição ambiental e de sonhos de milhares de trabalhadores que foram para Suape iludidos com promessas desenvolvimentistas e de melhoria financeira e material.
Para nós, do Fórum Suape é doloroso saber que uma pessoa como seu Biu, antes cheio de energia e esperança, tenha falecido dessa forma, longe da sua terra, privado da pesca, do rio e do mar. Mais uma vez, questionamos o CIPS, que sustentabilidade é essa que destrói e promove o desequilíbrio socioambiental? Que sustentabilidade é essa que, ao invés de preservar e proteger, mata?
Registramos aqui nossos sentimentos de pesar à toda família e amigos/as de seu Biu, que o seu espírito descanse em paz e ele possa, de alguma maneira, reencontrar a sua Tatuoca. Seu Biu, presente!
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Segurança

NOTA DE DESAGRAVO

NOTA DE DESAGRAVO
 
Nós entidades de direitos humanos, fóruns, comitês, entidades e defensores de direitos humanos de Pernambuco vem a público apresentar NOTA DE DESAGRAVO em solidariedade ao Promotor de Justiça, Dr. Westei Conde y Martin Júnior, que passamos a pontuar:
 
É por parte de toda sociedade pernambucana o esforço em pactuar com o Estado um modelo de Política de segurança pública onde estejam inseridas e incorporadas as diretrizes Direitos Humanos como valor fundamental.
 
Diante desse desafio, ao longo dos anos, consolidamos várias iniciativas de diálogo e incidimos na formação dos profissionais de segurança pública para que as abordagens fossem sintonizadas ao desejo da efetivação de um Estado Democrático e de Direitos.
 
Diante desses pressupostos ficamos todas e todos chocados com a violência como os fatos envolvendo Dr. Westei e a polícia militar ocorreram e sua repercussão numa clara tentativa de incriminar o Promotor diante de sua conduta de controle social.
 
No dia 22/10/2014, Dr. Westei, agindo conforme sua função pública de fiscal da lei, identificou uma viatura policial estacionada em local proibido, na Av. Boa Viagem, em Recife, e fotografou a viatura no momento da infração. O que ocorreu no momento posterior, entretanto, é que o Promotor foi abordado por policiais militares de forma agressiva e desmedida.
 
Afirmamos isso porque o simples fato de se identificar e registrar uma viatura em conduta irregular causa aos policiais uma reação tão desproporcional (chegou-se a ser mobilizado 6 viaturas da polícia). O que pensar da reação dos mesmos se um cidadão comum, se desejasse registrar a imprudência dos policiais.
 
Ficou patente o despreparo dos agentes e da forma como foram conduzidas as diversas viaturas e policiais para o local dos fatos, criando um clima de terror e medo por parte de qualquer um que neste momento queira registrar fatos e evidências contra a ação de quaisquer policiais.
 
Estamos vivendo em uma sociedade onde o controle social passou a ser um componente das atividades da vida pública, negá-la seria retornarmos ao universo das ações pirotécnicas que por muitos anos nada resultou.
 
O Ministério Público de Pernambuco tem se notabilizado pela defesa das causas coletivas e de direitos difusos. E identificamos o Promotor de Justiça Dr. Westei Conde como uma das pessoas que melhor encarna o espírito público e compromisso com os direitos humanos que nosso Estado tão bem é protagonista.
 
Por fim, os signatários desta nota apresentam a necessidade que sejam apurados os fatos e restabelecida a verdade na medida que sejam respeitadas as prerrogativas funcionais de um membro do Ministério Público assim como da necessidade de aprofundarmos a formação dos policiais com o objetivo que sejam assimilados protocolos que incorporem o respeito a cidadania e os direitos humanos. 
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