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Direitos humanos SUAPE Violações

VIOLÊNCIA CONTRA MORADORES EM SUAPE TEM NOME

Lugar comum, e que tem sido uma constante no território do Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS) é a violência reinante.

A violência praticada pela empresa CIPS de economia mista, que tem o governo do Estado como acionista majoritário, se apresenta de diferentes formas. São inúmeras as narrativas dos moradores sobre a violência cometida contra o meio ambiente, com o desmatamento em larga escala dos manguezais, resquícios de Mata Atlântica e restinga; o envenenamento de árvores frutíferas que servem como geração de renda para os moradores que vendem seus frutos (denunciado pelo Fórum Suape à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade/CPRH, sem que providências fossem tomadas), e a poluição causada por diversas empresas que despejam seus efluentes tóxicos diretamente nos pequenos canais, riachos que banham toda aquela região.
Outro tipo de violência praticada é aquela que acontece no cotidiano dos seus moradores, a violência praticada pelo que os moradores denominam de “milícias de Suape”. Conforme denúncias recebidas são vigilantes armados terceirizados contratados pela empresa de Suape e funcionários da Diretoria de Gestão Fundiária e Patrimônio que causam e provocam terror contra os moradores. Denúncias aos órgãos competentes não faltam, mas nada é feito (para saber mais acesse http://forumsuape.ning.com/video). Mais recentemente duas audiências públicas promovidas pela Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Assembléia Legislativa de Pernambuco, realizadas no Auditório da Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho, em 9/9/2015 e em 1/12/2015, abordaram o tema da violência praticada pela empresa. Ficou evidente nas inúmeras denúncias que esta violência física, psicológica, que assedia os moradores, parte da Diretoria de Gestão Fundiária e Patrimônio da empresa CIPS, e seu executor é o funcionário da empresa ROMERO CORREIA DA FONSECA.
Diante das inúmeras e infrutíferas denúncias feitas aos órgãos competentes, poderes executivos, legislativos, judiciário, Ministério Público, e à sociedade pernambucana, o Fórum Suape não se cala nem se calará. E mais uma vez denuncia a omissão dos governantes e dos órgãos responsáveis sobre as violações dos direitos humanos destas populações que sofrem no seu dia a dia a ação de verdadeiros foras da lei. 
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SUAPE

ASSOCIAÇÕES DE MORADORES DE SUAPE ENCAMINHAM DENÚNCIA À PROMOTORIA

Por meio de um ofício assinado por oito entidades representativas de moradores do Parque Metropolitano Armando Holanda Cavalcanti – PMAHC foi encaminhada denúncia à 3.ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania do Cabo de Santo Agostinho/PE sobre as irregularidades no funcionamento do Conselho Gestor do Parque.
Primeiramente, elas denunciam a grave violação ao princípio democrático, já que o representante das comunidades do PMAHC no Conselho Gestor tem sido impedido de exercer o seu direito de voto. O Regimento Interno do Conselho assegura o direito de voto a todos os seus integrantes, incluindo o representante das comunidades. Assim sendo, não tem porque o CIPS continuar negando esse direito à população de Suape.
Há muito tempo ele vem sendo desrespeitado, conforme constatou o atual representante das comunidades no Conselho Gestor, Gilvan Tenório. Desde que assumiu o assento, em 2014, pôde apenas fazer uso do direito de voz, mas não do de voto. Ele chegou a acreditar que o regimento interno não previa esse direito ao membro representante das comunidades. Ficou surpreso quando finalmente teve acesso ao regimento interno, o qual também lhe era negado e assim pôde constatar que ele tinha esse direito. Durante esses anos as resoluções do Conselho que têm sido aprovadas sem o voto do representante das comunidades, em clara afronta ao que dispõe o próprio regimento, o que as torna nulas.
Na denúncia enviada à Promotoria, as associações também chamam atenção para a ausência de paridade no Conselho, pois apenas 1 (um) membro representa todas as comunidades do Parque. Há, portanto, uma sub-representação dos moradores em face da sobre-representação de um bloco de entidades que convergem nos interesses, formado por Suape, Município do Cabo de Santo Agostinho, FUNDARPE, FUNCEF, CONDEPE-FIDEM e CPRH, e que em suas decisões dificilmente vão levar em conta o que é melhor para os moradores do Parque.
As associações alertam ainda para a falta de transparência e comunicação entre o Conselho Gestor do Parque e os seus moradores, tanto sobre o que vem sendo tratado e decidido, quanto no sentido de não proporcionar a essa população uma participação mais ativa nos processos decisórios. A falta de interlocução entre a administração do Parque e os moradores gera insatisfações por parte desses, tendo em vista que qualquer ação posta em prática pelo Conselho terá implicações diretas no contexto econômico e socioambiental dessas comunidades.
Fica evidente, portanto, a necessidade de aproximação da Gestão com a população, para que se passe a levar em consideração a realidade local a partir da adoção de mecanismos de participação que envolvam moradores no processo de gestão da área. Uma gestão mais participativa, inclusive, foi traçada como meta por ocasião da celebração do TAC que instituiu o Conselho Gestor do PMAHC, firmado em 26 de julho de 2006, na 3.ª Promotoria de Justiça. A cláusula sétima do referido TAC, por exemplo, estabelece que, dentre outras coisas, cabe à Prefeitura Municipal do Cabo de Santo Agostinho “participar ativamente do Conselho Gestor, apoiando a equipe administrativa no contato, organização, capacitação da comunidade local, visando ao estabelecimento de uma gestão compartilhada”.
Conscientes e informados de que está sendo elaborado um novo TAC sobre o PMAHC, as comunidades querem a garantida da participação na construção desse instrumento. Elas solicitaram também uma reunião com a promotora do Cabo, com lideranças das comunidades, representantes do Conselho Municipal de Igualdade Racial e do Conselho Municipal de Cultura, para que possam expor pessoalmente essas e outras questões sobre o funcionamento do Conselho Gestor do PMAHC.
Veja como alguns direitos estão garantidos no Regimento Interno do Conselho Gestor do PMAHC:
Art. 2.º – O Conselho Gestor é um órgão colegiado de caráter deliberativo, consultivo e fiscalizador, e tem funções específicas no sistema de Gestão do PMAHC. Assegura a participação da população no âmbito de suas atribuições.
Art. 7.º – O Conselho Gestor fica constituído pelos representantes titulares e suplentes indicados pelos signatários previstos no TAC, os quais deverão ocupar cargo de diretoria ou superior, um representante das comunidades e seu suplente.
Art. 8.º – O Conselho Gestor é composto por 7 membros titulares e 7 membros suplentes.
Parágrafo 2.º – Terão direito a voto os membros titulares e, na ausência destes, os seus respectivos suplentes, perfazendo um total de 07 (sete) votos.
Art. 4.º – O Conselho Gestor deverá ter área própria para divulgação de suas atividades nos murais, internet, correio eletrônico e outros meios de comunicação com a comunidade.
Art. 9.º – O Conselho Gestor tem por competência:
XX – propor estratégias para divulgar o PMAHC, mantendo a comunidade informada sobre os problemas identificados e as ações para a solução destes.
Art. 10 – As reuniões do Conselho Gestor serão públicas e suas decisões disponibilizadas a quem tiver interesse.
Art. 15 – Ao NAD, como Secretaria Executiva, cabem as seguintes atribuições:
VI – dar publicidades às decisões do Conselho Gestor.
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SUAPE

LINHA DURA DE SUAPE PREVALECE

O longo período de mobilização, de várias reuniões e elaboração de uma proposta de regimento interno para o Conselho Gestor do Parque Metropolitano Armando Holanda Cavalcanti encaminhada no início de julho para a diretoria do NAD – Núcleo Administrativo do Parque, de nada adiantou. O CIPS mais uma vez mostra a sua cara e desrespeita a vontade das associações de moradores de construir uma gestão democrática no PMAHC.
O ofício datado de 04/07/2016 foi assinado pela Associação de Moradores de Águas Compridas, Conselho de Moradores de Cepovo, Associação de Moradores de Nazaré, Associação Comunitária do PMAHC (FUNDEC), Associação de Moradores da Praia de Suape, Associação de Moradores de Gaibu, Associação dos Assentados da Vila Tomás, Associação de Moradores e Pescadores da Praia do Paraíso, Associação de Moradores de Nova Tatuoca, Associação dos Agricultores Rurais de Sitio Lagoa, Associação de Moradores da Vila do Caju e Associação de Pescadores e Pescadoras em Atividade no Cabo de Santo Agostinho, entidades representativas de moradores do Parque Metropolitano Armando Holanda Cavalcanti. O documento foi construído coletivamente pelas comunidades e apresenta propostas de modificação do Regimento Interno do Conselho Gestor do PMAHC.
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SUAPE Violações

COMPLEXO DE SUAPE VIRA MOEDA DE TROCA

SOB PAULO CÂMARA, COMPLEXO DE SUAPE VIRA MOEDA DE TROCA E VIVE FARRA DE DISPENSAS E INEXIGIBILIDADES DE LICITAÇÃO (23/8/2016)

Foto: COLUNA DA ROBERTA JUNGMANN
Não bastasse a polêmica nomeação de pessoas ligados aos deputados Pastor Cleiton Collins e Eduardo da Fonte, do PP, para a diretoria de SUAPE, como parte de uma negociação para que esse partido lançasse o primeiro como candidato à prefeitura de Jaboatão, como forma de minar a candidatura de outro evangélico, o candidato do PR, Anderson Ferreira, como forma de favorecer a candidatura do PSB, Heraldo Selva, que patina nos 3%, mesmo apoiada pelo atual prefeito de Jaboatão, eis que chegam ao conhecimento de nosso Blog sérias denúncias de que a atual gestão de SUAPE tem promovido um verdadeiro festival de dispensas e inexigibilidades de licitações, no mínimo questionáveis (Leia AQUI).
 
Para se ter uma ideia do caos que tomou conta do Complexo Portuário de SUAPE, no último dia 07 de junho, o vice-presidente da entidade, Bernardo Juarez, D’Almeida, ratificou uma Inexigibilidade de Licitação para contratação do Escritório de Advogacia Urbano Vitalino Advogados para Assessorar a Coordenadoria Jurídica de SUAPE. É impressionante que uma Coordenadoria Jurídica, que, por natureza e princípio compete justamente dar assessoria jurídica à entidade, precise de um escritório particular para sua própria assessoria. Há qualquer coisa contraditória nesse contrato. Então uma entidade como o Complexo Portuário de SUAPE não tem uma Coordenação Jurídica à altura de sua importância a ponto de ter que pagar quase meio milhão de reais a escritórios particulares para se auto assessorar?
 
Nosso Blog também foi informado sobre uma estranha dispensa de licitação ratificada pelo novo vice-presidente Evandro José Moreira de Avelar, para contratação de uma empresa chamada INFINITO ENGENHARIA, para elaboração de Projeto Executivo de Reconstrução do Molhe de Abrigo do Porto de Suape. Ocorre que, segundo nossas fontes, no endereço indicado como sendo da tal construtora, ou seja, Av. Bernardo Vieira de Melo, 428, sala 204, Jaboatão, funciona uma loja de venda de motos.
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SUAPE Violações

LAVA JATO CHEGA MAIS UMA VEZ AO COMPLEXO DE SUAPE

PF cumpre mais uma etapa da Lava Jato no Grande Recife. Estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão. São dois mandados para residências e um para uma empresa.

Do G1 PE – 01/07/2016 
Operação Lava Jato no Grande Recife (Foto: Bruno Lafaiete)

Operação Lava Jato no Grande Recife recolheu documentos em imóveis de luxo da Zona Sul                                                                               (Foto: Bruno Lafaiete)
A Polícia Federal em Pernambuco (PF) realiza mais uma etapa da Operação Lava Jato. Os agentes cumprem na manhã desta sexta-feira (1º), ao todo, três mandados de busca e apreensão no Grande Recife.
De acordo com a PF, são dois mandados no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.  As ações ocorrem em duas residências, em prédios de luxo. No Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, está sendo cumprido um mandado na empresa Cone S/A.
São alvo das buscas os imóveis de Marcos José Roberto Moura Dubeux  e de Marcos Roberto Bezerra de Melo Moura Dubeux. Pai e filho, eles são integrantes da família de proprietários da Construtora Moura Dubeux, uma das maiores de Pernambuco.
Resposta
Em nota, a Cone S/A informou que a Moura Dubeux já foi uma das investidoras da empresa, localizada no Compexo Industrial e Portuário de Suape. Hoje, não faz mais parte da sociedade. Atualmente, a companhia possui capital próprio e tem como investidor o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS).
A nota também foi enviada em nome dos empresários e da Moura Dubeux. A Cone esclarece que Marcos José Dubeux não é sócio na empresa. Atua apenas na Moura Dubeux. Marcos Roberto Bezerra de Melo Dubeux tem ligação apenas com a Cone. Ele é o presidente da empresa.
A empresa também informou que só vai se manifestar quando tiver conhecimento de todo o conteúdo da denúncia. A companhia está à disposição das autoridades e colaborando para que todas as questões sejam esclarecidas o mais breve possível.
Operação
A ação conta com 25 policiais federais, distribuídos em três equipes. Eles  estão acompanhados por três procuradores da República, que também atuarão nas buscas.
Lava Jato no Recife (Foto: Marjoyre Cavalcanti/ Rede Globo)
Lava Jato no Recife
(Foto: Marjoyre Cavalcanti/ Rede Globo)
O alvo das buscas são documentos, aparelhos de informática e valores em dinheiro. Todo o material será levado para Curitiba (PR), onde se concetram as operações da Lava Jato.
Na casa de Marcos José Moura Dubeux, os agentes federais encontraram 30 mil euros e US$ 53 mil. Também foi recolhido um notebook. O resto do material apreendido ainda não chegou à sede da PF, no Centro do Recife.
A nova fase chama-se Sepsis, que significa uma infecção geral grave do organismo causado por germes. Trata-se, segundo a PF em Pernambuco, de uma referência aos casos de corrupção descobertos no Brasil. Também estão ocorrendo ações em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Segundo o chefe de Comunicação Social da PF em Pernambuco, Giovani Santoro, tudo que for apreendido no estado será encaminhado para Brasília. “Posteriormente, nós acreditamos que vá para o Paraná, onde vai passar por uma perícia técnica, que vai subsidiar as investigações naquele estado”, informou.
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Milícia SUAPE

VIOLÊNCIA DA MILÍCIA É UMA CONSTANTE EM SUAPE














O Fórum Suape encaminhou no último dia 28 de junho, um ofício à 3.ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania do Cabo de Santo Agostinho, promotora Janaína do Sacramento Bezerra, informando sobre novos casos de violência praticada por funcionários do Complexo Industrial e Portuário de Suape contra  posseiros da região. Apesar das denúncias e das audiências públicas realizadas para tratar da violência em Suape, a empresa continua promovendo o terror entre os posseiros e nativos da região, como demonstram os casos relatados a seguir.
No dia 22 de janeiro, a casa que Adriana Gilmara França do Nascimento estava construindo no sítio sobre o qual a sua família exerce posse há muitos anos, e que era de sua avó, no Engenho Massangana, foi demolida pelos funcionários de Suape, conhecidos como Salatiel e Cláudio, sem qualquer mandado judicial, a mando, segundo eles, do Diretor.
No dia 16 de maio, cerca de 15 homens, funcionários de Suape, em motos e em dois carros, comandados pelo também funcionário Romero Correia da Fonseca, compareceram ao terreno de Moisés José da Silva e Maria José de Santana Silva, no Engenho Serraria, e lá roubaram as estacas de uma cerca, 10 rolos de arame e mais de 100 pés de coco. O casal havia cercado sua terra no dia anterior para proteger suas bananeiras, que vinham sendo furtadas. No momento em que perceberam a presença dos milicianos, os dois e as demais pessoas que se encontravam no interior do restaurante localizado no terreno, vieram ver o que se passava e constataram os abusos cometidos por Suape. Quando tentou impedir que continuassem, Moisés foi ameaçado por Romero, que lhe apontou uma arma de fogo na direção do peito, ordenando-lhe que ficasse parado, se não atiraria. A violência praticada pelo referido funcionário de Suape se deu sem qualquer pudor, em plena luz do dia e na frente de outras pessoas que tomavam o café da manhã no restaurante do casal e que presenciaram a cena. Poucos dias depois os milicianos retornaram ao local e atearam fogo nas bananeiras de Maria José, comandados por Romero, que estava novamente armado e fazia questão de deixar a arma visível em tom ameaçador. Quando percebeu que estava sendo fotografado, ameaçou Maria José dizendo que, se alguma foto fosse postada na internet, ele destruiria a sua casa. Moisés e Maria José estão na posse do terreno há quase dez anos, sendo adquirida de um nativo.
No dia 19 de maio, o posseiro Erick de Melo Amorim, que estava refazendo a cerca do seu sítio localizado no Engenho Ilha, foi surpreendido por milicianos motorizados, que o abordaram e disseram que ele deveria pedir autorização para realizar tal construção em sua própria posse, ameaçando-o de que, caso ele persistisse na construção, eles voltariam para derrubar e levar a cerca. O posseiro está há mais de 20 anos na terra, a qual lhe foi repassada pela tia, Maria Lúcia Miranda.
Esses não são os únicos episódios de violência que se deram desde a última Audiência Pública, realizada no dia 1.º de dezembro de 2015 pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da ALEPE, na Câmara de Vereadores do Cabo. São inúmeras as notícias de que Suape continua cometendo tais arbitrariedades contra os posseiros, mas estes, por medo, não denunciam. O que se pode constatar em Suape é a atuação criminosa das milícias, tanto no que se refere às ameaças, quanto em relação ao roubo e destruição de bens. Tudo tem sido objeto de boletins de ocorrência na delegacia policial, matérias na imprensa, como também de registros fotográficos e até mesmo em vídeos. Em momento algum a empresa Suape informou o porquê de estar recolhendo os materiais dos posseiros, nem o local para onde são levados.
Outro tipo de crime que vem sendo cometido por Suape é ambiental, com o absurdo envenenamento de dezenas de pés de frutas nas áreas onde vivem posseiros antigos e nativos da região, várias delas muito anteriores à criação de Suape, como uma das formas usadas para pressioná-los a sair de suas terras. Dessa maneira, a empresa vem proibindo, não se sabe com que base legal, as famílias de plantarem e de reformarem as suas casas, interferindo nos seus modos de vida e de subsistência de forma clandestina e violenta.
Quando os posseiros plantam, reformam a casa ou constroem uma nova dentro do terreno cuja posse é da família há gerações, a milícia de Suape destrói as plantações e construções e recolhe os materiais sem qualquer título judicial que a autorize a praticar tais arbitrariedades, que são, portanto, ilegítimas e eivadas de ilegalidade. As apreensões de materiais se configuram como verdadeiros crimes de roubo, em que há subtração de coisa móvel alheia mediante grave ameaça ou violência à pessoa.
O que Suape vem fazendo, portanto, é uma série de ações criminosas contra antigos moradores da região. “Ameaças (art. 147, CP), danos ao patrimônio particular (art. 163, CP) e roubo (art. 157, CP) são os principais crimes praticados contra os moradores daquele território tradicional”, diz o ofício encaminhado pela assessoria jurídica do Fórum Suape à Promotoria.
“O direito de posse implica os poderes de uso, gozo e disponibilidade sobre o bem a quem o possui. Nesse sentido, plantar, reformar casa inscrita na posse ou promover outras edificações representam o pleno exercício desse direito, o qual só poderá ser restringido pelos princípios que o regem ou por meio dos instrumentos competentes”, afirma o ofício. Portanto, a maneira como Suape vem tolhendo o direito de posse dos posseiros antigos não encontra qualquer respaldo legal. Tanto as investidas violentas de destruição, ameaças e roubos de materiais como até mesmo as autorizações exigidas por Suape, que, quando muito, permitem apenas edificações minúsculas, mostram-se como abusos e turbações à posse promovidos pela empresa contra posseiros que estão na terra há gerações.
Assessoria de Comunicação do Fórum Suape Espaço Socioambiental
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Direitos humanos SUAPE Violações

O ESTADO É O MAIOR VIOLADOR DE DIREITOS DA POPULAÇÃO. MORADIA É DIREITO.

Vinte mil famílias estão na incerteza Estado entregou 300 escrituras à comunidade do Passarinho

 Marcílio Albuquerque, da Folha de Pernambuco – 29 de junho de 2016


Comunidade ocupa área equivalente a 33 campos de futebol e sofre com a falta de saúde, educação e segurança.

A espera continua para as mais de 20 mil famílias que vivem na comunidade do Passarinho, na Zona Norte do Recife. Ocupando uma área equivalente a 33 campos de futebol e amargando a falta de serviços como saúde, educação e segurança, os moradores vivem a indefinição sobre o futuro. O documento que comprova a propriedade da terra chegou para apenas 300 endereços, beneficiados com a concessão de escrituras. O número representa menos de 2% daquela população, que afirma ter chegado ao local há mais de 30 anos.

A batalha judicial já se estende desde 2007, tendo a iniciativa privada como principal interessada em reaver o espaço. De acordo com o Estado, não há prazo para resolver a situação.

“A sensação é de que toda a nossa luta foi empurrada para debaixo do tapete”, criticou o líder comunitário Edvaldo Luiz. Segundo ele, a promessa estabelecida aos habitantes incluía a implantação de projetos de urbanização e regularização fundiária para todas as unidades. Ao contrário do previsto, afirma Edvaldo, a entrega feita agora não representa uma primeira etapa. “As áreas têm diferentes titularidades e não existe qualquer calendário para as demais.” O prazo para que uma proposta consiga sair do papel expira em novembro deste ano.

A queda de braço na área, batizada de Granja Esperança, foi ampliada quando a Justiça expediu um mandado de reintegração do terreno, em nome da Indústria Pré-moldados do Nordeste, que mantém atividade no terreno de 33 hectares. O valor estimado pelo espaço jamais foi esclarecido. O Ministério Público pediu mais tempo para decidir o destino dos moradores. A decisão então foi suspensa pelo juiz José Florentino Mendonça, à época à frente do caso. Diante da repercussão, um decreto, assinado pelo então governador João Lyra Neto, transformou a área em uma Zona Especial de Interesse Social (Zeis), definindo que um projeto fosse construído em até dois anos. O cenário não se concretizou.

Dificuldades
Para quem caminha nas ladeiras e vielas de terra batida da Vila Esperança, o termo invasão parece incomodar. A ideia é de um bairro desassistido. “Não temos outro lugar para morar. Somos vítimas de um jogo de empurra, faltando vontade de resolver o problema”, disse a dona de casa Iara Silvestre, 47 anos. Por lá, o esgoto corre a céu aberto, falta transporte satisfatório e também postos de saúde para suprir a demanda. Para assistir às aulas na única escola da região, as crianças enfrentam um longo caminho. A insegurança também é um dos fatores que preocupam.

Paliativos
A entrega das escrituras definitivas, promovida na noite de ontem, faz parte do programa Meu Imóvel Legal, dirigido pela Pernambuco Participações e Investimentos S/A (Perpart), que responde pela área. O encontro contou com a presença do governador Paulo Câmara. De acordo com o gerente de Regularização Imobiliária, Celso Severo, não existe posição sobre as demais famílias da área. A Cehab e a Secretaria Estadual de Habitação não se manifestaram sobre o caso.

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CIPS Engenho SUAPE

EMPRESA SUAPE ATUA VIOLENTAMENTE NO ENGENHO MASSANGANA

A empresa Suape continua agindo com truculência contra moradores da região. Dessa vez, o caso ocorreu na última quinta-feira (12), no engenho Massangana, onde a casa de um morador foi totalmente demolida pelas escavadeiras comandadas pelo CIPS (Complexo Industrial Portuário de Suape). Há indícios de que ocorreu um grande engano, pois o processo judicial que correu à revelia, em nome da moradora Josefa de Lourdes do Nascimento, levou a destruição da moradia de seu filho Fábio Nascimento, dono e morador da casa. O processo de reintegração de posse deveria ter corrido em nome do verdadeiro dono e morador da casa, o que configura mais um crime revoltante por parte da empresa.

A violenta ação judicial foi realizada sob forte aparato policial e mais uma vez a empresa Suape deu demonstração de total falta de diálogo com os moradores, pescadores e agricultores que vivem a dezenas de anos nos engenhos situados no município do Cabo de Santo Agostinho. A área do engenho Massangana é uma região em que, segundo o Plano Suape, será consolidada, ou seja, a empresa realizará obras de infraestrutura para a permanência dos moradores, mais uma contradição da empresa que designou uma irrisória indenização de 18 mil reais para a moradora indiciada, conforme o laudo do perito que avaliou a propriedade.

Na segunda-feira (16) as escavadeiras da CIPS voltaram ao local da demolição para dar início as obras da estação de tratamento de afluentes. Porém, os moradores resistiram no local e o dono da casa demolida Fábio Nascimento foi preso e conduzido à delegacia do Cabo de Santo Agostinho, deixando o clima ainda mais tenso no engenho Massangana.

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Fórum Suape SUAPE

FÓRUM SE REÚNE COM REPRESENTANTE DA UNESCO EM SUAPE

Integrantes da coordenação do Fórum Suape se reuniram com Milena Rêgo,representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), no dia 06/05/16, na sede administrativa do CIPS, no Cabo de Santo Agostinho. Recém chegada às instalações de seu novo escritório, ela ouviu atentamente o breve histórico apresentado pelo coordenador Heitor Scalambrini Costa sobre Fórum Suape, que lhe entregou as atas de duas audiências públicas realizadas recentemente pela Assembléia Legislativa que tratou sobre a presença de milícias armadas no território de Suape e atas de reuniões sobre crimes ambientais cometidos pela empresa em diversas áreas onde vivem famílias de nativos, posseiros, trabalhadores rurais e pescadores.

Durante a reunião da qual participaram sete pessoas ligadas ao Fórum Suape foi solicitado o acesso ao convênio entre a Unesco e o Programa Suape Sustentável e feito um convite para que Milena Rêgo fizesse uma apresentação pública do convênio para toda a sociedade civil (6 de junho – segunda-feira, as 9 horas na Camara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho).

Ela explicou que se trata de um acordo de cooperação técnica bilateral, assinado no dia 18/01/16, parceria esta firmada com o governo de Pernambuco, através da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, com o aval do Ministério das Relações Exteriores, para as ações do “Pacto por Suape Sustentável”. A iniciativa prevê o desenvolvimento de planos para as áreas cultural, social, ambiental e educacional da população que reside na região de Suape, no Grande Recife. A cooperação técnica internacional entre o governo, a Unesco e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores vai desenvolver, em uma primeira etapa, a requalificação do parque metropolitano Armando Holanda Cavalcanti, no Cabo de Santo Agostinho. De acordo com o governo do estado, foram destinados R$ 1,2 milhão para a execução do projeto que vai durar 24 meses.

Durante a reunião travou-se um diálogo aberto e diante das críticas e denúncias apresentadas pelo Fórum Suape, a representante da Unesco se posicionou como ainda não suficientemente informada e em condições de responder a todos os questionamentos, comprometendo-se a dar continuidade à comunicação com o 
Fórum Suape, buscando um diálogo sobre os projetos estruturadores previstos para a região, o que até o momento o CIPS jamais se dispôs a fazer, portanto, vamos esperar pra crer.

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Milícia SUAPE

AUDIÊNCIA PÚBLICA: VIOLÊNCIA E AÇÃO DAS MILÍCIAS NO COMPLEXO DE SUAPE

Audiência Pública da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação
 Popular da Assembleia Legislativa de Pernambuco.
  VIOLÊNCIA E AÇÃO DAS MILÍCIAS NO COMPLEXO DE SUAPE
 O Fórum Suape Espaço Socioambiental convida para participar de mais uma audiência publica para discutir a ação de milícias denunciadas pelos morados do entorno do Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS). Tais milícias assediam os moradores, praticam intimidação moral, quando não empregam força física desmesurada contra  trabalhadores, agricultores familiares e pescadores da região.
 Dia: 1 de dezembro de 2015 (terça-feira)
Local: Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho
Hora: 9 horas
 A lista dos convidados:
  • Carlos Augusto Arruda Guerra de Holanda – Procurador Geral de Justiça de Pernambuco
  • Cel. PM Antonio Francisco Pereira Neto – Comandante da Polícia Militar de Pernambuco
  • Antonio Barros – Chefe da Polícia Civil de Pernambuco
  • Pedro Eurico – Presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos
  • Marcello Diniz Cordeiro – Superintendente Regional do Departamento da Polícia Federal
  • Luiz Vicente de Medeiros Queiroz Neto – Procurador-Chefe do Ministério Público Federal – Procuradoria da República em Pernambuco
  • José severino Belo – Secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Cabo
  • Luiz Pereira Lima – Secretário de Defesa Social do Cabo de Santo Agostinho
  • Sebastião Pereira Lima – Diretor de Gestão Fundiária e Patrimônio – SUAPE
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