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SUAPE

JUSTIÇA: MPF PEDE NOVA PERICIA NO CASO SUAPE

O Forum Suape integra a Ação Civil Pública da Colônia de Pescadores Z8, e considera decisão do Ministério Público Federal uma vitória para as populações atingidas pelo Complexo Industrial de Suape (CIPS). Veja noticia abaixo:

Suape em cheque: agentes em defesa da pesca artesanal conseguem nova perícia para o caso do Complexo

Por assessoria de comunicação do CPP (19/11/2015)
Foto: Méle Dornelas
Desde que chegou ao litoral Sul de Pernambuco, na década de 70, o Complexo Industrial Portuário de Suape veio progressivamente interferindo na biodiversidade da região e, consequentemente, nas dinâmicas ambientais de todo estado pernambucano. Não bastasse, o Porto ataca ainda o modo de vida das populações tradicionais que, com o apoio de organizações e movimento em defesa da pesca artesanal, passaram a ser organizar para pressionar o Estado por medias que freiem o avanço dos impactos do Complexo. 
Pescadoras e pescadores vêm denunciando a redução significativa do pescado, a dificuldade de locomoção para o trabalho, a poluição nas águas, o desmatamento dos mangues dentre outros impactos vindos com o crescimento desordenado, especialmente com o estabelecimento de dragagens para a construção de estaleiros. “Os impactos das dragagens são eternos porque pra manter a profundidade do canal tem sempre que estar cavando, e isso interfere na vida dos peixes, é assim que eles estão diminuindo”, destaca o pescador artesanal, Laílson Evangelista.  
Audiência sobre Suape em novembro
Já são mais de 10 anos de descumprimento da aplicação das compensações ambientais impostas pelo Ministério Público Federal por parte de Suape. Em 2011, os pescadores e as pescadoras de Cabo de Santo Agostinho e adjacências, junto com parceiros, conseguiram que o MPF entrasse com uma ação civil pública para resguardar seus direitos dos impactos vindos com as dragagens do Porto, além de pedir estudos mais aprofundados sobre o caso. 
Desde então já foram diversas audiências para discutira questão. Em setembro desse ano, o Juiz federal, que vem acompanhando o caso, deu um prazo para as alegações finais no processo, ou seja, estipulou que já existem provas suficientes para um parecer, contrariando as demandas das comunidades pesqueiras e parceiros que pressionaram por uma nova perícia.  
Foi assim que nesse mês de novembro, o MPF aprovou o pedido de nova perícia para o caso, o que garante uma reavaliação mais justa dos impactos. “Analisar a ação com mais tempo é importante, pois dá condições de apurar os verdadeiros impactos. Que seja feita Justiça junto aos pescadores artesanais!”, se posiciona a agente do Conselho Pastoral dos Pescadores Nordeste (CPP NE), Laurineide Santana. 
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Petróleo SUAPE

AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER SITUAÇÃO DOS POSSEIROS EM SUAPE

Dando prosseguimento as ações do Forum Suape na sua luta contra a violência praticada pela empresa Suape foi realizada uma audiência publica no dia 9 de setembro último, conforme noticia abaixo.

Situação dos posseiros de Suape é debatida em audiência da Comissão de Cidadania no Cabo de Santo Agostinho

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Foto: Giovanni Costa
DENÚNCIA – Durante encontro, população acusou existência de milícia, formada supostamente por seguranças do porto e policiais. Grupo estaria destruindo moradias de posseiros.
Mais de 150 posseiros do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, participaram de uma audiência pública na Câmara de Vereadores do município, nesta quarta (9). O evento foi realizado pela Comissão de Cidadania da Assembleia Legislativa para apurar e debater casos de violação de direitos humanos envolvendo o Complexo Industrial e Portuário de Suape.
Segundo os posseiros, há registros em fotos e vídeos da atuação de uma milícia armada no Cabo, que seria formada por vigilantes uniformizados de Suape e policiais militares fardados. O carpinteiro Márcio Alves, desempregado há cinco meses, teria sido uma das vítimas do grupo. Segundo ele, o sítio onde reside foi invadido brutalmente, no último mês de agosto. No local, ele estava construindo uma casa, que já tinha paredes e telhas, e foi demolida pelos milicianos com marretas.
O representante do Fórum Suape Espaço Sociambiental, Heitor Scalambrini, pontuou que o porto, desde o início, foi objeto de polêmicas. Ele citou outras condutas incompatíveis da empresa, como a descarga ilegal de materiais de dragagem, a perda de área de pesca para marisqueiras e a falta de transparência sobre ações de mitigação ambiental.
A advogada e representante da Comissão Pastoral da Terra do Nordeste, Gabriella Santos, também trouxe à tona mais denúncias contra a companhia. De acordo com ela, os acordos firmados por Suape com os posseiros não são justos, tendo em vista as ameaças feitas por seguranças do complexo portuário e a ausência de advogados nas negociações. Santos ainda salientou outro problema: moradores despejados sem o tempo necessário para retirar os bens de dentro de casa.
O vice-presidente da Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho, Ezequiel Santos, classificou Suape como “um estado paralelo, sem justiça nem polícia”. Ainda contra a empresa, o vereador Ricardinho afirmou serem “cruéis” as indenizações recebidas por famílias remanejadas.
A advogada Conceição Lacerda, uma das fundadoras do Fórum Suape, explicou que a entidade ”é autora de mais de 1,2 mil ações de reintegração de posse”. Segundo Conceição, essa área pertence ao Incra e a escritura teria sido obtida pelo complexo industrial e portuário de forma fraudulenta. “A Cooperativa Agrícola de Tiriri vendeu essa terra para Suape 48 horas depois de ter recebido o título de propriedade, com a cláusula resolutiva expressa, que afirmava que a única coisa que se podia fazer era assentar os posseiros”, frisou.
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Foto: Giovanni Costa
SUGESTÃO – Um novo debate do colegiado deverá discutir os relatos dos moradores locais.
Em defesa de Suape, o diretor de Gestão Fundiária da empresa, Sebastião Lima, apresentou ações do porto voltadas à criação de assentamentos rurais e urbanos, à consolidação das comunidades residentes em áreas adensadas e à preservação do território. Lima destacou que a empresa tem R$ 141 milhões em caixa, reservados para a construção de 2,62 mil casas do conjunto habitacional Eduardo Campos, localizado no Engenho Boa Vista 2. O primeiro lote, com 548 residências, tem previsão de ser entregue no primeiro trimestre de 2016.
O presidente da Comissão de Cidadania da Assembleia Legislativa, deputado Edilson Silva (PSOL), ressaltou dois encaminhamentos da audiência. Primeiro, uma reunião ordinária do colegiado com a presença de representantes do Ministério Público Estadual, da Defensoria Pública e de Suape para discutir a questão da posse da terra. Segundo, um novo debate, previsto para o próximo mês, para discutir as denúncias sobre a existência de milícias em Suape.
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Fórum Suape SUAPE Violações

FORUM SUAPE DENUNCIA VIOLÊNCIA CONTRA MORADORES DO ENTORNO DE SUAPE

O Forum Suape desde sua criação luta pelo fim da violência praticada pelo Complexo de Suape (CIPS) contra os moradores do entorno daquele empreendimento.
Várias ações a nível local, nacional e internacional já foram realizadas, conforme podem ser constatadas neste portal de informações.
Mais recentemente denunciamos as violências cometidas contra os direitos humanos junto a Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco. Acionamos a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos que vem tratando este caso com dedicação e interesse.
Postamos abaixo informações sobre a reunião realizada pelo presidente desta Comissão da Alepe, deputado Edilson Silva, em junho deste ano, com as lideranças locais. Em seguida como proposto nesta reunião ocorreu a Audiência pública que discutiu a situação dos posseiros naquele território.

Comissão de Cidadania apura violações de direitos humanos em conflitos no Porto de Suape

DENÚNCIAS – Posseiros da região relataram que sofreram ameaças e tiveram suas casas demolidas sem autorização judicial.
Vigilantes do Complexo Portuário de Suape estariam agindo com truculência para forçar os posseiros da região a abandonar as terras. A denúncia foi feita nesta terça (30), durante uma visita da Comissão de Cidadania da Assembleia à Associação de Moradores do Gaibu, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. Na ocasião, representantes de diversas comunidades do entorno do Complexo relataram que os funcionários usam armas de fogo para intimidar os moradores.
De acordo com os relatos, as casas construídas sem autorização da empresa estão sendo demolidas sem autorização judicial. Os moradores também informaram que os vigilantes destroem as plantações e saqueiam os estoques de suprimentos. Uma das vítimas foi o líder comunitário José Luiz dos Santos, da comunidade Engenho Serraria, que reúne cerca de seiscentas famílias. “Eles demoliram a minha casa e quando meus filhos tentaram impedir foram ameaçados pelos vigilantes armados”, frisou.
A advogada Conceição Lacerda explicou que a situação fundiária do entorno do Complexo de Suape está repleta de ilegalidades. Segundo ela, a posse da área foi repassada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária(Incra) para a Cooperativa Agrícola Tiriri, na década de 80, para fins de reforma agrária, e a entidade teria vendido as terras para o Porto de Suape irregularmente. “Se há interesse público na área, a obrigação do Estado é indenizar o posseiro pela benfeitoria e pela posse da terra,” afirmou.
O professor da Universidade Federal de Pernambuco e coordenador geral do Fórum Suape, Heitor Scalambrini, alertou para os problemas sociais causados pela expulsão das famílias. “As indenizações são tão irrisórias que não possibilitam que os agricultores reconstruam suas vidas em outros locais. Já registramos, inclusive, casos de suicídio”, salientou.
O presidente da Comissão de Cidadania, deputado Edilson Silva(PSOL) afirmou que vai convocar uma Audiência Pública para aprofundar o tema. O parlamentar ressaltou, ainda, que vai verificar os procedimentos judiciais cabíveis nesse caso. “O que estamos percebendo é que Suape não se utiliza das instituições democráticas de direito. Em vez disso, foi instituída uma milícia que utiliza o terror para intimidar as pessoas,” alertou.
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Direitos humanos SUAPE Violações

VIOLAÇÕES DE DIREITOS EM SUAPE É DENUNCIADO EM WASHINGTON-DC

Violações de Direitos em Suape é denunciada em Audiência da Comissão
Interamericana de Direitos Humanos, em Washington-DC

A situação de violência e violações de direitos humanos cometidas por Suape contra  trabalhadores rurais que vivem no território ocupado pelo Complexo Portuário foi discutida em audiência na Comissão Interamericana de Direitos Humanos. O evento ocorreu na quarta-feira, dia 21 de outubro, na cidade de Washington-DC, EUA.
O Fórum Suape Espaço Socioambiental, juntamente com outras entidades de defesa dos Direitos Humanos, assinou um requerimento de audiência para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. O Fórum participou do encontro para expor os abusos e violações cometidas pela Empresa SUAPE na administração do Complexo Portuário, enfatizando ainda que o Estado não garante a proteção adequada para quem trabalha em prol das vítimas das violências por ela cometidas.
A audiência teve abordagem específica nas violações de direitos humanos cometidas por empresas e as falhas dos estados da região (América Latina e Central) em garantir a proteção dos defensores de direitos humanos que se levantam contra 
os abusos cometidos por tais empresas.
Além da audiência, ocorreram diversas reuniões do dia 18 ao dia 21 de outubro último. Nesses encontros buscou-se expor a situação vivenciada no Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS), inclusive em encontros com o relator especial da ONU sobre defensores e defensoras de Direitos Humanos (DH), Departamento de Estado Norte-americano e diversas ONGs internacionais que tratam sobre a temática de DH.
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SUAPE

SUAPE : DESENVOLVIMENTO PARA QUEM?

O documentário ‘Suape: desenvolvimento para quem?’, dirigido por Mariana Olívia e roteiro elaborado junto a pesquisadora Lia Giraldo, apresenta alguns dos impactos e injustiças socioambientais gerados no entorno do Complexo Portuário de Suape, principalmente com a retomada de investimento através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que financiou a construção de novas indústrias e empreendimentos como a Refinaria Abreu e Lima, Os Estaleiros Promar e Atlântico Sul e a Petroquímica.

A produção do documentário aconteceu no período de 2011 e 2015, sendo uma parte dos resultados da pesquisa “Estratégias de Comunicação para a construção de territórios sustentáveis no contexto da cadeia produtiva do petróleo em Pernambuco – uma abordagem de saúde ambiental”, desenvolvida pela equipe do Laboratório de Saúde Ambiente e Trabalho do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães ligado à Fiocruz. O filme recebeu financiamento da Coordenadoria de Cooperação Social/Presidência da Fundação Oswaldo Cruz/Rio de Janeiro, através do Edital 01/2009 e do Edital Universal CNPq Nº 14/2013, através do projeto “Vulnerabilidade socioambiental relacionada à exposição química nos territórios de desenvolvimento das cadeias produtivas de petróleo e agricultura”

Ao redor do Complexo Portuário de Suape, vivem comunidades que lutam para terem sua moradia e sua identidade reconhecidas. Utilizando de forma unilateral o conceito de desenvolvimento, as empresas cometem injustiças com a população local. Enquanto na mídia tradicional a maioria das notícias está relacionada ao crescimento econômico de Pernambuco, famílias que vivem no território daquela região há décadas sofrem com a desterritorialização do local, além de enfrentarem outros problemas de caráter ambiental e de saúde. O documentário busca questionar tais ações e mostrar a realidade das pessoas que vivem em Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, cidades onde o complexo industrial está instalado.

O filme conta com depoimentos de moradores, entidades e pesquisadores, que trazem um rico debate acerca das consequências do desenvolvimento na região, perspectivas para o futuro, além de abordar questões relacionadas ao bem-estar da população local.

Lançamento oficial:

O lançamento oficial será realizado no próximo dia 30 de setembro, às 19h, no Teatro Apolo, Recife Antigo. A ocasião também terá um debate acerca da temática com a participação de Mariana Olívia, Lia Giraldo (Fiocruz PE), Nivete Silva (Fórum Suape) e Edinaldo Freitas – Representante da Colônia de Pescadores Z8 – Cabo de Santo Agostinho.

O documentário também integra a mostra paralela que integra a programação do VI Festival do Filme Etnográfico do Recife (Fifer), com realização entre os dias 28 de setembro e 2 de outubro, no Cinema São Luiz e na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Serviço:

Lançamento do documentário Suape: desenvolvimento para quem? e debate
Quando: Quarta-feira, 30 de setembro às 19h
Onde: Teatro Apolo (R. do Apólo, 121, Bairro do Recife)
Entrada gratuita

Ficha Técnica:

Gênero: Documentário
Duração: 28 min
Ano: 2015

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CIPS SUAPE

FÓRUM SUAPE E O EMBAIXADOR DA HOLANDA

Em visita ao Recife, para cumprir uma série de compromissos, o Forum Suape recebeu (23/9) a  visita do  Embaixador da Holanda no Brasil Sr. Han Peters.
Acompanhado do cônsul holandês em Pernambuco, Sr. Hugo, e também da liderança de pescadores o senhor Edson, representantes do Forum Suape acompanharam os visitantes ao conjunto de residências conhecido como Nova Tatuoca, construidas para abrigar os moradores da ilha de Tatuoca, expulsos da ilha para a construção do Estaleiro Promar.
Com um Sol escaldante, os visitantes puderem constatar as péssimas condições que estão alojados hoje as mais de 70 famílias, que involuntariamente tiverem que sair de seus locais de moradia para agora estarem alojadas em locais inapropriados para manterem o modo de vida anteriormente exercido, a de pescadores, marisqueiras.
No dia seguinte (24/9) membros do Forum estiveram no Consulado Holandês para um encontro reservado com o senhor embaixador e cônsul . Nesta oportunidade foram discutidas as denuncias de violações das diretrizes da OCDE feita pelo Forum contra a empresa de dragagem holandesa Van Oold.
O Forum Suape considera que cumpriu seu papel nestes encontros em que defendeu e apoiou as reivindicações das comunidades nativas do entorno do Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS).
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Petróleo SUAPE

AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER SOBRE “SITUAÇÃO DOS POSSEIROS DE SUAPE”

Não deixe de comparecer a esta audiência publica popular.
Marque em sua agenda.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular
CONVITE
Por solicitação do Fórum Suape, a Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular convidam para Audiência Pública para debater sobre a “Situação dos Posseiros de Suape”, a ser realizada no dia 09 de setembro de 2015, às 09h00min, no Plenário da Câmara dos Vereadores do Cabo de Santo Agostinho (Rua Ten. Manuel Barbosa da Silva, 131 – Centro, Cabo).
Deputado Edilson Silva
Presidente da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular
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SUAPE

VIOLÊNCIA CONTRA TRABALHADORES NO COMPLEXO DE SUAPE

Protesto de metalúrgicos acaba com trabalhadores detidos em Suape, PE

Segundo sindicato, PM tentou impedir ato com agressões e efetuou prisões.
Corporação confirma que houve 14 detidos por desacato e resistência.

Do G1 PE 29/5/2015
Um protesto de trabalhadores acabou com várias pessoas detidas no acesso ao Porto de Suape, Litoral Sul de Pernambuco, na manhã desta sexta-feira (29). Os metalúrgicos, que convocaram o ato para reclamar de demissões em massa no complexo portuário, alegam que as prisões foram feitas de maneira arbitrária após um confronto com a Polícia Militar. A corporação, por sua vez, afirma que houve desacato.
Os detidos foram levados para a Delegacia do Cabo de Santo Agostinho para que a polícia pudesse registrar o boletim de ocorrência (B.O.). Mas, como o processo ainda está em andamento, a Polícia Civil não confirmou o número de detidos nem suas acusações. A assessoria de comunicação da PM informou que foram 14 detidos por desacato, resistência, dano ao patrimônio e desobediência. Já o Sindicato dos Metalúrgicos afirmou que 13 pessoas foram presas de maneira arbitrária, após um confronto com os policiais militares.
A nota enviada pela corporação ao G1 ainda afirma que “a manifestação encerrou sem demais problemas”. Mas o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Henrique Gomes, diz que houve confronto desde o começo do protesto. Os trabalhadores se reuniram às 5h na lombada eletrônica da PE-09 e seguiram em passeata até o ponto conhecido como Curva do Boi, onde o trânsito foi interditado nos dois sentidos.
“Quando chegamos à Curva do Boi, já havia muitos policiais. Eles tentaram nos coibir com agressões, mas resistimos e fechamos a via. Por volta das 9h, o estaleiro tentou liberar a passagem dos trabalhadores por uma pista que ainda está inacabada, com uma ponte rachada. Os trabalhadores se recusaram a ir, no princípio; mas, pressionados, acabaram entrando nos ônibus. Nossos diretores foram negociar, mas, quando voltaram, foram presos arbitrariamente”, falou Henrique Gomes, que espera a liberação dos trabalhadores na Delegacia do Cabo e reclama da atuação da Polícia Militar. “Não foi a primeira vez que eles agiram assim”, diz Gomes.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos ainda contou que o protesto desta sexta-feira foi motivado por uma onda de demissões em massa nos estaleiros Atlântico Sul e Promar, do Complexo Portuário de Suape. “Começaram a demitir depois do escândalo da [operação] Lava Jato e hoje os trabalhadores vivem um clima de incerteza muito grande. Desde outubro, foram mais de 1,7 mil demissões. Só nos últimos 15 dias, depois da visita de Dilma, foram 300. As pessoas vão trabalhar sem saber se voltarão empregados para casa”, relata Gomes. O protesto ainda critica o fim dos investimentos em Suape.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, a categoria também apoia o movimento convocado pelas centrais sindicais de todo o país para a tarde desta sexta-feira. Em Pernambuco, os trabalhadores se reúnem às 14h no bairro de Santo Amaro, na Zona Norte do Recife, para sair em passeata pelo centro da cidade. O ato é contra as medidas provisórias 664 e 665, que restringem o acesso à pensão e ao seguro desemprego; e também contra a PL 4330, que regula a terceirização.
Por meio da assessoria de comunicação, o Porto de Suape afirmou que acompanhou o protesto, mas não precisou paralisar nenhuma atividade por conta do ato. Segundo o órgão, a situação voltou ao normal depois das 9h30 e, sobre o problema das demissões, ele deve ser esclarecido diretamente com o Estaleiro Atlântico Sul (EAS). O G1 não conseguiu entrar em contato com o EAS.
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SUAPE Violações

ABUSO E VIOLÊNCIA COMETIDA CONTRA TRABALHADORES QUE ESTAVAM PROTESTANDO EM SUAPE

Em Recife, 11 dirigentes sindicais são detidos durante ato no Porto de Suape

‘Não adianta nada prender dirigente. Isso só vai intensificar muito mais nossa mobilização’, diz o presidente da CUT-PE, Carlos Veras.
Redação Rede Brasil Atual – publicado 29/05/2015 1
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Suape: trabalhadores protestam contra pauta conservadora e ajuste fiscal, que ameaçam direitos
São Paulo – Em Recife, 11 dirigentes sindicais foram detidos pela polícia por fazerem manifestação no Porto de Suape, na região metropolitana. O complexo portuário participa das paralisações deste 29 de maio desde as primeiras horas da manhã. Entre os detidos, está José da Silva Cavalcanti, diretor da CUT e secretário de Finanças do Sindicato dos Metalúrgicos de Recife.
“Não adianta nada prender dirigente. Isso só vai intensificar muito mais nossa mobilização”, diz o presidente da CUT-PE, Carlos Veras. A CUT estadual já está tomando as medidas legais necessárias para liberação dos detidos.
O metrô e os ônibus em Recife estão totalmente parados desde as primeiras horas da manhã. O metrô deve voltar entre 16h e 20h, mas conduzido por funcionários administrativos, segundo a assessoria da CUT-PE. “A cidade está inteira envolvida na mobilização”, diz Veras.
Bancários, trabalhadores do Incra e os servidores do INSS também cruzaram os braços, fechando os principais pontos de atendimento na cidade.
Os professores da rede pública estadual voltaram hoje à greve, e realizam manifestação diante da Assembleia Legislativa na parte da tarde, às 14h. E haverá protesto em frente à federação das indústrias do estado, no mesmo horário. As universidades públicas estão paradas.
O Sintep, que representa os professores, sofreu nesta semana intervenção do Tribunal de Justiça, que bloqueou as contas bancárias da entidade, sob pressão do governador Paulo Câmara (PSB). “Aqui o Judiciário é uma correia de transmissão do governador. Isso é uma vergonha”, diz o presidente da CUT-PE.
Em Belo Horizonte, os trabalhadores dos transportes públicos também aderiram em peso ao Dia Nacional de Paralisações. Metrô e ônibus deixaram de circular desde as primeiras horas da manhã.

Leia a nota de repúdio divulgada pela CUT de Pernambuco:

A Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE) vem a público expressar sua indignação e repúdio à ação truculenta da Polícia Militar do Governo do Estado, contra 11 companheiros sindicalistas do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE), com destaque para o diretor da CUT Pernambuco, José da Silva Cavalcanti.
Manifestamos apoio e solidariedade aos companheiros vítimas da arbitrariedade da PM durante as manifestações dos trabalhadores ocorridas na manhã de hoje (29), quando participavam da mobilização da Paralisação Nacional contra as MPs 664/665 e o PL 4330, na PE-60, Ilha de Tatuoca, proximidades do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), município de Ipojuca/PE.
A Central declara seu apoio aos companheiros e presta sua solidariedade à categoria que, lamentavelmente, foi reprimida, tolhida do direito à legítima manifestação. “Não é a primeira vez que a Polícia Militar comete truculência e violência contra os trabalhadores metalúrgicos, servidores públicos municipais, estaduais, federais, além de trabalhadores rurais. Em 2014, na ocupação da BR-101 Sul, na altura da Fábrica da Vitarella/Cabo de Santo Agostinho, um companheiro de 70 anos foi agredido por PMs de forma absurda. Como consequência, ficou em estado de coma por várias semanas. Essa prática nefasta aconteceu durante a ditadura militar, onde trabalhadores e estudantes eram espancados covardemente em manifestações. Aqui em Pernambuco está se tornando uma rotina”, ressaltou o presidente da CUT-PE, Carlos Veras.
A violência exacerbada e abusiva a qual aos companheiros do Sindmetal-PE foram vítimas soma-se à falta do diálogo efetivo e necessário. Esses tristes episódios de agressão nos levam a reafirmar que o modelo de segurança pública adotado por vários estados de nosso país continua obsoleto – não acompanhou as transformações ocorridas no Brasil e do mundo nos últimos 50 anos.
Como uma das Centrais organizadoras da Paralisação Nacional contra as MPs 664/665 e o PL 4330, a CUT-PE, exige apuração urgente das prisões arbitrárias e descabidas sofridas pelos sindicalistas/diretores do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE), em particular, ao dirigente sindical da CUT, o companheiro José da Silva Cavalcanti.
Polícia é para garantir a segurança da população, não para prender pais de família de forma absurda e truculenta.
Diretoria Executiva – CUT-PE
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Direitos humanos SUAPE Violações

COMPLEXO SUAPE É DENUNCIADO POR CORRUPÇÃO E VIOLAÇÃO DE DIREITOS

Complexo Industrial Portuário de Suape PE é denunciado por corrupção e violações de direitos humanos.
O território de 13.500 hectares onde se localiza o Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS), situado a apenas 40 km da capital Recife, no litoral pernambucano é uma das áreas mais valorizadas no Estado, e onde ocorrem violentos atentados aos direitos fundamentais das populações que ali vivem, submetidas a constantes e graves injustiças sociais e ambientais.
Pescadores, agricultores familiares, trabalhadores, mais de 25 mil pessoas, são submetidas a toda ordem de violência, de expulsões truculentas comandadas pela empresa Suape do governo do Estado que administra o CIPS.
Têm sido em vão as várias denúncias efetuadas pela sociedade civil, cidadãos afetados, comunidades locais e organizações não governamentais encaminhadas às instituições governamentais e órgãos públicos, que, em tese, deveriam proteger os interesses e bem estar das populações violentadas em seus direitos fundamentais, garantidos constitucionalmente.
Mais recentemente, em 10 de novembro de 2014 uma centena de moradores, juntamente com as entidades que fazem parte do Fórum Suape-Espaço Socioambiental (Action Aid, Centro de Mulheres do Cabo, Comissão Pastoral da Terra-CPT, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra-MST) estiveram com o DR. Pedro Henrique Reynaldo Alves, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Pernambuco requerendo providências da OAB diante da natureza e da gravidade dos fatos denunciados. Naquela ocasião, os moradores relataram as violências sofridas e as contínuas agressões praticadas pelo CIPS através de uma milícia armada, que a sua diretoria de Gestão Fundiária e Patrimônio, denomina, eufemisticamente, “fiscalização de campo”, tudo com o aval do Estado. A exemplo: expulsões indevidas de suas moradias; coerções; destruição de suas fontes de água; contaminação ambiental; destruição de suas hortas e pequenas plantações de subsistência; indução para aceitarem indenizações e compensações financeiras irrisórias relativas às suas perdas, falsas promessas de virem a ser contemplados com a propriedade de imóveis nos projetos habitacionais NOVA TATUOCA e VILA CLAUDETE.
Na sequência, em  maio de 2015, a advogada dos posseiros e membro do Fórum Suape  reafirmou as gravíssimas denúncias públicas em um blog local.  Tais denúncias estão amparadas em evidências e diversos documentos oficiais. O Fórum Suape Espaço Socioambiental e seus membros apoiam integralmente essas denúncias.
As irregularidades envolvem transações imobiliárias na região, práticas de abuso econômico, corrupção, existência de tráfico de influência no poder judiciário de Pernambuco, omissão do Ministério Público, esquemas de simulação de processos judiciais para desvios de recursos públicos da empresa Suape, violação de direitos fundamentais.
Não houve nenhuma repercussão diante de tão graves denuncias envolvendo os poderes constituídos (Judiciário e Executivo), sequer um pronunciamento da Empresa Suape, ou do Tribunal de Justiça do Estado do Estado de Pernambuco, a despeito dos graves fatos denunciados.
Diante das circunstancias e interesses envolvidos, o Fórum Suape e seus membros estão extremamente preocupados com a inércia dos órgãos públicos competentes em relação as ações urgentes que requerem tais denúncias. Também se preocupam com a integridade física da advogada Dra. Conceição Lacerda que, há uma semana teve seu domicilio violado e sua residência espionada por indivíduos diretamente ligados à segurança de Suape utilizando veículo da Empresa, que circulou em plena luz do dia,  com evidente intenção de intimidar e coagir a advogada denunciante.
Diante dos fatos descritos, e mais detalhados no portal do Fórum Suape (www.forumsuape.ning.com), solicitamos:
Ampla atenção e divulgação pelos meios de comunicação;
Posicionamento e apoio da comunidade internacional e organizações nacionais que trabalham com questões de direitos humanos, justiça socioambiental e defesa da democracia.
Posicionamento dos órgãos públicos diante das denúncias, com providências cabíveis e imediatas.
Providências penais contra o assédio moral e ameaças perpetradas contra a advogada Dra. Conceição Lacerda. Bem como a responsabilização da Empresa Suape pelo crime de violação de domicílio da advogada.
Providências penais e imediata cessação das ações de coerção e violência contra comunidades das áreas rurais  do entorno da área industrial e portuária de SUAPE, sejam eles pescadores e/ou agricultores.
A quem possa interessar eis os contatos:
Forum Suape: Heitor Scalambrini (81-9964 4366) e Rafaela Nicola (19 – 99822 0204)
CPT: Plácido (81- 9774 5520)
Centro das Mulheres do Cabo: Nivete (81- 98794 6153)
Action Aid: Daiana  (81- 8919 7048)
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