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Cabo de Santo Agostinho SUAPE

ESPECULAÇÃO IMOBILIARIA NO CABO DE SANTO AGOSTINHO (SUAPE)

Infraestrutura planejada no Cabo Para suprir as necessidades da nova demanda na região, construtoras investem cada vez mais em grandes loteamentos
Fonte: diariodepernambuco.lugarcerto.com.br/
Publicação: 22/05/2014 
Grupo Cap investiu R$ 30 milhões no Dharma Ville para cinco mil famílias (Grupo Cap investiu R$ 30 milhões no Dharma Ville para cinco mil famílias (GRUPO CAP/DIVULGAÇÃO) )
Grupo Cap investiu R$ 30 milhões no Dharma Ville para cinco mil famílias

Seja por estar na reta do litoral ou pela proximidade com o Complexo Industrial e Portuário de Suape, o crescimento imobiliário do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, já é uma realidade. Longe dos longos congestionamentos da capital pernambucana, a região é alvo de construções de diversos estilos de empreendimentos. No entanto, ainda falta infraestrutura e, para suprir essa carência, empresas investem em bairros planejados.
Para o presidente do Sindicato das Habitação de Pernambuco (Secovi-PE), Elísio da Cruz, o local tem deixado de ser opção apenas de interesse para segunda moradia e tem se tornado um lugar de residência fixa. “Essa forte demanda de pessoas procurando terrenos e empreendimentos para morar no Cabo deve-se muito à instalação do Complexo de Suape que tem trazido desenvolvimento”, afirma. Em decorrência disso, o perfil de público que mais tem adquirido imóveis é de trabalhadores da região e de moradores do local. “Há ainda aqueles que vão trabalhar nos estabelecimentos comerciais que estão sendo construídos na localidade”, destaca o presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), André Callou.

Callou destaca a grande procura de empresas para a construção de bairros planejados que vão suprir a falta de infraestrutura de alguns pontos da cidade. “A região ainda é carente em infraestrutura básica e esses projetos oferecem o que o poder público não tem dado”, explica.

O Grupo Cap e a parceria das empresas Moura Dubeux Engenharia e Cone S/A, com os projetos Dharma Ville e o Convida Suape, respectivamente, visam, além do desenvolvimento local, suprir a demanda que pede por moradias com infraestrutura e qualidade de vida. “A cidade está em crescimento. Os empreendimentos que estão sendo construídos no Cabo serão alvo de investidores, pela rentabilidade e valorização”, diz o diretor comercial do Grupo Cap, Carlos Paes Leme.

A empresa investiu R$ 30 milhões na construção do Dharma Ville, que visa ser local de moradia para cinco mil famílias. “No ano passado, abrimos as vendas da primeira fase e vendemos todos os 500 lotes para moradores do Cabo, o que comprova o interesse do público local”, conta Paes Leme.

Projeto

De olho no crescimento do Cabo de Santo Agostinho, o Grupo Cap, empresa mineira presente em mais de dez estados do país, apresenta ao público interessado em morar e investir na região o bairro planejado Dharma Ville, às margens da PE-60. Com as obras já iniciadas, o empreendimento tem 165 hectares e terá cerca de 2,6 mil lotes a partir de 200 metros quadrados e sete condomínios clube. Além disso, a “minicidade” terá um centro comercial de mais de seis mil metros quadrados, praças e mirantes.
 ((GRUPO CAP/DIVULGAÇÃO))
 De acordo com o diretor comercial do grupo, Carlos Paes Leme, a ideia é construir um projeto que ofereça moradias com infraestrutura de qualidade. No ano passado, a empresa abriu as vendas de cerca de 450 lotes com preços a partir de R$ 65 mil que serão entregues aos futuros moradores no final deste ano. No entanto, investidores e trabalhadores de Suape e das indústrias instaladas na BR também são esperados como possíveis clientes. “A ideia é combater os grandes congestionamentos do percurso Recife-Cabo. A cidade já dispõe de shoppings, boas escolas, hospitais e empresariais”.
Cada condomínio clube será composto por 16 torres com 32 unidades cada. Na primeira fase, que será entregue em agosto de 2016, serão 14 torres com oito pavimentos e quatro apartamentos por andar com áreas privativas de 50 metro quadrado, com dois quartos, comercializados a partir de R$ 165 mil. Nas próximas etapas a metragem dos imóveis irá variar de 40 metros quadrados a 90 metros quadrados. Algumas unidades poderão ser financiadas pelo Minha Casa Minha Vida, do governo federal.
Todo o empreendimento será entregue em cerca de cinco anos (Todo o empreendimento será entregue em cerca de cinco anos (GRUPO CAP/DIVULGAÇÃO) )
Todo o empreendimento será entregue em cerca de cinco anos
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SUAPE

DEPUTADO RECEBE MANIFESTO COM DENÚNCIAS SOBRE PROBLEMAS SOCIAIS EM SUAPE

BLOG DO JAMILDO
Publicado em 07/07/2014
O presidente da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Legislativa da Assembleia Legislativa, deputado Betinho Gomes, se reuniu, na tarde de hoje, com o Grupo Peregrinos e Peregrinas do Nordeste (GPPN). No encontro, ocorrido no auditório da Casa, o parlamentar recebeu dos presentes o manifesto “Grito de Denúncias das Vítimas de Suape”. Também participou do encontro o presidente da Comissão de Cidadania da Câmara de Olinda, vereador Marcelo Santa Cruz.
Um documento que denuncia os impactos sofridos pela população com o advento da implantação do Porto de Suape. Foram denúncias colhidas através da ouvida dos peregrinos – por meio das Assembleias do Povo – a cidades que integram o complexo portuário como Rio Formoso, Sirinhaém, Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho e Pontezinha.
No manifesto, o grupo denuncia a violação dos direitos humanos no que diz respeito à degradação ambiental, prostituição (notadamente com menores), DST’s, degradação familiar, drogas, violência, desemprego, moradia e outras. “Vimos denunciar os impactos sofridos pelo povo com o advento da implantação do complexo portuário de Suape e exigir dos órgãos públicos ações reparadoras e preventivas”, diz o documento.
O deputado ressaltou que encaminhará o documento a todos os órgãos considerados importantes para serem acionados na busca da resolução desses problemas. “A comissão está aberta para acolher, novamente, esse debate. Estamos à disposição para alertar a sociedade sobre o tamanho desse problema”, destacou Betinho, ressaltando que a Comissão de Cidadania já realizou audiências públicas para tratar das questões de Suape.
Assinaram o manifesto, além do GPPN, o Instituto Humanitas Unicap (IHU), Centro de Estudos Biblícos (CEBI), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), Província Franciscana do Nordeste (OFM), Gabinete da Assessoria Jurídica as Organizações Populares (GAJOP), Movimento dos Trabalhadores Cristãos (MTC), Comunidade de Jesus em Feira de Santana, Primeira Igreja Batista em Bultrins e Aliança de Batista do Brasil.
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Impactos SUAPE Violações

SUAPE: PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS (2)

Suape: promessas não cumpridas (2)
Por Heitor Scalambrini Costa  – Professor da Universidade Federal de Pernambuco e Coordenador Geral do Fórum Suape – Espaço Socioambiental
 O Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS), chamado por segmentos da sociedade pernambucana de “joia da coroa”, “locomotiva do desenvolvimento”, “poupança do povo”, “redenção do Nordeste”, e “Eldorado”, entre outros, vive momentos de desnudamento de uma realidade cruel.
Movimentos sociais, ao longo dos anos, têm denunciado questões referentes à ação da empresa Suape – como a imoralidade dos procedimentos judiciais que tramitam na Vara Privativa da Fazenda Pública da Comarca do Cabo de Santo Agostinho; o desvio de verbas públicas, através do ajuizamento de ações judiciais e simulação de audiências não realizadas nessa mesma Vara da Fazenda; os danos ambientais e sociais causados pela empresa; a continuada violação de direitos humanos; o tráfico de influência no Poder Judiciário de Pernambuco; a ausência do Ministério Público nos procedimentos de remoção/expulsão de milhares de famílias da área; e a falta de legitimidade da empresa Suape como proprietária das terras que hoje abrigam o Complexo.
Com a atração de inúmeras empresas, como refinaria, estaleiros, termoelétricas, siderúrgica e petroquímica, o que se verifica há alguns anos é o completo desrespeito às leis vigentes por parte da empresa gestora do Complexo; é a falta de responsabilidade social das empresas que lá se instalaram; e, principalmente, a visão anacrônica do governo estadual, responsável pela degradação ambiental daquele território. Os reflexos desta política obstinada, que considera a natureza um entrave ao crescimento econômico, inclui a interrupção drástica e dramática dos modos de vida da população local – ferindo direitos adquiridos de pescadores, marisqueiras e agricultores familiares, expulsos de suas moradias, abandonados sem condições de trabalho ou qualquer assistência social digna desse nome.
O mantra mais utilizado pelo governo estadual em suas ações de marketing político, que o tem projetado nacionalmente, é a geração de empregos e o aumento da renda proporcionado pela implantação desse Complexo Portuário e Industrial. Sem dúvida, cresceu muito o emprego de baixa qualidade, temporário, com salários irrisórios, devido às obras de construção dos empreendimentos, atraindo tanto trabalhadores pernambucanos como de outras regiões do país. Todavia, agora, com o término desta etapa de construção civil, os responsáveis se vangloriaram e manipularam a opinião pública, “lavam as mãos” perante o comportamento de empresas que não cumprem suas responsabilidades sociais e trabalhistas para com os seus empregados. Um comportamento no mínimo irresponsável.
A promessa de emprego abundante, usada na propaganda política, se tornou um verdadeiro calvário para os trabalhadores. O Ministério Público do Trabalho (MPT) estima que as empresas do Complexo vão demitir mais de 50 mil trabalhadores entre 2014 e 2016, em particular, aqueles que trabalharam na construção da Refinaria e de outras obras da Petrobrás.
Na tentativa de fazer valer os direitos legítimos daqueles que com sua força física ajudaram na construção de Suape, e preocupado com o desemprego em massa, o MPT criou, em dezembro de 2013, o Fórum para Recolocação da Mão de Obra de Suape (REMOS), tentando assim minimizar o que já estava acontecendo: demissões em larga escala, calotes das empresas, como o não pagamento de salários, um total desrespeito a direitos básicos da classe trabalhadora.
O que se verifica atualmente no território de Suape é a barbárie nas relações entre o capital e o trabalho, com a omissão do governo do Estado e da Empresa Suape. Sem tirar, obviamente, a responsabilidade da Petrobrás que contratou os consórcios de empresas para a realização das obras. Os responsáveis pelo descalabro existente não se manifestam diante da gravidade da situação. Fazem de conta que não é com eles.
A situação é explosiva e muito tensa. Diante da falta de cooperação das empresas que insistem nas irregularidades, o Fórum REMOS foi desfeito no inicio do mês (4/6) pelo MPT. Os trabalhadores, devido à falta de pagamentos dos salários e das garantias que lhes concede as leis trabalhistas, estão sendo despejados de onde vivem, não tendo sequer dinheiro para suprir suas necessidades materiais de sobrevivência. São relatadas situações em que famílias perderam o direito ao plano de saúde, com todas as consequências que isto implica.
Revoltados com a demora no atendimento de seus legítimos direitos, as vias de acesso ao Complexo têm sido tomadas por estes trabalhadores, que denunciam o abandono a que estão submetidos. Os órgãos de repressão, chamados para “garantir a ordem”, espancam e prendem trabalhadores em violentos e injustificados embates.
Promessas de trabalho. Promessas de vida melhor. Promessas e mais promessas, agora desmascaradas, desnudam a realidade da “gestão moderna e eficiente” do governo de Pernambuco, cuja propaganda cínica segue à risca a Lei de Ricupero: “No governo é assim: o que é bom à gente mostra; o que é ruim a gente esconde”.
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SUAPE Violações

MORDOMIA COM DINHEIRO PÚBLICO PATROCINADO POR SUAPE

Empresa Suape compra ingressos por R$ 745 mil para grupo de executivos assistirem a Copa na Arena Pernambuco
Blog do Jamildo – 05/06/2014
Uma ação de “relacionamento” organizada pela administração do Porto de Suape levará executivos considerados estratégicos para assistir aos jogos da Copa do Mundo, na Arena Pernambuco, em camarotes vips. O espaço reservado, que abrigará 18 assentos, sairá pela bagatela de R$  745 mil. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (5) pelo jornal Folha de S. Paulo.
Segundo a reportagem, a administração do Porto irá selecionar executivos de empresas estratégicas para irem ao cinco jogos realizados no estádio e visitarem o complexo. Dois representantes do Porto vão ciceronear os convidados ilustres. A cada jogo, o grupo vai mudar.
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“SUAPE ESTA DOENTE” DIZ MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO (MPT)

MPT desiste de tentar organizar demissões e calotes em Suape
Blog do Jamildo (03/06/2014)
Na tarde desta terça-feira (3), o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/PE) suspenderam as atividades do Fórum Remos. O motivo alegado pelas instituições é a falta de colaboração das empresas, tanto do ponto de vista legal, como do preventivo.
“As empresas não tem colaborado, de modo que não temos mais como atuar preventivamente. Todo dia temos recebido demandas de ordem essencial, como o pagamento de salários, algo que não se estava contando nesse processo de desmobilização. Na pior das hipóteses, nosso problema seria de ordem rescisória”, disse a procuradora do Trabalho Débora Tito.
“Não há como prevenir se a doença já se instalou. Suape está doente. Infelizmente, só nos cabe remediar. Quem sabe num futuro próximo poderemos nos dar o luxo de prevenir?”, afirmou.
Nos últimos dias, o MPT tem sido demandado para negociar o pagamento de trabalhador que está sem receber desde abril, recomendar que pousada, que não foi paga por empresa, para não despejar operário, tentar resolver problema de calote envolvendo empresas de transporte de trabalhadores, bem como de agência de viagem.
De acordo com as informações passadas na audiência, não há previsão para que o fórum volte às atividades. O trabalho do MPT e da SRTE deve se voltar completamente para a atuação repressiva, com as fiscalizações e ingresso de ações. No entanto, Débora salienta que o trabalho de monitoramento já iniciado deve ser continuado, sobretudo pelo Governo do Estado.
“O Remos era um espaço ideal para isso, mas nada impede que os envolvidos toquem as ações. Tenho certeza de que o Governo do Estado, junto com a Secretaria de Trabalho, Qualificação e Emprego, vai conduzir bem essa missão, embora saiba que está com dificuldades, justamente por causa da ausência de participação das empresas, com destaque para a Petrobras”, disse a procuradora.
Criado em dezembro do ano passado, o fórum tinha como objetivo ser uma instância preventiva tanto de problemas trabalhistas decorrentes da desmobilização de mão de obra de Suape, bem como de questões sociais maiores, como, por exemplo, a recolocação dos operários em novos postos de trabalho.
Nos próximos dois anos, 2014 e 2015, as dispensas, que já acontecem e trazem demandas ao MPT, estarão no ápice, considerando o andamento das obras. A expectativa é sejam desligados cerca de 42 mil funcionários, que prestam serviço à Petrobras por intermédio de empresas contratadas.
De acordo com informações iniciais levantadas pelo MPT, é possível que a desmobilização de trabalhadores da refinaria seja a segunda maior da história, ficando somente atrás da de Brasília. Dos 42 mil funcionários, estima-se que 58% da mão de obra seja pernambucana.
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Ambiental SUAPE Violações

PROTOCOLADA NO CPRH DENUNCIA SOBRE SUBSTANCIA TÓXICA ENCONTRADA NO PORTO DE SUAPE

Eis mensagem recebida da Ouvidoria do CPRH (Agência Estadual do meio Ambiente):
Acusamos o recebimento de sua  Denúncia , protocolada sob o número  201416481, a qual foi encaminhada ao setor:  UCFI – UN. CONTROLE DE FONTES INDUSTRIAIS .
Por último, agradecemos sua participação na melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo Governo de Pernambuco, apresentando sua manifestação.
  
Atenciosamente,
Márcio Silveira de Azevedo
Ouvidor da CPRH
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Fórum Suape SUAPE Violações

FÓRUM DENUNCIA SUBSTÂNCIA TÓXICA ENCONTRADA NO PORTO DE SUAPE

No dia 11 de fevereiro de 2014 a Revista Ciência e Hoje publicou artigo de Henrique Kugler intitulado “Silencio dos Mares”, reproduzido neste portal.
O referido artigo denuncia que a substância química mais tóxica sintetizada pelo ser humano (já banido em mais de 170 países), e usado para evitar bioincrustação em cascos de navios, havia sido detectado em proporções altíssimas no porto de Suape e do Recife.
O Fórum Suape denunciou e pediu providencias a Agencia Estadual de meio Ambiente (CPRH) através de sua ouvidoria (até o momento não obteve resposta) e a Diretoria de Portos e Costas(DPC) da Marinha do Brasil.
Abaixo repassamos a resposta da DPC ao Fórum Suape, para seu representante legal:
Prezado Sr. Heitor Costa,
Agradeço pelas informações encaminhadas ao fale conosco da DPC, trazendo importante matéria publicada na Revista Ciência Hoje. 
Participo a Vossa Senhoria que o seu questionamento foi encaminhado ao setor afeto ao tema, que consolidará os aspectos pertinentes aos esclarecimentos necessários.
Atenciosamente,
Diretoria de Portos e Costas
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SUAPE

REPORTAGEM SOBRE SUAPE NO THE GUARDIAN.COM

Brazil’s shellfishing communities blighted by industrial pollution

Activists say pollution from Suape industrial complex in Pernambuco state is decimating the local shellfish harvest
Zoe Sullivan in Suape Tuesday 4 March 2014 
MDG : Suape port and shellfish fishing : Mangrove and cranes, Pernambuco, Brazil

Cranes at Suape port in Brazil’s Pernambuco state tower over an adjacent mangrove swamp. Photograph: Felipe Ferreira/Getty Images
Edinilda de Ponto dos Carvalhos, who is in her early fifties, has been a marisqueira, or shellfish fisherwoman, in Suape since she was young. Recently, she says, her work has become much harder.
“There’s this chemical product in the water. It has no smell, but it kills everything,” she says. She believes the pollution comes from the nearby port complex in the Pernambuco state of Brazil, touted as one of the region’s main economic engines.
Another marisqueira, Valeria Maria de Alcántara, says: “The mud makes you itch, because of the oil and because of the debris that they throw in the sea. It burns the skin.”
According to the state’s rural worker training programme, women comprise 5,200 of the 8,700-strong local fishing community. They harvest shellfish standing in the water or meandering through mangrove forests on the shore.
On this bright morning, Dos Carvalhos and more than 20 other fisherwomen have come to talk about the collapse of their livelihoods as a result of pollution and the decimation of the mangroves. “Fisherwomen, who before in a week would get 20 to 30 kilos of shellfish, now take a whole week to get 2 or 3 kilos,” says De Alcántara, sitting on a folding metal chair in a dusty meeting hall.
Hundreds if not thousands of other women along the Pernambuco coast share her experience. Traditionally, marisqueiras‘ catches sustained their families and any surplus was sold on local beaches and in markets, supplementing the family’s main income. De Alcántara says she now works weekends cooking at a beachside bar to make up the financial shortfall caused by the drop in her catch.
“Throughout the history of fishing in Brazil, women’s activity has been rendered invisible,” says Laurinede Maria Santana. “What these women produce doesn’t enter into official fishing statistics.”
She says government policy marginalises the women’s work, and that it was only in the 1980s, when Brazil adopted its new constitution, that rural women workers won recognition and the right to a minimum pension.
Santana, who was born into a fishing family, supports fishing communities across the north-east through her work with the Pastoral Council of Fisherfolk (PCF), a Catholic group that helps organise artisan fishing communities across the country. In particular, she works with women to raise the visibility of their labour and the fruits of it, along with their self-esteem.
Between 2007 and 2010 the former president Luiz Inácio Lula da Silva poured about 1.4bn reals (£355m) into the Suape port complex to spur economic growth in his home state of Pernambuco, and private investment has followed.
The complex, just south of Recife, the state capital, is home to more than 100 businesses including an oil refinery, a petrochemical plant and two shipbuilding yards. The expansion has created thousands of jobs, but many are temporary and it has also come at a cost to the environment and communities practising traditional, sustainable livelihoods.
In September 2013, the state government’s environmental agency fined the port and industrial complex 2.5m reals for causing environmental damage, exemplified by the dynamiting of a section of coral reef near the port.
A spokeswoman for the port estimates that Suape contributes roughly 10% of the state’s annual income. The municipalities closest to the port can levy special industrial taxes on it too, but officials failed to respond to repeated requests for information on how much money this contributes to local coffers and how it is used.
“Suape is one of the current examples of the model of development the Brazilian government is adopting,” says the PCF’s vice-president, Maria José Pacheco. “It’s a model of development based on consumption, exploitation and the concentration of resources.”
The PCF has been working with other grassroots organisations to collect enough signatures to present congress with a bill that would establish protective areas around traditional fishing communities.
“These populations have a quality of life much higher, regardless of poverty, than the model that Brazil is offering with the industrialisation model,” Pacheco says.
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SUAPE Violações

SUAPE: PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS (1)

Por Heitor Scalambrini Costa, Professor da Universidade Federal de Pernambuco e Coordenador geral do Fórum Suape Espaço Socioambiental
Promessas são compromissos assumidos por quem as faz. Seus ouvintes, em princípio, acreditam que serão cumpridas. Na política, lamentavelmente, não é assim. Faz parte de nossa cultura prometer algo que muitas vezes, sabe-se de antemão, não será cumprido. Mesmo assim se promete.
Em Pernambuco, de onde se “fala para o mundo”, se propagandeia que aqui nasceu a “nova política”. Que em nada difere da “antiga” praticada desde sempre. Todavia os marqueteiros batem nesta tecla, tentando arregimentar votos para o governador, pré-candidato na disputa presidencial.
Aqui se promete muito mais. E se cumpre menos ainda (será esta a “nova política”?). Vejamos o caso emblemático do Complexo Industrial Portuário de Suape, para alguns a redenção de Pernambuco, quiçá do Nordeste e do Brasil.
No modelo adotado busca-se atrair refinarias, estaleiros, termoelétricas e petroquímicas – empresas que estão no topo das que mais agridem o meio ambiente. Acontece que o território do Complexo era habitado, há mais de meio século, por mais de 15 mil famílias nativas, todas dependentes da agricultura familiar e da pesca. Para se livrar desses posseiros indesejados, se iniciou um processo de expulsão com sérios impactos socioambientais. E é aí que começam as promessas, tanto para os moradores como para a sociedade pernambucana, visando justificar a insanidade da brutalidade que se cometia, contra o meio ambiente e contra os moradores da região. Algumas dessas promessas são citadas a seguir.
Em 2006 foi lançado o projeto do território Estratégico de Suape, integrado pelos municípios do Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Escada, Moreno, Ribeirão e Sirinhaém. O objetivo seria planejar o desenvolvimento desse território e evitar os impactos negativos da chegada dos grandes empreendimentos à Suape. Assim, se promoveria a ocupação ordenada do território de Suape, evitando-se danos sociais e ambientais. Transcorridos oito anos, o programa não passou da fase de planejamento e os problemas que poderia prevenir acabaram acontecendo, pois os empreendimentos chegaram e as ações prometidas não. Ademais, as demandas sociais se multiplicam, como habitação, saneamento, mobilidade, saúde, segurança e meio ambiente. O que houve neste período foi unicamente o aumento das expulsões de milhares de pessoas que habitavam a região.
Outro projeto de grande repercussão na mídia pernambucana foi o lançamento do programa Suape Sustentável, em junho de 2011. A proposta original era para desenvolver uma gestão integrada do Território de Suape, com a participação das administrações estadual e municipal, das empresas e universidades. O que se viu foi a continuidade do que já vinha sendo feito. Frustração para quem esperava um mínimo de planejamento naquele território.
Na lista dessas ações estava a construção da agrovila Nova Tatuoca, prometida em 2007 aos moradores que foram expulsos para dar abrigo ao polo naval. Os ilhéus foram expulsos e nada de novas moradias. Novas promessas foram feitas e as primeiras unidades seriam entregues em dezembro de 2012, sendo a vila totalmente entregue até março de 2013. Nada! Agora é dito na imprensa que um conjunto de 73 casas, cada uma com menos de 40 m2, será entregue antes que o governador deixe o cargo para concorrer à presidência da República. Todavia, denuncias apontam que além da fragilidade e precariedades destas construções, não haverá saneamento básico, e os dejetos das casas serão despejados diretamente no mangue.
Na área ambiental o desastre é calamitoso. A Assembleia Legislativa de Pernambuco autorizou diversos projetos de desmatamento. O mais devastador, contido na Lei nº 1.496, de 27 de abril de 2010, autorizou a supressão de vegetação permanente, correspondente a uma área de 17 ha de Mata Atlântica, 508 ha de mangue e 166 ha de restinga. Até hoje os moradores procuram os locais que Suape diz que reflorestou, propagandeando ter “zerado” o déficit ambiental naquele território. Também se arrasta há anos a construção do Centro de Tecnologia Ambiental (CTA), outra promessa dos gestores do Complexo de Suape.
Só mais uma, dentre tantas promessas não cumpridas, a relacionada à reforma da Estação de trem de Massangana e à chegada do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) até o complexo de Suape, que permanece no limbo, sem data para início nem para conclusão.
Bem, as promessas dos administradores de Suape e do governo do Estado ao longo dos anos mostram que fazê-las rende frutos, pois os que prometem são bem vistos e acabam sendo “premiados” com novas posições no governo do Estado (seria essa a “nova política”?).
E enquanto nada do prometido acontece, “corre solta” a propaganda com verbas públicas em Pernambuco. 
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DENUNCIA DE PROCEDIMENTO IRREGULAR DE DESCARGA DE ÓLEO EM SUAPE É INDEFERIDA

Em 22 de setembro de 2013 recebemos denuncia do SINDIPETRO-PE/PB que em Suape estaria ocorrendo uma irregularidade com relação a uma operação de descarga de óleo combustível do tipo Bunker (MF-380) do navio Alpine Liberty, atracado  no PGL1-B, onde o mesmo estaria descarregando este produto da Petrobras para o Terminal Tequimar (privado).
Acontece que o correto nesta operação, segundo o procedimento da Petrobras e da Transpetro é de o navio nesta condição, estar cercado com flutuantes (boias), pois em um eventual vazamento, o produto no mar ficará contido no cerco e infelizmente não esta.
Este fato é mais um desrespeito e descumprimento de procedimentos, além da precarização dos serviços que envolvem as empresas privadas que prestam serviço para a Petrobras.
O Fórum Suape tomou as providências cabíveis denunciando este fato as autoridades.
No dia 28 de fevereiro de 2014, transcorrido 5 meses da denuncia recebemos do Excelentíssimo Promotor de Justiça Cível de Ipojuca, Dr. Paulo César do Nascimento, resposta que transcrevemos abaixo.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PERNAMBUCO
2ª Promotoria de Justiça Cível de Ipojuca
Curadoria do Meio Ambiente
NOTÍCIA DE FATO ARQUIMEDES 2013/1333123
Assunto: irregularidade na operação de descarga de produto químico para a petrobrás no terminal Tcmar no Porto de Suape
Denunciante: Heitor Scalambrini Costa
 PROMOÇÃO   DE  INDEFERIMENTO
                                     Trata-se de denúncia na qual relata o denunciante a ocorrência de  irregularidade na operação de descarga de óleo, bunker (MF-380) do navio Alpne Liberty, que estaria atracado no PGL1-b, no Complexo Industrial Portuário de Suape, descarregando o produto da Petrobrás para o Terminal Tecmar, sem que o navio estivesse cercado com flutuantes (boias), para em caso de vazamento, o produto no mar ficar contido no cerco, alegando ainda que tal irregularidade já ocorreu em outras ocasiões.
                                    Foram requisitadas informações ao Complexo Portuário de Suape, bem como a CPRH a respeito dos fatos alegados na denúncia.
                                    Em resposta a requisição do MP tanto o Complexo de Suape quanto a CPRH   informaram que a Norma de Autoridade Marítima para tráfego e Permanência de Embarcações em Águas Jurisdicionais Brasileiras – NORMAM – 08 da Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil ao estabelecer os procedimentos para transferência de óleo entre embarcações em áreas portuárias estabelece que apenas a transferência de óleo entre embarcações em áreas portuárias, deverá manter uma embarcação dedicada junto ao local de transferência durante todo o transcorrer da operação, dotada de barreias de contenção de óleo  (oil boom) em quantidade adequada e pessoal, e apenas no período noturno deverão ser lançadas barreiras de contenção na água,  ocorrendo que a transferência ora denunciada não foi realizada entre embarcações e sim entre uma embarcação e um terminal, bem como foi realizada durante o dia.
                                    Tendo ainda o órgão ambiental concluído que a denúncia não possui fundamento.                                 
                                   Assim, considerando que o órgão ambiental não detectou qualquer irregularidade na operação de descarga de óleo mencionada na denúncia, não vislumbro a necessidade de intervenção do Ministério Público, inexistindo assim fundamento para instauração de procedimento investigação.                       
                        Deste modo e ante o acima exposto, o Ministério Público do Estado, por seu Representante legal que o presente subscreve, indefere o pedido de instauração de Procedimentocom fulcro no art. 14, § 2º da Lei nº. 8.429/92, ressalvando a possibilidade de abertura de investigação na hipótese de surgirem novos elementos.
                                    Determino ainda que seja dada ciência do presente despacho ao denunciante a fim de que possa, querendo, exercer seu direito de recurso, nos termos do artigo 5º, § 1º, da Resolução CSMP 001/2012 e após decorrido o prazo da notificação arquive-se.
                                    Determino finalmente que seja retirada cópia do documento de fl. 08 a fim de que sejam analisados os fatos nele constantes para fins de verificar da ocorrência de outras irregularidades cometidas por Suape.
 Ipojuca, 18 de fevereiro de 2014
  Paulo César do Nascimento
Promotor de Justiça
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