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Direitos humanos SUAPE Violações

COMPLEXO DE SUAPE É INVESTIGADO POR VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS

Imagem: Fernando Martinho/Repórter BrasilDenúncias contra megaempreendimento em Pernambuco incluem formação de milícia, danos a casas e restrições de uso do território; acusações chegaram à ONU
A memória de Otacília Rodrigues da Silva, cabelos brancos e olhar desolado, só falha para falar da própria idade. Moradora doquilombo Ilha Mercês, no litoral sul de Pernambuco, ela ainda guarda o barulho que ouviu há dois anos, quando um temporal derrubou as paredes de sua casa. Esse não é o seu único trauma.
“Suape diz que não posso levantar uma nova casa. Meu maior medo é morrer sem ter a minha casa de volta”.
Chorando, ela mostra como tem conseguido dormir desde então: um comprimido de 10 miligramas do tranquilizante Diazepam por dia.
Quase quarenta anos após a sua criação, o Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros- Suape, um megaempreendimento de 13.500 hectares que tem como sócio majoritário o governo pernambucano, parece comprovar que faz jus ao nome.
Em tupi-guarani, Suape significa caminhos sinuosos.
Por violar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, organizações da sociedade civil elegeram Suape como caso emblemático no Brasil. “Suape é a Belo Monte invisível”, diz Caio Borges, advogado da Conectas, uma das organizações que denunciou as violações socioambientais.
Como Otacília, outras famílias são impedidas de reconstruir a própria casa ou fazer melhorias por funcionários de Suape, a quem a população chama de milícia. Há ainda relatos de restrições de acesso ao território, cobranças indevidas e demolições sem mandato judicial – entre uma série de outras denúncias. Ao menos três comunidades tradicionais denunciaram Suape ao Ministério Público Federal.
Romero Correia da Fonseca é o coordenador da fiscalização em Suape e está
subordinado a Sebastião Pereira Lima, diretor de Gestão Fundiária e Patrimônio do complexo. Mas, para os moradores, ele é o chefe da milícia, controlando os seguranças.
A reportagem teve acesso a 22 boletins de ocorrência registrados contra Suape – o nome de Fonseca aparece em vários. Entre as acusações estão ameaças, com uso de arma de fogo, e danos ao patrimônio. Liderança do Engenho Ilha, Vera Lúcia Melo, 48 anos, entrou no Programa de Proteção à Pessoa após receber ameaças. Ao menos três comunidades tradicionais denunciaram o complexo portuário e industrial ao Ministério Público Federal. A formação de milícia está sendo investigada pela Polícia Civil de Pernambuco.
“Eles (a milícia) são de uma violência inominável”, diz Heitor Scalambrini, doutor em energia e coordenador do Fórum Suape, que presta assistência às comunidades.

Deslocamento forçado
“Meu maior medo é morrer sem
ter a minha casa de volta”
 – Otacília
A construção de Suape, começou em 1978 dentro de terras habitadas há gerações por comunidades tradicionais. Na época, eram 25 mil pessoas, segundo dados do Fórum Suape. Hoje, são menos de 7 mil, todos tratados como invasores dentro do território tradicional.
Um relatório da Fundação Getulio Vargas, obtido com exclusividade pela reportagem e que será publicado em dezembro, cita Suape e Belo Monte como antiexemplos do que o Brasil já deveria ter aprendido com a construção de grandes obras.
“Em ambas, as comunidades não participaram das tomadas de decisões e não houve transparência no reassentamento dessas populações”, diz a advogada Flavia Scabin, coordenadora do Grupo de Pesquisa sobre Direitos Humanos e Empresas na FGV.
A expansão que mais impactou os pescadores foi o aprofundamento do canal do Porto de Suape e o assoreamento da Ilha de Tatuoca. Mais de 80 famílias foram removidas da Ilha para o progresso chegar − quem não aceitou, foi despejado. Esses moradores, que sobreviviam da pesca e da agricultura, vivem hoje longe do mar e sem terra para plantar na Vila Nova Tatuoca, um conjunto habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida. Nem árvore nas ruas há.
Na vida de uma das famílias, o impacto é imensurável. Uma das matriarcas, removida, retornou à Ilha e se suicidou.
Quatro instituições, duas nacionais e as internacionais Conectas e Both Ends,
denunciaram Suape e a empresa holandesa Van Oord, contratada para fazer a
dragagem no porto, à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Nosso levantamento mostrou que Suape violou uma série de direitos internacionais antes, durante e depois de sua construção”, diz Borges.

Cobranças indevidas
A história do quilombo Ilha Mercês é um dos casos investigado pelo Ministério Público Federal (MPF). Em outubro de 2016, a Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, reconheceu a área como comunidade remanescente quilombola.
Em tese, o reconhecimento federal deveria proteger a comunidade das
investidas de Suape, mas não foi o que aconteceu.
Em setembro deste ano, o MPF e a Defensoria Pública da União recomendaram à Suape que suspendesse as incursões na comunidade sem autorização dos moradores, as tentativas de compra de terrenos, as proibições às reformas nas casas e as cobranças indevidas. Nenhuma das recomendações surtiu efeito.
A Concessionária Rota do Atlântico, por exemplo, responsável pelas vias que dão acesso ao quilombo, ainda cobra pedágio de alguns moradores, que deveriam ser isentos. “Quem paga pedágio é quem faz resistência à empresa”, disse o filho de Madalena José Reis da Silva, 45, liderança do quilombo.
Complexo de Suape nega acusações; Van Oord não comenta
Em nota, Suape afirmou mantém diálogo aberto com os moradores via “Diretoria de Gestão Fundiária e Patrimônio, que cuida de todas as questões que envolvem os residentes”, mas não comentou sobre as investigações dentro e fora do país.
A respeito dos casos de ameaças e danos, diz que repudia “a utilização de violência contra as famílias nativas da região”, mas não comentou sobre os boletins de ocorrência registrados por moradores. O funcionário Fonseca, diz a nota, é coordenador da fiscalização. Afirmou ainda que os funcionários não trabalham armados e que as demolições são decorrentes de homologações de acordos na Justiça.
A Polícia Civil não comentou a participação do GATI nas ações e afirmou que não daria informações adicionais da investigação sobre a suposta formação de milícia. A Prefeitura de Cabo Santo Agostinho não respondeu até a publicação desta reportagem.
Sobre as incursões no quilombo Ilha Mercês, Suape informou que “está mantendo diálogo com as autoridades envolvidas no sentido de adequar suas disposições à realidade da região”, mas não comentou a cobrança de pedágio.
A Concessionária Rota do Atlântico diz que cumpre integralmente as condições estabelecidas com o governo de Pernambuco.
A Van Oord, contratada para fazer a dragagem, informou que não pode dar declaração porque “as partes deste processo estão engajadas em um processo de mediação que está sujeito à confidencialidade.”
Procurado, o governo do Estado, via assessoria de imprensa, negou o pedido de entrevista, uma vez que Suape já tinha mandado uma nota com esclarecimentos.
Confira o especial multimídia em: reporterbrasil.org.br/suape
Fonte: Carta Capital
Publicado por: Repórter Brasil
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Informe SUAPE

ALERTA. PRESSÃO SOBE NO TERRITÓRIO DO COMPLEXO DE SUAPE

Foto: Fórum Suape
Perpetua-se o conflito socioambiental no território onde está instalado o Complexo Industrial e Portuário de Suape, localizada a 40 km do Recife.
Destruição e poluição ambiental, expulsões forçadas, presença ostensiva de milícia privada intimidando os moradores: essas são algumas das situações cotidianas as quais estão submetidas as populações tradicionais que ali vivem, quilombolas, pescadoraes/pescadoras, marisqueiras, agricultores familiares.
Além da inobservância dos direitos básicos, impera a violência física e psicológica praticada pela milícia, denunciada nas Audiências Públicas realizadas pela Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Assembléia Legislativa de Pernambuco (9/11/2015 e 1/12/2015).
O Fórum Suape tem buscado dialogar com os setores organizados da sociedade pernambucana, igrejas, órgãos públicos e com a própria empresa estatal Complexo Industrial e Portuário de Suape (CIPS), na tentativa de encontrar caminhos que levem à discussão ampla e aprofundada das várias questões que afetam diretamente o modo de vida das populações que vivem no entorno do Complexo.
Ao longo das distintas gestões do CIPS, o Fórum Suape procurou seus dirigentes juntamente a lideranças locais para que um canal de diálogo fosse aberto. Ao governo do Estado foi entregue uma carta assinada pelas lideranças comunitárias, no dia 26/10/2015, com 16 reivindicações.
Lamentavelmente, apesar do discurso pretensamente pró-diálogo por parte do governo e da empresa, na prática nunca houve de fato uma postura realmente dialógica direcionada às comunidades atingidas. Mais recentemente, na gestão do atual presidente Marcos Baptista, após uma reunião (19/9/2017) que contou com a presença do presidente e vários diretores da empresa, além de várias lideranças de moradores e de entidades da sociedade civil, foi acordada a realização de encontros temáticos entre as partes, para discutir questões como moradia, meio ambiente, segurança, sustentabilidade e modos de vida.
No entanto, desde essa data até hoje, a empresa não cumpriu o compromisso tirado na mencionada reunião e não agendou as reuniões temáticas que ficaram combinadas, fechando o diálogo com as comunidades. Mais uma vez a empresa se mostrou insensível aos problemas denunciados pelos moradores. Sem seriedade, sem compromisso, desrespeitosa com os afetados pelo Complexo, que desde seu nascedouro sofreu e sofre críticas, a empresa “empurra com a barriga” o diálogo.
Enquanto isto, a tensão aumenta no território, pois os moradores e suas lideranças não acreditam mais na promessa de diálogo da empresa quanto às suas reivindicações. A violência da milícia sob as ordens do CIPS continua. A completa ausência de diálogo continua, agora com previsões de novas dragagens no porto, sem nenhuma discussão ampla acerca dos seus impactos com os pescadores da região, que serão os mais atingidos.
A palavra de ordem das populações tradicionais que ali vivem é enfrentamento. Optam por lutar mais incisivamente pelo que consideram seus direitos. Manifestações públicas estão ocorrendo no território. No último dia 31/10, mais de 150 pessoas ocuparam a Ilha de Cocaia exigindo explicações sobre as obras de dragagem previstas. Novas manifestações estão sendo anunciadas no território.
A pergunta que não quer calar é: até quando o Governo do Estado e as autoridades responsáveis continuaram se omitindo desta grave situação?
Recife, 23 de novembro de 2017
ASSOCIAÇÃO FÓRUM SUAPE ESPAÇO SOCIOAMBIENTAL
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Impactos Informe SUAPE

SEMINÁRIO DEBATEU OS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS EM SUAPE

O diálogo entre pesquisadores, movimento social e comunidades atingidas pelo Complexo de Suape saiu fortalecido do Seminário realizado no dia 14 de novembro, no Auditório Frederico Simões Barbosa do Instituto Aggeu Magalhães, Fiocruz/UFPE, promovido pela Associação Fórum Suape Espaço Socioambiental e Laboratório de Saúde, Ambiente e Trabalho (LASAT)/Fiocruz-PE. O tema central dos painéis debatedores foi “Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS): Desenvolvimento e os Impactos Socioambientais”, já abordado na abertura dos trabalhos pelo coordenador do Fórum Suape, Heitor Scalambrini Costa (veja discurso anexo), que também teve a saudação de boas vindas de Constância Flávia Junqueira Ayres, vice diretora de Ensino e Informação Científica do Instituto Aggeu Magalhães-IAM/Fiocruz-PE.
Pela manhã tivemos um painel sobre a Saúde e modos de vida no território do CIPS, moderado por Aline do Monte Gurgel, pesquisadora do IAM/Fiocruz-PE, que chamou a atenção para o aspecto bioético relacionado aos relatórios de impactos ambientais apresentados pelo CIPS, que não levam em conta a situação de saúde das pessoas que vivem nas comunidades. Essa posição foi reforçada pela palestrante Idê Gurgel (LASAT/Fiocruz), que se referiu aos altos índices de distúrbios mentais, ansiedade, depressão, que passaram a fazer parte do cotidiano das pessoas, após a construção do Porto de Suape. “A região não reúne condições para o atendimento à saúde pública dentro do contexto de alto risco que Suape representa. A luta que muito se expressa no território atingido por Suape é o conflito entre capital e trabalho, que se replica em diversos conflitos estabelecidos no dia a dia”, enfatizou a pesquisadora.
A professora da UFRPE, Joanna Lessa que há três anos realiza um trabalho na comunidade de Nova Tatuoca trouxe várias interrogações sobre o destino dos saberes e memórias existentes na comunidade da Ilha de Tatuoca que foi obrigada a deixar suas terras e seu modo tradicional de vida, para viver em um conjunto habitacional completamente inóspito. Ela denunciou a existência de uma monocultura de casa e o que chamou de memoricídio, como processos implantados por Suape que configuram uma total desvalorização do saber local.
A representante do Fórum Suape na mesa, Rafaela Nicola se posicionou favorável ao diálogo entre saberes e criticou a postura do CIPS que o tempo todo busca projetar uma imagem positiva. Recordou um diálogo com um gestor do Governo do Estado Pernambuco em 2012, no qual ele se referiu a Suape como uma zona de sacrifício. “Qual o significado disso?”, questionou a integrante do Fórum Suape. “O discurso de Suape está embasado em um sistema que se encontra em profundo colapso”, afirmou Nicole apontando que talvez aí esteja a saída.
A parte da tarde teve início com projeções de vídeos e um painel com depoimentos de moradores e moradoras das comunidades do entorno do CIPS, que denunciaram as violações praticadas pelas empresas instaladas na região. Logo em seguida veio o segundo painel, desta vez com o tema Ecossistemas no território do CIPS, que teve como moderadora a pesquisadora da FUNDAJ, Edneida Rabêlo Cavalcanti e como palestrantes Clovis Cavalcanti, presidente da Sociedade Internacional de Economia Ecológica – ISEE e Maria das Graças e Silva, professora do Depto Serviço Social/UFPE. Foi convidado para esse painel o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade do CIPS, Jorge Araújo, que não compareceu nem enviou qualquer justificativa à coordenação do Seminário. 

O economista e ambientalista Clóvis Cavalcanti lembrou de um artigo e do manifesto que escreveu em 1975, publicado pelos grandes jornais de Recife, no qual de forma visionária previa a catástrofe que ocorreria na região do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca com a implantação do Porto de Suape. A professora Maria das Graças criticou o discurso governamental ufanista, “cinicamente Suape propaga que cuida das pessoas e do meio ambiente”. Na sua opinião, Suape é o Estado representado por uma empresa destinada a governar aquele território com mãos de ferro. Citou a pesquisadora Virginia Fontes ao se referir ao processo de expropriação contemporânea, onde a exploração capitalista atinge níveis sofisticados. “Em toda a história, às custas da exploração do trabalho o capitalismo produziu e produz imensas riquezas, mas produz também imensas misérias”, afirmou a professora. O dia de intensos debates foi concluído com um coquetel servido aos participantes.
Contato:Heitor Scalambrini (coordenador do Fórum Suape) = Tel. 99964.4366
Gerson Flávio (assessor de comunicação do Fórum Suape) = Tel.: 55-81-95093043  |  98122.0050  |  3132.2250
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Encontro SUAPE

DISCURSO DE ABERTURA DO SEMINÁRIO POR HEITOR SCALAMBRINI

Abertura do Seminário: Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS): Desenvolvimento e os Impactos Socioambientais
Heitor Scalambrini CostaCoordenador do Forum Suape
Bom dia!!
Hoje, um momento muito especial estaremos vivenciando.
Graças ao Laboratório de Saúde, Ambiente e Trabalho (LASAT), da direção do Instituto Ageu Magalhães, e da Associação Forum Suape Espaço Socioambiental, teremos a oportunidade de refletir/reagir, analisar, discutir questões sociais e ambientais provocadas pela maior empresa estatal de Pernambuco, o CIPS – Complexo Industrial Portuário de Suape.
Algo pouco comum no meio acadêmico deste Estado estará ocorrendo hoje, aqui e agora. Um debate público, onde se ouvirá a voz daqueles e daquelas que estão no centro dos conflitos, e que sofrem diretamente as consequências socioambientais dos empreendimentos, que chegam anunciados como redentores e dinamizadores da economia do Estado. Como geradores de empregos e renda. Como salvadores da pátria. Sem nenhuma discussão democrática com a sociedade.
Antes de mais nada seria aqui importante pontuar nosso entendimento sobre o que venha a ser impacto socioambiental utilizado no próprio nome deste Seminário.
A expressão “impacto” é extraída da física, da parte que estuda os choques, as quantidades de movimento e as deformações nos corpos submetidos.
A lei de Newton (forças de ‘ação’ e ‘reação’), é utilizada para medir o “impacto”, expresso em Newtons (N). Também é utilizada a unidade kgf que equivale a 9,8 N. 
Não me parece adequado caracterizar como “impactos” os processos sociais e territoriais da implantação de grandes empreendimentos, usinas hidrelétricas, barragens, complexos industriais, portuários, afins.
A palavra “impacto” tornou-se meramente administrativa, prescrita para ser utilizada nos processos de licenciamento ambiental, mas contra producente em termos científicos e impeditiva para o avanço do conhecimento, tornando-se tão somente uma noção desviacionista. 
O termo “impacto” vem sendo utilizado de forma indistinta quando o correto seria apontar que determinada obra traz perdasprejuízosdanosdesastresexpulsõesexpropriaçõesdesaparecimentosprivaçõesruínasdesgraçasdestruições, de vidas e de bens, muitas vezes permanentes e irreversíveis.
É disso que realmente se trata quando analisamos as consequências de determinados empreendimentos para as populações atingidas, e para os ecossistemas.
É necessário pois, levantar o véu dos “impactos”, desnudar as aparências e tornar concreta a realidade imposta às populações atingidas e aos ecossistemas por estes empreendimentos, inclusive o da empresa estatal CIPS.
A proposta deste Seminário é discutirmos um empreendimento do porte do CIPS, “além do capital”. Além do número e a quantidade de produtos que circula neste porto. Da receita produzida e das divisas obtidas pelas grandes corporações que ali estão localizadas com seus parques fabris ou de logistica. A capacidade de movimentação de petróleo e derivados. Da ampliação dos parques de tancagem.
Na verdade creio que a discussão que devemos travar passa necessariamente pelo questionamento da inserção desta empresa estatal em um sistema, em uma lógica, que perdeu sua capacidade civilizatória, e no atual estágio para manter-se, torna-se cada vez mais destrutiva de direitos, da vida de milhões de seres humanos e da natureza, colocando em risco o próprio planeta Terra.
Não devemos nos contentar nestas discussões, somente em reformar o sistema do capital, mas ir além dele. Que as soluções que venhamos propor não sejam apenas formais, mais essenciais.
Hoje, como tarefa fundamental, de todos e todas que lutam e acreditam que um novo mundo possível é de construir um pensamento junto a sociedade que seja contra hegemônico e antagônico ao que está estabelecido.
Temos que fortalecer o combate ao economissismo, as visões reformistas, ao modismo pós moderno.
Temos que passar uma mensagem a sociedade que tenha como parâmetro o ser humano, o meio ambiente, isto exige superarmos a lógica desumanizadora do capital, que tem no individualismo, no lucro, e na competição seus fundamentos.
Transformar estas idéias e princípios em práticas concretas é uma tarefa que exige ações que vão muito além das salas de aula, dos gabinetes, dos foruns acadêmicos.
Temos que sair as ruas, para os espaços públicos, e se abrir para o mundo.
Construir uma ruptura com a lógica capitalista. O sistema do capital não é eterno, e expressa contradições insanáveis. A destruição deste sistema corresponde a salvação da vida, como entendemos, em nosso planeta.
Acredito que a construção de um novo mundo é possível. E começa em construir uma educação cuja principal referência seja o ser humano. Uma educação que realize as transformações politícas, econômicas, culturais e sociais necessárias.
Hoje iremos discutir um grande empreendimento, o maior, em nosso Estado em processo de implantação, e seus reflexos na vida das pessoas, das populações tradicionais que viviam e vivem  naquele território. Entendemos que as mais de 100 indústrias instaladas, os investimentos em torno 50 bilhões de reais com dinheiro público, não afetaram e se restringiram apenas aos 13.500 ha do território onde se localiza o empreendimento. Ou mesmo, as 15.000 famílias que ali viviam e vivem. Mas, sobretudo, afetaram também os municípios vizinhos do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, mas todo Estado de Pernambuco que tiveram restrições de investimentos, pela concentração dos investimentos públicos no CIPS.
O Seminário foi assim organizado. Pela manhã o painel “Saúde e modos de vida no território do CIPS” terá como palestrantes profissionais que conhecem muito bem o território, e que tem acompanhado de perto, o real significado da chegada deste empreendimento nas vidas dos moradores e moradoras do entorno do Complexo. A profa. Idê Gurgel desta casa, a Rafaela Nicola ecóloga e assessora do Forum Suape, e a profa. Joanna Lessa da Universidade Rural darão suas contribuições ao debate. A moderação será da pesquisadora desta casa a Dra. Aline Gurgel.
A vozes das comunidades serão ouvidas neste auditório, através de depoimentos de moradores/moradoras relatando todas suas angústias e dramas vividos. É importante que se saiba que em Suape tem gente vivendo lá.
Pela tarde o painel “Ecossistemas no território do CIPS” contará com o visionário, e que já antevia a destruição e as mudanças drásticas e dramáticas do território de Suape, o prof. Clovis Cavalcanti. Além da profa. Maria das Graças do Departamento de Serviço Social da UFPE, e do diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da empresa CIPS, Jorge Araújo, que apesar de convidado não deu nenhuma resposta ao convite dos organizadores. A moderação será da pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco Edneida Cavalcanti. E logo após um coquetel será servido.
Esperamos assim estar contribuindo para que este debate, que envolve temas tão importantes neste momento para a sociedade brasileira, possa ganhar o interesse da sociedade pernambucana.
O “tudo se vende”, o “tudo se compra”, o “tudo tem preço” está levando nossa civilização a um momento crucial em sua historia.
Um basta a mercantilização dos bens comuns, da água, das florestas, dos manguezais, da biodiversidade, e o respeito aos modos de vida das populações tradicionais é para ontem. Estas populações tradicionais tem muito a nos ensinar de como “bem viver”.
Um bom Seminário.
P.S.: Me apropriei, por concordar integralmente, das discussões sobre impactos travadas pelo prof. Célio Bermann em um texto seu sobre o tema.
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SUAPE

CRIAÇÕES DE FÓRUNS TEMÁTICOS VISA FACILITAR DIÁLOGO COM SUAPE

A criação de “fóruns temáticos” como forma de otimizar e dar maior eficiência ao diálogo e aos respectivos encaminhamentos, inclusive no que se refere aos itens priorizados da pauta de reivindicações entregue ao Governo do Estado no ano passado. Esse foi o principal encaminhamento da reunião realizada no dia 19 de setembro, no Auditório do CIPS – Complexo Industrial e Portuário de Suape, com representantes do Fórum Suape e comunidades da

região. Participaram também Elias Cabral (CONLUTAS) e Edna Jatobá (Secretária do Conselho Estadual de Direitos Humanos) e ainda 14 integrantes da empresa, dentre eles o diretor presidente Marcos Baptista.

Depois da abertura da reunião pelo diretor presidente do CIPS, o coordenador do Fórum Suape, Heitor Scalambrini fez uma retrospectiva sobre os encaminhamentos e demandas do Fórum para o Governo do Estado e propôs que, considerando a abrangência da pauta de reivindicações apresentada anteriormente, fossem priorizados os seguintes itens da pauta:
1 – Garantia de moradia digna às famílias já despejadas, com a viabilização da continuidade de seus modos de vida tradicionais por meio da realocação em áreas com condições geográficas similares às de origem;
2 – Garantia da permanência e consolidação das comunidades tradicionais nos seus territórios com a sua Regularização Fundiária e com a concessão de subsídios para a sustentabilidade das mesmas;
4 – A preservação das áreas remanescentes de mangues, restingas, fundos rochosos e mata atlântica dentro do território
apropriado pelo CIPS;
5 – Arecuperação/revitalização de áreas degradadas pela ação do CIPS, com prioridade para as áreas reconhecidamente utilizadas pelas populações tradicionais de forma a garantir suas atividades culturais e de sustento;
9 – A abertura do canal do rio Ipojuca e acesso ao estuário do Merepe, com recuperação ambiental dessa região;
11 – Fim imediato da atuação violenta do CIPS contra os posseiros, mediante ameaças, destruição de casas e lavouras, roubo de materiais etc., coibindo-se de uma vez por todas os abusos e as arbitrariedades;
12 – Fim do bloqueio ao acesso dos pescadores e das pescadoras a áreas específicas de mangue, assim como o confisco injustificado de seus apetrechos de pesca;
16 – A revisão de todas as indenizações já pagas pelo CIPS decorrentes dos “acordos” que a empresa pressionou os posseiros a assinar, com valores aquém dos valores de mercado, sem parâmetro justificável como base de avaliação dos mesmos.
No decorrer da reunião, tanto o diretor de Gestão Fundiária e Patrimônio (DFP), Sebastião Pereira Lima, quanto o diretor de Planejamento e Gestão (DPG), Jaime Alheiros trataram de mostrar que o Complexo de Suape tem realizado diversas obras que propiciam condições dignas para as comunidades atingidas. O coronel Pereira Lima transferiu a responsabilidade sobre as péssimas condições de acesso ao Assentamento Ximenes para a Prefeitura de Barreiros. “Suape executou o acesso ao assentamento (construção de estrada vicinal), nos reunimos diversas vezes com o prefeito da cidade para tratar do assunto, uma vez que a responsabilidade sobre esse acesso é da Prefeitura. Para apoiar o município, Suape ainda viabilizou manilhas de concreto para apoiar a prefeitura na consecução da macrodrenagem desse acesso. Contudo, as manilhas terminaram sendo utilizadas em outras localidades no município”, afirmou Pereira Lima.
Jaime Alheiros apresentou dados sobre o andamento dos trabalhos de preservação, recuperação e de revitalização realizados pelo CIPS, segundo ele trata-se de uma ação integrada junto aos órgãos de controle. Sugeriu a constituição de uma “comissão executiva” formada por membros do Fórum com a participação de representantes de Suape, para tratar de pautas específicas de responsabilidades de outros órgãos da administração pública, seja ela municipal, estadual ou federal.
O Fórum SUAPE se comprometeu em elaborar uma proposta contendo a sugestão dos temas para os referidos “fóruns temáticos” e já encaminhou para a Chefia de Gabinete da Presidência de Suape, incluindo a sugestão de reivindicações a serem tratadas em cada um deles, assim como a relação de participantes.
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Informe SUAPE

DOCUMENTÁRIO SOBRE SUAPE É LANÇADO NO RECIFE!

“Nanã”, documentário dirigido por Rafael de Amorim foi lançado no Cinema São Luiz, no Recife, durante a III MARÉ –Mostra Ambiental do Recife, no dia 16 de agosto. A MARÉ se propõe a dar visibilidade às lutas cotidianas que os movimentos sociais, instituições de pesquisa, empresas e poder público tem travado para mudar a situação em que vivemos. Através do cinema busca mexer com a subjetividade, sensibilizar e, mais profundamente, mobilizar pessoas para mudarem, na coletividade, sua própria realidade. Ambientado nos arredores do Porto de Suape, Nanã retrata tensões existentes entre a empresa portuária e os moradores da região. Mostra a realidade de Suape, especialmente o processo de expulsão dos moradores da Ilha de Tatuoca, com depoimentos de seu Biu, o último morador da ilha. Passa uma mensagem de resistência e luta pelo direito à pesca e posse da terra, mesmo em um contexto de insegurança e violência praticadas pelo Estado. 
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Ambiental Impactos SUAPE

COMO SUAPE MANIPULA AS ZPECs (ZONAS DE PRESERVAÇÃO ECOLÓGICA)

O Complexo Industrial Portuário de Suape sempre posou de bonzinho e amigo do meio ambiente, recebendo inclusive prêmios internacionais por esse motivo. O CIPS vende a imagem de que é uma empresa socialmente responsável e ambientalmente sustentável, que dedica 60% de seu território para área verde, preservando assim a natureza. Mas, a realidade tem demonstrado que o CIPS não tem nada de amigo da natureza, muito pelo contrário. Uma das estratégias é utilizar os projetos de reflorestamento para compensar o desmatamento efetuado pelo CIPS e pelas empresas que se instalam na região, como um dos principais fatores para forçar a expulsão de comunidades tradicionais, que sempre tiveram uma relação e um trato diferenciado com o meio ambiente, respeitando os seus ciclos naturais, justamente por dependerem dele para sobreviver, para auferirem alimentação das famílias.
O CIPS apregoa que está tirando pessoas dos engenhos Ilha, Rosário, Setubal, Jasmim e Tabatinga, para servir como área de reflorestamento. A criação das ZPECs não pressupõe a retirada de pessoas, visto que as áreas mais preservadas são aquelas em que os moradores tradicionais se encontram e a utilizam de forma sustentável, ao contrário dos grandes empreendimentos econômicos que chegam para destruir.
É revoltante que famílias que sempre ajudaram a conservar o ambiente sejam expulsas sob o discurso da preservação ecológica, como se fossem uma ameaça à preservação dos ecossistemas, quando, na verdade, o Complexo de Suape é que de fato representa um fator de imensa degradação e deenormesimpactos socioambientais, afetando todas as comunidades quealiresidem. Em resumo: Suape desmata, depois chega para expulsar os moradores, com a desculpa de que vai criar ali uma ZPEC (Zona de Preservação Ecológica). 
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Relatórios SUAPE Trabalhadores

VIDA DE CAMPONESES EM SUAPE E NA COLÔMBIA É TEMA DE LIVRO

O Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Espaço Agrário e Campesinato (Lepec), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGG) e ao Departamento de Geografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), realiza o lançamento do livro “R-existências sociais pela vida: camponesas e camponeses do que hoje é Suape (Brasil) e das zonas de reserva camponesas (Colômbia)”, de Mercedes Solá Perez. A obra é fruto da pesquisa de doutorado da autora, feita no PPGG.
O lançamento acontece nesta segunda-feira (25), às 16h, na sala de defesas do 3º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFPE. O livro faz uma análise de um caso da chamada “geografia dos grandes projetos de desenvolvimento”: o Complexo Industrial Portuário de Suape, projeto que vem há décadas impactando a vida de muitas comunidades camponesas e que pode ser visto como um verdadeiro paradigma para a compreensão dessa geografia.
“A presente obra não só tem um mérito de documentar e denunciar violações, analisar conflitos e antagonismos, mas também de anunciar de maneira teórica e prática novos horizontes de sentidos”, afirma o professor Claudio Ubiratan Gonçalves, que foi orientador da pesquisa. “São o sinal de que precisamos de outras categorias, outras miradas, outras sensibilidades para ampliarmos nossa imaginação política para a construção de um mundo onde caibam outros mundos.”
Fonte do artigo: https://goo.gl/cNsM8Q
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CIPS SUAPE

MAIS UMA TENTATIVA DE DIÁLOGO COM A PRESIDÊNCIA DE SUAPE

No dia 6 de julho, o Fórum Suape e lideranças comunitárias da região foram recebidos em uma reunião com o presidente do CIPS, Marcos Batista acompanhado de diretores e assessores do corpo técnico da empresa. Inicialmente, o coordenador do Fórum Suape, Heitor Costa fez um breve histórico sobre a atuação do Fórum no território e as tentativas frustradas de diálogo com o governo do Estado de Pernambuco. Em seguida as comunidades relataram várias situações de violência que estão vivenciando no seu dia a dia, como consequência das violações de direitos socioambientais cometidas por Suape.
O presidente Marcos Batista respondeu afirmando que quer manter o diálogo permanente entre Suape e as lideranças, citando o novo código de ética interno que passou a vigorar na administração de Suape, a partir da véspera da reunião. Sugeriu criar uma pauta das questões pontuais que foram trazidas pelas lideranças, para serem analisadas e encaminhadas.
Sobre o acesso às áreas de pesca ficou de se fazer um cadastro e foi encaminhado que as lideranças providenciariam a lista de pescadores e embarcações, para ser permitido o acesso as áreas do porto. Também foi discutida a situação da Associação de Nova Tatuoca, Boa Vista, Gaibú, Areal, Engenho Jasmim, Engenho Ilha e Jurissaca. Foi sugerida a realização de reuniões entre algumas dessas comunidades e a gestão do Complexo de Suape. A continuidade desse diálogo deverá ter a participação de outros atores como o Ministério Público, Conselho Estadual de Direitos Humanos, Prefeitura dentre outros.
O coordenador do Forum Suape, Heitor Costa insistiu na questão da violência sistemática praticada contra os moradores e populações tradicionais. E que para o diálogo pleno acontecer a truculência do CIPS deve ser cessada. Destacou o fato da recorrência, citando nomes de funcionários do CIPS ligados a diretoria de gestão fundiária e patrimônio, como aqueles que estão na linha de frente das ameaças, violações de direitos e desrespeito cometidos contra os nativos. O Fórum espera que esta não seja mais uma tentativa frustrada de estabelecer o diálogo com o CIPS.
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Comunidade SUAPE Violações

NOVOS CASOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIZAÇÃO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS EM SUAPE


Moradores do Sítio Areal compareceram ao plantão jurídico na sede do Fórum Suape e relataram ações conjuntas da Prefeitura do Cabo, do Complexo de Suape e da Polícia Militar promovendo a demolição de casas, cercas e bases de casas que estavam em construção. Aúltima vez em que a Prefeitura esteve lá derrubou casas que estavam desocupadas e bases de casas em construção. Disseram que o agente da Prefeitura que estava à frente dessa operação se 
chama “Major” Félix, PM aposentado que se utiliza da antiga patente no cargo que exerce atualmente, vinculado à Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente do município do Cabo de Santo Agostinho.
Como se não bastasse, os moradores do Sítio Areal estão sem luz, sem água, sem saneamento básico e assistência do posto de saúde mais próximo, porque residem em uma área “sem registro”, que não é coberta por nenhum posto. Os nativos não podem construir uma parede, que Suape vai e destrói.
A nova tática utilizada pelo Complexo de Suape visa criminalizar as lideranças comunitárias. Já tem liderança cumprindo pena pagando serviços comunitários e outras estão sendo intimadas a comparecer à Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária. São lideranças que há anos vem resistindo e organizando a luta pelos territórios tradicionais, contra as investidas do Complexo Industrial e Portuário de Suape – CIPS.
Moradores do Engenho Jurissaca ficaram sabendo pelos jornais que Suape emitiu uma nota dizendo que será instalada a fábrica da Aché (fabricante de remédios) na área próxima ao pedágio, na rodovia PE-09. A fábrica vai ocupar uma área de 250 mil metros quadrados. Todos estão muito temerosos. Resta saber onde se dará essa instalação. Vai atingir quais engenhos? Quantas famílias serão afetadas? Que impactos ambientais esse empreendimento poderá trazer?
Tudo indica que a instalação da fábrica da Aché na área vai afetar posseiros, porém aqueles que saíram sem receber indenização, em virtude da pressão que sofreram de Suape e por estarem mais vulneráveis à violência, porque isolados.
Dentre as novas investidas violentas em Suape, nem a sede da ONG «Ame a Mãe Terra» foi poupada. Fundada em 2009, sua casa funcionava como um Centro de Vivência Ecológica e Cultural, espaço de sensibilização de adolescentes e jovens, despertando-os para o respeito ao meio ambiente, por meio da vivência de dinâmicas de re-conexão com a natureza e de pesquisa de campo sobre a importância das árvores e da vegetação, além de servir como uma alternativa para os/as jovens participantes, na perspectiva da geração de renda.
A sede da ONG estava fechada e ao chegar com uma ordem judicial, não encontrando ninguém, foi dada a ordem de derrubada, assim como aconteceu também com a casa de um posseiro, na mesma localidade. Essa é a realidade recorrente da atuação miliciana do CIPS. Manda e desmanda na região sem nenhum respeito pelas pessoas!
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