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Desigualdade Direitos humanos Entrevista SUAPE Trabalhadores

O DRAMA ESQUECIDO DOS TRABALHADORES DESPREZADOS DE SUAPE

Há pelo menos cinco anos, cerca de mil ex-trabalhadores que vivem na comunidade Sítio Areal alegam ter suas casas rotineiramente derrubadas a mando de Suape

Nem Complexo Industrial, nem Porto. Suape, antes de tudo, significa “caminhos sinuosos”, em tupi-guarani. O termo foi cunhado pelos Caetés, em referência à constituição geomorfológica da região, que costumava ser marcada pelas exuberantes matas, mangues e rios. Embora dados de 2010 dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) denunciem que o Rio Ipojuca, por exemplo, é o terceiro mais poluído do país, a sabedoria dos povos originários parecia antever o destino atravancado de suas terras. 
No ano de 2014, Suape, localizado na cidade do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, assistiu à segunda maior desmobilização de trabalhadores da história do Brasil, com o desligamento de 42 mil funcionários, segundo dados do Governo do Pernambuco. Desses, a porcentagem de 42% é composta por pessoas de fora do Estado, que enxergaram na região uma espécie de Eldorado nordestina, onde lhes fora prometida, além de emprego com carteira assinada, a possibilidade de ocupar uma das áreas mais prósperas do país.
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SUAPE Trabalhadores Violações

SUAPE E PREFEITURA DO CABO DESTROEM BARRACA DE LICOR DE MORADORA DE NAZARÉ

Há mais de dois anos, as comunidades inseridas no Parque Metropolitano Armando Holanda Cavalcanti (Vila Nazaré, Calhetas, Vale da Lua, Paraíso, dentre outras) vêm sofrendo constantes ataques por parte de SUAPE e da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, que vêm atuando para impedir que famílias que estão há gerações no local construam novas casas em seus sítios ou realizem pequenas reformas, destruindo qualquer nova edificação.
No dia 12 de junho, foi a vez de uma pequena barraca de licor ser destruída por meio de operação conjunta da Prefeitura e de SUAPE. A barraca ficava no Vale da Lua pertencia a Ana Patrícia, 39 anos, moradora da Nazaré/Vale da Lua. Era uma barraquinha móvel de madeira. Contudo, tamanha foi a truculência dos funcionários da Prefeitura, que sequer deram à família oportunidade para retirá-la do local.
“Chegaram com ignorância e nos agredindo. Nós, que chegamos aqui antes de SUAPE. Disseram que iam destruir a barraquinha de licor da minha irmã porque ela estava em local inapropriado, gerando uma ‘poluição visual’. Pedimos para deixarem as madeiras da barraca, mas eles levaram nosso material e ainda fizeram ameaças”, denunciou Givanildo da Silva Libertino, 35 anos, irmão de Ana Patrícia.
As barracas de licor são uma importante fonte de renda para muitas famílias da região e já são uma tradição para essas comunidades. A família de Ana Patrícia, por exemplo, trabalha produzindo e vendendo licores há pelo menos mais de 60 anos.
Essa não foi a primeira vez, contudo, que foram vítimas dessas operações. Por volta de três meses antes, sua mãe, Odete Júlia Gomes, 68 anos, teve um puxadinho destruído. “Fiz um quartinho para guardar as minhas mercadorias. Num belo dia saí de casa e, quando voltei, tinha uma multidão de gente derrubando meu quartinho. Eu perguntei se eles tinham ordem, e não disseram nada nem mostraram papel algum. Pura maldade de SUAPE”, relembrou angustiada Dona Odete.
O Fórum Suape considera problemático que a gestão da Prefeitura do Cabo, que deveria zelar pela população, esteja na verdade atuando na repressão dessas famílias humildes e a serviço dos interesses de SUAPE, que deseja acabar com a autonomia e com as formas de sustento das comunidades locais.
Leia essa e outras matérias no nosso
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Relatórios SUAPE Trabalhadores

VIDA DE CAMPONESES EM SUAPE E NA COLÔMBIA É TEMA DE LIVRO

O Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Espaço Agrário e Campesinato (Lepec), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGG) e ao Departamento de Geografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), realiza o lançamento do livro “R-existências sociais pela vida: camponesas e camponeses do que hoje é Suape (Brasil) e das zonas de reserva camponesas (Colômbia)”, de Mercedes Solá Perez. A obra é fruto da pesquisa de doutorado da autora, feita no PPGG.
O lançamento acontece nesta segunda-feira (25), às 16h, na sala de defesas do 3º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFPE. O livro faz uma análise de um caso da chamada “geografia dos grandes projetos de desenvolvimento”: o Complexo Industrial Portuário de Suape, projeto que vem há décadas impactando a vida de muitas comunidades camponesas e que pode ser visto como um verdadeiro paradigma para a compreensão dessa geografia.
“A presente obra não só tem um mérito de documentar e denunciar violações, analisar conflitos e antagonismos, mas também de anunciar de maneira teórica e prática novos horizontes de sentidos”, afirma o professor Claudio Ubiratan Gonçalves, que foi orientador da pesquisa. “São o sinal de que precisamos de outras categorias, outras miradas, outras sensibilidades para ampliarmos nossa imaginação política para a construção de um mundo onde caibam outros mundos.”
Fonte do artigo: https://goo.gl/cNsM8Q
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Fórum Suape Trabalhadores

DOCUMENTÁRIO: FLORES DE XIMENES

Flores de Ximenes” é um documentário produzido pela Assessoria de Comunicação do IFPE sobre como um grupo de mulheres agricultoras está mudando a realidade de um assentamento rural na Mata Sul pernambucana, através da agroecologia e princípios do feminismo.
A experiência é fruto do projeto de extensão “Feminismo e Agroecologia”, desenvolvido em 2016 no IFPE-Campus Barreiros, sob coordenação da professora Vivian Motta.

Ficha técnica:
Direção
Rafaela Vasconcellos 
Direção de Fotografia
Thiago Riedel
Wellington Bravo
Edição e Montagem
Wellington Bravo
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Ambiental Comunidade Trabalhadores

CARTA ABERTA A SOCIEDADE BRASILEIRA – CONSELHO PASTORAL DOS PESCADORES

Carta aberta à sociedade brasileira
“Vocês, de manhã, administrem a justiça e libertem o oprimido da mão do opressor…”
Jr.21,12b
Nós, agentes do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), estivemos reunidos em assembleia nacional com a participação de representantes do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil (MPP) e de outras organizações que atuam na defesa dos direitos dos povos e das populações tradicionais, no período de 10 a 14 de março/2014, em Olinda/Pernambuco. Na ocasião, avaliamos as ações do CPP junto aos pescadores/as artesanais; construímos estratégias coletivas visando fortalecer o protagonismo dos pescadores/as na luta pela garantia dos seus direitos.
Diante da conjuntura avaliada, constatamos o acirramento da situação de negação de direitos em que vivem as pescadoras e os pescadores artesanais do país submetidos à política desenvolvimentista adotada pelo Estado. A ação do governo ignora o modo de vida destas comunidades objetivando a abertura de espaços para o avanço dos grandes projetos, do turismo predatório, da mineração, da privatização das águas, da especulação imobiliária, da Aquicultura empresarial dentre outros investimentos que, incentivados de forma desordenada, ameaçam a vida destas populações tradicionais. Ao discutirmos sobre tais questões agigantou-se nossa indignação frente ao modo desprezível com que o Estado e as empresas privadas tratam as famílias e comunidades do pescadores/as artesanais. Estas se encontram entre as comunidades mais discriminadas pelo governo e pela sociedade.
Indignados com esta realidade de opressão e exclusão, comprometidos/as o Deus do Povo e com o Povo de Deus, reafirmamos nosso compromisso com as comunidades tradicionais pesqueiras na luta pela garantia dos seus direitos, bem como na luta pela permanência e retomada dos seus territórios.   Da mesma forma, DENUNCIAMOS:
  • A privatização dos corpos das águas públicas, bem de uso comum do povo brasileiro e que já tem inúmeras comunidades que tradicionalmente utilizam essas áreas, através de várias estratégias dentre elas os editais para repassar o controle a empresas e pessoas físicas, impedindo o acesso, a cultura e o trabalho das comunidades tradicionais pesqueiras;
  • A dificuldade, principalmente das mulheres, em acessar atendimento de saúde adequado e de qualidade, bem como o não reconhecimento das doenças ocupacionais específicas dos trabalhadores/as da pesca artesanal, junto à Previdência Social;
  • A manobra do governo aliado às organizações burocratas que dificultam e até mesmo negam o acesso aos direitos conquistados;
  • O acordo de cooperação firmado entre o MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura) e CNPA (Confederação Nacional da Pesca e Aquicultura) que fere direitos constitucionais e sindicais, como a livre associação e a autonomia sindical, com o propósito de manter os pescadores/as atrelados à esse sistema de organização que os mantém reféns;
  • A burocratização do MPA que dificulta o acesso e a manutenção do Registro Geral da Pesca (RGP). Muitos homens e mulheres das águas não conseguem ter seus registros; são obrigados a se recadastrarem anualmente e mesmo assim não tem o RGP reconhecido pelos próprios órgãos do governo ao acessar direitos;
  • A terceirização dos serviços de responsabilidade do MPA aos pescadores/as que, ao serem repassados à outras organizações cria um circulo vicioso de domínio político, econômico e uso eleitoral;
  • As constantes ameaças sofridas pelas comunidades tradicionais pesqueiras em luta pelo direito de permanecerem em seus territórios. Diversas tentativas de expulsão as levam à situações de violação dos direitos humanos. Um exemplo emblemático é o caso da comunidade do Cumbe/Aracati, no Ceará, que sofre com a violenta ação da justiça que atua para retirá-la do seu espaço, em benefício de um grupo de empresários da carcinicultura.
O que está acontecendo com as comunidades tradicionais pesqueiras trata-se de um verdadeiro genocídio cultural incentivado pelo Estado. Conclamamos a sociedade brasileira para que conheça e apoie a luta das comunidades pesqueiras afim de que seja preservada sua cultura, sua tradição e o seu modo de vida. Estas comunidades cumprem um papel fundamental na conservação do meio ambiente e na garantia da distribuição de uma alimentação saudável para o povo brasileiro.
Solicitamos da mesma sociedade um gesto concreto em prol desta causa: que se empenhe com todas as forças na Campanha Nacional pela Regularização do Território das Comunidades Tradicionais Pesqueiras. Esta campanha propõe um projeto de lei de iniciativa popular sobre o reconhecimento, proteção e garantia do direito ao território dos pescadores e pescadoras artesanais. Os povos das águas são dignos de representar a luta por um país com menos desigualdades e onde a preservação dos direitos de todo ser humano seja respeitado. Estamos na luta pela preservação do modo de vida, da cultura, do meio ambiente e contra o modelo predatório de crescimento capitalista. Propomos a toda sociedade brasileira a construção de um novo modelo societário: a cultura do Bem Viver.
Quanto às comunidades Tradicionais Pesqueiras, nesta luta, resta-nos dizer, que esse povo resiste!  É como bem expressa o profeta bíblico:
“Vejam! Esse povo chega veloz e ligeiro. No meio dele, ninguém cansa, ninguém tropeça, ninguém tem sono, ninguém cochila, ninguém desaperta o cinturão… Suas flechas estão afiadas, e todos os arcos bem esticados; os cascos de seus cavalos parecem de pedra e as rodas de seus carros são como furação. Seu rugido é como da leoa, ruge como leão novo.”
– Is. 5, 26b-30
  Nas águas da organização pescando vida e dignidade!
Participantes da assembleia Nacional do CPP
Olinda/PE, 14 de Março de 2014
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Trabalhadores

TRABALHADORES DA REFINARIA ABREU E LIMA COM AS CALÇAS NA MÃO!

Os gestores da Refinaria Abreu e Lima não estão cumprindo as NR-18 e NR-24. Dentre os pontos que comprovam esta falta de respeito aos trabalhadores estão à falta de vestiários apropriados, armários, chuveiros (que não existe nenhum na unidade), etc. A falta de comprometimento e respeito aos trabalhadores, acaba penalizando os mesmo, já que não contam com estruturas apropriadas para praticar as atividades.

Para piorar a situação, houve uma orientação interna na empresa para que todos os trabalhadores utilizassem o uniforme. Porém, já que não existem vestiários para que os servidores possam trocar de roupa, acabam dando um jeito e se virando dentro de um banheiro. Depois de vestir a farda, têm que transitar pela empresa literalmente com as calças na mão, para que possam guardar os seus pertences.

A CIPA tem informado todas essas irregularidades, mas empresa faz ouvido de mercador e nada tem feito. O SINDIPETRO PE/PB espera que os gestores, antes de informar que o uso do fardamento é obrigatório, se comprometam a dar a condição apropriada, já que na atual situação, o primeiro objetivo parece ser o de notificar os trabalhadores.

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SUAPE Trabalhadores

CRESCIMENTO EXPULSA TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS DE SUAS TERRAS

Amigos, o Movimento da Mulher trabalhadora Rural e Pescadora de Alagoas vem travando uma luta de muita desigualdade com a maquina do estado de alagoas e o Incra do mesmo estado. No município de Maragogi na divisa com Pernambuco com Alagoas, tem um assentamento por nome de JUNCO com 47 famílias, dessas 47 famílias 10 estão no programa do governo federal do PAA e do PNAE. Estas famílias vivem neste assentamento a aproximadamente 12 anos e agora estão sendo expulsas das suas terras , sem nenhum aviso prévio ou negociações segundo as lideranças locais, tudo isso para que nesta área, se construir um AEROPORTO de grande porte para beneficiar o porto de Suape e outros enterres do estado de Alagoas e Pernambuco , pois segundo informações existe um acordo entre os 02 estados. O movimento das trabalhadoras rurais e pescadoras e os(as) assentados e assentadas, só contam com o apoio da Actionaid e agora o movimento de Direitos humanos também esta chegando para ampliar a resistência das e dos assentados e assentadas. O Jornal GAZETE DE ALAGOAS no dia 07 de abril publicou uma pagina inteira com a noticia. Os técnicos estão marcando as casas dos e das assentadas(os) com aviãozinho nas portas e quando se pergunta o que significa aquilo eles respondem que é para os e as assentadas e assentados voarem dali, um desrespeito total para com os e as trabalhadoras e trabalhadores rurais. E o mais agravante disto tudo é que a coordenadora do MMTRP de Alagoas que mora lá em Maragogi e esta a frente da luta, esta sendo ameaçada. Precisamos DENUNCIAR mais este crime contra os DIREITOS HUMANOS dos e das Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais.

Elizete Maria

Centro das Mulheres de Pombos/MMTR-NE
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