O Complexo Industrial Portuário de Suape sempre posou de bonzinho e amigo do meio ambiente, recebendo inclusive prêmios internacionais por esse motivo. O CIPS vende a imagem de que é uma empresa socialmente responsável e ambientalmente sustentável, que dedica 60% de seu território para área verde, preservando assim a natureza. Mas, a realidade tem demonstrado que o CIPS não tem nada de amigo da natureza, muito pelo contrário. Uma das estratégias é utilizar os projetos de reflorestamento para compensar o desmatamento efetuado pelo CIPS e pelas empresas que se instalam na região, como um dos principais fatores para forçar a expulsão de comunidades tradicionais, que sempre tiveram uma relação e um trato diferenciado com o meio ambiente, respeitando os seus ciclos naturais, justamente por dependerem dele para sobreviver, para auferirem alimentação das famílias.
O CIPS apregoa que está tirando pessoas dos engenhos Ilha, Rosário, Setubal, Jasmim e Tabatinga, para servir como área de reflorestamento. A criação das ZPECs não pressupõe a retirada de pessoas, visto que as áreas mais preservadas são aquelas em que os moradores tradicionais se encontram e a utilizam de forma sustentável, ao contrário dos grandes empreendimentos econômicos que chegam para destruir.
É revoltante que famílias que sempre ajudaram a conservar o ambiente sejam expulsas sob o discurso da preservação ecológica, como se fossem uma ameaça à preservação dos ecossistemas, quando, na verdade, o Complexo de Suape é que de fato representa um fator de imensa degradação e deenormesimpactos socioambientais, afetando todas as comunidades quealiresidem. Em resumo: Suape desmata, depois chega para expulsar os moradores, com a desculpa de que vai criar ali uma ZPEC (Zona de Preservação Ecológica).
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