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SUAPE

COMPLEXO SUAPE DAS ILUSÕES

Promotor de Justiça aposentado denuncia:

Estaleiro quer o fim do sonho da casa própria que fora prometida


Por Miguel Sales – Promotor de Justiça Aposentado

A respeito do propalado Projeto que inicialmente era para a construção de 2.000 casas para empregados do Estaleiro Atlântico Sul, em Suape, depois reduzidas para 1.500, e finalmente ficando em 1.328 a serem concluídas há quase dois anos. Entretanto, desse último número, foram construídas tão-somente 648 unidades, faltando, portanto, 680 unidades. Mesmo assim, das 648 construídas, apenas se entregou aos operários cerca de 400 casas, que hoje, em sua maioria, estão demitidos do estaleiro.

A doação das casas aos trabalhadores do Estaleiro Atlântico Sul, se dera em razão de contrato celebrado com a Caixa Econômica Federal com a finalidade de se atrair um bom número de empregados para tal Estaleiro, incentivando que eles não fossem contratados por outras empresas situados no entorno de Suape.
Pelos contratos celebrados, os trabalhadores adquirentes das mesmas, só deixariam de ser financiados pelo Estaleiro, se eles dessem algum motivo para a rescisão contratual, o que no aconteceu. E se isso acontecesse, o empregado beneficiário, já inscrito no programa Minha Casa, Minha Vida, assumiria financeiramente o contrato.
Hoje, afora as que deverão ser construídas, há mais de 200 casas a serem entregues. Mesmo tendo o Estaleiro mais de oito mil empregados não fora feita tal entrega. Isso apesar de eles estarem regularmente inscritos na Caixa Econômica, ai incluindo os ex-empregados, que foram demitidos injustificadamente.
Hoje a dita vila operária já apresenta as suas casas rachadas, estão carentes dos equipamentos urbanos prometidos, mais parecendo uma favela, como se vê das fotos abaixo. Assim, pouco a pouco, está caindo por terra todo aquele sonho da casa própria, apenas algumas delas foram entregues em momento de pompa, e elogios ao Estaleiro, com empolados discursos e aos olhares sorridentes de governadores, ministros e do ou da presidente da República, mas agora com ameaça de retomada.
Curiosamente, na área restante, onde deveria se destinar à construção das casas faltantes, inexplicavelmente, pela mesma Construtora Pernambuco que fez a vila operária, se ergue o bem equipado Condomínio Residencial Reserva Ipojuca, ao que sabe sem nenhuma vinculação com o Estaleiro ou que seja para beneficiar os seus milhares de empregados.
Para se concluir, de surpresa, os moradores ainda existentes no mencionado Conjunto Habitacional Atlântico Sul, receberam um comunicado sem assinatura, distribuído na rua, a fim deles, e-empregados, que já estão com suas casas adquiridas, em tendo condições financeiras, as renegociassem com a Caixa, sem mais qualquer outra oportunidade.
Em razão disso, uma comissão de moradores da mencionada vila operária endereçaram hoje o ofício abaixo para o presidente do Estaleiro Atlântico Sul, visando que seja dado cumprimento aos contratos celebrados.
A respeito do estado de abandono do dito conjunto habitacional, que, se não socorrido, corre o risco de se tornar uma favela, no coração de Suape e próximo aos prédios de oito andares que se constrói na área que deveria ser construído complemento das demais casas contratadas, veja-se as fotos abaixo.
Para dar ciência aos interessados e a opinião pública solicito a sua cordial fineza de publicar em seu conceituado blog, no todo ou em parte, o contido no presente procedimento. Com a minha estima.

Fonte: http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/

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