Maria de Cássia falou sobre o sentimento de quem depende da pesca em áreas atingidas pelas manchas no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife — Foto: Reprodução/TV Globo |
“O óleo destruiu as nossas vidas”. A frase é da catadora de mariscos Maria de Cássia da Silva, que depende dos pescados para sobreviver, na praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, um dos municípios atingidos pelo desastre ambiental em Pernambuco (clique aqui para ver vídeo).
O surgimento das manchas no litoral do município, no Grande Recife, afetou também outros profissionais, como donos de bares e barracas e barqueiros. A colônia de pescadores do município estima que 1.800 pessoas estão paradas desde o aparecimento do óleo, na sexta-feira (18).
Balanço divulgado pelo governo do estado, na quarta-feira (23), aponta que quase mil toneladas de óleo foram retiradas das praias pernambucanas, em sete dias. Nesta quinta-feira (24), foram atingidas áreas de Itamaracá e outras localidades de Paulista, na Região Metropolitana.
Maria de Cássia afirmou, nesta quinta-feira (24), que depende da coleta de mariscos para sustentar quatro filhos e o marido, que está desempregado. Sem poder trabalhar por causa do óleo, ela afirma que está esperando providências das autoridades.
“A gente não tem resposta do governo. O pessoal da prefeitura do Cabo começou a fazer um cadastramento, mas a gente não sabe o que é e para que é”, afirma. Como os clientes deixaram de ir à praia, Maria de Cássia diz que conta com a ajuda da mãe, que é aposentada. “Estamos de mãos atadas”, declara.
Na praia de Suape, os pescadores também estão parados. A colônia tem 800 cadastrados e mais mil que atuam sem registro formal.
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