Desde a última mudança de sua presidência, Suape não dá sinal de vida. A falta de retorno do CIPS às reivindicações do Fórum Suape e das comunidades impede a retomada do espaço de negociação e diálogo com as comunidades, assim como a continuidade dos encaminhamentos tirados na última reunião. Um deles é o de indenizar as famílias que saíram das áreas sob a promessa de que receberiam a indenização do CIPS no prazo de três meses, mas que de fato nunca receberam, estando há mais de 5 anos nessa situação.
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Despejo de esgoto não tratado pela Compesa em afluente do rio Massangana, na altura da comunidade de Cepovo, está contaminando o mangue e prejudicando a pesca artesanal praticada na área.
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Moradores que tem sofrido violações não querem mais fazer o Boletim de Ocorrência, porque não têm retorno a partir desse instrumento. Além de se deslocar para as delegacias, são ignorados quando lá chegam, e os policiais relatam no BO o que bem entendem. A assessoria jurídica do Fórum orienta para a importância dos BOs, como um documento de registro das denúncias, e para irem sempre acompanhados por alguém que possa ler e aprovar o que foi registrado.
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Durante o ato público do dia 08 de março – Dia Internacional da Mulher realizado nas praias, os guardas de Suape interpelaram as mulheres, indagando se era um protesto contra Suape. Filmaram e disseram que levariam ao conhecimento das autoridades já que “a caminhada estava acontecendo em terras de Suape”.
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A coordenação do Fórum Suape recebeu convite para participar da Oficina de discussão de estratégias para construção articulada entre movimentos sociais e academia do dossiê das Águas no Brasil. Esta oficina é organizada pelo GT de Saúde e Ambiente da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), Fase-Nacional e a Rede Brasileira de Justiça Ambiental.
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Conforme noticiamos na edição anterior do Fórum em Ação, moradores do engenho Serraria denunciaram que a Compesa estaria realizando uma obra para desviar águas limpas do Riacho Algodoais (de trecho que ainda não recebeu efluentes das indústrias instaladas no Complexo de Suape) para atender à empresa Coca-Cola. As notícias são de que tal obra retirou em torno de 60% da força da água, que agora não consegue chegar aos locais mais altos, como o Alto da Paz. As famílias dessas localidades continuam sem abastecimento de água.
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