A comunidade do Sítio Areal, localizada próximo à Vila de Nazaré, no litoral do Cabo de Santo Agostinho, denuncia o corte da energia elétrica efetuado na manhã da última quinta-feira (28) pela Companhia Energética de Pernambuco (CELPE), em operação conjunta com a empresa pública SUAPE, a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho e a Polícia Militar.
A comunidade se formou a partir de uma ocupação que se deu há mais cinco anos (em um contexto de demissão em massa da imensa mão-de-obra atraída de outros Estados para trabalhar nos empreendimentos do Complexo). Com o desemprego, que muitas vezes se fez acompanhado do não pagamento das verbas rescisórias e trabalhistas que lhes eram devidas, o que restou a essas famílias foi a ocupação informal da cidade.
Longe de assumir a problemática como uma questão social que demanda políticas públicas afirmativas de habitação, o que SUAPE e a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho vêm promovendo é a criminalização dessas comunidades e a repressão arbitrária e violenta, sem mandados judiciais e sem oferecer qualquer alternativa para essas famílias no que diz respeito ao seu direito fundamental à moradia.
O Sítio Areal já convive há quase dois anos com operações de destruições de casas, realizadas conjuntamente pela empresa, Prefeitura e PM. Essas ações, que têm sido realizadas em média a cada duas semanas, têm instaurado na área um verdadeiro e permanente clima de terror.
Na manhã de ontem (28), a mando de SUAPE, a comunidade sofreu mais um grande ataque: a supressão do direito básico à energia elétrica. Mil famílias que contam com crianças, idosos e portadores de deficiência, estão tendo dificuldades para conservar seus alimentos e estão no escuro total, o que promove o aumento da insegurança, especialmente para as mulheres.
O Fórum Suape entende que o acesso à energia elétrica é um direito essencial para a garantia de condições básicas de sobrevivência e que privar as famílias de algo tão elementar é um grande ultraje à sua dignidade. Nesse sentido, nos somamos à comunidade e tornamos público mais esse desrespeito aos direitos dos moradores da área, que já são vítimas recorrentes das violências praticadas pela empresa Suape e pela Prefeitura do Cabo.
Da Assessoria de Comunicação do Fórum Suape.
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