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CONEXÃO DE LUTAS: TATUOCA-TIMBÓ

Trecho do mangue sadio e o Rio Timbó ao fundo

No dia 06 de setembro de 2021, integrantes do Fórum Suape e da comunidade quilombola de Ilha de Mercês foram até Maria Farinha, no município de Paulista, conhecer um pouco da realidade da área de manguezal do rio Timbó.

Ao ter conhecimento da luta travada pela comunidade de Ilha de Mercês pela reabertura do Rio Tatuoca, recebemos o convite do movimento @SalveMariaFarinha para conhecer a situação do manguezal do Rio Timbó, que vem sofrendo graves intervenções e ameaças de destruições por parte de grandes empreendimentos instalados nas proximidades.

Foto 1: Rio Timbó

Saímos em trilha por um trecho da APA Estuarina do Rio Timbó com um pescador local, uma integrante da Associação de Marisqueiras e Pescadores de Maria Farinha e um integrante do Salve Maria Farinha, que, ao longo da caminhada, nos contaram um pouco da importância daquele mangue para o seu sustento e para a sua história.

Foto 2: Trecho da estrada de terra abandonada que foi construída sobre o mangue

Ao longo da trilha, foi possível constatar a existência de uma longa estrada de terra construída em cima do mangue, que, segundo nos foi relatado, foi construída pela empresa Votorantim, proprietária da empresa de cimento Poty – instalada nas proximidades -, para servir de via de transporte de materiais por caminhões até as balsas. A estrada, construída há anos, interferiu diretamente no fluxo de água dentro do manguezal, sendo possível vislumbrar, em alguns trechos, empoçamentos de água e, em outros, a lama seca, inteiramente rachada, conforme a foto 3.

Foto 3: Solo rachado em trecho do manguezal do Rio Timbó

Soma-se a isso a existência de árvores de mangue mortas (foto 5) na altura do Veneza Water Park, possivelmente em virtude do descarte de água clorada proveniente das piscinas.

Foto 4: Água empoçada em trecho do manguezal do Rio Timbó
Foto 5: Trecho de “salina” e árvores de mangue mortas ao fundo

O único ponto de abertura na estrada é uma espécie de “comporta” estreita, que visivelmente não dá conta de restabelecer o fluxo natural das águas. Hoje, a estrada encontra-se inutilizada, restando apenas o dano ambiental. Ao longo da visita, também nos foi relatado que a Votorantim tem planos de construção de um grande e luxuoso condomínio em uma parte da área de restinga que margeia o manguezal, já tendo iniciado a marcação de várias árvores para serem derrubadas (foto 6). Assim como a construção da estrada, a instalação do referido empreendimento não contou, até o momento, com qualquer consulta às comunidades de pesca artesanal que tiram daquele ecossistema o sustento, segundo nos foi denunciado.

Foto 6: Árvore marcada em vermelho para ser derrubada em área de restinga, onde se planeja a construção de um condomínio de luxo.

Segundo o banco de dados da CPRH (foto 7), a Área de Preservação Ambiental – APA – Estuarina do Rio Timbó foi instituída pela Lei Estadual n.º 9.931 de 11 de dezembro de 1986, e é formada por 1.397 hectares. Apesar de tão antiga e de abrigar um ecossistema de extrema importância, como o manguezal, a referida área de proteção mal possui placas de sinalização e não possui, até hoje, nenhum Conselho Gestor ou Plano de Manejo, o que a deixa extremamente desprotegida e suscetível a intervenções danosas, como a que pudemos constatar.

Foto 7: Registro da APA Estuarina do Rio Timbó na CPRH

A ideia da visita à área foi a de estabelecer um intercâmbio de informações e de experiências envolvendo a luta pelo Rio Tatuoca e a luta pelo Rio Timbó e de prestar apoio e solidariedade aos grupos que, como nós, estão na luta pelo rio livre e pelo mangue vivo.

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MOMENTO FÓRUM SUAPE: Retrocessos na política brasileira ambiental e os impactos na vida marinha

O Brasil vive um dos piores momentos da história da política ambiental. São incalculáveis os danos que os mais variados ecossistemas brasileiros vêm sofrendo ao longo desses últimos anos, tais como o aumento do desmatamento no cerrado e no pantanal e as inúmeras queimadas na Floresta Amazônica. Muitas dessas tragédias e crimes ambientais poderiam ter sido evitados – como nos casos de Brumadinho, Mariana e do vazamento do petróleo ocorrido 2019 – se os órgãos de defesa e controle ambiental não estivessem passando pelo atual processo de sucateamento empreendido pelo governo Bolsonaro.

Para aprofundar esses e outros assuntos, o Rádio Mulher, através do Momento Fórum Suape, convidou para o programa desta sexta-feira (18/06), às 8h, a mestra em Geologia Marinha, Engenheira de Pesca e integrante do Instituto Mangue Mar, Carla Danielle Pereira de Andrade e o ativista ambiental e empreendedor social da ONG Onda Limpa para Gerações Futuras, Estevão Santos da Paixão.

Você pode acompanhar a conversa através da página do Facebook do Fórum Suape ou da página do Facebook do Centro das Mulheres do Cabo, ou ainda sintonizando na Rádio Comunitária Calheta FM 98,5.

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MOMENTO FÓRUM SUAPE: Motivos que levaram ao arquivamento da CPI que investigou o vazamento do Petróleo em 2019

Nesta sexta-feira (21/05), às 8h, a Rádio Mulher, através do Momento Fórum Suape, promove uma importante análise sobre o arquivamento da CPI do Vazamento do Petróleo de 2019, lançando um olhar crítico sobre o tema.

O vazamento de óleo no Brasil foi um derrame de petróleo cru que atingiu mais de 2 mil quilômetros do litoral das regiões Nordeste e Sudeste do país. Esse desastre atingiu 130 municípios em 11 Estados brasileiros, do Pará ao Rio de Janeiro, totalizando mais de mil localidades, incluindo pelo menos 50 Unidades de Conservação e Preservação Ambiental. Nos mangues, rios e praias do litoral cabense impactados pelo ocorrido, até hoje aparecem partículas dos componentes químicos, principalmente nas praias de Xaréu e Itapuama.

Para aprofundar a temática, convidamos o Reverendo Ivaldo Sales, diretor da ONG Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral de Gaibu (CADI/Gaibu) e membro do Comitê Popular de Monitoramento Ambiental do Cabo de Santo Agostinho (COPOMA). Além dele, a conversa também contará com a participação de Mariana Olívia, comunicadora, doutora em saúde pública, professora e pesquisadora da Fiocruz.

Você pode acompanhar a conversa através da página do Facebook do Fórum Suape ou da página do Facebook do Centro das Mulheres do Cabo, ou ainda sintonizando na Rádio Comunitária Calheta FM 98,5.

 

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[ANF] Pernambuco: Complexo Industrial Portuário de Suape comete racismo ambiental e viola direitos humanos

A construção de um dique de enrocamento (barreiramento) com estrada entre o Estaleiro Atlântico Sul e a Via Portuária atravessando a foz do rio Tatuoca nas instalações do Complexo Industrial Portuário de Suape, município de Ipojuca, litoral sul de Pernambuco vem causando danos ambientais e diversas violações de direitos humanos, impedindo o fluxo natural do rio e das espécies marinhas e prejudicando centenas de famílias de pescadoras e pescadores artesanais.

Esse “empreendimento” ataca diretamente as populações tradicionais (quilombola e pesqueira) da região, como Ilha de Mercês, Tiriri e Tatuoca. Suape, como é conhecida pelas populações nativas da região, está ao longo de dez anos submetendo os povos tradicionais ao medo, ao constrangimento e à proibição de suas atividades profissionais e econômicas, das quais se destacam a coleta de frutas e a pesca, garantindo a soberania e a segurança alimentar das comunidades.

Luísa Duque, assessora jurídica do Fórum Suape relata que o bloqueio do Rio Tatuoca foi realizado em 2007 para servir de acesso provisório ao Estaleiro Atlântico Sul, e que o barramento recebeu licenciamento pela CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente) para estar no local durante o período de um ano e seis meses, devendo ter sido retirado por Suape após o cumprimento deste prazo, o que não ocorreu.

Veja a matéria completa clicando aqui!

Barreiramento visto de cima e ao fundo o Estaleiro Atlântico Sul.
Foto – Hamilton Tenório/Núcleo de Comunicação Caranguejo Uçá
 
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Boletim Notícias

CHEGOU A 29ª EDIÇÃO DO BOLETIM DO FÓRUM SUAPE

Já está no ar a 29ª Edição do Boletim do Fórum Suape de Outubro de 2020. Nele você encontra notícias, histórias e reflexões sobre os conflitos socioambientais vividos pelas populações atingidas pelo Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS).

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