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Pescadores e quilombolas bloqueiam acesso a SUAPE por 6 horas: Entenda o que tá em jogo

Pescadores e quilombolas bloqueiam acesso a SUAPE por 6 horas: entenda o que tá em jogo
Foto: Arnaldo Sete/marco Zero.

Na manhã de ontem (4), cerca de 150 pescadores do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca e quilombolas da Comunidade de Mercês realizaram protesto contra SUAPE e empresas instaladas no Complexo Industrial Portuário. Durante 6 horas trancaram as vias de acesso ao Porto, na Curva do Boi, reivindicando serem escutados em um conjunto de cinco pautas, organizadas em formato de carta.

Os manifestantes denunciavam violações de direitos e crimes por parte de SUAPE e empresas, como despejo de efluentes em rios, dragagens em períodos ilegais e ações de reintegração de posse contra moradores do Quilombo de Mercês e de outras comunidades que existem na área desde muito antes da instalação do Complexo.

Foto: Chico Ludermir/Fórum Suape
Foto: Chico Ludermir/Fórum Suape

Dentre as demandas, pescadores exigiam o pagamento do auxílio dragagem para 89 trabalhadores da pesca que tiveram seus pedidos indeferidos e os quilombolas demandavam a garantia de permanência, frente às ameaças de projeto “Raízes em Movimento” que prevê a remoção de toda a comunidade de seu território.

Diante da intransigência de SUAPE para negociação, o ato, que se iniciou às 6h, estendeu-se até o meio dia. Sob ameaça de intervenção do Batalhão de Choque da Polícia Militar, uma comissão formada por 15 pessoas, entre pescadores, quilombolas e membros do Fórum Suape se reuniu com a direção da empresa, no Centro Administrativo. A partir de então, o trânsito foi liberado.

Na reunião, foi deliberado um calendário de encontros que começa na próxima sexta-feira (8), debatendo o projeto “Raízes em Movimento”. Além disso, a ata do documento assinada por representantes de ambas as partes determina que SUAPE solicitará uma reunião com a presença do Ministério Público Federal para acompanhar as tratativas para o pagamento de todos os 89 pescadores e encaminhar o pagamento dos auxílios.

O transtorno de um dia “útil” de SUAPE não é nada comparado ao impacto na vida das comunidades afetadas por suas obras. Pescadores perderam sua subsistência, manguezais foram devastados, rios estão sendo poluídos e um quilombo tem seu território ameaçado.

Enquanto os diretos estiverem sendo violados, protestar é um dever.

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Comunidades questionam concessão do Parque Armando de Holanda à iniciativa privada

(Foto: Arquivo/DP)

O Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti (PMAHC), no Cabo de Santo Agostinho, está ameaçado de privatização. Em julho deste ano a empresa pública SUAPE, que é responsável pela gestão do PMAHC desde o final da década de 1970, abriu um processo de consulta pública visando transferir a administração do Parque para empresas do setor privado. Reconhecido por seu valor histórico, arqueológico, natural e turístico, o Armando de Holanda conta com 260 hectares, dentro dos quais habitam e trabalham comunidades que já viviam e usavam o território antes de sua demarcação. A proposta de mudança na gestão tem revoltado os moradores do território que apontam um aprofundamento de um processo de gentrificação e privatização de um espaço comum.

Depois de longos anos de uma gestão negligente e, por muitas vezes, repressora com os moradores, a empresa tornou pública, por meio de audiência realizada no último dia 26 de julho, no seu Centro Administrativo, a sua intenção de transferir à iniciativa privada a responsabilidade de gerir parte do espaço, que soma 120 hectares. Dentro dessa área estão construções históricas como a Igreja Nossa Senhora de Nazaré e o Convento das Carmelitas, tombadas pelo IPHAN. 

As implicações dessa concessão para as comunidades que vivem e fazem uso desse território são enormes. A área onde pretende-se instalar o empreendimento é uma zona de livre circulação de pescadores artesanais que residem e trabalham na região, assim como dos próprios moradores das comunidades situadas nas imediações. Para Edinaldo Rodrigues, presidente da Associação de Pescadores e Pescadoras em Atividade do Cabo de Santo Agostinho, a mudança faz parte de projeto continuado de expulsão de moradores e pescadores do território e que o discurso de “inclusão” é mera propaganda. Nal já acompanhou de perto diversas remoções forçadas e relata que, há muito, o clima é de cerceamento de circulação. “Isso machuca nossa alma. Nossos pais, avós e tataravós estão enterrados nesse chão”, afirma. 

Frente a mais um projeto ancorado na lógica dos grandes empreendimentos que tanto já custaram aos moradores da região do Complexo Portuário, as comunidades situadas na área do PMAHC e nas redondezas reivindicam uma participação ativa na tomada de decisão sobre os rumos da gestão desse território. Na audiência pública na qual o projeto foi apresentado, representantes das comunidades e organizações da sociedade civil presentes protestaram contra a privatização. Os presentes denunciaram o histórico de violências e violações de direito praticadas por SUAPE e questionaram a validade do espaço para fins de consulta. “Não reconhecemos a legitimidade dessa audiência pública”, afirmou João Victor, advogado do Fórum Suape, organização que há mais de uma década tem prestado apoio às comunidades afetadas pelas ações do Complexo Industrial Portuário. Segundo ele, a empresa não tem competência legal para convocar um mecanismo deste tipo; além disso, pontuou que a ausência de órgãos competentes como Ministério Público, Defensoria Pública, Iphan e Fundarpe fazem da audiência ilegítima. 

Eu vejo esse empreendimento como um predador“, afirmou Maria Sueli, moradora local, ao microfone, durante a “audiência pública”. Para ela, existem outras formas de gerir aquele espaço: “O que eu realmente queria era um projeto de economia sustentável e que contemplasse de fato as comunidades do entorno“, completa. Assim como ela, diversos moradores expressaram sua preocupação e insatisfação com o projeto e com a precária participação popular na construção da proposta. Representantes das comunidades e de organizações populares com atuação na região vêm se articulando com a Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho para que seja convocada uma audiência pública para debater o tema.

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CONEXÃO DE LUTAS: TATUOCA-TIMBÓ

Trecho do mangue sadio e o Rio Timbó ao fundo

No dia 06 de setembro de 2021, integrantes do Fórum Suape e da comunidade quilombola de Ilha de Mercês foram até Maria Farinha, no município de Paulista, conhecer um pouco da realidade da área de manguezal do rio Timbó.

Ao ter conhecimento da luta travada pela comunidade de Ilha de Mercês pela reabertura do Rio Tatuoca, recebemos o convite do movimento @SalveMariaFarinha para conhecer a situação do manguezal do Rio Timbó, que vem sofrendo graves intervenções e ameaças de destruições por parte de grandes empreendimentos instalados nas proximidades.

Foto 1: Rio Timbó

Saímos em trilha por um trecho da APA Estuarina do Rio Timbó com um pescador local, uma integrante da Associação de Marisqueiras e Pescadores de Maria Farinha e um integrante do Salve Maria Farinha, que, ao longo da caminhada, nos contaram um pouco da importância daquele mangue para o seu sustento e para a sua história.

Foto 2: Trecho da estrada de terra abandonada que foi construída sobre o mangue

Ao longo da trilha, foi possível constatar a existência de uma longa estrada de terra construída em cima do mangue, que, segundo nos foi relatado, foi construída pela empresa Votorantim, proprietária da empresa de cimento Poty – instalada nas proximidades -, para servir de via de transporte de materiais por caminhões até as balsas. A estrada, construída há anos, interferiu diretamente no fluxo de água dentro do manguezal, sendo possível vislumbrar, em alguns trechos, empoçamentos de água e, em outros, a lama seca, inteiramente rachada, conforme a foto 3.

Foto 3: Solo rachado em trecho do manguezal do Rio Timbó

Soma-se a isso a existência de árvores de mangue mortas (foto 5) na altura do Veneza Water Park, possivelmente em virtude do descarte de água clorada proveniente das piscinas.

Foto 4: Água empoçada em trecho do manguezal do Rio Timbó
Foto 5: Trecho de “salina” e árvores de mangue mortas ao fundo

O único ponto de abertura na estrada é uma espécie de “comporta” estreita, que visivelmente não dá conta de restabelecer o fluxo natural das águas. Hoje, a estrada encontra-se inutilizada, restando apenas o dano ambiental. Ao longo da visita, também nos foi relatado que a Votorantim tem planos de construção de um grande e luxuoso condomínio em uma parte da área de restinga que margeia o manguezal, já tendo iniciado a marcação de várias árvores para serem derrubadas (foto 6). Assim como a construção da estrada, a instalação do referido empreendimento não contou, até o momento, com qualquer consulta às comunidades de pesca artesanal que tiram daquele ecossistema o sustento, segundo nos foi denunciado.

Foto 6: Árvore marcada em vermelho para ser derrubada em área de restinga, onde se planeja a construção de um condomínio de luxo.

Segundo o banco de dados da CPRH (foto 7), a Área de Preservação Ambiental – APA – Estuarina do Rio Timbó foi instituída pela Lei Estadual n.º 9.931 de 11 de dezembro de 1986, e é formada por 1.397 hectares. Apesar de tão antiga e de abrigar um ecossistema de extrema importância, como o manguezal, a referida área de proteção mal possui placas de sinalização e não possui, até hoje, nenhum Conselho Gestor ou Plano de Manejo, o que a deixa extremamente desprotegida e suscetível a intervenções danosas, como a que pudemos constatar.

Foto 7: Registro da APA Estuarina do Rio Timbó na CPRH

A ideia da visita à área foi a de estabelecer um intercâmbio de informações e de experiências envolvendo a luta pelo Rio Tatuoca e a luta pelo Rio Timbó e de prestar apoio e solidariedade aos grupos que, como nós, estão na luta pelo rio livre e pelo mangue vivo.

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MOMENTO FÓRUM SUAPE: Retrocessos na política brasileira ambiental e os impactos na vida marinha

O Brasil vive um dos piores momentos da história da política ambiental. São incalculáveis os danos que os mais variados ecossistemas brasileiros vêm sofrendo ao longo desses últimos anos, tais como o aumento do desmatamento no cerrado e no pantanal e as inúmeras queimadas na Floresta Amazônica. Muitas dessas tragédias e crimes ambientais poderiam ter sido evitados – como nos casos de Brumadinho, Mariana e do vazamento do petróleo ocorrido 2019 – se os órgãos de defesa e controle ambiental não estivessem passando pelo atual processo de sucateamento empreendido pelo governo Bolsonaro.

Para aprofundar esses e outros assuntos, o Rádio Mulher, através do Momento Fórum Suape, convidou para o programa desta sexta-feira (18/06), às 8h, a mestra em Geologia Marinha, Engenheira de Pesca e integrante do Instituto Mangue Mar, Carla Danielle Pereira de Andrade e o ativista ambiental e empreendedor social da ONG Onda Limpa para Gerações Futuras, Estevão Santos da Paixão.

Você pode acompanhar a conversa através da página do Facebook do Fórum Suape ou da página do Facebook do Centro das Mulheres do Cabo, ou ainda sintonizando na Rádio Comunitária Calheta FM 98,5.

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“Mulheres-territórios: mapeando conflitos, afetos e resistências”

Hoje a nossa viagem em “Mulheres-territórios: mapeando conflitos, afetos e resistências” tem como destino as cidades de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, localizadas em Pernambuco. Os territórios, que juntos somam cerca de 300.00 habitantes, sofrem com os impactos a atuação do Complexo Industrial e Portuário de Suape (CIPS).

De responsabilidade do Governo do Estado de Pernambuco, o Complexo abriga mais de 75 empresas, nacionais e transnacionais, dos mais diversos ramos em seus mais de 13.500 hectares de terra. As comunidades atingidas, em sua maioria, são compostas por mulheres de povos e comunidades tradicionais, como marisqueiras, quebradeiras de coco e quilombolas, que seguem defendendo a vida e a soberania dos povos e comunidades tradicionais através da arte, da escrita, dos trançados, do trabalho e das suas raízes no território ✊🏾👵🏽👩‍🌾

Nos próximos dias, contaremos as histórias de vida e as memórias das transformações vividas desde territórios como Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, pelo ponto de vista das mulheres. Avançamos coletivamente na compreensão dos impactos marcados nos corpos e sonhos de vida delas e de suas comunidades. Identificamos juntas, também, quem são os que invadem, se apropriam e se dizem donos das terras, montanhas, rios, mangues, aqueles que atravessam culturas e formas de viver, e transformam o trabalho humano e natureza explorados em lucro e acumulação. E, assim como olhamos para as violações, nessa caminhada e nos diálogos construídos, buscamos sempre identificar e visibilizar as resistências, as formas de produzir vida e alegria em meio às violações sofridas.

Vem com a gente percorrer esse caminho! ✨

“Mulheres-territórios: mapeando conflitos, afetos e resistências” estará no ar no dia 21/6. Fique de olho nas redes sociais do Instituto Pacs! 

 

 

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MOMENTO FÓRUM SUAPE: Motivos que levaram ao arquivamento da CPI que investigou o vazamento do Petróleo em 2019

Nesta sexta-feira (21/05), às 8h, a Rádio Mulher, através do Momento Fórum Suape, promove uma importante análise sobre o arquivamento da CPI do Vazamento do Petróleo de 2019, lançando um olhar crítico sobre o tema.

O vazamento de óleo no Brasil foi um derrame de petróleo cru que atingiu mais de 2 mil quilômetros do litoral das regiões Nordeste e Sudeste do país. Esse desastre atingiu 130 municípios em 11 Estados brasileiros, do Pará ao Rio de Janeiro, totalizando mais de mil localidades, incluindo pelo menos 50 Unidades de Conservação e Preservação Ambiental. Nos mangues, rios e praias do litoral cabense impactados pelo ocorrido, até hoje aparecem partículas dos componentes químicos, principalmente nas praias de Xaréu e Itapuama.

Para aprofundar a temática, convidamos o Reverendo Ivaldo Sales, diretor da ONG Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral de Gaibu (CADI/Gaibu) e membro do Comitê Popular de Monitoramento Ambiental do Cabo de Santo Agostinho (COPOMA). Além dele, a conversa também contará com a participação de Mariana Olívia, comunicadora, doutora em saúde pública, professora e pesquisadora da Fiocruz.

Você pode acompanhar a conversa através da página do Facebook do Fórum Suape ou da página do Facebook do Centro das Mulheres do Cabo, ou ainda sintonizando na Rádio Comunitária Calheta FM 98,5.

 

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Dia Nacional da Conscientização sobre Mudanças Climáticas, o Dia Internacional das Florestas e o Dia Mundial da Água

Neste mês de março, os dias 16, 21 e 22 marcam pautas importantes da agenda ambiental: o Dia Nacional da Conscientização sobre Mudanças Climáticas, o Dia Internacional das Florestas e o Dia Mundial da Água.As mudanças climáticas atualmente vivenciadas possuem estreita relação com o manejo das florestas, uma vez que mais da metade das emissões de gases de efeito estufa no Brasil está ligada ao desmatamento da Amazônia e do Cerrado. Em 2019, o desmatamento, no Brasil, aumentou cerca de 30% em relação ao ano anterior, sendo que, apenas no mês de agosto, a taxa de desmatamento chegou a 200%.

A destruição desses importantes biomas devido a interesses econômicos e ao desmonte da política ambiental brasileira interfere não só na questão climática, mas também no ciclo das águas. Na climatologia, a Amazônia é conhecida pelo importante papel que desempenha seus chamados “rios aéreos” – fenômeno conhecido pela capacidade que essa floresta possui de recarregar com vapores de água as nuvens provenientes da linha do Equador. Os rios aéreos são responsáveis pela manutenção das águas oceânicas nos níveis que conhecemos hoje, evitando que toda região sul do continente americano, onde está 70% do PIB da América Latina, seja um longo deserto.

Enquanto a Amazônia gera água, o Cerrado a absorve e armazena em seus aquíferos – sobretudo o Guarani, o Bambuí e o Urucuia – sendo responsável por abastecer toda malha de rios que pendem para todas as direções do território brasileiro. Embora seja o bioma mais antigo da Terra, o Cerrado não possui capacidade regenerativa, de forma que são fatais os danos nele causados pela agropecuária e pelo capital multinacional. Somado a isso, a destruição dos mangues tem causado também grande impacto ao ambiente e às populações que dele dependem para viver.

Neste cenário de destruição, há, ainda, o chamado “hidronegócio”, termo cunhado pela Comissão Pastoral da Terra para designar as incursões feitas pelo capital estrangeiro na questão da água. A chamada Oligarquia Internacional da Água, grupo de multinacionais que domina o negócio da água no cenário internacional, tem empreendido esforços para privatizar, mercantilizar e, por fim, tornar a água um mero ativo financeiro. Dados estatísticos da Organização das Nações Unidas apontam que 25% da população do planeta não têm acesso a água potável e cerca de 58% dos municípios no Brasil não possuem água tratada para consumo.

A tudo isso se soma, no cenário nacional, uma postura negligente e destrutiva do governo brasileiro. O desmonte do Ministério do Meio Ambiente; a drástica redução da fiscalização, por parte do IBAMA, de atividades ilegais; a praticamente anulação da representação da sociedade civil nos espaços de discussão; o enfraquecimento do licenciamento ambiental; o estímulo ao desmatamento ilegal, às grilagens e à mineração em terras indígenas são exemplos do atual estado das coisas no que toca ao meio ambiente. Ademais, o total descompromisso do atual governo com as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris tem tornado todas essas questões ainda mais problemáticas, uma vez que não estão sendo adotadas medidas eficazes de combate às mudanças climáticas.

Neste cenário de caos propositadamente instaurado, os dias 16, 21 e 22 de março nos lembram o quanto ainda precisamos lutar para tornar a vida neste planeta minimamente sustentável.

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[ANF] Pernambuco: Complexo Industrial Portuário de Suape comete racismo ambiental e viola direitos humanos

A construção de um dique de enrocamento (barreiramento) com estrada entre o Estaleiro Atlântico Sul e a Via Portuária atravessando a foz do rio Tatuoca nas instalações do Complexo Industrial Portuário de Suape, município de Ipojuca, litoral sul de Pernambuco vem causando danos ambientais e diversas violações de direitos humanos, impedindo o fluxo natural do rio e das espécies marinhas e prejudicando centenas de famílias de pescadoras e pescadores artesanais.

Esse “empreendimento” ataca diretamente as populações tradicionais (quilombola e pesqueira) da região, como Ilha de Mercês, Tiriri e Tatuoca. Suape, como é conhecida pelas populações nativas da região, está ao longo de dez anos submetendo os povos tradicionais ao medo, ao constrangimento e à proibição de suas atividades profissionais e econômicas, das quais se destacam a coleta de frutas e a pesca, garantindo a soberania e a segurança alimentar das comunidades.

Luísa Duque, assessora jurídica do Fórum Suape relata que o bloqueio do Rio Tatuoca foi realizado em 2007 para servir de acesso provisório ao Estaleiro Atlântico Sul, e que o barramento recebeu licenciamento pela CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente) para estar no local durante o período de um ano e seis meses, devendo ter sido retirado por Suape após o cumprimento deste prazo, o que não ocorreu.

Veja a matéria completa clicando aqui!

Barreiramento visto de cima e ao fundo o Estaleiro Atlântico Sul.
Foto – Hamilton Tenório/Núcleo de Comunicação Caranguejo Uçá
 
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COMO A PANDEMIA ESCANCAROU AS INJUSTIÇAS NO TOCANTE AO ACESSO À ÁGUA

Como a Pandemia Escancarou as Injustiças no Tocante ao Acesso à Água é o tema do Momento Fórum Suape dentro da Programação do Rádio Mulher desta sexta-feira (14).

Quem participa do bate-papo é o doutor em Geografia e especialista em Recursos Hídricos Enildo Gouveia e a Geógrafa, coordenadora do CMC e integrante do Fórum Suape Nivete Azevedo.

Você participa do programa acessando as páginas do Facebook @centrodasmulheresdocabo ou do @forumsuape às 8h ou sintonizando na Rádio Callheta Fm 98.5.
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